sábado, 30 de abril de 2016

As semelhanças entre Eduardo Cunha e um psicopata. Por Paulo Nogueira

O casal Cunha: sem limites
O casal Cunha: sem limites
Um homem que:
  • É amoral;
  • Não tem limites;
  • Desconhece o que é empatia: caso veja alguém sangrar vai se preocupar em não sujar a roupa de sangue;
  • Mente compulsivamente;
  • Manipula tudo e todos.
  • Jamais demonstra arrependimento.
Este homem, sabemos bem, é Eduardo Cunha. Mas há um problema: acima está a descrição básica de um psicopata.
Foi uma amiga psiquiatra que me alertou para a extraordinária semelhança entre um psicopata e Eduardo Cunha.
Na verdade, ela foi adiante. “Ele é psicopata.”
Isso quer dizer o seguinte: são consideráveis as chances de a Câmara dos Deputados ser comandada por um psicopata.
Significa também que Janot e Teori prolongaram irresponsavelmente, quase que criminosamente o reinado deste psicopata num lugar de tanto poder como a Câmara. Permitiram a ele, acuado e enraivecido pelo que julgou traição do PT, atirar o Brasil numa crise política brutal ao aceitar um esdrúxulo pedido de impeachment.
Significa, igualmente, que a oposição – comandada por Aécio – elevou ao terceiro posto da República um homem sem condições mentais de dirigir sequer um carrinho de pipoca.
Nestes dias, Cunha mais uma vez mostrou as características básicas de um insano. Escreveu em sua conta no Twitter – repleta de erros grosseiros de português, típicos de um semianalfabeto – que não interfere na TV Câmara.
Isso depois de ter sido escancarado que críticas a ele feitas por outros deputados foram censuradas ali.
Ora, ora, ora.
O diretor da TV Câmara, Cláudio Lessa, é um pau mandado de Cunha. Lessa mantém um blog no qual chegou a sugerir que Dilma cometesse suicídio.
O diretor de comunicação da Câmara, Laerte Rímoli, é outro pau mandado. No Facebook, ele se dedica a insultar copiosamente Dilma e Lula, e a defender abjetamente seu patrão. Rímoli, assessor de imprensa de Aécio na campanha de 2014, chegou ao cúmulo de dizer que as contas secretas de Cunha não eram motivo para seu afastamento.
Rímoli é um elo que une Aécio e Cunha, convém não esquecer.
Com Lessa e Rímoli à frente da TV Câmara, Cunha ousa dizer que não interfere nela. Ele faz mais. Ele tomou a TV Câmara para si e seu sinistro projeto de poder.
Já seria terrível isso em si. Mas o pior é que Cunha sequestrou muito mais que a TV Câmara para si. Pegou a Câmara como um todo. Não fossem os suíços – o mérito de Moro e a PF é zero ou abaixo de zero em seu desmascaramento – Cunha poderia ter roubado o Brasil para ele.
É um traço típico de um psicopata.
Quando a louca cavalgada de Cunha chegar ao fim, o país terá que investigar de quem é a culpa pelo crime de lesa pátria que foi, primeiro, abrir-lhe as portas para o domínio total da Câmara, como fizeram Aécio e cúmplices.
Depois, cobrar de quem, diante de evidências terríveis, o deixou de mãos livres para continuar a fazer o que um psicopata encurralado faz.
Vistas as coisas hoje, é fácil entender o terror de delatores ao falar de Cunha. Eles contaram, olhos arregalados de pânico, as ameaças que receberam. Não apenas contra eles, mas contra sua família.
Eles sabiam do que Cunha, ou um psicopata, era capaz.
Janot e Teori, não.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Golpistas destruíram a imagem internacional do Brasil, por Diogo Costa

O MAL IRREPARÁVEL QUE OS GOLPISTAS FIZERAM - Há décadas o Brasil tentar fazer parte do Conselho Permanente de Segurança da ONU.
Este Conselho, que em última instância é o que manda de fato no mundo, é composto hoje por EUA, Reino Unido, França, Rússia e China.
 
As oito horas de teatro dos horrores, de dantesco espetáculo golpista do último dia 17 de abril, soterraram qualquer possibilidade do Brasil vir a integrar este Conselho num futuro próximo.
 
Quem haveria de confiar num país onde uma assembleia de bandidos, liderada por um bandido, comete um atentado contra a democracia em plena luz do dia?
 
Quem haveria de confiar num país que tenta destituir uma presidenta que não cometeu crime nenhum, com base em decretos? Só o Obama deve ter feito uma centena de decretos em seu governo em todas as vezes que o limite da dívida federal estourou.
 
O escárnio da sessão do golpe jogou a imagem do Brasil na lata de lixo no mundo inteiro.
 
O mundo inteiro está perplexo com a infâmia que se praticou aqui no último domingo.
 
O mundo inteiro sabe que aqui se praticou um golpe de estado.
 
O mundo inteiro agora sabe que o Brasil voltou a não ser um país sério.
 
E quando tenta ser sério, o que acontece? Vem um 17 de abril e põe todo esse esforço no fundo do poço.
 
O mal que os criminosos golpistas fizeram ao país é algo simplesmente irreparável no curto e no médio prazos. Será preciso décadas para recuperar a imagem do Brasil.
 
Mas o golpe ainda não foi desfechado completamente.
 
A luta pela democracia, pela legalidade e pela soberania do voto popular é também uma luta para recuperar a imagem do país perante o mundo.
 
A bem da verdade, como em 1964, o único beneficiário dessa elite torpe e golpista de Pindorama, que não respeita a si própria, é os EUA.
Querem que o Brasil seja sempre um país instável e inconfiável perante o mundo. Querem que o Brasil seja sempre o seu grande quintal sul-americano.
 
O dia 17 de abril atende perfeitamente estes requisitos norte-americanos em relação ao Brasil.
 
Voltamos a ser, por enquanto, uma naçãozinha infantil e bananeira. Tudo sob o olhar do Supremo Tribunal Federal, acovardado e cúmplice do golpe de estado que é. 

Partidarismo tirou credibilidade da mídia brasileira, diz a BBC

Jornal GGN – Com uma cobertura nacional parcial e partidarizada, a mídia estrangeira está se tornando a principal referência na crise política do Brasil. O país virou assunto em todo o mundo depois da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.
A The Economist, por exemplo, que no passado abordou o crescimento do Brasil e o começo da crise (capas que tiveram ampla repercussão no território nacional), agora diz que não há golpe em curso, mas que o impeachment é uma má ideia, já que o julgamento está sendo tocado por parlamentares acusados de corrupção.
"Só que essa crise está custando caro demais para o Brasil e não pode durar outros dois anos até as eleições de 2018, e por isso defendemos novas eleições no Brasil”, disse um editor para a BBC Brasil. “Temos opiniões de que as pessoas podem até discordar. Mas tomamos muito cuidado com os fatos", completou.
"A mídia brasileira está muito partidária, isso faz com que as pessoas olhem mais para publicações internacionais", disse.
Da BBC Brasil em Londres
Por Fernando Duarte
Na chamada batalha por corações e mentes entre partidários e opositores do impeachment da presidente Dilma Rousseff, uma munição usada pelos dois lados - que reclamam da suposta parcialidade dos veículos de mídia nacionais - tem sido a cobertura da imprensa internacional.
E uma das publicações mais citadas, ao lado dos jornais New York Times e Financial Times, é a revista The Economist, que ganhou notoriedade, entre outras razões, pela força simbólica de suas capas usando montagens com o Cristo Redentor para falar do boom e da queda da economia brasileira nos últimos 10 anos.
Para Michael Reid, ex-editor da Economist para a América Latina e atualmente responsável pela coluna "Bello", que tem a região como tema, uma das razões para a reputação da revista no Brasil e que dá peso ao que ela diz é o fato de ela não esconder suas opiniões sobre o que vê de errado no país.
"É um grande cumprimento para a Economist caso os brasileiros realmente estejam nos buscando como uma fonte de informação percebida como mais isenta do que a mídia doméstica. Isso pode estar acontecendo porque levamos nosso trabalho a sério e respeitamos o país", diz o britânico, que é também autor do elogiado livro Brasil: A Turbulenta Ascensão de um País.
"É interessante pensar que sofremos críticas por fazer elogios a Lula durante sua presidência e que a presidente Dilma Rousseff discordou publicamente de nossas posições sobre seu governo", diz Reid, em entrevista à BBC Brasil por telefone.
O jornalista acredita que o apelo da revista e da mídia internacional junto aos leitores brasileiros na cobertura da crise política seja uma reação contra o que chama de partidarismo na mídia nacional.
"A mídia brasileira está muito partidária, isso faz com que as pessoas olhem mais para publicações internacionais", diz ele.
Ele ressalta que, embora emita opiniões, a Economist não perde os fatos de vista. Cita como exemplo a posição sobre o processo de impeachment, que a revista recusa a chamar de golpe ao mesmo tempo que diz considerar a manobra constitucional uma má ideia.
"O impeachment está na legislação, não é um golpe. Mas dissemos que seu uso não é uma boa ideia. Algumas das pessoas julgando a presidente estão envolvidas em denúncias graves de corrupção e têm processos na justiça."
"Só que essa crise está custando caro demais para o Brasil e não pode durar outros dois anos até as eleições de 2018, e por isso defendemos novas eleições no Brasil. Temos opiniões de que as pessoas podem até discordar. Mas tomamos muito cuidado com os fatos".
Reid vê o Brasil "perigosamente" dividido e credita a polarização a processos distintos. Embora acredite em uma reação do establishment brasileiro à ascensão do Partido dos Trabalhadores, o britânico diz que o clima de divisão atual também foi causado por manobras políticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Lula contribuiu para o clima de polarização na época do escândalo do mensalão ao tentar isolar o PSDB com o discurso 'povo x neoliberais'. O quadro se complicou com o resultado apertado da eleição presidencial de 2014 e o fato de que Dilma não conseguiu atuar como pacificadora."
"Não deveria ser difícil para um presidente conseguir o apoio de mais de um terço do Congresso", argumenta Reid, referindo-se ao placar da votação da processo de impeachment de Dilma na Câmara dos Deputados, em que o governo conseguiu o apoio de apenas 27% dos parlamentares."
Mas, assim como fez a Economist, Reid também não poupa críticas ao Legislativo brasileiro ao comentar tanto a crise política quanto mais especificamente a votação de duas semanas atrás.
O britânico engrossa o coro de críticos às cenas no plenário. "O que mais me chamou a atenção foi que a causa do processo de impeachment contra a presidente (as pedaladas fiscais) não foi mencionada pela maioria dos deputados. O Congresso não fez nenhum a favor a si mesmo naquele dia para tentar conter a crise de credibilidade na política brasileira".
Reid também adota uma posição bastante crítica em relação ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha. "Para quem vê de fora, Cunha tem muito ao que responder e deveria ser afastado do Parlamento até que as acusações contra ele fossem investigadas, até por uma questão de credibilidade do processo".
Um governo Michel Temer, segundo o britânico, enfrentaria desde o início um problema de legitimidade, embora o atual vice-presidente tenha sido descrito pelaEconomist com um nome que "agrada ao mercado".
"Temo que um governo Temer seja marcado pela fraqueza: com vontade de reformas, mas sem força política para realizá-las".
Reid, no entanto, discorda do argumento de que a crise política teria fragilizado as instituições brasileiras. Mesmo diante da estatística de que, desde 1950, apenas metade dos presidentes eleitos terminou o mandato.
"Cada circunstância é diferente. Dilma enfrenta um escândalo de corrupção em meio a uma crise política e econômica, por exemplo. E devemos lembrar que tanto Fernando Henrique Cardoso e Lula terminaram mandatos consecutivos com tranquilidade. O Brasil tem problemas no Executivo e no Legislativo, mas não concordo que haja enfraquecimento de instituições".

24 horas após ser premiado nos EUA, Sérgio Moro é alvo de denúncia no RS

Foto: Reprodução/Facebook - Comunidade Eu MORO com ele)
Foto: Sérgio Moro e sua esposa, Rosangela Wolff, durante entrega de prêmio em Nova York. (Reprodução/Facebook – Comunidade Eu MORO com ele)
Marco Weissheimer - extraído do Sul 21
Menos de 24 horas depois de ter sido homenageado pela revista Time, nos Estados Unidos, como “uma das cem personalidades mais influentes do mundo”, o juiz Sérgio Moro foi alvo de uma denúncia, em Porto Alegre, assinada por mais de 100 advogados e advogadas, professores, pesquisadores, bacharéis e estudantes de Direito, de 16 estados do país. Protocolada na Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a representação aponta uma série de inconstitucionalidades e ilegalidades que teriam sido cometidas pelo juiz denunciado e que se constituiriam em infrações disciplinares e em “comportamento impróprio ao exercício da magistratura, desviando o Poder Judiciário dos fins propostos pelo ordenamento jurídico”.
Os signatários da denúncia foram articulados pela Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (RENAP) e pelo Grupo de Assessoria Jurídica Popular, vinculado ao Serviço de Assessoria Jurídica Universitária (SAJU) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A representação defende que o juiz Moro, “a partir da ação denominada Operação Lava Jato comete desvios de finalidade, prejudicando a segurança jurídica e institucional, que o ordenamento jurídico determina”. “Visando seus próprios anseios e não o que determina o ordenamento jurídico, termina por desviar o Poder Judiciário de sua função”, afirma ainda. Os autores da denúncia citam a afirmação do ministro Teori Zavascki, a propósito da divulgação de sigilos telefônicos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff. Para Zavascki, “é descabida a invocação do interesse público da divulgação ou a condição de pessoas públicas dos interlocutores atingidos, como se essas autoridades, ou seus interlocutores, estivessem plenamente desprotegidas em sua intimidade e privacidade”.
A quebra de sigilo, sustentam ainda os autores da denúncia, configura também uma violação de prerrogativas da advocacia, uma vez que não atingiram apenas o ex-presidente Lula, mas também o advogado deste, Roberto Teixeira. O telefone central da sede do escritório Teixeira, Martins e Advogados, localizada em São Paulo, também foi objeto de escuta telefônica e conversas de todos os 25 advogados da banca com pelo menos 300 clientes foram grampeadas, além de telefonemas de empregados e estagiários do escritório. “Tal conduta do juiz representado viola o Estatuto da Advocacia, Lei nº 8. 906/1994. É direito do advogado a inviolabilidade da correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, como dispõem o art. 7º, II, do Estatuto da Advocacia” afirma ainda a denúncia.
Essa conduta, sustentam os autores da representação, atenta contra a independência e harmonia entre poderes. “O juiz procura, conforme suas próprias palavras, incidir na política brasileira, extrapolando seu mister de magistrado, atingindo a independência e harmonia entre os poderes (art. 2º, da CF). Neste sentido, fomenta a população e instituições contra a Presidência da República, que exerce o Poder Executivo”. O documento cita as palavras do próprio Moro em um artigo sobre a Operação Mãos Limpas realizada na Itália, onde ele elogia a incidência que ela teve na política daquele país: “A operação mani pulite redesenhou o quadro político na Itália. Partidos que haviam dominado a vida política italiana no pós-guerra, como o Socialista (PSI) e o da Democracia Cristã (DC), foram levados ao colapso, obtendo, na eleição de 1994, somente 2,2% e 11,1% dos votos, respectivamente”, escreveu Moro.
Os mais de 100 denunciantes apontam ainda outras medidas de Moro, que consideram infundadas, como a relação obscura com empresas de comunicação, a decretação de prisão com base em notícias de jornal ou fundamentadas no “clamor público”. E denunciam a utilização da prisão provisória para conseguir delações premiadas, prática típica de “estados totalitários, ditaduras, que prendem para conseguir confissões e provas”. A representação lembra o artigo X da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o artigo 14 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, e o art. 8º do Pacto de São José da Costa Rica, que preveem a garantia de juízes imparciais e independentes. “O Brasil é subscritor da Declaração e introjetou os pactos por meio Decreto nº 592/1992 e Decreto 678/1992, respectivamente”, assinalam também os autores da denúncia.
“Percebe-se um comportamento contumaz de violação ao ordenamento jurídico, descabido para quem exerce a função de magistrado. A referida notícia crime caracteriza, inclusive, a prevaricação, como também o reiterado abuso de autoridade”, afirma o texto da representação que pede a investigação das violações denunciadas e, caso sejam confirmadas, “o afastamento do denunciados do julgamento da ação judicial e investigações conhecidas como Operação Lava Jato, sem prejuízo de outras sanções cabíveis”.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

NEW YORK TIMES DENUNCIA GOLPE DO “IMPOPULAR E TRAIDOR“ TEMER

Nobel da Paz que diz que impeachment de Dilma é golpe de Estado

Agência Brasil e Blog do Esmael
ezquivelA presidenta Dilma Rousseff recebeu hoje (28) o apoio do ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1980, o argentino Adolfo Pérez Esquivel, contra o processo de impeachment que tramita no Senado.
“Está muito claro que o que se está preparando aqui é um golpe de estado encoberto, o que nós chamamos de um golpe brando”, afirmou Esquivel, após o encontro no Palácio do Planalto.
Ele comparou o processo de impeachment de Dilma ao que ocorreu em Honduras e no Paraguai com as destituições dos presidentes Manuel Zelaya, em 2009, e Fernando Lugo, em 2012. “Agora, a mesma metodologia, que não necessita das Forças Armadas, está sendo utilizada aqui no Brasil. A metodologia é a mesma, não há variação com o golpe de estado nesses países. Países que querem mudar as coisas com políticas sociais são alvo dessa política de tratar de interromper o processo democrático.”
Solidário com Dilma
O Nobel da Paz disse que veio prestar “solidariedade e apoio para que não se interrompa o processo constitucional de Brasil porque isso seria um dano não apenas para o povo brasileiro como para toda a América Latina.” “Seria um retrocesso muito grave para o continente. Sou um sobrevivente da época da ditadura [militar na Argentina]. Nos custou muito fortalecer as instituições democráticas. Aqui se está atacando as instituições democráticas”, afirmou Esquivel.
Segundo o argentino, um eventual governo de Michel Temer poderia ser questionado no Mercosul e na União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que poderiam não reconhecer uma administração que surja de um “golpe de estado.”

O genocídio social de Temer: 40 milhões perderão o Bolsa Família

GENOCIDIO
Os repórteres do Estadão que registram hoje em manchete o anúncio do genocídio social pretendido pelo Governo Temer poderiam ter ofendido um pouco menos a inteligência de seus distintos leitores.
Dizer que o Governo Temer fará “a expansão do sistema de proteção social para os 10 milhões de brasileiros que compõem os 5% mais pobres deve ser feita por meio do Bolsa Família, que seria mantido” quando, a seguir, informa que o programa atende hoje 14 milhões de famílias (50 milhões de pessoas) é um deboche cruel  como poucas vezes li em letra de forma.
Até porque, adiante, fica claro que os 40 milhões de bolsistas a menos, na visão (devo dizer visão sobre algo vindo dessa gente?) do PMDB, vão ficar por conta do mercado: “Para o PMDB, a camada situada acima do limite de 5% até o de 40% mais pobres está “perfeitamente conectada à economia” e deve ter benefícios com uma eventual retomada da atividade econômica”.
Há outras questões, que abordarei a seguir, como o Minha Casa, Minha Vida e o pré-sal.
Agora fico nestes dois absurdos.
O primeiro, o de um governo que pretende tirar uma pequena subvenção (média de R$ 163,57 por família, informa o próprio jornal) de 40 milhões de pessoas pobres.
O segundo, de uma imprensa cúmplice, porque escreve não para as pessoas entenderem o alcance de uma decisão destas, mas confundir e  para “dourar a pílula” de veneno contra seu próprio povo.
Não há um ser humano digno deste nome que possa ver se anunciar tamanha crueldade contra uma multidão – 40 milhões é só um milhão a menos que a população da Argentina inteira! – e não se escandalize, fazendo o seu papel de mostrá-la cruamente.
Muito menos um jornalista que não enxergue a óbvia manchete: 40 milhões vão perder o Bolsa Família.
É como chegar em um campo de concentração nazista e escrever que, de fato, os judeus estavam “desnutridos”.

STF E CUNHA FECHAM ACORDO PARA REAJUSTE DE 78% PARA JUÍZES, DILMA HAVIA VETADO

Sujeira, falsa justiça, máfia.... que mais se pode dizer desse conluio podre?

2fev2015---o-deputado-eduardo-cunha-pmdb-rj-participa-ao-lado-do-presidente-do-stf-supremo-tribunal-federal-ricardo-lewandowski-de-cerimonia-de-abertura-do-ano-do-judiciario-de-2015-nesta-1422886261032_615x300
Às vésperas da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado Federal e a possível troca de governo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, recebeu o apoio líderes de partidos na Câmara, que, em acordo, vão tentar aprovar o reajuste salarial de servidores do Judiciário e de magistrados rapidamente.
A ideia é aprovar a urgência do projeto de lei nesta quarta-feira e, no mesmo dia, analisar o mérito do texto no plenário da Casa.
O aumento da remuneração seria escalonado. Para 2016, segundo o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), a medida tem impacto de R$ 1,1 bilhão, mas já está contabilizada no orçamento deste ano.
Rosso informou que estavam na reunião os líderes do governo, PPS, PDT, PSC, PTB, PSB PT e DEM, além de representantes de outras lideranças, inclusive do PMDB.
Pauta-bomba
O reajuste dos servidores do Judiciário é uma das principais “pautas-bomba” do ano passado. O governo tentou por meses barrar o reajuste de 53% a 78% para os servidores do Judiciário, aprovado na Câmara e no Senado por ampla maioria e vetado por Dilma por causa do impacto nas contas públicas. Segundo o Ministério do Planejamento, a proposta aumentaria os gastos em R$ 5,3 bilhões em 2016 e R$ 36,2 bilhões até 2019.
O projeto, porém, contou com intenso lobby dos servidores do Judiciário, que protestaram por semanas em frente ao Congresso Nacional. Depois de muita negociação, o governo conseguiu manter o veto ao reajuste por estreita margem – 251 deputados votaram pela derrubada, seis a menos do que o necessário.
Para impedir a derrubada do veto, o governo Dilma negociou com Lewandowski uma proposta alternativa, de reajuste entre 16,5% e 41,47%, encaminhada ao Congresso em agosto, mas que pouco andou– foi votada apenas em uma das três comissões que precisa passar durante a tramitação na Câmara. O custo, segundo o STF, seria de R$ 1,4 bilhão em 2016. Mas aumentará ao longo dos anos e terá efeito também nos Estados.
Além do reajuste dos servidores, os ministros do Supremo estão sem aumento salarial desde 2014. No ano passado encaminharam proposta de reajuste de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil, mas o projeto também não andou. O governo tenta barrar o aumento por causa do efeito cascata – o subsídio do STF é o teto salarial do funcionalismo público e um aumento provoca reajustes automáticos para várias outras categorias.
Cobrança
Nos corredores da Câmara o convite feito aos deputados hoje por Lewandowski para o café é apelidado de “cobrança da fatura” após o STF não interferir nas votações do impeachment pela Casa. Alguns ministros saíram em defesa do processo para reforçar o discurso da maioria dos deputados de que não há o golpe acusado pelos petistas e movimentos ligados ao PT.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

"Estamos vivendo a espetacularização fascista", afirma a filósofa Márcia Tiburi

:

  A filósofa Marcia Tiburi lançou o livro "Como conversar com um fascista" no qual fala sobre o momento atual vivido pelo Brasil onde a intolerância política tem provocado uma série de agressões contra pessoas que defendem o estado democrático de direito no país; "Acho que a gente está vivendo uma espécie de escândalo fascista", afirma; ela diz que o ódio dessas pessoas tem sido "fomentado pelos meios de comunicação"

247 - A filósofa Marcia Tiburi lançou o livro "Como conversar com um fascista" no qual fala sobre o momento atual vivido pelo Brasil onde a intolerância política tem provocado uma série de agressões contra pessoas que defendem o estado democrático de direito no país.
"Acho que a gente está vivendo uma espécie de escândalo fascista", afirma. Para ela, há um temor no país por parte das pessoas até por questões simples como utilizar uma camisa vermelha. "O fascista não escuta, é uma figura autoritária, não está aberta ao outro. Ela tem um pré-julgamento do outro", disse. "Esse ódio que ela pensa que é dela foi fomentado pelos meios de comunicação", destacou.
Ouça aqui a entrevista à Rede Brasil Atual.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Manifesto democrático une carreiras jurídicas (apesar do STF)