O rapazote que é promovido pela mídia como grande ideólogo “coxinha”,
Kim Kataguiri, expôs hoje na Folha a desfaçatez típica do pensamento nazistóide, que
encara a população como uma massa a ser impiedosamente
manobrada como ferramenta de seus interesses políticos.
Ele defendeu – como seus líderes do PSDB fizeram ontem – que os deputados entrem de
férias, deixando parado o processo de impeachment, para que,
neste tempo “a população (…) possa sentir as consequências da crise”.
“Articulado com a oposição, o MBL (Movimento Brasil Livre), grupo que
pede a saída da presidente Dilma Rousseff, quer que o impeachment
siga um ritmo mais lento no Congresso, para aumentar o desgaste do
governo. Seus integrantes defenderam, nesta sexta (4), que os
parlamentares entrem em recesso em 23 de dezembro( é 18, na verdade),
como estava previsto inicialmente.(…)
Na avaliação do movimento, com o recesso, os deputados voltarão para
seus Estados e serão pressionados por suas bases eleitorais. Também
haverá mais tempo para a população sentir os efeitos da crise –piorando
o humor em relação a Dilma.
A população tem que ter esse tempo para compreender o crime fiscal
[de que o governo é acusado] e, ao mesmo tempo, sentir as consequências
da crise gerada pela própria presidente. E tem mais os desdobramentos da Operação Lava Jato, com novas delações”, disse Kim Kataguiri, um dos
líderes do MBL.”
Alguém queria um exemplo mais claro do que é o tal
“quanto pior melhor”?
Ou do que é indiferença, falta de compaixão e maldade para com o sofrimento das pessoas humildes?
Ou de como uma pessoa jovem pode ter um pensamento velho ao ponto de achar que
os pobres merecem é castigo para aprenderem?
No dia em que a gurizada de São Paulo - sem nada do que dispõe este coxinha que
ocupou e abandonou uma vaga numa universidade pública para se tornar arroz
de festa do golpismo - levou bomba e cassetete para defender a
sobrevivência de suas escolas,
é um escárnio com a juventude que quem tenha espaço na mídia seja ele, para dizer que é bom que o povo “sinta as consequências da crise”.
E dizer que nós vivemos numa ditadura bolivariana, embora bomba e
cassetete só enfrentem os que pensam o contrário dele, como se viu nas ruas de São Paulo.
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