Em editorial publicado na quinta-feira (31), a revista The Economist classificou como “sem precedentes” as sanções impostas pelo governo norte-americano ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A aplicação da Lei Magnitsky, de acordo com a The Economist, , é algo “nunca antes visto” contra um juiz atuando em uma democracia
Do ICL:
The Economist sobre sanções a Moraes: ‘Ataque sem precedentes ao Judiciário’
Revista britânica afirma que acusações contra Bolsonaro não podem ser ignoradas
Em editorial publicado na quinta-feira (31), a revista The Economist classificou como “sem precedentes” as sanções impostas pelo governo norte-americano ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A aplicação da Lei Magnitsky, de acordo com a The Economist, , é algo “nunca antes visto” contra um juiz atuando em uma democracia
Segundo o editorial, a legislação americana tem sido usada para punir “generais genocidas de Mianmar e autoridades russas que assassinaram dissidentes políticos”. “Moraes não fez nada parecido”, afirma a revista.
A revista também destaca as motivações políticas das sanções, lembrando que o magistrado é conhecido por conduzir o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe, caso que Trump considera uma “perseguição política”.
A publicação lembra que o governo Trump revogou recentemente vistos de ministros do STF e aliados ligados à investigação contra Bolsonaro. No decreto de tarifas assinado por Trump, o governo americano cita “perseguição politicamente motivada, intimidação, assédio, censura e processo” contra o ex-presidente.
The Economist critica aliados de Bolsonaro
A Economist critica aliados de Bolsonaro, que minimizam os atos de 8 de janeiro de 2023. O editorial lembra que “qualquer busca superficial mostra que foi uma orgia de vandalismo” e cita ainda outros episódios violentos atribuídos a bolsonaristas, como incêndios de veículos em Brasília e um plano de atentado contra Lula e Moraes elaborado no fim do governo Bolsonaro.
O texto contextualiza a atuação de Moraes, destacando que ele lidera desde 2019 o inquérito das fake news, ampliado ao longo dos anos para combater desinformação sobre instituições democráticas no Brasil. investigação, segundo a revista, é polêmica por concentrar poderes de investigação, julgamento e decisão no próprio STF, mas destaca que isso não é ilegal no contexto jurídico brasileiro.
Ao final, a revista questiona se a pressão de Trump, do secretário de Estado Marco Rubio e do secretário do Tesouro Scott Bessent pode ter efeito sobre o magistrado. “Moraes, acostumado a receber ameaças de morte, é difícil de intimidar”, afirma o texto, mencionando que, no mesmo dia em que a Lei Magnitsky foi aplicada,Moraes foi assistir ao jogo de seu time de futebol em São Paulo.
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