segunda-feira, 18 de março de 2024

"Lava Jato foi complô marcado por condenações antecipadas com ajuda da mídia", afirma a jurista Carol Proner

 


Jurista também afirmou que os objetivos eram criminalizar não apenas a política, mas também a economia estatal

Carol Proner

Carol Proner (Foto: Reprodução/Facebook)

247 Em uma entrevista contundente à TV 247, a jurista Carol Proner lançou duras críticas à operação Lava Jato, descrevendo-a como um "complô judicial" que resultou em graves violações do direito de defesa, especialmente no caso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Proner, reconhecida por sua expertise em direitos humanos e direito internacional, destacou que os efeitos negativos da operação foram devastadores, superando em muito quaisquer benefícios alegados.

Segundo Proner, a Lava Jato foi marcada por uma série de violações dos direitos fundamentais, incluindo a negação do direito de defesa em diversos casos, com destaque para a situação do presidente Lula, cujo processo foi amplamente questionado por juristas nacionais e internacionais. A jurista ressaltou que as condenações judiciais antecipadas, muitas vezes amplificadas pela mídia, contribuíram para uma atmosfera de criminalização da política e da economia estatal.

"O que vimos nos últimos dez anos foi uma verdadeira afronta ao Estado de Direito. A Lava Jato não foi uma operação de combate à corrupção, mas sim um verdadeiro complô judicial que resultou em sérias violações dos direitos dos acusados", afirmou Proner durante a entrevista.

Ao abordar os impactos econômicos da operação, a jurista destacou que os efeitos foram devastadores, contribuindo para uma instabilidade econômica que afetou profundamente o país. Proner argumentou que, longe de promover a transparência e o combate à corrupção, a Lava Jato enfraqueceu instituições democráticas e abriu espaço para abusos de poder por parte do sistema judiciário. "Ao invés de fortalecer nossas instituições democráticas, a Lava Jato as corroeu", disse ela. Assista:

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Lava Jato, o mais degradante (e criminoso) episódio da história da mídia nacional, por Luís Nassif

 

Os diálogos dos procuradores ironizando a morte de Dona Marisa e do neto de Lula, são a exposição nua da banalidade do mal

Do Jornal GGN:



No dia 20 de dezembro de 2019, uma reportagem, de Ricardo Balthazar, na Folha, deu o melhor raio-x da mais abjeta cobertura da história do jornalismo brasileiro, um episódio que manchou indelevelmente a imagem de veículos, jornalistas, Ministros do Supremo, procuradores, delegados da Polícia Federal mas, especialmente, da mídia.

Segundo a reportagem, em março de 2015 um editor escreveu a Deltan para dizer que o filho de um ministro do Supremo Tribunal Federal estava vendendo facilidades no mercado. O jornalista afirmou que o procurador podia contar sempre com sua colaboração, porque tinham objetivos comuns.

“Na mesma época, três repórteres procuraram o chefe da força-tarefa para contar que assessorias de comunicação que trabalhavam para empreiteiras investigadas pela Lava Jato estavam alimentando as Redações com informações sobre disputas internas na Polícia Federal”, continua a reportagem.

“Outro jornalista relatou a Deltan nessa época conversa que tivera com advogados de uma empresa e o que descobrira sobre a estratégia que eles desenvolveram para enfrentar a operação. O repórter contou que tinha gravado o encontro e disse que poderia mandar uma transcrição”, num exercício abjeto de jornalismo.

Repórteres submetiam a Deltan textos de reportagens, antes da publicação. Outros publicavam entrevistas nas quais o próprio Dallagnol incluía as perguntas – algo que eu não via na imprensa desde os tempos terríveis de José Serra.

Segundo a reportagem, Deltan declarou (e foi registrado na Vazajato): “O repórter deu liberdade para fazer novas perguntas, desconsiderar o que entendesse impertinente, criar”, disse o procurador aos assessores certa vez. “Temos na nossa mão o que queremos para dar o foco em que quisermos… as perguntas que criarmos aparecerão como dele, mas temos que manter é claro sigilo sobre isso rs”.

A Lava Jato não caiu apenas devido à Vazajto, mas ao ato do Procurador Geral da República Rodrigo Janot, atingindo o então presidente Michel Temer – interrompendo todos os negócios que estavam sendo entregues por Temer ao mercado.

Enquanto viver, minhas retinas cansadas jamais de esquecerão das três cenas que mais me chocaram e me envergonharam, como brasileiro.

Um deles, a condução coercitiva de Lula para o Aeroporto de Congonhas, de uma violência simbólica indescritível. Depois, o desespero da militância, correndo até o aeroporto e impedindo o seu sequestro,

O delegado que interrogou Lula foi Luciano Flores, cujo irmão é desembargador da 8a Turma do TRF-4 empenhado em atrapalhar as investigações sobre a Lava Jato.


Outro episódio foi a divulgação da conversa entre Lula e Dilma. Assisti no televisor do aeroporto de Congonhas, onde vi também o atentado das Torres Gêmeas. O impacto foi o mesmo. É como se a cidadania tivesse sido derrubada por bombas incendiárias lançadas por terroristas tresloucados.

O terceiro episódio foi Lula impedido de ir ao velório do irmão Vavá

As indignidades não pararam por aí. A reprodução de diálogos da Vazajato, com procuradores ironizando a morte de dona Marisa e do próprio neto de Lula é a exposição nua da banalidade do mal.

É terrível o processo de desumanização do “inimigo”. Não respeitam morte de parentes, atribui-se qualquer demonstração de humanidade (a dor pela perda) a jogos de cena.

É possível que em outros ambientes houvesse demonstrações tão horripilantes de desumanidade e que não foram registradas para a história. Mas a Vazajato fará com que cada personagem dos diálogos abaixo leve para o túmulo a vergonha de um dia terem se comportado dessa maneira. Serão malditos para sempre, a vergonha recobrirá todos seus descendentes, filhos e netos e jamais seus atos serão escondidos pela história.

Luis Nassif

DOMINGO BOLSONARISTA: HUMILHAÇÃO! BOLSONARO QUER PERDÃO! MORAES: SÓ CADEIA PACIFICA! JÁ CABE PRISÃO PREVENTIVA!

 

Do Portal do José:

17/03/24 - BOLSONARO E SEUS LACAIOS QUEREM ANISTIA. QUEREM QUE PASSEMOS UMA BORRACHA POR CIMA DE SEUS CRIMES. Dizem que isso provocará uma pacificação na sociedade. Cínicos e covardes querem usar argumentos aparentemente racionais para continuar a enganar os incautos. Mas só há um remédio para eles: a cadeia! Sigamos



Crimes e perseguições da Lava Jato de Moro e Dallagnol a Lula viram documentário de Oliver Stone em Hollywood

 De acordo com Stone, o uso da corrupção como arma política não passa de manobra para disfarçar interesses. “Os processos judiciais são utilizados em todo o mundo por razões políticas, como uma ferramenta política. Mas o mundo inteiro é corrupto”, afirma o diretor, que escreveu e dirigiu filmes ganhadores do Oscar (Platton e Nascido em 4 de julho) e documentários sobre Edward Snowden, Guerra do Vietnã, Fidel Castro, Hugo Chávez e Putin

Lula e Oliver Stone. | Foto: Ricardo Stuckert

Perseguição da Lava Jato a Lula vira documentário em Hollywood

por André Cintra

O diretor norte-americano Oliver Stone, referência de Hollywood em filmes políticos, anunciou ter concluído seu mais novo projeto – um documentário sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O filme, agora em fase de pós-produção, vai abordar as ações criminosas da operação Lava Jato para perseguir e prender Lula, excluindo seu nome das eleições presidenciais de 2018.

Em entrevista à agência de notícias AFP, Stone afirmou que o documentário “é sobre a perseguição judicial – sobre o que aconteceu quando ele havia sido um presidente de sucesso e, então, foi preso por corrupção, que é como geralmente as coisas são feitas nesses países”. Segundo a AFP, o filme ainda não tem data de estreia, mas deve ser lançado em algum dos grandes festivais internacionais de cinema.

Crítico do imperialismo, Stone se autodeclara “um pensador livre”, que se opõe tanto ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump quanto ao atual, Joe Biden. Por sua produção, recebeu três estatuetas do Oscar – por Nascido em 4 de Julho (melhor diretor) e Platoon (melhor filme e melhor diretor).

O cineasta já escreveu e dirigiu filmes sobre a guerra do Vietnã e a guerra civil em El Salvador, além de documentários sobre governantes que se contrapõem à Casa Branca, como Fidel Castro, Hugo Chávez e Vladimir Putin. À AFP, ele diz enxergar Fidel, Chávez e Lula como líderes “humanistas” e “originais”, que “dão o seu melhor para servir ao seu país”.

De acordo com Stone, o uso da corrupção como arma política não passa de manobra para disfarçar interesses. “Os processos judiciais são utilizados em todo o mundo por razões políticas, como uma ferramenta política. Mas o mundo inteiro é corrupto”, afirma o diretor.

GGN: Lava Jato de Curitiba (Moro, Dallagnol e Cia) destruiu 4,44 milhões de empregos, aponta estudo

 

Estudo da UFRJ e da Uerj estimou em R$ 142 bilhões as perdas nos setores de construção civil, indústria naval, engenharia pesada e indústria metalmecânica

Sergio Moro. Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Sergio Moro. Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Lava Jato destruiu 4,44 milhões de empregos, aponta estudo

Da Agência Brasil

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil – Brasília

A operação que prometia combater a corrupção no setor de petróleo e gás custou caro à economia e deixa o desafio da reconstrução de setores . A Lava Jato resultou na destruição de 4,44 milhões de empregos entre 2014 e 2017 e reduziu o Produto Interno Bruto (PIB) em 3,6% no mesmo período. De 2015 a 2018, as maiores construtoras brasileiras perderam 85% da receita.

As conclusões constam de dois estudos que analisaram o impacto econômico da Lava Jato, que completa 10 anos. O primeiro, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), rastreou os efeitos de 2014 a 2017 dos setores afetados diretamente e indiretamente pela operação. O segundo, das universidades Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), mensurou as consequências sobre as construtoras e a indústria pesada.

O estudo da UFRJ e da Uerj estimou em R$ 142 bilhões as perdas nos setores de construção civil, indústria naval, engenharia pesada e indústria metalmecânica. Os efeitos, no entanto, vão além dos segmentos diretamente investigados pela operação e que tiveram de fechar delações premiadas e acordos de leniência.

Segundo o Dieese, dos 4,44 milhões de postos de trabalho perdidos, 2,05 milhões ocorreram nos setores e nas cadeias produtivas diretamente afetadas pela Lava Jato. Os 2,39 milhões de empregos restantes foram destruídos em setores prejudicados pela queda da renda e do consumo, como comércio, transporte e alimentação.

Menos emprego e renda se traduzem em investimentos menores. O estudo do Dieese estima que a Lava Jato reduziu os investimentos públicos e privados em R$ 172,2 milhões entre 2014 e 2017. O segmento mais atingido foi a construção civil, com perda de R$ 35,9 bilhões, seguido por comércio (R$ 30,9 bilhões); extração de petróleo e gás, inclusive setores de apoio (R$ 29,2 bilhões); atividades imobiliárias (R$ 22 bilhões); e intermediação financeira, seguros e previdência complementar (R$ 17,5 bilhões).

“Nosso estudo abordou o impacto em cadeia, porque os setores da economia são interligados e perdas em um segmento podem transbordar para toda a economia”, explica o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior. A entidade usou a técnica de matriz insumo-produção, que registra os fluxos de bens e serviços e demonstra as relações intersetoriais dentro do sistema econômico de um país.

Impostos

Com a destruição de postos de trabalho, a massa salarial caiu R$ 85,4 bilhões de 2014 a 2017. Uma economia que emprega, investe e produz menos paga menos impostos. No período analisado, o governo deixou de arrecadar R$ 47,4 bilhões em tributos e R$ 20,3 bilhões em contribuições para a Previdência Social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O diretor do Dieese acrescenta que os efeitos da Lava Jato não se manifestaram apenas no encadeamento dos setores, mas com a desestruturação de tecnologias na cadeia produtiva de petróleo e gás e na construção civil que fariam a economia brasileira evoluir no médio e no longo prazo.

“No meio de tudo isso, a gente perdeu também o que chamamos de inteligência de engenharia. Os engenheiros não desapareceram, estão aí, mas as grandes equipes foram desmontadas. Mesmo com o investimento chegando, levará um tempo para reconstituir essas equipes. Talvez algumas nem sequer consigam ser remontadas porque a Lava Jato deixou um legado de desorganização da nossa indústria de infraestrutura”, diz.

Reconstrução

No décimo aniversário da Lava Jato, a reestruturação dos segmentos afetados pela operação representa o maior desafio. Mesmo com a recuperação da economia brasileira e com as promessas de investimento e de diversificação de atividades na Petrobras, a falta de investimentos nos últimos anos prejudicou a estatal.

“Por causa da Lava Jato, a Petrobras, a partir do governo [do ex-presidente] Michel Temer, concentrou-se na atividade primária, a extração de petróleo e gás, deixando de lado investimentos no refino e em tecnologia para privilegiar a maximização de lucro por acionista. A empresa passou a se orientar por uma perspectiva de gerar lucros no curto prazo e distribuir para os acionistas”, explica o professor Luiz Fernando de Paula.

Segundo o professor da UFRJ e da Uerj, a Petrobras ainda tem chances de recuperar o planejamento de longo prazo, ao investir na transição ecológica enquanto busca retomar a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujas obras foram interrompidas em 2015 por causa da Lava Jato.

“Uma coisa não impede a outra. A Petrobras pode modernizar o refino de combustível fóssil e pensar na transição para a energia limpa. A Petrobras está numa mudança, na forma de gestão, não acredito que vai haver um retorno ao modelo do primeiro governo Dilma [Rousseff], que nacionalizou as compras. Mas acho que dá para a empresa buscar um protagonismo maior dentro de uma perspectiva administrativa, na diversificação das suas atividades. Aí, tem um fator novo, importante”, diz.

Em relação à construção civil, o diretor do Dieese diz que o desmantelamento das maiores empreiteiras do país provocou danos permanentes para o setor. “É importante lembrar que os prejuízos para as empreiteiras não decorreram apenas de acordos de leniência e de bloqueios de bens, mas houve dano de imagem para todo um setor. A Odebrecht, por exemplo, quase faliu e mudou de nome”, ressalta.

A recente suspensão de acordos de leniência da Odebrecht, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), abre brecha para um processo de reerguimento da construção civil pesada, mas Fausto adverte que a reconstrução do setor levará décadas. “Esses acordos de leniência, em alguns casos, representaram uma pá de cal sobre várias dessas empresas. A suspensão de parte desses possibilita agora um processo de reconstrução, mas não é uma reconstrução simples”, avalia.

Os dois especialistas concordam que o grande problema da Lava Jato consistiu em não separar a punição de executivos das atividades das empresas investigadas. “A grande lição da Lava Jato é que não se pode expor pessoas e empresas midiaticamente da forma como aconteceu. Estamos falando de um processo jurídico, em que se devem guardar as devidas proporções porque as empresas foram muito mais punidas que as pessoas físicas, com as companhias tendo os nomes e as marcas jogadas no lixo”, critica Fausto.

“Na época da operação, não se dava a devida atenção para os efeitos econômicos, mas esses dados hoje estão bastante consolidados. As pessoas não se atentavam para os efeitos econômicos e sociais da Operação Lava Jato. A gente que tem de achar um jeito de punir os executivos, as pessoas, mas não castigar as empresas nem destruir empregos”, avalia Luiz Fernando, da UFRJ e da Uerj.

DENÚNCIA ENVOLVENDO ARTHUR LIRA ESCANDALIZA AO MOSTRAR QUE CAIXA ESTÁ EM PROCESSO CAMUFLADO DE PRIVATIZAÇÃO - ICL NOTÍCIAS AO VIVO

 

Do ICL Notícias, 1ª Edição (18/03/2024):




sábado, 16 de março de 2024

G1 - Jornal Nacional de 15 de março de 2024: Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Força Aérea Brasileira, afirma que o General Freire Gomes avisou que teria que prender Bolsonaro se ele tentasse golpe

 

Do G1:




BBC: as revelações de depoimentos de ex-chefes das Forças Armadas General Freire Gomes, do Exército, e Brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, da Aeronáutica

 Da BBC Brasil:

Os ex-comandantes da Aeronáutica e do Exército, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, e general Freire Gomes, disseram à Polícia Federal que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) consultou os comandantes militares sobre medidas para se manter no poder mesmo após ter perdido as eleições. As afirmações foram feitas em depoimentos na operação Tempus Veritatis, que investiga tentativa de golpe após as eleições de 2022. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes levantou o sigilo sobre os testemunhos nesta sexta (15/3). A repórter Mariana Schreiber explica os principais pontos dos depoimentos. Reportagem em texto: https://www.bbc.com/portuguese/articl...