sexta-feira, 31 de março de 2023

“Ódio e nojo” explode na web após Mourão dizer que a criminosa ditadura militar “contribuiu para democracia”

Internautas se exprimem contra os elogios de Hamilton Mourão (que é militar e de extrema direita, tendo sido vice de Bolsonaro) à ditadura... 

Do DCM:

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS)

Após o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) elogiar a ditadura militar e dizer que o regime contribuiu para a democracia brasileira, diversos internautas criticaram a fala do parlamentar. A declaração foi feita durante pronunciamento no Senado, na última quinta-feira (30).

“É praticamente impossível não encontrar na vida do país os traços e antecedentes das reformas empreendidas naquele período, que dinamizaram sua sociedade e, acima de tudo, fortaleceram a democracia brasileira, que, pela primeira vez na história republicana, teve um regime inaugurado sem golpe de Estado. (…) Ao contrário dos que insistem em tirar o 31 de março do seu lugar, que é a história, os militares aprenderam com ela”, disse.

O ex-vice-presidente também ressaltou que as ações da época deixaram um “importante legado” no processo democrático do país. Vale destacar que, nesta sexta-feira (31), o golpe militar completa 59 anos.

Mourão foi alvo de diversas críticas e se tornou um dos assuntos mais comentados na web. Além disso, “ódio e nojo” foi parar nos Trending Topics do Twitter. A frase faz referência a declaração feita por Ulysses Guimarães na promulgação da Constituição de 1988.

Confira a repercussão:

O Plano Haddad do arcabouço fiscal e o futuro, por Tereza Cruvinel

 


"Marco fiscal apresentado pelo ministro conseguiu atender à demanda fiscalista e também à exigência social-desenvolvimentista de Lula", diz Tereza Cruvinel

www.brasil247.com - Ministros Fernando Haddad e Simone Tebet e auxiliares do Ministério da Fazenda durante apresentação do novo marco fiscal - 30.03.2023

Ministros Fernando Haddad e Simone Tebet e auxiliares do Ministério da Fazenda durante apresentação do novo marco fiscal - 30.03.2023 (Foto: Diogo Zacarias/Min. Fazenda)

O marco fiscal apresentado pelo ministro Fernando Haddad e equipe ditará o futuro da economia brasileira nos próximos quatro anos (logo, o de tods nós), e por decorrência o futuro do governo Lula e o destino político do próprio Haddad.  Afora a consistência técnica, a costura política prévia foi bem feita, aplainando o caminho para a aprovação no Congresso.

A proposta conseguiu atender à demanda fiscalista,  de regras para equilibrar as contas federais e controlar a evolução da dívida pública, e também à exigência,  digamos, social-desenvolvimentista do presidente Lula, ao garantir espaço para o investimento e o crescimento,  e também para as políticas sociais. Haddad chegou o mais próximo possível do desafio por ele mesmo definido como "agradar de Campos Neto a Gleisi Hoffmann". Nem o presidente do BC nem a presidente do PT soltaram fogos mas também não a atacaram.  

Entre economistas, empresários e políticos a reação foi positiva, com ressalvas pertinentes quanto a um ponto essencial: o êxito da aplicação do plano dependerá muito do crescimento das receitas. Logo, de uma reforma tributária que não signifique aumento da carga tributária atual, vale dizer,  que não crie novos impostos ou aumente alíquotas de tributos existentes.  O dinheiro terá que vir, então, dos que sonegam e dos que não pagam impostos, resumindo o slogan eleitoral de Lula: os pobres no orçamento e os ricos no imposto de renda.

O êxito está atrelado ao crescimento da receita porque a âncora principal é a regra que permite ao governo expandir o gasto em, no máximo, 70% da expansão da receita. Com a "sobra" de recursos é que Haddad espera alcançar o objetivo ambicioso de zerar o deficit fiscal no ano que vem, fazer um superavit de 0,5% em 2025 e de 1% em 2026. O deficit deste ano ficará numa banda flutuante entre 0,25% e 0,75% do PIB. A meta é fechar o ano com deficit de 0,5%. Terá que haver aperto para se chegar a tanto.

Mas não só de aperto é feito o plano de Haddad. Um ponto anticíclico da proposta, para uma economia constipada,  é o que estabelece um piso de investimento de  R$ 75 bilhões mais a inflação. Esta regra pró-crescimento atende Lula em sua angústia para que a economia se mexa e gere empregos. O mesmo vale para a previsão de que, se a meta fiscal for superada, o excedente será destinado a investimentos.

Diferentemente do teto de gastos de Temer, que limitava o aumento do gasto ao valor do ano anterior corrigido pela inflação, imobilizando o governo e ignorando os imprevistos, como aconteceu no estouro da pandemia, a proposta estabelece que a despesa, desde que limitada a 70% do crescimento da arrecadação, poderá crescer entre 0,6% e 2.5% acima da inflação.  Esta é outra reserva para que o governo possa avançar com políticas públicas para o bem de todos, especialmente para socorrer os mais pobres.

Vai também ao encontro das demandas do presidente Lula a manutenção dos gastos mínimos constitucionais com educação e saúde. Ficam também fora dos linites os gastos com o Fundeb, que financia a educação básica,  e com o piso nacional de enfermagem.

Afora outras bandas e gatilhos, este é o cerne do plano Haddad. Se  a implementação for exitosa, lembrando sempre a dependência da reforma tributária que ficará para o segundo semestre,  Lula disporá das condições para fazer o governo com que sonha: de crescimento econômico, geração de empregos, maior bem estar para todos e redução da miséria que campeia no Brasil.

Quando ele escolheu Haddad para ministro da Fazenda, houve quem disse que era um erro sacrificar o quadro mais promissor do PT numa missão espinhosa, em que ele poderia ser carbonizado. A herança foi das piores: Bolsonaro desmoralizou a regra do teto de gastos, entregou um deficit e uma  dívida pública cavalares, enfim, uma economia desorganizada e sem perspectivas. Ele irá sempre usar a pandemia como desculpa mas foi para tentar se eleger que ele cometeu os maiores desatinos, a queima de recursos que arrombou de vez as contas.

Mas Haddad também queria o cargo e agora faz uma aposta alta. Se tiver êxito, estará credenciado a disputar a sucessão de Lula, a não ser que ele resolva disputar a reeleição, o que descartou na campanha mas já disse que, dependendo da situação, pode concorrer.

Falta, como já dito, a reforma tributária e a aprovação parlamentar. A propostá será apresentada ao Congresso, possivelmente na semana que vem, através de um projeto de lei complementar (PLC) , como previsto na chamada PEC da transição. Não sendo por medida provisória, passará ao largo da querela entre Senado e Câmara sobre o rito, mas exigirá um quórum alto. Não tão alto como o das PEC, de 308 votos na Câmara, mas o de maioria absoluta, 257 votos na Câmara, por exemplo.

No primeiro momento, ouvimos elogios dos líderes, e até de parlamentares da oposição. O presidente da Câmara, Arthur Lira, aplaudiu com a ressalva de que agora é preciso garantir o crescimento da arredação. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foi mais efusivo, e a situação do governo na Casa é mais tranquila.

De sua parte, Lira já antecipou que indicará como relator na Câmara um deputado do PP. E este foi um pedido sabe de quem? Do presidente do partido, Ciro Nogueira, ex-chefe da Casa Civil de Bolsonaro. Obviamente não fez o pedido porque deseja ajudar o governo Lula. Os cotados são os deputados Claudio Cajado (BA), Covati Filho (RS), Fernando Monteiro (PE) e Mário Negromonte (BA). Este último, tendo sido ministro de Dilma, talvez agrade mais o governo. Tudo o que não interessa a Haddad é um relator que resolva fazer mudanças nas regras fundamentais.

Aprovar o plano será o grande teste político do governo, agora mais do que nunca premido pela necessidade de consolidar uma base de apoio. Aprovar o plano, e executá-lo com sucesso, é a chave do futuro.

Cristiano Zanin, um caso de unanimidade, por Luís Nassif

 

Zanin construiu sua reputação enfrentando a mais árdua batalha jurídica da moderna história brasileira com uma estratégia exemplar



Do Jornal GGN:

Advogado de Lula, Cristiano Zanin conseguiu dois feitos notáveis. Primeiro, provocar emoção em Gilmar Mendes, quando votava a suspeição de Sérgio Moro. Outra, hoje, quando conseguiu tirar do silêncio o ex-ministro Celso de Mello, que defendeu sua candidatura a Ministro do Supremo.

Zanin construiu sua reputação enfrentando a mais árdua batalha jurídica da moderna história brasileira com uma estratégia exemplar – apesar de duramente criticada por muitos penalistas.

Montou uma assessoria de comunicação, para fazer frente à máquina de propaganda da Lava Jato. Era pequena, coisa de um assessor. Mas, rotineiramente, divulgava cada abuso da Lava Jato. E Zanin rebatia em petições permanentes.

Nas sessões ao vivo, jamais perdeu a fleuma, mesmo quando confrontado com a grosseria inesperada do advogado paranaense, colocado como assessor da Petrobras para dar alguma retaguarda a Moro, quando tratou de inquirir Lula.

Foi perseguido a ponto de ter seu escritório invadido e seus telefones grampeados. Nem assim, desanimou. Não se jactou, não esbravejou, em nenhum momento esmoreceu um segundo sequer na defesa de seu cliente.

A emoção de Gilmar foi por compreender a grandeza do exercício da advocacia, mesmo quando colocado contra uma onda de opinião pública tão avassaladora que arrastou, consigo, o próprio Supremo.

E o discretíssimo Celso de Mello coroa a consagração de Zanin, deixando de lado o silêncio que o acompanha, desde que se aposentou do Supremo, para avalizar sua indicação para o STF.

Denise Assis: Sobra arrogância e falta competência no presidente do BC pró-banqueiros e contra o Brasil, Roberto Campos Neto

 

A jornalista fez um alerta contra a "postura autoritária, absolutista e ameaçadora" do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

www.brasil247.com - Roberto Campos Neto e Banco Central

Roberto Campos Neto e Banco Central (Foto: ABr)

"O mercado continuará indiferente aos nossos discursos e rebelde às nossas leis." A frase, embora soe atual e progressista, foi dita por Roberto Campos, economista ultra neoliberal, privatista e ex-ministro do Planejamento de Castelo Branco (1964/1967), o primeiro ditador do regime implantado pelos militares (1964/1985), e consta do segundo volume do seu livro de memórias, “Lanterna na Popa”.

Com todas essas credenciais de direitista conservador, é possível que se vivo fosse não estivesse de acordo com o comportamento do netinho (53 anos), que herdou o seu nome, mas não a sua fidalguia.

Diplomata concursado, Campos (avô) foi testemunha, ao lado do também economista Eugênio Gudin, do encontro de Bretton Woods, que criou dois monstros do capitalismo: o Banco Mundial e o FMI. Ele certamente não aprovaria a postura autoritária, absolutista e ameaçadora de Bob Neto, que fez constar da última ata divulgada pelo COPOM, uma verdadeira ameaça (ou o nome é chantagem?), provocando revolta e indignação no assessor especial do BNDES, André Lara Resende.

Em entrevista nesta quarta (29/03) à jornalista Míriam Leitão, ele traduziu os seus sentimentos com relação à postura do presidente do Banco Central e sua equipe, além de classificar de “arrogante” o texto da ata emitida pelo Banco. Disse com conhecimento de causa e autoridade, aquilo que eu diria apenas como cidadã perplexa e revoltada com tamanha ousadia.

“O BC está se arvorando, com uma equipe de jovens tecnocratas que acreditam piamente nos modelinhos equivocados que eles estão olhando, e se acham no direito de passar pito no Congresso, no presidente eleito e no Judiciário. O BC, com a autonomia que lhe foi concedida, passou a se considerar um quarto poder. É um quarto poder que dá lições de moral e se considera acima dos demais poderes. É muito preocupante”, diagnosticou.

É mais que isso. É a tal da arrogância de que nos falou André Lara Resende, calcada apenas na soberba. Há dois dias ele chegou a falar que “um arcabouço ‘crível’ pode ajudar a baixar os juros”, Ora faça-me o favor! Agora os comentaristas papagaios, estão a apelidar o arcabouço fiscal anunciado nesta quinta-feira (30/03) pelo ministro Fernando Haddad, como “crível”, para admitir que, sim, o governo cumpriu a sua parte e entregou um bom plano.

Desde que foi entronizado no cargo, o presidente do BC não deve ter lido as regras que remetem às obrigações que lhe competem. Caso o tivesse feito, saberia, por exemplo, que uma delas – fundamental –, é “manter a inflação sob controle”. Isso porque, como explica o estatuto do próprio órgão, “a estabilidade dos preços mantém o poder de compra da moeda”. Na prática, significa que o Banco Central atua para preservar o valor do dinheiro em poder dos cidadãos, coisa que ele vem descumprindo desde o início de sua gestão, iniciada sob a presidência daquele que o indicou para estar onde está. E não foi Lula.

Como no caso da lenda do macaco, que se senta em cima do próprio rabo e fala dos demais, Bob Neto acumula razões de sobra para ser ejetado do posto. Além de torturar os setores produtivos, os pequenos empresários e os consumidores, com juros escorchantes (13,75%, por enquanto), classificados pelo prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz como verdadeira “sentença de morte” para a vida financeira do país, não consegue se entender com a inflação, um dos seus “deveres para casa”.

O órgão enfatiza que “não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado". Chegou a falar que “se fosse cumprir a meta de inflação de 2023, teria que ter juros de 23,5%”. Uma elevação até os píncaros, que fez ferver o sangue da deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), levando-a a sugerir a exoneração de toda a diretoria do BC, sacando a Lei Complementar nº 179, de 24 de fevereiro de 2021, que dispõe sobre a autonomia do Banco e a nomeação do presidente e seus diretores.

Motivos Bob Neto já deu de sobra. Ele, sim, errou nas contas nos dados sobre balança comercial, tendo de vir a público se retificar. Comercializou de forma nebulosa de R$ 39 bilhões em ouro, no ano passado, escondendo, sob o argumento de “sigilo bancário”, o que foi a maior quantidade de compra do metal dos últimos 20 anos, em um curto período de três meses. E, por fim, não consegue entregar o controle da inflação, sua razão de existir. Fora Bob! O país precisa caminhar.

Golpe militar criminoso de 1964 completa 59 anos com militares desmoralizados por adesão ao bolsonarismo fascistóide

 

Setor perdeu credibilidade por aderir a um governo desqualificado moral e intelectualmente

#ditaduranuncamais

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(Foto: Reprodução)

247 O aniversário de 59 anos do golpe militar de 1964 é marcado hoje pela desmoralização dos militares, que aderiram a um governo desqualificado moralmente e intelectualmente, como o de Jair Bolsonaro, que ficou marcado pelas 700 mil mortes na pandemia, pelo roubo de joias, pela entrega do patrimônio público e pelo baixo desempenho econômico.

O golpe militar de 1964 foi um movimento político-militar que ocorreu no Brasil em 31 de março de 1964, quando um grupo de militares brasileiros liderados pelo general Humberto de Alencar Castelo Branco, com apoio dos Estados Unidos, derrubou o presidente João Goulart, que havia sido eleito democraticamente.

O golpe foi justificado pelos militares como uma resposta aos supostos perigos de uma suposta ameaça comunista no país, mas na realidade, o objetivo era manter o poder nas mãos das elites militares e civis que se opunham às reformas sociais e trabalhistas defendidas por Goulart.

A partir do golpe, o Brasil passou por um longo período de ditadura militar, que durou até 1985, marcado por repressão, censura, tortura e desaparecimentos de opositores políticos. A economia brasileira cresceu consideravelmente durante esse período, mas as desigualdades sociais também aumentaram, com a concentração de renda nas mãos de poucos grupos empresariais e militares. O regime militar foi finalmente encerrado após uma grande mobilização popular e a realização de eleições diretas para presidente em 1989.

Com o golpe de 2016, o Brasil viveu novo ciclo de degradação econômica e social, chegando um governo de corte neofascista, com Jair Bolsonaro, até sua superação, nas eleições de 2022, pela vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dia 31 de março, desordem do dia (aniversário do golpe criminoso militar). Gregório Bezerra presente!, por Armando Coelho Neto

 

"O trauma militar faz parte da história do Brasil. Após prender fora da lei, torturar, matar, exilar, humilhar, os militares se auto-anistiaram e voltaram para casa como cães sarnentos livres leves e soltos, mas nunca largaram o osso. Mais que isso, mantiveram privilégios e entram para a história como a força armada que mais matou seu próprio povo do que quaisquer inimigos externos."

#ditaduranuncamais



Dia 31 de março, desordem do dia. Gregório Bezerra presente!

por Armando Coelho Neto

Algum militar de alta patente da ativa foi preso, denunciado, sequer apontado como autores, coautores, cúmplices, incentivadores, financiadores no que diz respeito à tentativa de golpe de estado desencadeada no dia 8 de janeiro último, quando dos ataques terroristas aos edifícios-sede da praça dos Três Poderes, em Brasília? Pelo menos, até a colocação do ponto final dessa conversa, parece que não.

O trauma militar faz parte da história do Brasil. Após prender fora da lei, torturar, matar, exilar, humilhar, os militares se auto-anistiaram e voltaram para casa como cães sarnentos livres leves e soltos, mas nunca largaram o osso. Mais que isso, mantiveram privilégios e entram para a história como a força armada que mais matou seu próprio povo do que quaisquer inimigos externos.

Sem justiça de transição, perdoaram seus próprios crimes, e por falta de argumento melhor, disseram que houve vítimas de ambos os lados. Na mais recente tentativa de golpe, em nome da normalização, da pacificação, pegaram carona no dístico de que “o amor venceu o ódio” e é o amor que dever ser imposto. Dessa forma, os culpados declararam que não é hora de procurar culpados. A conferir, também.

O velho modelo militar cristalizou no tempo. O nacionalismo, o patriotismo faz parte um ideário difuso, de cunho aforístico, lendário e/ou cinematográfico, tudo com cheiro de mofo e coturnos manchados de sangue. Movidos pela paranoia do fantasma do comunismo – que nunca ameaçou e nem ameaça o Brasil, vivem distantes da sociedade, sobretudo dos mais pobres e das questões sociais.

Sim, ficou batido dizer que a República nasceu de um golpe, cujo principal protagonista foi o marechal Deodoro da Fonseca (15/11/1989). Desde então vige a sanha da caserna em querer tutelar o Brasil. O cão do golpe com sarnas e pulgas expostas, exercita na surdina sua convivência com a população civil, ora rosnando, ora fingindo dormir, com as patas sobre o osso que não larga, faz do país seu refém.

“Generais de hoje são (cúmplices dos) torturadores de ontem …” é o título de um artigo de Ivônio Barros, membro Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos. Nela, o autor lembra vícios seculares das Forças Armadas, destacando entre outros pontos, que os comandantes, oficiais-generais são contrários à abertura dos arquivos da ditadura militar (1964-1985) querem esconder a verdade.

Segundo o autor, grande parte dos militares são contra a verdade, mesmo que não tenham se envolvido nos casos bárbaros de torturas e assassinatos de militantes políticos. Como são fartas as notícias sobre arbitrariedades nos tempos da ditadura militar, ao assumirem postura contrária às investigações, abertura de arquivos e tudo o mais, mesmo os novos acabam se tornando cúmplices dos crimes da ditadura.

Se para assaltos e corrupção as penas possam estar prescritas, caberia advertir que a tortura é crime que não prescreve, alerta Ivônio Barros. Quem não participou da barbárie, mas ajuda a esconder o passado tem culpa no cartório. São indiscutivelmente cúmplices de torturadores e ou de seus auxiliares. Aliás, a lei pune todo aquele que tem o dever de apurar, com agravante para servidor público.

Se os militares que têm posição de mando e comando hoje não têm nenhuma responsabilidade com os crimes do passado, diz Ivônio, deveriam ser os primeiros a lutar, reivindicar arquivos abertos e que uma comissão especial de investigação fosse formada para identificar quem torturou, quem matou e quem foi partícipe desses atos (incluindo médicos, legistas, policiais, funcionários públicos etc).

“Quando um filho olha para o pai, oficial das Forças Armadas, tem dúvida se ele foi torturador”, pontua o articulista. Quando um cidadão participa de uma cerimônia oficial e vê um oficial-general, olha para ele e vê um potencial assassino torturador, alguém que não deveria estar ali. Na sequência, ele pergunta: será que esses oficiais não sentem nenhum constrangimento? O leitor pode presumir que não.

O constrangimento é zero. À revelia das leis da caserna e dos bons militares (existem, pasmem!) a candidatura do ex-capitão foi urdida nos quarteis, com inequívoco apoio do suposto templo da pretensa idoneidade militar, que é a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), a qual serviu de palco para manifestações políticas conforme vídeos removidos das redes sociais.

Com o advento do AI-5 (13 de dezembro de 1968), o autor do texto lembra que as prisões, torturas e assassinatos se avolumaram. “Os aparelhos de repressão das Forças Armadas ficavam mais cruéis e mais sofisticados. Ao mesmo tempo, o pessoal da área de ‘inteligência’ se tornava mais poderoso na estrutura administrativa e política do governo ditatorial”. Deu no que deu, caro leitor.

Não adianta tentar dizer que não houve tortura e matança entre os anos de 1964 e 1968. O próprio Superior Tribunal Militar já admitiu essa realidade. E, nesse momento, cabe lembrar que os próprios militares foram os torturados pelos seus pares, em especial os quadros de praça (cabos, sargentos) envolvidos em rebeliões e ou em movimentos de apoio ao governo João Goulart.

O sargento Gregório Bezerra (1900 a 1983) é um deles. Militante político do Partido Comunista, deputado constituinte de 1946 e forte opositor da Ditadura Militar de 64, foi torturado em praça pública e foi arrastado pelas ruas do Recife num primitivo espetáculo medieval. Vivo fosse, fugindo a lógica dos chamamentos do Criador, estaria aniversariando no dia 13 de março. Acolham essa fala como homenagem.

Armando Rodrigues Coelho Neto é jornalista, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-representante da Interpol em São Paulo

O texto não representa necessariamente a opinião do Jornal GGN. Concorda ou tem ponto de vista diferente? Mande seu artigo para dicasdepauta@jornalggn.com.br. A publicação do artigo dependerá de aprovação da redação GGN.

quinta-feira, 30 de março de 2023

Luis Nassif: Moro quer ser julgado pelos amigos de Curitba

 

Do Canal TV GGN:




Fãs de Bolsonaro pagam mico no aeroporto de Brasília ao ignorar jornalismo - Leonardo Sakamoto

 

Do UOL:

Leonardo Sakamoto, no UOL: "Ei, Bolsonaro, cadê você, eu vim aqui só pra te ver." Mas, ao final, não viram. Centenas de apoiadores do ex-presidente foram ao aeroporto de Brasília, na manhã desta quinta (30), para recepciona-lo após uma temporada de autoexílio nos Estados Unidos.



TCU manda devolver R$ 27,8 mil gastos em Viagra para militares durante governo Bolsonaro

 

Houve superfaturamento na compra de Viagra para as Forças Armadas no governo de Jair Bolsonaro

www.brasil247.com -

(Foto: ABr)

247O TCU (Tribunal de Contas da União) concluiu que houve superfaturamento na compra de Viagra para as Forças Armadas no governo de Jair Bolsonaro (PL) e determinou a devolução de R$ 27,8 mil aos cofres públicos.

O superfaturamento aconteceu na compra feita pelo Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro. O TCU deu prazo de 90 dias para que a unidade "adote as medidas administrativas pertinentes para apuração do débito e obtenção do ressarcimento do dano causado ao erário, em valores atualizados", informa o UOL.



A canalhice militar de extrema-direita e o 1º de abril de 1964 em artigo de Alberto Cantalice

 

“‘A história repete-se sempre pelo menos duas vezes’, disse Hegel. Marx acrescentou: ‘a primeira como tragédia, a segunda como farsa’”, lembra Alberto Cantalice, diretor da Fundação Perseu Abramo

#ditaduranuncamais

www.brasil247.com -

(Foto: Divulgação)

O Golpe de 1964, desencadeado pelas forças armadas e por políticos conservadores, por obra do acaso, ocorreu no Dia da Mentira. Parecia de início para alguns que seria uma farsa passageira. Ledo engano, durou 21 anos. Erguendo o “espantalho” da ameaça comunista as vivandeiras de quartéis naquele período sombrio, também encasteladas nas principais redações de jornais, rádios e TVs, bradavam aos quatro ventos que era preciso pôr abaixo o governo legítimo de João Goulart. 

A tragédia que se seguiu com cassações, aposentadorias compulsórias, prisões, exílios e mortes já está por demais escrita e documentada. Como rescaldo tenebroso do processo, restam a aparição dos corpos de dezenas de ativistas que sequestrados e mortos pelo porão, não tiveram suas famílias a devida elucidação. 

O golpe, que começou com a participação do conservadorismo brasileiro e da quinta-coluna subordinada aos interesses estrangeiros, transmudou-se em ditadura eminentemente militar com a edição do famigerado Ato Institucional Nº 5. Nada mais do que o golpe dentro do golpe, em 13 de dezembro de 1968. 

Vindo de um círculo virtuoso no governo JK e da consagração de um plebiscito cujo resultado largamente majoritário dava ao governo João Goulart o apoio popular para as chamadas Reformas de Base, a interrupção do governo em 1964 legou ao país o atraso institucional, econômico e financeiro que até o presente não se conseguiu superar. 

O retorno dos golpistas à frente dos quartéis, quase 60 anos depois, é o reflexo mais cristalino do caráter autoritário e anti-povo produzido pelo golpe militar de triste memória. 

 A reconstrução do tecido social brasileiro pós golpe midiático-parlamentar de 2016 e da experiência trágica que foi o governo de ocupação do capitão Jair Bolsonaro exigirá das forças democráticas e progressistas um radical compromisso com a democracia. 

Só a plena democratização da sociedade permitirá que os setores populares se organizem e exijam os direitos básicos de cidadania. A dolorosa experiência do autoritarismo deve sempre servir de espelho para que não se esqueça. 

Ditadura Nunca Mais! 


Cesar Calejon ironiza pedido de Moro pela suspeição de Appio: "Prêmio Nobel de Cinismo e Desfaçatez"

 

O pedido do ex-juiz declarado suspeito pelo STF e ONU foi feito na esteira do depoimento explosivo do advogado Rodrigo Tacla Duran

www.brasil247.com - Cesar Calejon e Sergio Moro

Cesar Calejon e Sergio Moro (Foto: Reprodução | Agência Senado)

247 - O jornalista Cesar Calejon usou suas redes sociais para ironizar o pedido do ex-juiz suspeito Sergio Moro para que seja declarada a suspeição de seu substituto na Lava Jato, Eduardo Appio, que atua em casos que podem implicar criminalmente o agora senador. 

O pedido de Moro foi feito na esteira do depoimento do advogado Rodrigo Tacla Duran, que denunciou ter sido alvo de extorsão praticada por um advogado ligado ao ex-juiz parcial. O ex-procurador da Lava Jato e comparsa de Moro nos crimes da Lava Jato, Deltan Dallagnol, também foi citado pelo advogado. Os crimes teriam ocorrido na época em que eles chefiavam a Lava Jato em Curitiba. 

Em seu Twitter, Calejon escreveu: "Ao pedir imparcialidade do juiz Eduardo Appio, Sérgio Moro foi, automaticamente, indicado ao Prêmio Nobel de Cinismo e Desfaçatez do Ano". 

Em dezembro de 2021, foi justamente Moro que foi declarado suspeito, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após ter prendido injustamente o ex-presidente Lula por 580 dias.

Juiz Eduardo Appio pede reforço na segurança após receber ameaças de fascistas seguidores de Moro e Dallagnol

 

Juiz Eduardo Appio passou a receber ameaças nas redes sociais após colher o depoimento de Tacla Duran citando Moro e Dallagnol

Juiz Eduardo Appio, homem branco com terno e gravata, expressão séria e estante de livros no fundo da sala

O juiz federal Eduardo Fernando Appio

O juiz federal Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, requisitou medidas de reforço em sua segurança pessoal após receber “ameaças e pressões” de seguidores do ex-juiz Sergio Moro e do ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol.

Em ofício ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região e ao diretor do foro do Paraná, Appio explicou que tem sofrido “ameaças e pressões, via redes sociais e órgãos de imprensa”, por conta das investigações que se iniciaram nesta semana, a partir do depoimento de Rodrigo Tacla Duran.

“As referidas ameaças são consequência direta do poderio econômico, social (redes sociais) e político exercido por dois dos nominados na referida investigação que hoje tramita em sigilo junto ao Supremo Tribunal Federal (por conta do foro por prerrogativa de função parlamentar), ou seja, Deputado Federal Deltan Dallagnol e Senador Sérgio Fernando Moro”, diz o ofício.

Em seu depoimento, Duran citou o nome de Dallagnol e Moro no contexto de uma denúncia de “extorsão” envolvendo Carlos Zucolotto e Fábio Aguayo, dois amigos de Moro.

Quando Moro ainda era juiz da Lava Jato, Tacla Duran afirmou que o advogado e padrinho de casamento do casal Moro, Carlos Zucolotto, cobrou propina de 5 milhões de dólares para facilitar um acordo de delação na Lava Jato. Aguayo, por sua vez, foi gravado “vendendo” os serviços do “escritório de Moro”. O áudio foi apresentado por Duran à Polícia Federal.

Após a audiência, Appio aceitou pedido de Tacla Duran para ser transformado em testemunha protegida.

Appio também citou ao TRF-4 a necessidade de reforçar sua segurança mediante “potenciais ameaças decorrentes de júri a ser realizado por este Juízo Federal envolvendo suposto membro de organização criminosa.”

Leia também:

Reinaldo Azevedo: As lições morais e de direito de Flávio Dino aos supostos "lacradores" bolsonaristas e o aviso do palhaço carequinha aos deputados de extrema direta

 

Da BandNews FM:






TV GGN com Luis Nassif: Sérgio Moro tenta fugir do STF e ainda posar de herói e, diante das ameaças de fascistas de extrema direita contra si, Appio pede reforço de segurança

 

Da TV GGN:

O jornalista Luis Nassif trás bastidores do caso Tacla Duran e as últimas notícias relacionadas ao depoimento bombástico que ocorreu nesta semana. O ex-juiz Sergio Moro pediu o afastamento do juiz Eduardo Appio da condução do processo. Appio, por sua vez, aciona o TRF-4 para reforçar a segurança pessoal, após receber ameaças de seguidores de Moro e Dallagnol.



terça-feira, 28 de março de 2023

UOL: Bolsonaro evolui e vai de batedor de carteira ideológico a ladrão de joias, diz Josias de Souza

 Terceira caixa de Jóias árabes recebidas e levadas por Bolsonaro é descoberta... Patrimonialismo corrupto do "mito" da extrema direita...

Do Canal UOL:

Jair Bolsonaro recebeu um terceiro conjunto de joias da Arábia Saudita durante seu mandato. O estojo, que inclui um relógio cravejado de diamantes da Rolex, é avaliado em R$ 500 mil. As informações são do Estadão. No UOL News, o colunista Josias de Souza comenta o assunto.



Reinaldo Azevedo: Acusações de extorsão (corrupção) contra Moro e Dallagnol no Supremo

 

Da Rádio BandNews FM:




Eduardo Guimarães: Depoimento de Tacla Durán faz mídia "esquecer" o assunto armado PCC e Moro

 

Do Canal Blog da Cidadania:

Denúncia de Tacla Duran contra Moro na Justiça brasileira faz a mídia parar de repetir sem parar a farsa sobre PCC e esconder denúncia contra ex-juiz picareta