domingo, 7 de fevereiro de 2016

Velha mídia e a imposição de uma ideologia, por Alexandre Tambelli


Liberdade de comunicação e expressão sem comprometimento com a Ética e com a busca pela verdade não é liberdade.



Sobre a velha mídia é imperativo dizer que Rede Globo, Folha, Estadão, Veja, Band, RBS, Rede TV e algumas poucas mais estão liberadas para agir da maneira que bem entendem, porque a sociedade brasileira e nossos representantes no Executivo, Legislativo e Judiciário aceitam esta liberdade irrestrita deles, ao não cobrar limites éticos, obrigações de realizarem Jornalismo de qualidade, com a busca pela verdade no Jornalismo por eles praticado.

Desde sempre me parece que estes grupos de mídia se sentem e se colocam acima da Lei e eles acabam por desvirtuar o sentido literal do termo liberdade de expressão: um dos pilares da Democracia e do Jornalismo.

Acreditar que podem fazer qualquer matéria e com manchetes garrafais e negativas (afirmando verdades sem comprovação) sobre pessoas e grupos políticos sem nenhuma preocupação com a verdade do fato noticiado, com o respeito humano para com as pessoas envolvidas, evitando os assassinatos de reputação, mídias, até, utilizando, da criação de fontes em off “fantasmas” para condenar pessoas e assim por diante é desvirtuar o sentido literal do termo liberdade de expressão.

De algum modo creem estes grupos de mídia que as Leis brasileiras não se aplicam a eles (aos grupos de comunicação da velha mídia).

E estamos falando de não mais que 10 famílias controlando bem mais de 80% de todos os meios de comunicação que produzem o noticiário, trazem informações sobre o cotidiano do Brasil e do Mundo para os brasileiros.

Podemos dizer que a velha mídia possui/forma o oligopólio das comunicações no Brasil.

Pensemos juntos em ações deste oligopólio da velha mídia.

Perseguir e expor a execração pública pessoas e grupos políticos por causa da Ideologia diversa da deles é Ético, é Jornalismo?

Jogar pessoas contra pessoas criando este clima de ódio social que se instaurou no Brasil contra pessoas de determinado grupo político é papel de uma empresa que trabalha com Jornalismo?

Defender interesses particulares (ideológicos e econômicos) como se fossem interesses coletivos e dos brasileiros é fazer Jornalismo?

Defender interesses de grupos econômicos antinacionalistas e de países centrais do Capitalismo em detrimento do Brasil e de sua soberania e desenvolvimento econômico/industrial independente é papel de empresa de mídia brasileira (ou ao menos de empresa de mídia que está situada em território brasileiro)?

É só pensar na Petrobras e ver o descuido do noticiário, sempre negativo, para com esta empresa para saber do que estou falando. Empresa estratégica para o País.

Quanto este comportamento de perseguição ao ideologicamente diferente não é nocivo para a sociedade brasileira, não é verdade?

Encontrar uma única visão de mundo, uma única opinião, uma única direção da informação que podemos ter sobre qualquer assunto de interesse social e nacional é saudável? Resultado do oligopólio da comunicação em mãos da velha mídia.

Imaginemos estes grupos de mídia combinando em uníssono perseguir alguém, só porque a pessoa defende outras ideias, busca outro modelo econômico e social para o Brasil?

Onde o perseguido irá se defender?

Alguém já viu a velha mídia abrir espaço/tempo no seu noticiário para o perseguido se defender das acusações (muitas das vezes frágeis, algumas vezes verdadeiras, outras vezes infundadas e até acusações inventadas) que ela coloca no papel, na tela ou no vídeo?

É justo alguém ser acusado de cometer ilícitos de maneira implacável sem existir contra ele condenação Judicial, sem se apresentar provas materiais e cabais de que os ilícitos são reais, e não apenas frágeis ilações, e não ter o acusado direito de se defender no mesmo canal (jornal, revista, portal, rádio, televisão) e com o mesmo espaço da acusação sem provas?

Imaginemos estes grupos de mídia oligopólicos querendo impor a sua Ideologia e o modelo econômico-social a ser implementado no Brasil, mesmo que nós, a população, em sua grande maioria queira outro caminho para o País?

Por que a perseguição ao diferente (pessoa/ Ideologia) é aceita por todos nós? E sem reflexão? Aqui respondo.

Porque não temos a chance de ouvir, assistir, ler uma opinião diferente, uma notícia favorável ao outro (pessoa) e a outro modelo econômico-social (Ideologia) para além do da velha mídia.

O contraditório (o outro lado/os outros lados da notícia) não se faz presente na velha mídia. Em não se fazendo presente a verdade se torna única.

Quase que somente quem defende a sua Ideologia e é aliado da velha mídia anda sendo entrevistado e opinando em seus microfones.

Com o contraditório, por exemplo, gente de diferentes ideologias/partidos exporiam suas ideias, dariam suas versões sobre fatos narrados pela velha mídia em igualdade de condições nos meios de comunicação. E, não acontece assim, porque há um oligopólio dos meios de comunicação.

Podemos dizer de maneira simples: existe uma predominância brutal de uma única Ideologia nos meios de comunicação brasileiros.

E com este Poder de penetração social (o oligopólio da comunicação em poucas mãos e com mesma ideologia e propósito) facilitamos de existir a perseguição ao diferente, a imposição de um modelo socioeconômico, porque a sociedade se torna refém do oligopólio.

Facilitamos como?

Imaginemos contrariar os interesses destes grupos de mídia e saberemos.

Um Juiz que ouse dar uma sentença em prol de não aliado ideológico da velha mídia pode ter sua reputação assassinada.

É só pensar uma ação em cadeia deste oligopólio midiático ameaçando a reputação do Juiz se seu parecer contrariar estes poucos grupos de mídia e se saberá o quanto é nocivo para a sociedade a voz única e ameaçadora da velha mídia.

O Juiz, em suas obrigações com a Justiça e a Verdade, poderá ter medo de exercê-la porque a velha mídia com seu Poder oligopólico é capaz de formar uma opinião pública favorável à execração pública dele (o Juiz), e leva-lo à condenação de alguém inocente.

E não estamos nos tornando uma opinião pública que quer condenar determinados grupos políticos e pessoas baseados apenas no noticiário diário da velha mídia? Atualmente, com a ajuda de vazamentos seletivos e ilegais de depoimentos de “delatores” da Lava-Jato?

E sempre no desejo de condenar os participantes de uma agremiação política e esquecendo-se de ao menos nos indignar por qualquer erro que os participantes de outras agremiações políticas comentam, quando estas são aliadas da velha mídia.

E, que, por esta aliança (político-ideológica), os participantes de agremiações políticas aliadas da velha mídia são pela mesma velha mídia poupadas de qualquer perseguição e/ ou execração pessoal, partidária diante do público em geral.

É justo vivermos numa sociedade onde a sua bandeira ideológica determina se você pode ou não ser perseguido, ter sua reputação assassinada pela velha mídia em noticiários diários sem direito a se defender com o mesmo tempo e no espaço de quem lhe acusa, e até ser condenado sem provas porque os grupos de comunicação oligopólicos têm força para formar uma opinião pública com sanha condenatória e influenciar decisões de Juízes em tribunais?

Pensemos na realidade minha que descrevo abaixo.

Eu aprendi que para ser uma pessoa melhor, mais leve, menos preconceituosa e mais consciente das coisas que interessam ao meu País torna-se preciso a atitude radical de desligar as rádios e as TVS abertas do Brasil, excetuando os canais educativos, a TVT (TV dos trabalhadores) e alguns canais ligados à Igreja Católica, e não ler jornais e revistas da velha mídia para evitar me alimentar de ódio, de me tornar um perseguidor de pessoas, de me transformar num sujeito rude e violento e com instinto condenatório.

Quanta violência no linguajar desta chamada velha mídia, quanta vontade de não aceitar as diferenças de opiniões, de querer destruir os governos e os governantes que não seguem a sua cartilha Ideológica existe.

Para que todo este Estado de Coisas?

É justo vivenciarmos a quase privação de assistir, ouvir ou ler notícias de milhões de brasileiros indignados com a forma de praticar “Jornalismo” da velha mídia oligopólica?

Somos alguns milhões a reclamar diariamente do comportamento da velha mídia, que mais parece um partido político de oposição.

Muito do Brasil intolerante e até da crise econômica de hoje é fruto deste processo violento e fratricida que comandam Rede Globo, Band, Rede TV, RBS, Folha, Estadão, Veja e algumas mídias mais e suas editorias que só mostram violência, só falam mal do Brasil, só querem medidas recessivas e desfavoráveis à maioria da população e não mostram uma página de notícias boas sobre o País; lugar, onde, por exemplo, existia no início dos anos 2000, 50 milhões de famintos e 12 anos depois, erradicada é a extrema-pobreza, fato que retirou o Brasil do Mapa da Fome da ONU (Organização das Nações Unidas).

Por que só termos a Editoria do Brasil do caos, da violência e da corrupção, onde tudo dizem dá errado, apesar do Brasil ter um PIB, hoje, 5 vezes maior do que o de 12 anos atrás e termos um Judiciário que passou a investigar à corrupção do colarinho branco e não termos mais o famoso “Engavetador Geral da República”?

Este mês houve, por decisão da Presidenta da República, aumento para professores e pros aposentados acima da inflação do Período e não virou manchete e notícia a ser valorizada. É correto?

E, o mais chato, parece que só se tem uma manchete e notícias e sobre uma única pessoa a ser veiculada depois que o “Impitman” subiu no telhado. Pessoa a ser perseguida às 24 horas do dia só por não defender/ compartilhar do modelo socioeconômico que a velha mídia defende para o Brasil e forte candidata para vencer as eleições presidenciais de 2018.

Eu não sei qual é o limite de saturação e paciência do povo brasileiro diante destas mídias.

A minha, felizmente, terminou em 2008. Estou livre deste vírus do ódio e do mal e da perseguição.

Tomara que possamos adentrar numa nova era em breve. Torna-se preciso modificar este modelo de Jornalismo que se crê acima do bem e do mal e acima de qualquer Lei.

Liberdade de comunicação e expressão sem comprometimento com a Ética e com a busca pela verdade não é liberdade jornalística, penso eu.

Todos têm seus direitos e obrigações e devem seguir a Leis vigentes no Brasil e ter comprometimento Ético e com a verdade, que, creio eu, se aprende desde o berço. Até empresas de Jornalismo e seus profissionais.

Quem não possui comprometimento com a Ética e a verdade não merece ter canais de comunicação para informar os brasileiros sobre o cotidiano do Brasil e do Mundo.

Não dá mais para vivermos este processo de perseguição contra pessoas e grupos políticos com outra Ideologia, praticado pela velha mídia, infelizmente, e 24 horas do dia. E se valendo hoje, de aliança com segmentos do Judiciário (MP, PF, tribunais) e da Política.
Alexandre Tambelli  - Fonte: Jornal GGN

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