terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Brasileiros rejeitam a maioria das propostas de Bolsonaro, mostra Datafolha


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Jornal GGN - Um estudo feito pelo Datafolha e divulgado nesta terça (15) mostra que Jair Bolsonaro até foi eleito com a maioria dos votos válidos (mas não da maioria dos eleitores que votaram ou em Haddad ou brancos e nulos) em outubro passado, mas nem de longe isso significa que os brasileiros concordam com grande parte das pautas defendidas pelo presidente de extrema-direita.
 
Mauro Paulino e Alessandro Janoni, diretores do instituto, avaliam, inclusive, que "parece arriscado para um governo eleito pela maioria pulverizar a agenda em temas tão polêmicos que, no conjunto, alcançam apoio de um grupo minoritário da população (pouco mais de 10%)."
 
Posse de arma, Escola Sem Partido, relações com Estados Unidos, redução das demarcações indígenas, esvaziamento da proteção ambiental, privatização de todas as estatais possíveis, redução das leis trabalhistas são propostas rejeitadas pela média dos entrevistados em patamares que chegam a 70%.
 
Apenas a redução da maioridade penal, o endurecimento da política de migração e a possibilidade de o Brasil entrar em guerra demandar disposição dos brasileiros em defender o País são temas apoiados.
 
Segundo reportagem divulgada pela Folha de S. Paulo, a fatia que mais concorda com Bolsonaro (pelo menos 9 de 13 propostas) representa, ao contrário do que o presidente imagina, uma minoria de 14%. O Datafolha classificou esse grupo como "bolsonaristas heavy".
 
A maioria dos entrevistados (55%), contudo, está numa zona intermediária. Eles concordam com de 5 a propostas de um total de 13. São os bolsonariastas "medium".
 
Já os "bolsonaristas light", que concordam o mínimo possível com Bolsonaro (4 de 13 temas), somam 31% da população.
 
 
AS PROPOSTAS QUE NÃO COLAM
 
Ao contrário do que imagina Bolsonaro, Escola Sem Partido tem a rejeição de 71%.
 
68% rejeitam que o possem de armas seja facilitado.
 
66% não querem que o Brasil dê mais preferência aos EUA do que a outros países.
 
60% não querem a redução das terras indígenas.
 
Para 59%, não cola o argumento de que a política de proteção ambiental atrapalha o desenvolvimento econômico em algumas regiões.
 
60% rejeitam a ideia de que o governo tem que vender o maior número possível de estatais.
 
57% não concordam com a redução de leis trabalhitas.
 
54% apoiam a educação sexual nas escolas.
 
51% discordam da "bolsa estupro" estupro que Damares Alves quer emplacar para as mulheres não recorrerem ao aborto (46% concordam).
 
50% discordam que mulher ganhar menos que homem é um problema das empresas, não do governo (47% concordam com Bolsonaro neste aspecto).

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