segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Males dos protagonistas da sórdida Lava Jato: a razão dos ataques de Dallagnol a Eduardo Appio

 


O receio maior são os 4 terabytes da Vaza Jato, mantidos em segredo pelo Supremo Tribunal Federal.


Os ataques desesperados do deputado de ultradireita Deltan Dallagnol contra o juiz Eduardo Appio – que assumiu a vara da Lava Jato – tem uma razão objetiva.

Certamente não se trata do destino dos processos que ainda tramitam por lá – já que estavam praticamente parados, a exemplo do que ocorreu com a Operação Banestado.

O receio maior são os 4 terabytes da Vaza Jato, mantidos em segredo pelo Supremo Tribunal Federal. Aparentemente, tem muito mais informações comprometedoras do que as que foram divulgadas pelo pool de veículos até agora.

O papel de Dallagnol tem sido o de alimentar o chamado jornalismo de fofocas, de notas curtas, com ataques a Appio, recorrendo a Cláudio Humberto e Malu Gaspar.

Hoje, no Estadão, Fausto Macedo volta a fazer jornalismo e vai à fonte – o próprio Appio – em uma entrevista em que dá a palavra ao juiz.

Aliás, é curioso que aceitem acusações de Dallagnol contra o pai de Appio, sem sequer apurar a veracidade e circunstâncias, e deixem de lado o processo que corre contra o pai de Dallagnol, por acusação de supervalorização da imóvel desapropriado pelo INCRA.

Prisão de Bolsonaro é essencial para extirpar o ódio fascistóide do Brasil, diz Leonardo Boff

 

"Ele deve ser preso, extraditado e condenado. O ministro Moraes não pode tergiversar nisso", afirma o teólogo, filósofo e escritor

www.brasil247.com - Leonardo Boff e Jair Bolsonaro

Leonardo Boff e Jair Bolsonaro (Foto: Guilherme Santos/Sul21 | Carolina Antunes/PR)

247 - O teólogo, filósofo e escritor Leonardo Boff afirmou pelo Twitter na manhã deste domingo (26) que a prisão de Jair Bolsonaro (PL) é passo fundamental para extirpar o ódio do Brasil.

"Se queremos extirpar o ódio no Brasil devemos cortar primeiro suas raízes na pessoa de Bolsonaro, homem do mal. Ele deve ser preso, extraditado e condenado. O ministro Moraes não pode tergiversar nisso. Pelo bem do Brasil", publicou. 

"Juros altos são o cerne do problema brasileiro", diz Rubens Menin, controlador da MRV, Inter e CNN

 Menin é mais um grande nome do mercado financeiro que se somar à posição do presidente Lula sobre os juros altos: "se resolvermos essa questão dos juros, ninguém segura o Brasil"

www.brasil247.com - Dono da CNN Brasil, Rubens Menin

Dono da CNN Brasil, Rubens Menin (Foto: Divulgação)

247Controlador da construtora MRV, do Banco Inter, da Log Properties e da CNN Brasil, o empresário Rubens Menin, um dos mais influentes do Brasil, é mais um grande nome do mercado financeiro ao se somar à posição do presidente Lula (PT) contra os juros altos. Atualmente, a taxa básica de juros - Selic - do Brasil mantida pelo Banco Central é de 13,75% ao ano.

Ao Neofeed, Menin afirmou que os "juros altos são o cerne do problema brasileiro".  "Em 1994, fizemos um pacto social. O Plano Real foi um pacto social. Mas nunca se pensou nos juros, só na moeda, em inflação. Acho que fomos muito lenientes no Brasil em relação aos juros. Com isso, de fato, nunca atacamos o problema de frente. Em 2001, o Jim O’Neil (economista britânico) criou o termo dos BRICS e ele estava certo, o Brasil tem um potencial enorme, é um país continental. Só que ele esqueceu dos juros. Não consegue ter crescimento sem ter juros baixos. O Brasil, as empresas, as famílias e os governos são sacrificados pelas altas taxas de juros. Tem uma heresia que eu brinco que é a de que os juros compostos são as armas mais poderosas do universo. E, de fato, são. O pessoal não olha muito, mas uma empresa, para fazer investimento, é juros; para fazer uma PPP, uma concessão, para fazer uma rodovia, é juros; quando fala competitividade, é juros. Tudo no Brasil é muito mais caro por conta dos juros. Os juros altos são o cerne do problema brasileiro".

“Me incomoda muito essa conversa unilateral de ‘ah, meu objetivo é a inflação’. Não, o objetivo tem de ser inflação e juros. ‘Ah, mas os juros são consequência’. É consequência, mas tem de ser discutido o efeito danoso é maior ou igual do que a alta da inflação", disse.

Para Menin, o Brasil precisa tratar dos juros como se estivesse tratando de uma guerra. "Você pode até combater a inflação. Mas controlou a inflação com aumento de juros e lá na frente tem a economia tão combalida que vai ter outro problema maior. Tem de ser uma conversa muito clara e transparente envolvendo toda a sociedade".

O empresário afirmou ainda que "se resolvermos essa questão dos juros, ninguém segura o Brasil". "Temos um agronegócio maravilhoso, uma matriz energética sensacional, um mercado interno grande, uma infraestrutura enorme para ser construída, pode aproveitar essa tendência mundial do resource. Vamos resolver esse problema dos juros que o Brasil mata a pau!".

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Relato de Experiência de Quase Morte - EQM - O Caso de Xavier Melo, matemático

 

Do Canal Muitas Perguntas, poucas respostas:

EQM - Doutor teve uma fantástica experiência de quase morte. Doutor em matemática Xavier Melo dirigia seu carro, quando teve uma EQM e não queria retornar para o planeta terra.



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

O jogo da Lava Jato e TRF-4 e 7 suspeitas que não foram apuradas, por Luis Nassif

 

O episódio é relevante para lembrar que a imprensa tem uma dívida para com o jornalismo: apurar as denúncias que ficaram no ar, em relação à Lava Jato.


Deltan Dallagnol ao lado do ex-juiz Sergio Moro

GGN. - Em janeiro de 2019, os procuradores da Lava Jato já se articulavam para assegurar um substituto de confiança para o lugar de Sérgio Moro, indicado Ministro de Bolsonaro.

As articulações aparecem na Vaza Jato e foram noticiadas pelo The Intercept.

Para tanto, contavam com o apoio do desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4a Região, e principal articulador do lavajatismo no órgão.

Este ano havia dois candidatos ao posto. Um deles, o juiz Eduardo Appio – que teve participação brilhante nos programas da TV GGN Justiça e tinha direito por antiguidade. Competindo com ele, uma candidata ligada ao lavajatismo.

Appio foi escolhido e logo foi alvo de uma campanha nos velhos moldes da Lava Jato. Tentaram inabilitá-lo com base em três factoides. 

O primeiro, sua participação na TV GGN, onde sempre se comportou como um legalista e garantista. O segundo, a acusação bizarra que teria contribuído para a candidatura de Lula, com a quantia de R $13,00. A única prova era o registro no Tribunal Superior Eleitoral. Appio demonstrou a falsificação do registro mostrando seu extrato bancário. O terceiro, acusações baixas contra o pai de Appio, um político conservador, de vida ilibada, que faleceu há alguns meses.

Coube à assessoria do TRF4 convocar seus jornalistas de sempre, Cláudio Humberto e o Antagonista. Bastou para que outros veículos caíssem na esparrela, com o amadorismo de sempre: as reportagens mostrando a ausência de provas e as manchetes endossando as insinuações.

As baixarias foram espalhadas pelo Twitter através de Deltan Dallagnol. O episódio é relevante para lembrar que a imprensa tem uma dívida para com o jornalismo: apurar as denúncias que ficaram no ar, em relação à Lava Jato.

Aqui, uma pequena relação, já levantada pelo GGN.

  1. Família Dallagnol recebeu indenização por gleba com sobrepreço estimado em R$ 147 milhões” O INCRA entrou com uma ação para derrubar acordos feitos na Justiça Federal, e que garantiram o sobrepreço.
  2. Enquanto o INCRA tentava recuperar o sobrepreço, de repente Dallagnol e família abriram várias empresas e conseguiram a representação de lojas em diversos shoppings. A história foi abordada em “A expansão repentina dos negócios da família Dallagnol
  3. Não se ficou nisso. No mesmo período adquiriu um apartamento no prédio de alto padrão onde morava. O apartamento foi adquirido em um leilão judicial, mesmo sendo vedada a participação de pessoas ligadas ao Judiciário da região do leilão. A história foi contada em “A expansão repentina dos negócios da família Dallagnol
  4. Dallagnol foiu contratado para uma palestra pela empresa Neoway, de bigdata. No mesmo evento gravou um comercial para a empresa e tentou utilizar seus sistemas para a base de dados da Lava Jato. A empresa foi citada por corrupção na Petrobras e autuada em Santa Catarina por suborno. “Xadrez de como Dallagnol se tornou lobista de empresa citada na Lava Jato
  5. Uma delação de Paulo Roberto, diretor da Petrobras, implicou o lobista carioca Mariano Marcondes Ferraz, do board da Trafigura – uma das maiores comercializadoras de petróleo do mundo, e grande cliente da Petrobras. No meio do caminho, a Trafigura desaparece e Mariano é processado apenas por um bico feito para uma empresa italiana no porto de Suape. A história é contada em “Como a Lava Jato beneficiou a principal concorrente do Brasil na África
  6. A Lava Jato do Rio de Janeiro apurou que Dario Messer, o principal doleiro do país, remetia mensalmente 15 mil dólares para supostamente conseguir o silêncio de procuradores de Curitiba. Nada aconteceu com a denúncia, apesar de Messer jamais ter sido investigado pela Lava Jato e de um dos procuradores ter dado um depoimento em sua defesa. “Delação de Dario Messer amplia as suspeitas sobre Lava Jato de Curitiba
  7. Na negociação para se apossar se 2,5 bilhões para a tal Fundação Lava Jato, reservou-se a metade para indenizar supostos acionistas brasileiros que entrariam com ações contra a Petrobras. Não havia nenhuma aliado dos procuradores para conseguir o impeachment de Gilmar Mendes.

Governo Lula cria grupo de especialistas para combater discursos de ódio nazifascistas militaristas golpistas bolsonaristas nas redes sociais

 

Especialistas em redes sociais e ataques bolsonaristas integram o grupo, como Christian Dunker, Esther Solano e Guilherme Casarões


Grupo irá focar discursos de ódio nas redes sociais que embasaram bolsonarismo

No mesmo dia em que o governo Lula defende uma atuação global para combater Fake News e discursos de ódio na internet, internamente o Ministério dos Direitos Humanos criou um grupo de trabalho para impedir atuação de grupos radicais e extremistas, principalmente nas redes sociais.

O grupo foi oficializado nesta quarta-feira (22), em portaria publicada no Diário Oficial da União. Trata-se de uma atuação do Ministério dos Direitos Humanos, com representantes da pasta e da sociedade civil.

Constituirão o grupo especialistas em redes sociais e ataques bolsonaristas, entre eles colaboradores do Jornal GGN: o psicanalista Christian Dunker, a cientista social e acadêmica Esther Solano, a antropóloga Débora Diniz, o cientista político e colaborador da TVGGN Guilherme Casarões, a antropóloga Isabela Oliveira Kalil e o epidemiologista Pedro Hallal.

A ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) comandará a equipe, com também membros do governo federal e 24 representantes da sociedade civil, entre eles a repórter Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, e o influenciador Felipe Neto.

O objetivo dos trabalhos é encontrar propostas de combate às redes de ódio e extremismo, constituídas nas redes sociais, e que ameaçam a democracia. Em 6 meses, o grupo irá assessorar o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, promover estudos e estratégias para o enfrentamento do cenário.

sábado, 18 de fevereiro de 2023

Agência Spotlight: General Mourão recebeu megatraficante internacional ex-militar no Palácio do Planalto. Pauta: patriotismo

 

Reinaldo Azevedo: Empresariado e bancos se juntam a Lula na crítica aos juros estorsivos e assassinos do Banco Central pró-bilionários

 

Da Rádio BandNews FM:




quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Gilmar Mendes ao GGN: Militares ganham força indevida com a banalização das GLOs

 

Para o ministro Gilmar Mendes, devolver Forças Armadas ao devido lugar passa por despolitizar as polícias. Assista na TVGGN


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, disse em entrevista exclusiva ao jornalista Luis Nassif, da TV GGN, que as Forças Armadas ganharam “musculatura” com a banalização do uso da GLOs (operações de Garantia da Lei e da Ordem) e com uma certa – e equivocada – leniência das instituições quanto à politização das polícias nos últimos anos.

Gilmar Mendes defendeu que as instituições precisam fazer uma “autocrítica” e discutir abertamente as reformas necessárias para sustar o uso contínuo das GLOs e devolver as Forças Armadas ao lugar que ocuparam do governo FHC até o impeachment de Dilma Rousseff, limando interpretações erradas – e golpistas – do papel que os militares exercerm na República à luz do artigo 142 da Constituição.

A crise com os militares veio à tona no programa TV GGN 20 Horas, na noite de terça-feira (14), quando Luis Nassif perguntou ao ministro se o atentado bolsonarista em Brasília, em 8 de Janeiro, tem relação com a falta de uma “justiça de transição” desde o fim da ditadura, quando os militares que cometeram crimes acabaram anistiados.

O ministro avaliou que, a despeito da anistia, a classe política encontrou uma “fórmula brasileira” de fazer a transição para a democracia acontecer com “certa pacificação”. “Com habilidade, nossos políticos construíram uma transição e assim ainda continuo vendo. O que me parece é que nós, enquanto sociedade civil e parte da estrutura do estado de direito, falhamos em resolver algumas questões.”

A principal delas, na visão de Gilmar Mendes, é o uso excessivo da GLO para contornar problemas de segurança pública, alguns decorrentes da politização ou insubordinação de policiais.

“A partir de 1992 nós tivemos o uso de GLO e desde então vem se ampliando essa utilização. Até aqui, foram mais ou menos 150 GLOs, portanto, o uso das Forças Armadas fora da sua atividade típica. Alguma parte disso é eleitoral, ou seja, uso em locais de insegurança no período eleitoral, para evitar conflitos. Mas boa parte tem a ver com insegurança pública e greve de polícia, e às vezes está consorciado”, apontou.

“Não logramos de resolver esses problemas, e veja hoje a politização das polícias! O 8 de Janeiro indica isso no Distrito Federal. A polícia decidiu não agir. A mim me parece que é um ponto fulcral que temos que prestar atenção: o que fazer para evitar a politização das polícias, que depois leva ao emprego das Forças Armadas? E se você olhar, há erros continuados. Depois da greve, vem a anistia pelo Congresso. É um ponto para autocritica do estableshment, do arcabouço institucional”, analisou.

De acordo o ministro do STF, o emprego continuado das Forças Armadas em operações de GLO – contra o crime organizado no Rio de Janeiro, ou em Copa do Mundo e até nas Olimpíadas – “dá musculatura para esse modelo e faz com que cresça essa interpretação do 142: das Forças Armadas como ‘poder moderador’, como ‘arbitro dos eventuais conflitos’ até entre STF e Legislativo, ou STF e Executivo. Isso vem no contexto mais amplo de falência da administração dessas questões institucionais”, comentou.

Para além da politização das forças de segurança subordinadas aos estados, Gilmar Mendes também destacou a politização de setores da própria Forças Armadas, capturadas por Jair Bolsonaro com milhares de cargos no governo federal e por alinhamento ideológico.

“Acho até que alguns segmentos da reserva militar, e talvez da ativa, tenham visto na vitória de Bolsonaro [em 2018] um pouco de ‘agora os militares voltaram, mas através das urnas'”, comentou.

Uma vez eleito, Bolsonaro deu protagonismo aos militares, inclusive mantendo um à frente do Ministério da Defesa, uma tradição iniciada com o golpe em Dilma e a ascensão de Michel Temer ao poder. Antes disso, os presidentes democratas nomearam civis para a pasta.

Para Gilmar Mendes, o episódio de 8 de Janeiro, “posto claro que havia um projeto de, pelo menos, fratura do sistema institucional”, serve para que o País discuta o retorno dos militares ao seu devido lugar.

“Se repudiamos a ditadura e, eventualmente, a sua volta, devemos deixar isso claro em termos institucionais e assumirmos nossas responsabilidades, mas fazermos essas reformas que são demandadas. Desde que Bolsonaro assumiu o poder, muitos falam que o problema pode não estar nas Forças Armadas, mas vir das polícias. E aqui em Brasília vimos essa questão colocada. Inclusive essa manifestação do governador [Ibaneis Rocha] dizendo que perdeu controle das polícias e que precisava de militares, parecia um script para fazer GLO e Deus sabe lá o que isso representaria”, finalizou.


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Mônica Bergamo: STF retoma julgamento para acabar com privilégios de militares na Justiça

 

Da Rádio BandNews FM:




Poeta chileno Pablo Neruda morreu envenenado à mando dos militares de extrema direta, aponta estudo

 

Rodolfo Reyes, sobrinho de Neruda, foi quem divulgou as conclusões da análise

www.brasil247.com - Pablo Neruda

Pablo Neruda (Foto: Fundación Pablo Neruda)

247 - Um estudo dos restos mortais do poeta chileno Pablo Neruda (1904-1973) revelou que o Nobel da Literatura morreu após ser envenenado. A informação foi divulgada pela família nesta segunda-feira (13). Sempre houve suspeita sobre a causa da morte do artista, mas a posição oficial era a de que o escritor morreu por conta de um câncer. Rodolfo Reyes, sobrinho de Neruda, foi quem divulgou as conclusões da análise. O estudo sobre a morte do poeta será publicado nesta quarta-feira (15), mostrou uma reportagem do Globo

Oficialmente, Neruda morreu vítima de um câncer de próstata aos 69 anos no dia 23 de setembro de 1973, 12 dias depois do golpe militar comandado por Augusto Pinochet que derrubou o governo do presidente Salvador Allende, de quem o escritor era próximo. 

De acordo com Reyes, teste apontaram a presença da bactéria Clostridium botulinum em grande quantidade no organismo de Neruda, o que seria um indicativo de envenenamento. "Encontramos a bala que matou Neruda e estava em seu corpo. Quem disparou? Descobriremos em breve, mas não há dúvida de que Neruda foi morto por intervenção direta de terceiros", disse Reyes à agência Efe.


Entrevista pornográfica do administrador dos interesses de banqueiros bilionários Roberto Campos Neto ilumina o desafio de Lula segundo Mário Vítor Santos

 

"O auge da ditadura do capital sobre o noticiário foi a 'entrevista' de Roberto Campos Neto ao Roda Viva", escreve Mario Vitor Santos


www.brasil247.com - Roberto Campos Neto no Roda Viva

Roberto Campos Neto no Roda Viva (Foto: Nadja Kouchi/TV Cultura)

O maior enigma desse inicio de governo gira em torno de seu principal personagem.

Decifrar as motivações da atitude política de Lula neste início de governo pode dar as pistas sobre a maneira como ele pretende gerir seu mandato.

Desde que assumiu, o presidente, a julgar por seus pronunciamentos, desmente a ideia de que, uma vez vencida a eleição, a palavra presidencial deve ser amena, evitar os confrontos, procurar arredondar as arestas geradas em todo período eleitoral.

Em 2003, o então novo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, anunciou uma elevação da meta de superavit primário de 4,25% do Produto Interno Bruto, em coerência com a Carta ao Povo Brasileiro, do ano anterior, em que Lula se comprometia a respeitar contratos. A Carta de 2002 recebeu críticas do Movimento dos Sem-Terra e outros setores da esquerda. Foi vista como um marco de uma sujeição do governo ao mercado financeiro.

Agora, Lula em seus pronunciamentos caminha no sentido oposto.

Favorecido pela posição desafiadora do presidente bolsonarista do Banco Central em defesa da recessão e do desemprego como instrumento de combate à inflação, Lula rejeita os ataques "desse cidadão", referindo-se a Roberto Campos Neto.

Para Lula, o jogo ficou aberto especialmente com o texto do comunicado divulgado após a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central que além de manter a pornográfica meta de 13,75% para a taxa básica de juros,  ainda embutia a noção de que a política econômica de Lula seria fiscalmente  irresponsável e precisava ser preventivamente detida por juros altos que seriam sustentados na estratosfera não só em 2023 como nos anos seguintes.

Já essa declaração de guerra justificaria uma  resposta à altura do governo Lula, pois ela acarretava em si mesma  a inviabilização política e social do mandato do presidente da República pelo presidente do Banco Central, personagem sem nenhum voto, pendurado  numa autarquia funcionalmente subordinada ao ministro da Fazenda.

A mudança do tom de Lula avança em todas as esferas, suscitando alardes interesseiros de seus adversários no mercado financeiro, que afetam surpresa,  dizendo esperar um presidente mais dócil como em mandatos  anteriores.

Desta vez, porém, alegam seus interlocutores no Diretório Nacional do PT, Lula pretende se manter ligado aos setores do movimento social que o apoiaram na prisão e na campanha eleitoral, bem como aos compromissos de reativação da economia e redução da miséria,  mesmo que à custa de aumento das tensões com integrantes e partidos da Frente Ampla que o elegeu. Vale destacar aí o papel  da mídia corporativa, que se revela cada vez mais um mero apêndice do capital financeiro.

Essa midia submete seus jornalistas a um regime de controle inédito sobre todas as fases e detalhes da produção jornalística.

O auge dessa ditadura do capital sobre o noticiário (quem nao se lembra quando a Folha obrigou seus jornalistas a denominar em ordem unida a PEC do Bolsa Família de PEC da Gastança assim, sem aspas?) foi a "entrevista" de Roberto Campos Neto ao Roda Viva.

Nenhum dos jornalistas ali presentes teve a coragem e a independência de perguntar ao presidente do Banco Central por que o Brasil é o campeão mundial de juros. Simples assim.

Tamanha demonstração de subserviência ao presidente do Banco Central fala por si.

A dimensão do desafio diante de si não passa despercebida ao presidente Lula, que almeja ceder o mínimo possivel agora para não ter de conceder ainda mais adiante e acabar com seu governo desfigurado desde o nascedouro. Nesta quinta, na reunião do Conselho Monetário Nacional,  o país saberá quem vai ceder.

A busca de Lula, por controlar pessoalmente a agenda tem a ver com esse combate permanente que se anuncia para Lula desde pelo menos o dia 8 de janeiro.

Ser fiel aos apoiadores,  cumprir os compromissos de campanha e adiantar-se na disputa pelos temas e polêmicas da agenda é algo que Lula aprendeu pelos erros e acertos nos seus mandatos, na sua vida (dentro e fora da cadeia) e até mesmo com as táticas usadas por seus inimigos.

Pesquisa Quaest: 76% concordam com críticas de Lula à taxa abusiva de juros do Banco Central

 

O levantamento perguntou também se as pessoas ficaram sabendo do embate de Lula com o Banco Central a respeito da taxa de juros; 67% responderam que não e 30% que sim

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(Foto: ABR)

247  — Mais de três quartos da população concordam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concordam com as críticas feitas à taxa abusiva de juros do Banco Central, que está em 13,75%, segundo os entrevistados em pesquisa da Quaest, divulgada nesta terça-feira, 14. Segundo o levantamento, 76% dos entrevistados concordam com as críticas.

O levantamento perguntou também se as pessoas ficaram sabendo do embate de Lula com o Banco Central a respeito da taxa de juros; 67% responderam que não e 30% que sim.

A pesquisa ouviu 2.016 pessoas da última sexta-feira (10) até a segunda (13) e tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento é financiado pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial.

Portal do José: Entrevista fatal do Bozo, que admite que pode ser preso

 


Do Portal do José:

EIS QUE ELE REAPARECE. Os ares dos EUA devem estar fazendo mal ao combalido cérebro do ex presidente ( com minúsculas mesmo). Admite pela primeira vez que a cadeia será seu destino. Em entrevista ao THE WALL STREET JOURNAL, ele confessa a sua próxima morada: Papuda ou Bangu 8. De todo modo ele terá muito tempo para se arrepender dos crimes que cometeu contra nós. Sigamos.






terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Nazismo brasileiro é filho da extrema direita. Texto de Ana Cláudia Laurindo

 

Com uma suástica disposta no braço, bombas caseiras e machadinha, o adolescente se tornava um arauto da dor, em nome de objetivos propagados por políticos brasileiros.


Segue o texto da educadora e cientista social Ana Cláudia Laurindo, publicado no Repórter Nordeste:


Efeito maldito cultivado pela extrema direita no Brasil se volta contra a sociedade e pode afetar inocentes mais vezes do que imaginamos, pois a tentativa de horror que foi abortada pela Guarda Municipal no interior paulista de Monte Mor, nesta segunda 13, já ocorreu anteriormente em outros municípios deixando lamentável saldo de mortos e feridos.

A última ocorrência foi em Aracruz no Espírito Santo.

O caráter é semelhante. Envolve adolescentes e jovens inebriados pelo odor de formol do nazismo, um mal que a humanidade poderia ter classificado como extinto, mas preferiu manter aceso por poder político e dinheiro.

Atacando escolas, eles tornam qualquer aluno potencial vítima, assim como professores e demais trabalhadores da educação. O alvo é garantido, a comoção repercute e não se sabe qual família haverá de chorar, pois a loteria da vida e morte chega de surpresa.

Neste caso de Monte Mor, o adolescente chegou a provocar explosões e desta vez a vida ganhou, pois ninguém se feriu.

Com uma suástica disposta no braço, bombas caseiras e machadinha, se tornava um arauto da dor, em nome de objetivos propagados por políticos brasileiros.

Referências ao nazismo poderiam retirar mandatos de quem as utiliza no ato da posse, como fez um deputado neste mesmo mês. Mas no Brasil, está cassando mandato de quem denuncia o gesto em ambiente escolar, como ocorreu em Santa Catarina.

Não é um mero incidente, e precisa ser entendido como responsabilidade dos extremismos que a direita bolsonarista tem promovido por todos os rincões do país, alimentando a chama de células nazistas, principalmente no Sul e Sudeste.

Hoje a vida venceu.

O adolescente foi detido, mas em breve estará solto e ?…