Da Folha de São Paulo:
Bolsonaro representa risco à democracia, escreve The Economist
São Paulo
Sob a chamada "Brasília, we have a problem" (Brasília, temos um problema), a revista britânica The Economist publicou editorial em que afirma que Jair Bolsonaro (PSL), candidato à presidência, é um risco à democracia. Segundo a revista, Bolsonaro seria um presidente desastroso.
A publicação, que se define como defensora do livre mercado, afirma que o candidato já demonstrou ter pouco respeito a vários grupos de brasileiros, incluindo negros e gays.
Além disso, há pouca evidência de que ele conheça os problemas econômicos do país bem o suficiente para resolvê-los, afirma a revista.
A revista descreve Bolsonaro como alguém que, até recentemente, era um parlamentar obscuro, cuja principal habilidade demonstrada havia sido a de
ofender os outros.
Sobre isso, cita declarações controversas, como a de que ele preferiria ter um filho morto a um filho gay e que já disse a uma congressista que ela merecia ser estuprada.
A The Economist destaca que Bolsonaro vem adotando táticas as baseadas em provocação e uso hábil de redes sociais.
Para a revista, o avanço da candidatura de Bolsonaro é resultado dos traumas que o Brasil enfrentou nos últimos quatro anos.
Ela lembra que, além da grave recessão econômica da qual o Brasil sai lentamente, em 2016 foram registrados 62,5 mil assassinatos, índice recorde para o país, e casos de corrupção envolvendo os principais partidos políticos foram expostos pela Operação Lava Jato. A exposição dos crimes minou a confiança nas instituições políticas do país.
Para a The Economist, Bolsonaro soa como um antipolítico, o que atrai os desiludidos com o sistema atual. Ele também consegue atenção de empresários, em especial devido a sua guinada em direção à defesa de uma política econômica liberal.
Entre as ideias de Bolsonaro citadas pela revista estão a de que um policial que não mata não é um policial, a defesa da redução da maioridade penal para 14 anos.
A The Economist aponta que, durante a votação do Impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados em 2016, Bolsonaro dedicou seu voto ao general Alberto Brilhante Ustra, responsável por unidade policial a qual a publicação atribui 500 casos de tortura e 40 assassinatos durante a Ditadura Militar (1964-1985) no Brasil.
"Este punho de ferro pertence a uma visão de mundo autoritária", escreve a revista.
Ações como essa e também a nomeação do general da reserva Hamilton Mourão (que disse no ano passado que o exército poderia resolver questões que outras instituições não solucionavam) como candidato a vice-presidente em sua chapa indicam que, para Bolsonaro, a ditadura é o antídoto contra a corrupção, escreve a The Economist.
Apesar dos alertas, a revista vê poucas chances de Bolsonaro vencer.
A publicação afirma que, mesmo bem posicionado no primeiro turno, 60% dos eleitores dizem que não votariam nele. Esse índice de rejeição dá maior chance ao candidato que competir com Bolsonaro em um eventual segundo turno.
Mesmo assim, segundo a revista, chegar lá já seria muito. "Ele não merece ir tão longe".
A publicação, que se define como defensora do livre mercado, afirma que o candidato já demonstrou ter pouco respeito a vários grupos de brasileiros, incluindo negros e gays.
Além disso, há pouca evidência de que ele conheça os problemas econômicos do país bem o suficiente para resolvê-los, afirma a revista.
Sobre isso, cita declarações controversas, como a de que ele preferiria ter um filho morto a um filho gay e que já disse a uma congressista que ela merecia ser estuprada.
A The Economist destaca que Bolsonaro vem adotando táticas as baseadas em provocação e uso hábil de redes sociais.
Para a revista, o avanço da candidatura de Bolsonaro é resultado dos traumas que o Brasil enfrentou nos últimos quatro anos.
Ela lembra que, além da grave recessão econômica da qual o Brasil sai lentamente, em 2016 foram registrados 62,5 mil assassinatos, índice recorde para o país, e casos de corrupção envolvendo os principais partidos políticos foram expostos pela Operação Lava Jato. A exposição dos crimes minou a confiança nas instituições políticas do país.
Entre as ideias de Bolsonaro citadas pela revista estão a de que um policial que não mata não é um policial, a defesa da redução da maioridade penal para 14 anos.
A The Economist aponta que, durante a votação do Impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados em 2016, Bolsonaro dedicou seu voto ao general Alberto Brilhante Ustra, responsável por unidade policial a qual a publicação atribui 500 casos de tortura e 40 assassinatos durante a Ditadura Militar (1964-1985) no Brasil.
"Este punho de ferro pertence a uma visão de mundo autoritária", escreve a revista.
Ações como essa e também a nomeação do general da reserva Hamilton Mourão (que disse no ano passado que o exército poderia resolver questões que outras instituições não solucionavam) como candidato a vice-presidente em sua chapa indicam que, para Bolsonaro, a ditadura é o antídoto contra a corrupção, escreve a The Economist.
Apesar dos alertas, a revista vê poucas chances de Bolsonaro vencer.
A publicação afirma que, mesmo bem posicionado no primeiro turno, 60% dos eleitores dizem que não votariam nele. Esse índice de rejeição dá maior chance ao candidato que competir com Bolsonaro em um eventual segundo turno.
Mesmo assim, segundo a revista, chegar lá já seria muito. "Ele não merece ir tão longe".
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