terça-feira, 26 de setembro de 2023

Como o general Augusto Heleno se envolveu no golpe de 8/1

 

O envolvimento golpista do general na depredação da Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2022, pode ser elencado direta e indiretamente.

Do Jornal GGN:



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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro ouve nesta terça-feira (26) o general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) do governo de Jair Bolsonaro.

O envolvimento golpista do general na depredação da Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2022, pode ser elencado direta e indiretamente.

No que tange ao envolvimento indireto, há de se esclarecer o papel daqueles que foram nomeados por ele para o GSI e que, durante o ataque golpista, ainda faziam parte da equipe de transição. 

Um outro ponto a ser discutido é o recebimento de pessoas envolvidas no 8 de janeiro, durante sua gestão, no GSI, entre os dias 1º de novembro e 31 de dezembro de 2022, inclusive, de um golpista preso em flagrante no ato. Os deputados Rubens Pereira Júnior (PT) e Rogério Correia (PT-MG) apresentaram o pedido citando reportagem da Agência Pública, que divulgou essas informações. 

Apresentaram requerimentos os senadores Fabiano Contarato (PT-ES), Ana Paula Lobato (PSB-MA), Izalci Lucas (PSDB-DF), Eduardo Girão (Novo-CE), e os deputados Rafael Brito (MDB-AL), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Duarte Jr. (PSB-MA), Duda Salabert (PDT-MG), Erika Hilton (Psol-SP) e Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) 

O general é apontado como um dos principais mentores dos ataques e seu depoimento pode ser fundamental para esclarecer o plano golpista, se houver colaboração. De acordo com a Revista Isto É, fontes da Segurança Pública afirmaram que Heleno utilizou do aparato técnico do órgão que estava sob seu comando e a influência nas Forças Armadas para evitar a posse de um presidente eleito democraticamente. 

Além disso, Heleno teria desmontado o GSI para que o órgão ficasse inerte no dia da invasão dos Poderes, tirando militares de posições importantes do órgão para deixá-los sem reação.

Um outro ponto que merece atenção e que fecha o cerco do aliado de Jair Bolsonaro é um grupo de Whatsapp com cerca de 40 militares da ativa e da reserva no qual foram discutidas ações golpistas, segundo coluna de Juliana Dal Piva, do Uol.

O grupo intitulado Notícias Brasil foi desfeito no dia do golpe. Heleno, porém, disse não se recordar por fazer parte de inúmeros grupos. Este foi criado em 2016, em meio ao impeachment sofrido pela ex-presidente Dilma Rousseff – hoje reconhecido como golpe.

Em entrevista à TV GGN, em abril, o então chefe interino do GSI, Ricardo Cappelli, afirmou que o órgão estava sob influência do general Heleno no 8/1. 

O indicado pelo presidente Lula e o ministro da Justiça Flávio Dino, aproveitou para reforçar o fato de que não faz sentido levantar acusações contra o general G. Dias, que tinha apenas 6 dias à frente da pasta. Dias pediu demissão do cargo após um vídeo vazado pela CNN [entenda o que aconteceu pela análise de Luis Nassif]. A entrevista completa com Cappelli, na TV GGN, você pode conferir por aqui.

Transmissão ao vivo pela TV GGN:

Confira nesta terça, a partir das 9h, a transmissão da CPMI dos atos golpistas, na TV GGN:

Fique por dentro do assunto com a cobertura do Jornal GGN:

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