quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Democradura, juízes e procuradores midiáticos e o Renan acossado pela Globo das panelas em artigo de Fernando Brito



panelajudicial
O que está acontecendo no Brasil é absolutamente inacreditável.
Procuradores da República ameaçam sair de uma investigação que é seu dever funcional se o Congresso votar  uma lei.
O Procurador Geral da República – sempre a reboque dos seus subordinado diz que eles estão de “cabeça quente”, mas pressiona claramente o presidente do Senado.
Presidente do Senado que, coincidentemente, depois de anos e anos na “fila”, somente por acaso será “julgado” hoje pelo Supremo Tribunal Federal e possivelmente transformado em réu por uma caso de dez anos atrás, quase.
Aliás, ele e o presidente da Câmara, domingo, prometeram “muita calma nesta hora” e atropelaram tudo.
Rodrigo Maia pôs a encrenca a ser votada na terça, sabendo que havia um clima de rebelião entre os deputados.
E Renan tentou enfiar a batata pegando fogo de uma vez só no Senado.
Panelinhas que ardem, queimando a parca ração da economia, que parece não vir ao caso.
Mas o clima do “julgamento isento” de hoje tem mais: tem comício de juízes na frente do Supremo.
E manifestação coxinha no domingo, devidamente badalada pelas panelas que ecoaram nas áreas ricas e na Globo, ontem à noite, com o devido eco hoje.
Ah, sim, temos um presidente da República que reclama que “fatosinhos” estão prejudicando a recuperação de economia que vai ocorrer a partir de…a partir de quando, mesmo? Ah, sim, logo que estiver pronto o 30º andar do prédio de Geddel Vieira Lima.
Quebra de institucionalidade tem destas coisas: quando começa, não tem mais freios.
O curioso é que a Justiça foi onde ela se deu, primeiro, permitindo o ataque indiscriminado a uns e protegendo escandalosamente a outros: Lula não pôde ser ministro de Dilma, por conta de uma suposição de que seria obstruir a Justiça, mas Eduardo Cunha pôde ser mantido sete meses após a denúncia de crimes evidentes, porque isso era a afirmação da democracia, coroada no circo domingueiro do impeachment.
As instituições estão ameaçadas de morte no Brasil.
Morte por suicídio, a paneladas.

Fernando Brito no Tijolaço.

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