quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

VIROU MANCHETE NAS REDES: ONG TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL ATUOU EM ALIANÇA COM A LAVA JATO DE DELTAN E MORO

 

Do Cortes 247:

No dia seguinte à operação da PF que fez buscas mirando a participação de Carlos Bolsonaro no chamado caso da Abin Paralela, a manchete de portais da mídia empresarial no Brasil mostrava um mundo também paralelo: "Brasil cai 10 posições em ranking de percepção da corrupção, diz estudo", é a manchete do UOL nesta terça-feira 30 de janeiro. O estudo, no caso, é um levantamento feito pela ONG Transparência Internacional, que tem em seu portfólio de realizações nos últimos anos uma estreita aliança com a Lava Jato de Deltan Dallagnol e Sergio Moro. Confira.





Globo usa relatório inconsistente da Transparência Internacional associada a Moro e Dallagnol para atacar o governo Lula

 

ONG pretendia receber bilhões da fundações que seria criada por Deltan Dallagnol

Lula no debate da Globo

Lula no debate da Globo (Foto: Ricardo Stuckert)

247 – O jornal O Globo, que teve papel decisivo no golpe de estado do 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff e na prisão política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018, retomou o discurso lavajatista e usou um relatório inconsistente da Transparência Internacional para atacar a administração petista. "O Judiciário — em especial os tribunais superiores — deveria dar atenção à última lista de percepção da corrupção global preparada pela Transparência Internacional. A sensação de um ambiente contaminado por negociatas tem custo enorme para a reputação brasileira e afasta empresas e investidores sérios do país", escreve o editorialista do jornal.

Ocorre que a Transparência Internacional não apenas pretendia receber parte dos recursos que seriam desviados por uma fundação que o ex-deputado Deltan Dallagnol pretendia criar, como também se envolveu em oportunidades comerciais criadas pela Lava Jato. Na prática, a ONG teve uma atuação nada transparente no Brasil, que serviu a interesses empresariais e internacionais escusos. Saiba mais:

247 – A ONG Transparência Internacional, que desempenhou papel relevante no processo de ataque à democracia e à economia nacional, com seu apoio à Operação Lava Jato, reabriu sua guerra particular contra o Brasil ao divulgar um relatório que sugere que o País se tornou um país mais corrupto em 2023. Os motivos alegados pela ONG são absolutamente despropositados: as indicações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal, com as escolhas dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino, bem como o fato de o governo não ter seguido a lista tríplice ao escolher Paulo Gonet como novo procurador-geral da República.

Em seu novo ataque às instituições brasileiras, a Transparência Internacional alega que o governo Lula estaria falhando na "reconstrução dos mecanismos de combate à corrupção", segundo reportagem divulgada pelo Valor nesta terça-feira. A realidade, no entanto, é que o "combate à corrupção" derrubou uma presidente honesta, Dilma Rousseff, e alçou ao poder grupos claramente associados à corrupção, durante o período Temer-Bolsonaro. Além disso, a atuação da Transparência Internacional serviu a grandes interesses econômicos, que nem sempre foram revelados de forma transparente.

Artigos publicados no Brasil 247 pelo jornalista Joaquim de Carvalho revelaram como a Transparência Internacional foi parte do projeto de poder do ex-juiz suspeito Sergio Moro e do ex-deputado cassado Deltan Dallagnol. Reportagem do portal Consultor Jurídico também aponta que a ONG receberia ganhos financeiros com as multas direcionadas à "fundação Lava Jato", que Dallagnol tentou criar. Artigo do jornalista Marcio Chaer, editor do Conjur, também destaca como a Transparência Internacional se envolveu em grandes oportunidades comerciais, que foram abertas após empresas brasileiras serem atingidas pela Lava Jato. Ao que tudo indica, portanto, os relatórios da ONG atendem mais aos seus interesses econômicos do que ao combate à corrupção.


A economia brasileira voltou e a mídia lavajatista sabotadora da Globo, Folha e Estadão também. Todo cuidado é pouco

 

A campanha contra a ascensão econômica do Brasil à favor dos interesses do mercado financeiro e dos interesses internacionais é um risco permanente, que não pode ser subestimado segundo artigo de Lonardo Attuch

Sergio Moro (círculo) e Luiz Inácio Lula da Silva

Sergio Moro (círculo) e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Divulgação)

Praticamente todas as notícias econômicas do terceiro mandato do presidente Lula são positivas. Em 2023, as reservas internacionais cresceram quase 10% e chegaram a US$ 355 bilhões – o que garante estabilidade cambial. No mercado de trabalho, foram gerados 1,5 milhão de empregos formais. Grandes projetos de infraestrutura estão sendo retomados, como as obras nas rodovias do Paraná e o túnel Santos-Guarujá, em parcerias entre o governo federal e governadores que se elegeram pela direita, como Ratinho Júnior e Tarcísio de Freitas, num sinal de maturidade política. Aos poucos, o Brasil vai voltando ao normal e até mesmo porta-vozes do capital financeiro, como Luis Stuhlberger, reconhecem os méritos de Lula e do ministro Fernando Haddad.

É exatamente nesta hora que se faz necessário redobrar os cuidados. Em junho de 2013, quando a economia brasileira caminhava para o pleno emprego, alcançado no ano seguinte pela ex-presidente Dilma Rousseff, a guerra híbrida contra o Brasil eclodiu com as manifestações de rua estimuladas por grupos de extrema direita nas redes sociais, inocentes úteis e pela imprensa corporativa. Um ano depois, teria início a Lava Jato, incensada por essa mesma imprensa e por ONGs associadas ao imperialismo, como a Transparência Internacional, que voltou a mostrar suas garras nesta semana.

Essa nova aparição da Transparência Internacional não ocorreu por acaso. Qualquer pessoa com o mínimo discernimento é capaz de enxergar que a economia brasileira, sob o comando de Lula e Haddad, está novamente decolando. No campo oposto, o bolsonarismo se transforma em caso de polícia. Este sucesso de Lula e de sua frente ampla, obviamente, pode consolidar um projeto de poder de oito anos, doze anos ou até mais, uma vez que a velha oposição associada aos interesses internacionais, como o PSDB, praticamente sumiu do mapa, enquanto a extrema direita se vê às voltas com uma sucessão de inquéritos e escândalos.

É nesse contexto que a mídia lavajatista também volta a dar o ar da sua graça, com editoriais raivosos em veículos de comunicação como CNN, Globo, Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo. É novamente um movimento coordenado, que não deve ser subestimado, uma vez que a campanha contra a ascensão econômica do Brasil, que tem a imprensa brasileira como correia de transmissão, é um risco permanente.

Hoje, as condições objetivas para uma nova guerra "contra a corrupção", que, no passado, foi apenas a fachada para a ascensão de corruptos e milicianos ao poder, são mais difíceis. O ex-juiz Sergio Moro está prestes a ser cassado, o ex-deputado Deltan Dallagnol foi cassado, ONGs como a Transparência Internacional foram desmoralizadas, em razão de seus próprios interesses financeiros nem sempre transparentes, e os brasileiros sentiram na pele os estragos sociais e econômicos causados pela Lava Jato. Além disso, empresas estatais, como o BNDES, o Banco do Brasil e a Petrobras vêm alcançando resultados expressivos – esta última bateu recordes de valor de mercado na semana passada. Mas assim como Bertold Brecht ensinou que a cadela do fascismo está sempre no cio, aqui no Brasil a cadela do lavajatismo também está no cio.

Gilmar Mendes alerta para fragilidade do relatório da Transparência Internacional que é ligada à Lava Jato de Moro e Dallagnol

 

"Um índice baseado em percepções precisa ser visto com cautela", diz o ministro

Ministro do STF Gilmar Mendes
Ministro do STF Gilmar Mendes (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)

247 – O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, alertou para a fragilidade do relatório da Transparência Internacional, que vem sendo usado por alguns grupos de comunicação, como a Globo, para atacar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Um índice baseado em percepções precisa ser visto com cautela. A questão exige exame mais aprofundado, a fim de evitar conclusões precipitadas", disse Gilmar, em post no X (antigo Twitter). Confira e saiba mais:

A ONG Transparência Internacional, que desempenhou papel relevante no processo de ataque à democracia e à economia nacional, com seu apoio à Operação Lava Jato, reabriu sua guerra particular contra o Brasil ao divulgar um relatório que sugere que o País se tornou um país mais corrupto em 2023. Os motivos alegados pela ONG são absolutamente despropositados: as indicações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal, com as escolhas dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino, bem como o fato de o governo não ter seguido a lista tríplice ao escolher Paulo Gonet como novo procurador-geral da República.

Em seu novo ataque às instituições brasileiras, a Transparência Internacional alega que o governo Lula estaria falhando na "reconstrução dos mecanismos de combate à corrupção", segundo reportagem divulgada pelo Valor nesta terça-feira. A realidade, no entanto, é que o "combate à corrupção" derrubou uma presidente honesta, Dilma Rousseff, e alçou ao poder grupos claramente associados à corrupção, durante o período Temer-Bolsonaro. Além disso, a atuação da Transparência Internacional serviu a grandes interesses econômicos, que nem sempre foram revelados de forma transparente.

Artigos publicados no Brasil 247 pelo jornalista Joaquim de Carvalho revelaram como a Transparência Internacional foi parte do projeto de poder do ex-juiz suspeito Sergio Moro e do ex-deputado cassado Deltan Dallagnol. Reportagem do portal Consultor Jurídico também aponta que a ONG receberia ganhos financeiros com as multas direcionadas à "fundação Lava Jato", que Dallagnol tentou criar. Artigo do jornalista Marcio Chaer, editor do Conjur, também destaca como a Transparência Internacional se envolveu em grandes oportunidades comerciais, que foram abertas após empresas brasileiras serem atingidas pela Lava Jato. Ao que tudo indica, portanto, os relatórios da ONG atendem mais aos seus interesses econômicos do que ao combate à corrupção.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

“Operação Cabeça de Todos Nós” flagra clã Bolsonaro e é roteiro pronto de chanchada da vida real brasileira. Artigo de Luís Costa Pino

 

O destino é injusto com o cinema brasileiro, que nunca ganhou um Oscar. O enredo das ações da “Abin paralela” é melhor do que qualquer ficção


Alexandre Ramagem e Jair Bolsonaro
Alexandre Ramagem e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - A Polícia Federal cumpriu hoje mandados de busca e apreensão contra o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, assessores dele, um militar da reserva e outros agentes públicos – inclusive da própria PF. Considerado o líder “intelectual” do Gabinete do Ódio, célula de produção e catapulta de reprodução de mentiras, discursos de ódio, detração de currículos e perseguições por redes sociais durante o mandato do pai, Jair Bolsonaro, na presidência da República, Carlos Bolsonaro era o alvo central da “Cabeça de Nós Todos”. A operação foi batizada desta forma, meio jocosa, pelos federais.

Só na casa de Giancarlo Rodrigues, militar da reserva com passagem por batalhões do Rio de Janeiro, foram encontrados 10 celulares, 3 computadores, 1 HD externo e 1 pistola de uso privativo do Exército. Um dos computadores pertence à ABIN e estava lá sem autorização. Giancarlo foi assessor do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem. Também trabalhou no Gabinete de Segurança Institucional do Palácio do Planalto durante o período de Temer na presidência. Na época, foi chefiado pelo general Sérgio Etchegoyen. Aqui no 247, há uma semana, revelou-se que Etchegoyen pode ter monitorado ilegalmente parlamentares em seu tempo de GSI. A mulher de Giancarlo trabalha na Agência Brasileira de Inteligência – ao menos até hoje.

Numa casa em Mambucaba, em Angra dos Reis, no litoral fluminense, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus três filhos mais velhos – o senador Flávio Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador, Carlos – estavam passando alguns dias de verão, os policiais federais, que agiam sob determinação do Supremo Tribunal Federal e da Procuradoria Geral da República, coletaram 3 laptops e um dos celulares usado por Carlos Bolsonaro. Um desses laptops pertence a Tércio Arnaud, ex-funcionário do Palácio do Planalto que era considerado o operador das determinações do vereador enquanto o “Gabinete do Ódio” esteve em funcionamento durante o mandato de Bolsonaro na Presidência. Outros celulares em posse de Carlos Bolsonaro foram apreendidos na casa dele, num condomínio da Barra da Tijuca, e no gabinete ainda ocupado por ele na Câmara de Vereadores do Rio.

Ante tais fatos, é necessário refletir sobre Realidade x Ficção n’A Vida Como Ela É no Brasil.

Os Deuses dos Roteiros, que existem!, sempre foram perversos conosco.

Ao contrário do cinema argentino, que levou para a casa a estatueta de Melhor Filme Estrangeiro duas vezes, com A História Oficial, em 1986, e O Segredo Dos Seus Olhos, em 2010, o cinema brasileiro jamais venceu a disputa na Academia de Artes e Ciências dos Estados Unidos.

Na manhã de hoje, logo cedo, quem escreve os esquetes dessa coluna contemporânea, “A Vida Como Ela É”, cujo patrono na imprensa brasileira de meados do Século XX é o dramaturgo pernambucano Nelson Rodrigues, voltou a ter provas que matéria-prima de vida real é o que não nos falta. O Brasil vive a golpes e plot twists de roteiros de chanchada. Senão, vejamos:

Às 6h30min da manhã, segundo a Polícia Federal, um ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, e seus três filhos – Flávio, senador; Eduardo, deputado federal; e Carlos, vereador da 2ª maior cidade do País – fogem correndo num jet ski estrategicamente posicionado na praia de Mambucaba, em Angra dos Reis, com destino a uma lancha que já estava fundeada aguardando-os. Não tiveram tempo, sequer, de fazer o desjejum batendo um prato de açaí da Val – sim! a mesma “Val do Açaí” investigada por receber salário sem trabalhar dos gabinetes do ex-presidente quando ele foi parlamentar. Esse foi o primeiro caso de rachadinha que se teve notícia no bolsonarismo. Rachadimha é corrupção grossa com nome de coisa menor. Surgiu ainda na campanha de 2018 e que ninguém deu bola.

O clã Bolsonaro, desconfia a PF, dispensou o açaí da Val porque tinha informações dando conta que agentes da corporação, portando mandados de busca e apreensão despachados pelo Supremo Tribunal Federal com chancela da Procuradoria Geral da República, estavam batendo nos portões da casa de Mambucaba para um baculejo ao rais do Sol.

De acordo com Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência nos tempos de Bolsonaro e agora dublê de advogado e estrategista judicial, o ex-presidente e seus três filhos com mandatos eletivos públicos haviam saído de casa às 5h da manhã para pescar. Flávio, o senador da filhocracia caquistocrática, disse que estava mergulhado, em meio a uma caça submarina, quando o pai gritou para ele assim: “sai, levanta, que está tendo busca e apreensão na casa do Carlos”. Segundo Flávio, “foi só o tempo de recolher as coisas e voltar”. 

A “volta” foi para a casa de Mambucaba, onde a PF os aguardava pacientemente – sabia que eles retornariam. Lá, foram cumpridos os mandados legais, recolheram-se o celular de Carlos e os laptops. Jair Bolsonaro, que uma semana antes, em razão da busca e apreensão contra seu ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, disse “eu atiro para matar, mas ninguém me leva preso. Prefiro morrer”, esqueceu as ameaças de cometer homicídio seguido de suicídio e resignou-se. Depois de cumpridos os mandados contra o filho 02 dele, mudou o tom. “Querem me esculachar, me fazer passar por constrangimento”, disse à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S Paulo. “A intenção é encontrar algo que o envolva em algum crime, mas isso não vai acontecer”, prosseguiu o ex-presidente. “Estão jogando rede, pescando em piscina. Não tem peixe”. Fecha aspas.

Tem um mol de mentirosos nessa história. E, ao que parece, a mentira mora provisoriamente naquela casa de Mambucaba, praia histórica de Angra.

A Polícia Federal afirmou, oficialmente, que chegou à casa onde estava o clã Bolsonaro às 7h. E somente às 7h30min a busca e apreensão começou. Constatadas as ausências do ex-presidente e dos filhos, esperaram que eles voltassem. Os elementos, então, regressaram ao mocó de onde haviam se evadido perto de meio-dia. Só aí começaram as buscas e foram apreendidos os laptops e o celular do vereador vulgo ‘Carluxo”. Diante do pai, o vereador foi convocado a depor do inquérito da Abin paralela e fará isso até a 4ª feira.

No despacho em que autoriza a busca e apreensão contra o filho do ex-presidente, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos que investigam fake news e tentativa de golpe de Estado, afirma que havia “uma organização infiltrada na Agência Brasileira de Inteligência” e que ela “usou métodos ilegais para fiscalizar investigações que atingiam aliados políticos”. Moraes ainda consignou, em seu texto legal, que “os elementos de prova colhidos até o momento indicam, de maneira significativa, que a organização criminosa infiltrada na ABIN também se valeu de métodos ilegais para a realização de ações clandestinas direcionadas contra pessoas ideologicamente qualificadas como opositoras, com objetivo de 'obter ganho de ordem política posto que criavam narrativas para envolver autoridades públicas de extrato político oposicionista da então situação', bem como para 'fiscalizar' indevidamente o andamento de investigações em face de aliados políticos”.O jurista Pedro Serrano alarmou-se com a fuga para o mar de Bolsonaro e de seus filhos minutos antes de a Polícia Federal bater à porta da casa de veraneio de Mambucaba. Escreveu Serrano no X, ex-Twitter: “Se for verdadeiro que os Bolsonaros saíram do local da busca e apreensão pouco antes dela ocorrer há possibilidade de vazamento da busca, obviamente de dentro da PF. A corregedoria tem de investigar quem vazou e se houve desvio ou destruição de provas . Caso se demonstre o vazamento, a coisa pode ficar feia para o clã”.

Na cabeça de qualquer um de nós que preserve a sã consciência, esse roteiro da vida real é muito, muito melhor do que o gênio criativo de qualquer candidato ao Oscar. Brasil, joga a lona que o circo está pegando fogo em pleno mar.

UOL: Bolsonaro nega ‘Abin paralela’, mas falas de Bebianno e dele próprio em reunião oficial reforçam suspeitas, diz Josias

 

Do UOL:

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que tenha criado uma "Abin paralela" com o intuito de espionar seus adversários políticos durante o seu governo. A declaração aconteceu na noite de domingo (28). No UOL News, o colunista Josias de Souza comenta o assunto.



UOL: Carlos Bolsonaro é alvo da Polícia Federal em investigação sobre 'Abin paralela'

 

Do UOL:

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) é alvo da Polícia Federal na manhã de hoje. A PF cumpre mandados de busca e apreensão contra pessoas do núcleo político que receberam informações da "Abin paralela". Segundo as investigações, a Abin foi usada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) para monitorar adversários políticos.



Carlos Bolsonaro alvo da PF: 'Profecia' de Bolsonaro gera suspeita de vazamento da ação

 

Do UOL:

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) é alvo da Polícia Federal na manhã de hoje. A PF cumpre mandados de busca e apreensão contra pessoas do núcleo político que receberam informações da "Abin paralela". Segundo as investigações, a Abin foi usada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) para monitorar adversários políticos.



Prefeitos bolsonaristas da bolsonarista Santa Catarina são afastados pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado), do Ministério Público de SA (Não foi Xandão)

 

Do 247:




PF apura se Carlos Bolsonaro, chefe do "gabionete do ódio", era o destinatário de "materiais" obtidos ilegalmente pela Abin dita paralela coordenada por Alexandre Ramagem

 

PF deflagrou operação de busca e apreensão nesta segunda-feira contra o vereador Carlos Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro


Carlos e Jair Bolsonaro
Carlos e Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)

247Nesta segunda-feira (29), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma nova operação relacionada ao suposto esquema de espionagem ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), quando o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) dirigia o órgão.

Os mandados executados nesta segunda têm como alvo o "núcleo político" de Ramagem, incluindo aliados tanto da época em que ele estava à frente da Abin quanto do seu atual mandato como deputado federal. Um dos principais alvos é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho de Jair Bolsonaro, que está sendo submetido a mandados de busca e apreensão, inclusive em seu gabinete na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. A suspeita é de que Carlos Bolsonaro era o destinatário de "materiais" obtidos ilegalmente pela Abin, informa Camila Bomfim, do g1>>> Carlos Bolsonaro é alvo da PF em operação contra esquema de espionagem ilegal da Abin

As investigações da PF, que já se estendem por meses, buscam esclarecer se a Abin foi "instrumentalizada" para monitorar ilegalmente diversas autoridades, incluindo figuras públicas e pessoas comuns envolvidas em investigações, além de desafetos de Jair Bolsonaro.

Na última quinta-feira (25), Alexandre Ramagem já havia sido alvo de buscas, resultando na apreensão de quatro computadores, seis celulares e 20 pendrives em seus endereços. Entre os itens confiscados, destaca-se um notebook e um celular pertencentes à Abin.

As investigações indicam que os crimes em questão envolvem o uso do software "First Mile", uma ferramenta de geolocalização que permite identificar as movimentações de pessoas por meio de seus dispositivos celulares. Este software teria sido utilizado de forma indevida para monitorar indivíduos sem autorização judicial.


Carlos Bolsonaro é alvo de busca e apreensão pela PF em operação contra esquema fascista de espionagem ilegal da Abin

 

Policiais federais realizam buscas e apreensões em endereços ligados ao filho de Jair Bolsonaro


Carlos Bolsonaro
Carlos Bolsonaro (Foto: Câmara Municipal do Rio de Janeiro)

247A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (29) mais uma operação para apurar o esquema de espionagem ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro. Desta vez, o principal alvo é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho de Jair Bolsonaro (PL), informa Andréia Sadi, do g1.

"Busca e apreensão é realizada para buscar possíveis destinatários de informações. Um dos locais apontados pela fonte da PF é a Câmara Municipal do Rio de Janeiro e assessores também seriam alvo da operação", diz a reportagem.

Segundo a Folha de S. Paulo, "na nova fase da operação, o foco principal foram policiais que atuavam na Abin, em especial no CIN (Centro de Inteligência Nacional), estrutura criada durante a gestão Bolsonaro".

Na última quinta-feira (25), a Polícia Federal deflagrou a Operação Vigilância Aproximada, para investigar o esquema criminoso de espionagem ilegal na Abin. O grupo monitorava ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial. 

ICL Notícias: PF VAI ATRÁS DE CARLOS BOLSONARO EM OPERAÇÃO SOBRE “ABIN PARALELA”

 

Sobre a ação da PF contra Carluxo - Carlos Bolsonaro e a ABIN paralela junto ao gabinete do ódio fascista


sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Abin paralela: general fantoche? Artigo do jurista e advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay)

 

"É necessário aprofundar as investigações e dar uma satisfação à sociedade que acaba de resistir a uma tentativa de golpe de estado", escreve Kakay


Jair Bolsonaro (à esq.) e Alexandre Ramagem. Foto: Divulgação
Jair Bolsonaro (à esq.) e Alexandre Ramagem. Foto: Divulgação

Em um voo de Sevilha para Paris leio, estarrecido, o despacho do Ministro Alexandre de Moraes sobre a “Abin paralela.” A investigação trata de uma rede de proteção aos filhos do presidente Bolsonaro, da tentativa de fazer ligações falsas e criminosas de Ministros do Supremo com o PCC, de monitoramento ilegal de Ministros e Parlamentares e cidadãos, enfim, de uma organização criminosa que se apoderou do Estado. Boa parte do  que ouvíamos sobre a bandidagem estruturada no governo Bolsonaro está exposto na manifestação do Ministério Público e na decisão de Sua Excia o Ministro do Supremo.

É um momento grave da consolidação da democracia. As medidas, ainda que vigorosas, tomadas pelo Ministro do Supremo, não parecem suficientes para conter o verdadeiro ânimo golpista que ainda parece coordenar este grupo terrorista. 

É necessário aprofundar as investigações- não estou afirmando que isto não está sendo feito- sobre o general que coordenava a Abin. É possível imaginar uma teia tão grave de insurreição sem o conhecimento do general Augusto Heleno?Afinal ele se dizia tão atento e pressuroso do seu poder. Era um general de fachada? Um fantoche? Tudo de tão grave passava sob suas barbas e ele desconhecia? Que general é este que desonra assim o exército brasileiro com uma incompetência brutal? Desconhecia tudo?Ou ele se apresenta como assistente de acusação ou vai deixar muito mal o exército.

É necessário aprofundar as investigações e dar uma satisfação à sociedade que acaba de resistir a uma tentativa de golpe de estado. Mais uma vez o Poder Judiciário, em regra patrimonialista e reacionário, assume a responsabilidade pela estabilidade democrática. Urge que o Congresso se manifeste pois , ao que consta, parlamentares foram criminosamente investigados. E todos nós, cidadãos que nos aliamos pela consolidação da democracia, temos que acompanhar e cobrar uma investigação deste escândalo. A democracia continua em risco. Até porque há uma sombra a ser desvendada de certo grupo do atual governo ter trabalhado para o não esclarecimento dos crimes. Grave!

Reinaldo Azevedo: Operação Última Milha da PF sobre Ramagem e a ABIN paralela bolsonarista prova que a forma de ser do golpe da direita é tentar a impunidade

 

Da BandNews FM:





ICL: Desafetos de Sérgio Moro também foram investigados ilegalmente pela Abin paralela

 

Do Instituto Conhecimento Liberta:




Desmascarando: ANDREIA SADI HUMILHA FLÁVIO RACHADINHA CARA A CARA NA GLOBO E EXPLODE AS REDES SOCIAIS

 

Do Canal Desmascarando:

Andreia Sadi, da Globonews, desmonta Flávio Bolsonaro ao vivo sobre o escândalo da ABIN paralela do pai.



PF bota a mão na familícia, com Nassif & Conde | Afinando a Notícia

 

Da TV GGN:

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (25), a Operação Vigilância, que investiga a formação de uma organização criminosa responsável por estabelecer uma "estrutura paralela" dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O objetivo desse grupo era monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial. Segundo informações da Globo News, um dos alvos da operação é o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que ocupou o cargo durante o governo Jair Bolsonaro. Neste momento, agentes da Polícia Federal estão realizando buscas no gabinete de Ramagem na Câmara e em seu apartamento funcional.




A operação da PF sobre a ilegal ABIN paralela respinga nos filhos de Bolsonaro, eleições municipais do Rio e no general Heleno

 

Do Canal Instituto Conhecimento Liberta:

A operação da PF respinga nos filhos de Bolsonaro, eleições municipais do Rio e no general Heleno.



Operação da PF contra Ramagem revela o maior escândalo de espionagem desde o fim da ditadura

 

Do Canal Mídia Ninja:







Operação Última Milha: PF DESCOBRE ESQUEMA NA ABIN QUE MONITORAVA ILEGALMENTE INIMIGOS POLÍTICOS DE BOLSONARO

 

Do Canal 247:



Florestan Fernandes Júnior é jornalista, passou pelas principais redações e emissoras do Brasil, como Folha de S. Paulo, TV Globo, TV Cultura, TV Manchete. Luis Costa Pinto é jornalista e comentarista na TV 247. Já trabalhou nas redações de Veja, Folha de S. Paulo, O Globo e Época. Marcelo Auler é jornalista. Repórter desde 1974, já atuou em quase todos os principais jornais do país. É comentarista na TV 247

Demori explica como o clã Bolsonaro utilizava ilegalmente estrutura do Estado para se proteger de investigações

 

Do Canal Instituto Conhecimento Liberta:




quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Hiprocrisia e cinismo de golpistas: "DEIXAMOS CLARA A NECESSIDADE DE ANISTIA"; FRASE DE MOURÃO REVOLTA BOA PARTE DA INTERNET

 

Do Cortes 247:

O general da reserva Hamilton Mourão, senador pelo Republicanos gaúcho e vice-presidente no governo Bolsonaro, reuniu-se com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e pediu anistia para os envolvidos nos inquéritos das fake news e atentado ao Estado Democrático de Direito, principalmente no 8 de janeiro. As palavras de Mourão revoltaram parte da internet. Confira.



UOL: 'Abin paralela' foi citada por Bebianno em 2020; Reinaldo: Bolsonaro quis usar o Estado em questão pessoal

 

Do UOL:

Reinaldo Azevedo comenta a entrevista de Gustavo Bebianno, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro.



Reinaldo Azevedo, no UOL: Gritaria de bolsonaristas sobre caso Abin é para tentar impedir que se chegue a Bolsonaro

 

Do UOL:

Reinaldo Azevedo comenta a operação da Polícia Federal contra o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem.



Portal do José: MEDO EXPOSTO! BOLSONARO: PUBLICAÇÃO APAVORA SEGUIDORES! NIKOLE: PATETA! ALCKMIN: JAIR É DESOCUPADO!

 

Do Portal do José:

EXTREMISTAS MURCHAM. Mídia se obriga a temas importantes.
E agora?
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Operação Última Milha: PF do governo Lula investiga espionagem ilegal e criminosa da Abin de Bolsonaro contra brasileiros

 


Os investigados invadiam clandestinamente a rede de telefonia do país para monitorar autoridades públicas e outras pessoas


(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Polícia Federal - A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (24/1), a Operação Vigilância Aproximada para investigar organização criminosa que se instalou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

Policiais federais cumprem 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. As diligências de busca e apreensão ocorrem em Brasília/DF (18), Juiz de Fora/MG (1), São João Del Rei/MG (1) e Rio de Janeiro/RJ (1).

A operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em 20/10/2023. As provas obtidas a partir das diligências executadas pela Polícia Federal à época indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na ABIN e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal.

Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

Crimes do inelegível e seus comparsas de direita: Espionagem ilegal da Abin de Bolsonaro mirava até ministros do STF e governadores

 

Gilmar Mendes e o então governador do Ceará, Camilo Santana, hoje ministro da Educação, foram espionados. Alexandre de Moraes também já revelou que tinha seus 'passos monitorados'


Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem Rodrigues
Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem Rodrigues (Foto: Carolina Antunes/PR | Reprodução)

247Integrantes da Polícia Federal envolvidos na operação desta quinta-feira (25) e ouvidos por Daniela Lima, do g1, foram informados de que o aparato da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi utilizado para monitorar e investigar ilegalmente até governadores e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o governo Jair Bolsonaro (PL). As suspeitas recaem sobre o então diretor da Abin, o hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que é alvo da operação nesta quinta.

A Abin teria investido em um monitoramento ilegal do ministro Gilmar Mendes e do ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT), atualmente ministro da Educação no governo de Lula (PT). A operação desta quinta, denominada "Vigilância Aproximada", representa um desdobramento da "Primeira Milha", iniciada em outubro de 2023 para investigar o suposto uso criminoso da ferramenta "FirstMile". >>> 'Abin monitorava meus passos', diz Alexandre de Moraes, alvo dos golpistas de 8 de janeiro (vídeo)

Os investigados, que invadiam clandestinamente a rede de telefonia do país para monitorar autoridades públicas e outras pessoas, podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Casta hipócrita: pastores milionários se recusam a pagar imposto como todo mundo, inclusive seus fieis mais pobres | Entrevista com Vladimir Safatle

 

Da TV Fórum:

No Programão da Fórum com Cynara Menezes: todos são iguais diante de Deus, mas os pastores, não: por que o fim da isenção fiscal enfureceu os fundamentalistas bolsonaristas; CGU confirma fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro; caso "dama do auxílio": reis das fake news, MBL ameaça processar os outros por fake news; Lula lança novo ITA no Ceará; e uma entrevista com o escritor Vladimir Safatle sobre seu novo livro, Alfabeto das Colisões.


0:00 - Em instantes 0:40 - Abertura 7:42 - CGU confirma fraude na carteira de vacina de Bolsonaro 16:34 - Pastores se revoltam com fim da isenção fiscal 29:39 - Vladimir Safatle fala do livro Alfabeto das Colisões 1:34:00 - Lula leva ITA para Fortaleza

Cerco imperialista contra a Petrobrás - com o apoio da Globo, do Estadão e da direita - força união nacional pelo "Petróleo é nosso". Artigo de César Fonseca

 

'Produção petrolífera de orientação nacionalista, queda de juros e PAC rumo à Rota da Seda são determinantes para o Brasil', escreve o colunista César Fonseca


Lula e funcionários da Refinaria Abreu e Lima (PE)
Lula e funcionários da Refinaria Abreu e Lima (PE) (Foto: Ricardo Stuckert)

O cerrado cerco neoliberal do mercado financeiro, que dá, hoje, as cartas na política do petróleo, no âmbito da Petrobrás, impondo-lhe orientação antinacionalista, com apoio total da mídia conservadora, alinhada às petroleiras internacionais, favorecidas pela mudança de rumo imposta pelos golpistas de 2016, empurra Lula para a orientação oposta, nacionalista, na defesa do PETRÓLEO É NOSSO, como fator fundamental de união nacional e mobilização popular.

As bandeiras lulistas desenvolvimentistas em 2024, de resistência ao neoliberalismo, são, portanto, a soma de fatores indispensáveis à Industrialização nacional, cuja nova fase é lançada nessa segunda feira: 1 – produção petrolífera sob orientação nacionalista, 2 – queda taxa de juros Selic e 3 – PAC rumo à Rota da Seda.

Politicamente, trata-se de 3 determinantes decisivos para promover união nacional, envolvendo orientações ideológicas convergentes ao desenvolvimentismo, seja esquerda, direita, centro-esquerda e centro-direita.

Exclui-se dessa orientação, apenas, o radicalismo fascista ultradireitista apoiado pela financeirização econômica da Faria Lima, organicamente, antidesenvolvimentista e antinacionalista.

NOVO TEMPO

O presidente, em Pernambuco, deu a partida à nova estratégia nacionalista, que levantou a ira dos inimigos da Petrobrás, ao defender investimentos nas refinarias projetadas pela estatal petroleira; tal postura lulista representará desafio ao Congresso de maioria conservadora, que ficará entre dois polos: de um lado, a mobilização popular pelo PETRÓLEO É NOSSO, alavancado pelo discurso pró-investimento em refinarias, e, de outro, o cerco dos inimigos, capitaneado pela mídia direitista ultraneoliberal anti-Brasil.

Sem apoio no legislativo, no mercado financeiro e na mídia, Lula será obrigado a buscar apoio nos que historicamente sempre se constituíram nos exércitos de defesa da empresa criada por Getúlio Vargas, ou seja, o poder popular, força motriz desenvolvimentista.

A história comprovou esse apoio das massas ao nacionalismo varguista, logo que se suicidou como gesto político de resistência contra os que chamou de inimigos do interesse nacional.

Os adversários de agora da nacionalização do petróleo, que se iniciou em 1938, logo depois da Revolução de 1930, consolidando-se com a criação da Petrobrás em 1953, que levaria Getúlio ao suicídio em 1954, são os mesmos de sempre, alinhados aos interesses das petroleiras internacionais, em especial as americanas, fechadas com os barões da mídia tupiniquim(Globo, Estadão, Folha).

ARMA DE RESISTÊNCIA

A contenção dos adversários foi possível, nos anos de 1950 em diante, graças à campanha nacionalista do PETRÓLEO É NOSSO, ultrapassada, no entanto, a partir dos anos 1980, pelo neoliberalismo, conduzindo, na Era FHC, pelo Consenso de Washington.

A consolidação da orientação washingtoniana se daria, praticamente, com o golpe de 2016 que derrubou Dilma Rousseff e colocou no poder o presidente entreguista Michel Temer, do MDB.

De lá para cá, a empresa, sob comando neoliberal, abandonou planos de investimentos antes impulsionados pelos governos petistas de Lula e Dilma, para adotar política de preços antinacionalista e prioridade não aos investimentos, mas à distribuição de dividendos aos acionistas privados, sintonizados com a política de desinvestimento e privatizações.

Nessa situação vantajosa para os privatistas neoliberais se encontra a empresa nesse momento, incomodada pelo novo discurso nacionalista lulista.

A orientação presidencial de retomada de investimentos em refinarias, certamente se desdobrará em políticas de preços de interesses do consumidor e da indústria nacional, para ser mais competitiva na exportação que será favorecida por estímulos tributários.

Trata-se de opção fundamental em lugar da que vigora de isentar de impostos a exportação de produtos primários e semielaborados(lei Kandir) que destrói a Federação e bloqueia a industrialização.

Lula visou, essencialmente, no seu discurso, as vantagens comparativas desenvolvidas pelo nacionalismo petroleiro varguista-lulista capaz de garantir a alavancagem da indústria brasileira, graças ao acelerado desenvolvimento científico e tecnológico colocados a serviço da produção e da produtividade.

A reversão histórica não está fora de cogitação: o PT e o PTB, sob orientação nacionalista, autorizado a renascer pela justiça eleitoral, podem se unir e criar o neonacionalismo latino-americano.

ALIANÇA DOS INIMIGOS INTERNO E EXTERNO

O poder midiático conservador, serviçal dos interesses dos que defendem o status quo petroleiro tupiniquim pós-golpe neoliberal de 2016, reagiu a uma só voz contra os propósitos lulistas.

A arma que empunhou foi a de tentar ressuscitar a Operação Lava Jato que nasceu, justamente, para defender a privatização da Petrobrás, armando, em sintonia com Departamento de Justiça dos Estados Unidos, arapucas jurídicas para condenar a estatal brasileira e suas aliadas prestadoras de serviços de engenharia.

O molde de ação que o imperialismo acostumou adotar se espalhou: judicialização internacional.

Como as poderosas multinacionais do mundo, que fazem concorrência com as multis americanas, são registradas nas bolsas de valores dos Estados Unidos e, por isso, respondem, em escala global, à legislação dos Estados Unidos, pagam tributos exorbitantes; são punidas, implacavelmente, com elevadas multas ao fisco americano pelas ações dos procuradores do Departamento de Justiça, cuja prioridade é o interesse do capitalismo de Tio Sam, em primeiro lugar; american first!

O Modus Operandi de Tio Sam está minuciosamente descrito no livro “Arapuca estadunidense: uma Lava Jato Mundial”, Editorial Kotter, 2021, dos autores franceses Frédéric Pierucci e Matthiei Aron.

Eles detalham os mecanismos de ação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos para judicializar a ação contra a multinacional Alstom, gigante francesa da energia nuclear, eletricidade e transporte, maior concorrente da General Eletric no mundo.

As arbitrariedades praticadas pela justiça americana se exorbitam por meio de discricionarismo imperialista, destruindo concorrentes, tributariamente; primeiro, levam os concorrentes dos americanos à prisão, depois, à bancarrota, inviabilizando-os tanto no mercado dos EUA como em todo o mundo.

A Petrobras, registrada nas bolsas americanas, foi alvo de idêntico ataque, graças ao conluio, já descrito por diversos especialistas, entre procuradores americanos e procuradores brasileiros, base operacional da Lava Jato, que impôs à empresa pesadas multas e processos que levaram à prisão funcionários da estatal e diretores de empresas prestadoras de serviços a ela por meio de delações premiadas etc.

CONTRA ATAQUE DE LULA

Lula, no impactante discurso nacionalista em Pernambuco, para anunciar retomada das obras da refinaria Abreu e Lima, elogiou a atuação histórica de Getúlio Vargas e denunciou, de cambulhada, a corrupção jurídica armada entre a Operação Lava Jato e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, para destruir a Petrobrás.

O titular do Planalto está, agora, diante de fogo cruzado que deseja ver a sua caveira: de um lado, os financistas da Faria Lima, que estão faturando alto com a política de distribuição de dividendos, que bloqueia investimentos e impede crescimento econômico e industrialização nacional; de outro, a mídia venal, aliada dos privatistas, com a intenção clara de inviabilizar o PAC e a governabilidade lulista; é o mesmo processo que derrubou Dilma.

Nesse sentido, Lula está forçado a reafirmar o nacionalismo, que levanta a ira de Washington, quanto mais obtiver o apoio popular e se aproximar dos que se interessam em investir no PAC lulista, como é o caso da China, expresso na visita do Ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Y.

Lula reforçou apoio à China na sua defesa de Taiwan, por uma só China, em oposição à estratégia neoliberal de Javier Milei, na Argentina, que jogou com o interesse de Washington.

O fato é que, depois do discurso nacionalista em Pernambuco, Lula ampliou contencioso com a Casa Branca, o que do ponto de vista do presidente americano, Joe Biden, o aproxima não dos Estados Unidos, mas da Venezuela de Maduro.

Já o encontro de Lula com o representante de Xi Jinping, desdenhado pela mídia antinacionalista, como se fosse algo de menor importância, deixa muitas interrogações sobre o desenrolar dos acontecimentos envolvendo o tripé Brasil-China-Estados Unidos.

Cúpula do Exército burla Lei para proteger Mauro Cid. Artigo de Jeferson Miola

 

'Complacência da cúpula do Exército com Mauro Cid tem um toque de astúcia', escreve Jeferson Miola


Mauro Cid
Mauro Cid (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

O Alto Comando do Exército burla Leis e normas militares com objetivo de proteger o multi-delinquente Mauro Cid.

A cúpula fardada apenas simula compromisso com a legalidade, mas na realidade atua para proteger o tenente-coronel, garantir sua impunidade e a promoção dele ao posto de coronel.

Reportagem do jornalista Cézar Feitosa com “generais ouvidos [em off] pela Folha” relata que “a cúpula do Exército espera que o Ministério Público Federal apresente denúncia contra o tenente-coronel Mauro Cid antes de abril”.

Segundo esta versão militar, caso Mauro Cid não seja declarado réu pela justiça civil até o dia 30 de abril, não haverá nenhum impedimento para o ascenso dele na carreira. “Pelas regras atuais, Cid poderia ser impedido de concorrer à promoção caso se tornasse réu na Justiça”, alegam.

No fundo, o Alto Comando trabalha pela impunidade de Mauro Cid, do mesmo modo como procede em relação a todos oficiais e militares implicados em diversos crimes, ilícitos, desvios, esquemas de corrupção e, claro, nos atendados contra o Estado de Direito.

É preciso lembrar que os militares continuam impunes e praticamente impuseram uma anistia tácita a si próprios. Desde os atentados de 8 de janeiro, há mais de um ano, apenas três militares foram julgados.

Um deles, o coronel da reserva Adriano Camargo Testoni, participante ativo da depredação do Palácio do Planalto, foi punido apenas com um mês e 18 dias de prisão. E em regime aberto. A punição, no entanto, não foi pela participação dele na invasão do Planalto, mas por ter xingado seus superiores que não providenciaram a intervenção militar.

O caso dos outros dois militares que o Comando do Exército alega terem sido condenados por participação no 8 de janeiro também é outro deboche.

Um deles pegou três dias de prisão, e o outro foi “punido” com advertência. É um absoluto disparate em relação à condenação a mais de 17 anos imposta pelo STF a extremistas pelos crimes de ameaça de deposição violenta do governo e de abolição do Estado de Direito.

A complacência da cúpula do Exército com Mauro Cid é tão ou mais vergonhosa que nos casos acima citados. E tem um toque de astúcia.

Os comandantes cruzaram os braços no caso, prevaricam e apostam na lentidão do judiciário para responsabilizarem a justiça civil pela impunidade que, no fundo, eles programaram para safar Mauro Cid de condenações.

Mauro Cid é um réu confesso. Ele fez delação premiada e assumiu os crimes cometidos. Isso seria suficiente para o Comandante do Exército, o Ministério Público Militar e a Justiça Militar instaurarem inquéritos criminais e levarem-no a julgamento.

Apesar disso, contudo, a cúpula do Exército aguarda providências do MPF “antes de abril”, o que é no mínimo acintoso.

De acordo com o Decreto-Lei nº 3038/1941, Mauro Cid está sujeito à declaração de indignidade para o oficialato devido à prática, pelo menos, de crimes que ele próprio confessou: de peculato, no caso do roubo de jóias e bens da União para contrabando e venda nos EUA [inciso IV do artigo 1º]; e de falsidade documental, na falsificação das carteiras de vacinação para si, família e para Bolsonaro [inciso VII].

É da competência do Ministério Público Militar promover a declaração de indignidade ou de incompatibilidade para o oficialato [inciso II do artigo 116 da Lei Complementar nº 75/1993].

No artigo 7º, o Decreto-Lei 3038 dispõe que “uma vez declarado indigno do oficialato, ou com ele incompativel, perderá o militar seu posto e respectiva patente, ressalvada à sua família o direito à percepção das suas pensões, como se houvesse falecido” – o morto ficto, invento sui generis dos militares para preservar esta imoralidade a que nenhum servidor público civil ou trabalhador comum faz jus.

Essa situação absurda evidencia que o Superior Tribunal Militar, o Ministério Público Militar e os demais órgãos da justiça militar são excrescências remanescentes da ditadura que devem ser extintas, pois servem para proteger os maus militares que cometem crimes.

O ministro da Defesa José Múcio Monteiro tem a obrigação legal de agir. Caso permita que a cúpula do Exército continue prevaricando para proteger Mauro Cid, estará validando como critério valorizado para o ascenso na carreira militar aqueles militares com trajetória delinquencial, que passam em revista o Código Penal brasileiro.