quarta-feira, 29 de junho de 2016

Cunha e Temer, sócios no Golpe, escolhem agora Rogério Rosso para presidir a Câmara dos Deputados



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O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o interino Michel Temer definiram, no encontro secreto do último domingo, que o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) será o candidato do Palácio do Planalto à presidência da Câmara dos Deputados; Cunha e Temer, que são "sócios" no impeachment da presidente Dilma Rousseff, querem colocar um aliado no comando do Legislativo; assim, Cunha renunciaria à presidência da Câmara e tentaria preservar seu mandato; caso o acordão prospere e Cunha consiga se salvar, seria evitada uma delação premiada que implodiria o PMDB e o próprio governo interino de Temer; falta, no entanto, combinar com a Justiça Federal do Paraná, onde a filha e a esposa de Cunha respondem a processo, e com o STF, que transformou o deputado novamente em réu por 11 votos a zero na semana passada.
247 Uma reportagem das jornalistas Júnia Gama e Simone Iglesias (leia aqui) revela o que foi tratado no encontro secreto entre o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o interino Michel Temer.
Na reunião, ocorrida no Palácio do Jaburu, eles definiram que o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) será o candidato do Palácio do Planalto à presidência da Câmara dos Deputados.
Cunha e Temer, que são "sócios" no impeachment da presidente Dilma Rousseff, querem colocar um aliado no comando do Legislativo, no lugar de Waldir Maranhão (PP-MA).
Assim, Cunha renunciaria à presidência da Câmara e tentaria preservar seu mandato parlamentar, mantendo o foro privilegiado.
Caso o acordão prospere e Cunha consiga se salvar, seria evitada uma delação premiada que implodiria o PMDB e o próprio governo interino de Temer.
Falta, no entanto, combinar com a Justiça Federal do Paraná, onde Danielle Dytz e Cláudia Cruz, a filha e a esposa de Cunha, respondem a processo, e com o STF, que transformou o deputado, pela segunda vez, em réu por 11 votos a zero na semana passada.
Cunha é acusado de receber R$ 52 milhões de propina em apenas uma das acusações, que envolve a Carioca Engenharia. Em coluna publicada nesta quarta, o jornalista Ricardo Noblat disse que Temer faz o que pode para salvar Cunha (leia aqui), a quem chamou de "batalhador político e jurídico".

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