sábado, 30 de abril de 2022

Relatório internacional alerta para uma versão fascista ainda “mais extrema” do caso Capitólio no Brasil

 

Assim como Trump, Bolsonaro tem procurado justificativas para contestar resultado eleitoral mesmo antes da votação


GGN. - As preocupações com o respeito às normas democráticas e outros pontos tem avançado conforme as eleições presidenciais se aproximam no Brasil, e tanto a derrota como uma eventual reeleição de Jair Bolsonaro não só afeta o país como outros países da América do Sul.

Tais preocupações constam de relatório elaborado pelo Washington Brazil Office, uma instituição independente que conta a participação de entidades como Greenpeace, APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), Geledés, Instituto Marielle Franco, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Instituto Vladimir Herzog, entre outras.

A entidade alerta que Bolsonaro tem procurado qualquer tipo de justificativa para contestar os resultados da disputa eleitoral de outubro, mesmo antes de a votação ocorrer.

“Ele (Bolsonaro) continua fazendo isso porque Luiz Inácio Lula da Silva recuperou seus direitos políticos e está liderando as pesquisas na corrida eleitoral”, diz o documento, ressaltando que o atual presidente pode não aceitar os resultados da votação, assim como seu aliado Donald Trump fez nos Estados Unidos em 2020.

“Bolsonaro está criando condições para um ambiente eleitoral muito instável e, se ele perder, o mundo deve ter em mente o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA e deve estar preparado para testemunhar uma versão provavelmente mais extrema no Brasil”, alerta o dossiê, pedindo o fortalecimento das articulações que venham a garantir a liberdade de expressão como valor indispensável para o exercício da democracia.

O documento destaca ainda os ataques feitos “consistentemente” pelo governo Bolsonaro à democracia, liberdade de expressão e os direitos humanos, além do avanço da agenda pró-desmatamento e dos ataques às comunidades indígenas e quilombolas.

“Desde que assumiu o cargo, em 2019, o presidente Bolsonaro colocou em prática políticas que revelam os antidireitos, tendências antiambientais e autoritárias que ele manifestou publicamente desde a época em que foi um congressista”, diz o dossiê.

Enquanto isso, as taxas de desemprego atingiram máximas históricas no último ano, e a fome voltou a fazer parte da realidade de milhões de brasileiros, com o país de novo a figurar no Mapa Mundial da Fome sete anos após sua remoção. O dossiê destaca ainda que, se reeleito, “a má gestão econômica de Bolsonaro continuará prejudicando milhões de vidas no Brasil”.

Confira abaixo a íntegra do relatório divulgado pelo Washington Brazil Office.

Portal do José: Bolsonaro e o circo no 1º de maio da direita que não vai colar! Militares e o Trem Fantasma!

 

Eles tentaram acabar com nossas vidas. Fizeram tudo para iludir a população dos nossos reais problemas. Curandeirismo, charlatanismo, irresponsabilidade, desgoverno, corrupção, maldade, falta de caráter, cinismo e palhaçadas marcaram a gestão vampira de Bolsonaro.

Do Portal do José:


Faltam 156 dias para as nossas eleições. Somos sobreviventes ao mundo cão bolsonarista. Eles tentaram acabar com nossas vidas. Fizeram tudo para iludir a população dos nossos reais problemas. Curandeirismo, charlatanismo, irresponsabilidade, desgoverno, corrupção, maldade, falta de caráter, cinismo e palhaçadas marcaram a gestão vampira de Bolsonaro. Sugou as nossas energias mas não conseguiu abater a todos! temos uma tarefa diária de desmascarar tanta coisa ruim e tanta bandidagem camuflada em governo e governantes. Dia 2 de outubro pode marcar o fim da linha dessa gente. Golpe? O remédio contra esses loucos oportunistas e lacaios é a verdade. "Expor o mau governo para calar o golpismo" ! Esse é o título do texto de Maria Cristina Fernandes publicado neste dia 28 de abril no Valor Econômico. Nada mais preciso. É o que digo sempre! Sigamos!

UOL: Bolsonaro quer confusão e país precisa de presidente que pegue no batente, diz Josias de Souza

 

Do UOL:




As cortinas de fumaça de Bolsonaro para desviar o foco dos ecândalos de corrupção e os crimes de seus aliados em charge de Amarildo

 



sexta-feira, 29 de abril de 2022

Desmoralização da Lava Jato de Curitiba e da Globo: Após julgamento histórico da ONU, STF anula decisões de Gabriela Hardt, substituta de Moro, na Lava Jato

 Determinação é do ministro Lewandowski, que julgou a 13ª Vara Federal de Curitiba incompetente para julgar o caso Torre Pituba, ação com maior quantidade de réus da Lava Jato


www.brasil247.com - Ricardo Lewandowski, Sergio Moro e Gabriela Hardt

Ricardo Lewandowski, Sergio Moro e Gabriela Hardt (Foto: STF | Reuters | Divulgação)

247O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski decidiu nesta quinta-feira (28) que a 13ª Vara Federal de Curitiba era incompetente para julgar o caso Torre Pituba, ação com maior quantidade de réus da Lava Jato do Paraná. O magistrado anulou todos os atos decisórios da juíza Gabriela Hardt no processo e remeteu o caso à Justiça Eleitoral. 

A decisão do ministro foi proferida no mesmo dia em que o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou oficialmente seu entendimento de que o ex-presidente Lula (PT) foi vítima das arbitrariedades e da parcialidade do ex-juiz suspeito Sergio Moro (União Brasil-SP).

A reclamação foi apresentada a Lewandowski pelo ex-presidente da Petros (fundo de pensão dos funcionários da Petrobrás) Luís Carlos Fernandes Afonso. 

O caso Torre Pituba soma 39 réus, sendo que 14 firmaram colaboração premiada, segundo Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. A ação envolve suspeitas de um esquema de pagamento de propina relativo à construção da sede financeira da Petrobrás em Salvador.

Em sua decisão, o ministro afirma que houve "flagrante ilegalidade e abusividade dos atos praticados em desfavor" do ex-presidente da Petros. Ele também diz que caberá à Justiça Eleitoral decidir sobre o eventual aproveitamento das provas já coletadas, visto que as decisões da ex-juíza foram todas anuladas.

Veja nota da defesa - formada pelos advogados Marco Aurélio de Carvalho, Fabiano Silva dos Santos, Ricardo Lima Melo Dantas e Luciana de Freitas -  sobre o caso:

"Seguindo a esteira da decisão proferida pelo Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que reconheceu a existência de inúmeras “violações processuais" e de diversas arbitrariedades nos processos da chamada Operação Lava Jato, também nesta quinta-feira, 28 de abril, foi proferida importante decisão pelo Ministro Ricardo Lewandowski, que concedeu habeas corpus de ofício para anular os atos decisórios da Ação Penal n* 5059586-50.2018.4.04.7000, em trâmite perante a 13ª Vara Federal de Curitiba/PR, e remeteu os autos à Justiça Eleitoral.

A decisão se deu no âmbito da Reclamação Constitucional nº 52466, distribuída perante o Supremo Tribunal Federal em março de 2022, frente a vários excessos processuais ocorridos na Ação Penal originária, decorrente da deflagração da 56ª fase da Operação Lava Jato.

Além das nulidades envolvendo toda a base probatória da persecução criminal e das irregularidades apontadas pela estreita relação desenvolvida entre os Procuradores da República que atuaram na extinta força tarefa da Lava Jato e a então Magistrada responsável pelo feito , Sra. Gabriela Hardt, a defesa demonstrou a manifesta incompetência do Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba para processar e julgar o caso, principalmente em razão da clara conotação eleitoral dos fatos apurados.

O Ministro Ricardo Lewandowski reconheceu, então, a 'flagrante ilegalidade e abusividade dos atos praticados em desfavor do reclamante', e determinou o redirecionamento do aludido processo à Justiça Eleitoral, anulando, desde logo, todos os atos decisórios praticados.

Trata-se de entendimento que reafirma a decisão histórica proferida pela ONU, coincidentemente na mesma data. 

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É, também, uma vitória não somente do reclamante da ação, mas de todos aqueles que acreditam no Estado Democrático de Direito e nas garantias do devido processo legal".

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Sérgio Moro comenta decisão da ONU com empáfia e arrogância mas não esperava a reação das redes sociais contra ele

 

Do 247:

Marco Aurélio de Carvalho é advogado, atuante na defesa das prerrogativas profissionais dos advogados e no direito de defesa, fundador da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia e do Grupo Prerrogativas.




Reinaldo Azevedo: ONU desmoraliza a farsa do lava-jatismo de vez

 

Da BandNews FM:




"Juízes do TRF4 foram mais venais do que Moro", diz Fernando Horta

 

"Não leram os autos e copiaram a sentença do Moro", lembra o historiador


www.brasil247.com - Mesmo sem provas de que o ex-presidente seja dono do triplex, que na verdade pertence à OAS, os três desembargadores da 8ª Turma do TRF4, o relator, Pedro Gebran Neto, o revisor, Leandro Paulsen, e Victor Laus, confirmaram a condenação do ex-presidente proferida pelo juiz Sergio Moro; sua pena foi elevada de 9 anos de 6 meses para 12 anos de 1 mês; os juízes também pedem que ela seja executada logo após os embargos no tribunal, e não até que sejam esgotados em instâncias superiores

Mesmo sem provas de que o ex-presidente seja dono do triplex, que na verdade pertence à OAS, os três desembargadores da 8ª Turma do TRF4, o relator, Pedro Gebran Neto, o revisor, Leandro Paulsen, e Victor Laus, confirmaram a condenação do ex-presidente proferida pelo juiz Sergio Moro; sua pena foi elevada de 9 anos de 6 meses para 12 anos de 1 mês; os juízes também pedem que ela seja executada logo após os embargos no tribunal, e não até que sejam esgotados em instâncias superiores (Foto: Aquiles Lins)

247 – O historiador Fernando Horta avalia que os três juízes do Tribunal Regional Federal da Quarta Região que condenaram injustamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foram João Pedro Gebran, Leandro Paulsen e Victor Laus, agiram de forma ainda mais vil do que o ex-juiz suspeito Sergio Moro. "Acho que os juízes do TRF4 foram mais venais que Moro e têm mais responsabilidade em tudo. Eles manipularam a dosimetria da pena para evitar prescrição. Manipularam a agenda de votação para passar o processo do Lula para frente. Não leram os autos e copiaram a sentença do Moro", escreveu Horta no twitter. Saiba mais:

Do Conjur – O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial no julgamento dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na "lava jato". Também considerou que os direitos políticos do petista foram violados quando ele foi impedido de disputar as eleições de 2018.

A defesa de Lula e o governo federal já foram informados sobre o resultado, mas o anúncio oficial acontecerá apenas nesta quinta-feira (28/4). As informações são da coluna de Jamil Chade no UOL.

A decisão é legalmente vinculante e o Brasil em tese deve seguir a recomendação. No entanto, as decisões do comitê correm risco de serem ignoradas devido à falta de sanções contra os governos. O órgão ainda publicará as recomendações e poderá pedir medidas para reparar o dano sofrido por Lula.

O Supremo Tribunal Federal já havia entendido que Moro agiu de forma parcial e anulado as condenações. Assim, Lula já estava livre para se candidatar à Presidência neste ano, mas o processo continuava tramitando nas instâncias internacionais.

A queixa envolvia quatro denúncias feitas pelo ex-presidente: a detenção de Lula pela PF em uma sala do aeroporto de Congonhas em 2016; a parcialidade do processo e do julgamento; a difusão de mensagens privadas de familiares do petista; e a impossibilidade de candidatura em 2018. O comitê atendeu a todos os pedidos e concluiu pela violação dos direitos com relação a todos os pontos.

Em agosto de 2018, o comitê já havia concedido medidas cautelares para solicitar às autoridades brasileiras a manutenção dos direitos políticos de Lula até a avaliação de seu caso pelo STF. À época, o órgão também pediu que o mérito do caso fosse tratado em Genebra. O governo brasileiro ignorou a decisão, o que foi considerado como um fato grave na nova decisão.

No último mês de março, os peritos que formam parte do comitê passaram a debater se deveria ser emitida uma condenação contra o Estado brasileiro. Uma parcela deles entendia que o STF já havia deixado claro que as instituições do país não estavam funcionando e, portanto, não seria necessária a interferência do órgão internacional. O caso foi então levado para análise pela totalidade do comitê, que tomou a decisão final.

O governo brasileiro esperava que o caso não fosse aceito para avaliação pela ONU, já que a Justiça doméstica estava dando respostas ao processo. Mas a defesa de Lula insistiu à corte que o caso precisava continuar a ser examinado devido a danos irreversíveis contra o ex-presidente — como sua prisão por 580 dias e impossibilidade de candidatura em 2018.

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É preciso temer o militarismo Fake? Por Fábio de Oliveira Ribeiro

 

A democracia brasileira foi bastante deformada pelo neoliberalismo. Essa deformação resultou no golpe de 2016 com “o Supremo, com tudo”

Reprodução

É preciso temer o militarismo Fake?

por Fábio de Oliveira Ribeiro

Aqui mesmo no GGN escrevi sobre o Fake Militarism patrocinado por Jair Bolsonaro e seus minions nas Fraquezas Aposentadas e nas Forças Armadas https://jornalggn.com.br/destaque-secundario/fake-militarism-a-maior-e-mais-duradoura-obra-do-capitao-amalucado-por-fabio-de-oliveira-ribeiro/ . Volto ao assunto por causa da nova crise fake criada por causa do Indulto dado ao deputado terrorista que se desdobrou em crise fake entre as Forças Armadas e o TSE.

O jogo é bruto. Mas é um erro ficar com medo dos militares. Eles estão testando o terreno, tentando se impor mediante ameaças. Mas me parece evidente que eles estão apavorados. Se quisessem realmente dar um golpe de estado ou tivessem condições para fazer isso os tanques já estariam nas ruas há muito tempo.

A unidade na ação precária obtida durante o golpe de 2016 já foi rompida. As promessas de crescimento econômico não foram cumpridas e essa é uma conta que será colocada no colo tanto de Bolsonaro quanto dos militares que ele enfiou nos Ministérios. Isso para não mencionar as consequências políticas do genocídio pandêmico, que foi o resultado direto do comando do Ministério da Saúde por um general.

Nenhuma instituição está comprometida com a transformação do regime em ditadura. Mas Bolsonaro e os minions dele nas Fraquezas Aposentadas e nas Forças Armadas continuarão esperneando para tentar se impor pelo medo. Isso também faz parte de uma estratégia eleitoral, como uma tentativa de amedrontar a população: votem no mito ou então…

Pode a realidade brasileira (caracterizada pelo aumento da fome, empobrecimento, desemprego crescente e raiva decorrente do assassinato de centenas de milhares de cidadãos) ser reconfigurada mediante artimanhas retóricas, orçamentos secretos, trapaças eleitoreiras, ameaças militares? A resposta é não. A janela para um golpe de estado se abriu? A resposta também é não.

Todavia, em política, espaço em que as aparências nem sempre correspondem à essência, o perigo sempre existe. Como disse Hannah Arendt:

“É do conhecimento geral que essa situação de emergência latente ou aberta predomina hoje – e na verdade tem predominado já há algum tempo – em muitas partes do mundo; o que é novo é que este país [ela está se referindo aos EUA do final dos anos 1960 e início dos anos 1970] já não é uma exceção. É incerto se nossa forma de governo sobreviverá a este século, mas também é incerto que não sobreviverá.” (Crises da República, Hannah Arendt, Perspectiva, 3ª edição, São Paulo, 2013, p. 90)

O regime democrático norte-americano sobreviveu, mas foi muito desfigurado pelo neoliberalismo e pelo imperialismo. Essa degradação pode ser vista no aumento consistente da proporção que os orçamentos do Pentágono e o da CIA ocupam em relação ao Orçamento geral daquele país. A política externa dos EUA não comporta mais qualquer espaço para diplomacia.

Comandada por democratas ou republicanos, há décadas tudo que a Casa Branca faz é aumentar o orçamento militar e secreto para tentar impor sua vontade sabotando regimes estrangeiros, armando seus aliados, fazendo ameaças e, quando é possível, utilizando as Forças Armadas. Isso era obviamente feito no passado, mas não de forma tão intensiva, aberta, permanente e, podemos até dizer, inconsequente.

A democracia brasileira também foi bastante deformada pelo neoliberalismo. Essa deformação resultou no golpe de 2016 com “o Supremo, com tudo” que fragilizou muito nosso sistema constitucional. É justamente essa fragilidade que o Fake Militarism está utilizando para tentar se impor. Não é certo que Bolsonaro dará um golpe ou que ele será apoiado pelas Forças Armadas se fizer isso. Ao colocar sua sobrevivência política nas mãos dos generais ele corre o risco de levar uma facada nas costas dos próprios generais.

Quando fala, Bolsonaro quer sempre dar a impressão que comanda as Forças Armadas. Quando os militares dizem que estão ao lado dele ficamos com a nítida impressão que eles podem estar querendo criar uma situação em que ele possa ser simplesmente defenestrado com ajuda das instituições para que o general-vice possa assumir a presidência.

Traumatizados, alguns líderes de esquerda tentam fazer o STF recuar no caso do Indulto. Se isso ocorrer, seria muito pior. Um Tribunal que abre mão de sua competência não pode mais dizer que distribui Justiça de maneira imparcial com autonomia. O mesmo pode ser dito em relação ao TSE. Quem comanda as eleições é a Justiça Eleitoral e não um bando de marginais liderados pelo Capitão Momo.

Aos militares que querem supervisionar as eleições, a imprensa deve dizer apenas uma coisa: vocês querem cuidar das urnas eletrônicas, mas não conseguem nem mesmo tomar conta dos caminhões, barcos e aviões que os oficiais vagabundos usam para transportar cocaína e maconha por todo território nacional. Cuidem do que ocorre dentro dos quartéis, fora deles quem cuida do país são as instituições democráticas.

Nenhuma democracia sobrevive se os cidadãos se deixam amedrontar. Se quiserem dar um golpe, os militares terão que correr o risco de enfrentar toda a sociedade brasileira. Isso precisa ficar bem claro. Eles controlam as armas ou querem apenas nos lembrar que as têm, mas nós somos mais numerosos e politicamente muito mais fortes.

Fábio de Oliveira Ribeiro, 22/11/1964, advogado desde 1990. Inimigo do fascismo e do fundamentalismo religioso. Defensor das causas perdidas. Estudioso incansável de tudo aquilo que nos transforma em seres realmente humanos.

Isso a Globo não mostra.... Só quando a imprensa internacional repercute e o faz à contragosto... A desMORalização de Moro...

 

Da  247:

Rodrigo Vianna é jornalista. Passou por Folha, TV Cultura, Globo e Record, e hoje apresenta o "Boa Noite 247". Vencedor dos Prêmios Vladimir Herzog e Embratel de Jornalismo, é também Mestre em História Social pela USP.



Com Luis Nassif e Gustavo Conde, TVGGN repercute vitória de Lula na ONU e expõe derrota da imprensa brasileira

 

A vitória de Lula na ONU é uma derrota fragorosa do jornalismo empresarial brasileiro (Globo, Estadão, etc.), que fica exposto ao mundo, agora, como um jornalismo golpista e persecutório. 


Assista à live de Nassif com o linguista Gustavo Conde e saiba mais sobre a vitória do petista, no canal do GGN no Youtube

O ex-presidente Lula com um terno marrom, sorrindo, erguendo um punho para cima
Foto: Divulgação

A vitória de Lula na ONU é uma derrota fragorosa do jornalismo empresarial brasileiro, que fica exposto ao mundo, agora, como um jornalismo golpista e persecutório. Este jornalismo carimba esse vexame internacional, negando-se a noticiar a decisão da ONU, uma decisão histórica e uma das mais importantes da cena dos direitos humanos internacionais.

O Comitê de Direitos da ONU decidiu que Lula teve seus direitos políticos e individuais violados por Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato, coordenados por Deltan Dallagnol.

Para repercutir o tema, Luis Nassif conversa com o linguista Gustavo Conde, no programa Afinando a Notícia, na TVGGN. Inscreva-se gratuitamente no canal clicando aqui.

Assista a transmissão ao vivo a partir das 20 horas desta quinta (28), usando o link abaixo.

quinta-feira, 28 de abril de 2022

(Des) governo Bolsonaro tentou impedir julgamento de Moro contra Lula em comitê da ONU

 O comitê do principal organismo multilateral do mundo ignorou os argumentos do governo e concluiu que Lula foi julgado de forma parcial por Sergio Moro

www.brasil247.com - Bolsonaro, Moro, ONU e Lula

Bolsonaro, Moro, ONU e Lula (Foto: Anderson Riedel/PR | Reuters | Ricardo Stuckert)

247O governo de Jair Bolsonaro (PL) tentou impedir o julgamento de Lula pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU. Em novembro, a representação do Brasil na organização argumentou que os recursos que o ex-presidente poderia apresentar à Justiça brasileira ainda não tinham sido todos esgotados, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo.

O governo argumentava também que Lula já estava solto e uma parte das sentenças contra ele tinham sido anuladas.

Mas o comitê da ONU, principal organismo multilateral do mundo, ignorou os argumentos do governo Bolsonaro e concluiu que Lula foi julgado de forma parcial pelo ex-juiz suspeito Sergio Moro, tendo seus direitos políticos também violados ao ser impedido de disputar as eleições presidenciais de 2018.

A vitória de Lula na ONU tem forte simbolismo e mostra que ele foi vítima de perseguição política.


Jornais brasileiros demonstram sua parcialidade e omitem do público a vitória histórica de Lula na ONU

 

Comitê de Direitos Humanos avaliou que ex-presidente foi alvo de perseguição política por parte do ex-juiz suspeito Sergio Moro. Silêncio da mídia prova sua cumplicidade

www.brasil247.com - Lula

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 – Os principais jornais da mídia corporativa brasileira omitiram de seus leitores a vitória histórica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, em Genebra. O comitê decidiu que Lula foi alvo de perseguição política por parte do ex-juiz suspeito Sergio Moro e também teve seus direitos violados ao ser impedido de participar das eleições presidenciais de 2018, que teria vencido mesmo preso – o que impediria a ascensão de um regime de caráter neofascista no Brasil.

Tanto os jornais O Globo como Valor Econômico, que pertencem à família Marinho, assim como o Estado de S. Paulo, não registraram a decisão histórica, que representa também um duro golpe para todos os setores do Poder Judiciário que participaram deste processo, como apontou o colunista Jeferson Miola. O Estado de S. Paulo também omitiu a notícia e apenas a Folha de S. Paulo noticiou o caso, não para registrar sua importância, mas apenas para apontar que o governo de Jair Bolsonaro tentou impedir a decisão do comitê das Nações Unidas.

A perseguição política contra Lula, num processo de "lawfare" demonstrado por seus advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins, foi parte essencial do golpe de estado de 2016, que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff com o objetivo de transferir a renda do pré-sal brasileiro para os acionistas privados da Petrobrás. Hoje, os brasileiros sofrem com a gasolina mais cara da história e um botijão de gás chega a representar nada menos do que 10% do salário mínimo. Lula foi perseguido e preso por Moro, que também destruiu os empregos de 4,4 milhões de brasileiros, segundo o Dieese, porque reverteria as medidas implantadas logo após o golpe de estado pelo usurpador Michel Temer – medidas que foram mantidas por Jair Bolsonaro. Como a imprensa corporativa foi cúmplice deste processo que empobreceu a grande maioria da população brasileira, ela se calou sobre a decisão histórica da ONU.



 

 

Reinaldo Azevedo: A bobagem de Mourão e o acerto da OAB ao declarar o indulto/graça de Bolsonaro inconstitucional, ilegal e imoral

 

Da BandNews FM:




Reinaldo Azevedo: O milagre da multiplicação artificial dos robôs bolsonaristas no Twitter

 

Da BandNews FM:




Jamil Chade, no UOL: Comitê da ONU conclui que Sérgio Moro foi parcial (entenda-se desonesto e tendencioso) no julgamento do ex-presidente Lula

 

Do UOL:




Reinaldo Azevedo: Bolsonaro desesperado e partindo para o vale tudo quer milico gerenciando urna

 


Da BandNews FM:




Eduardo Bolsonaro aparece em esquema sujo de “astroturfing” e fake news usado no WhatsApp na eleição de 2018

 

Número de WhatsApp usado pelo mandato de Eduardo Bolsonaro administrava 6 grupos que participavam do ecossistema das fake news em 2018

Jornal GGN:

Eduardo Bolsonaro em plano médio, numa montagem com o símbolo do WhatsApp
Foto original: Marcelo Camargo/Agência Brasil


Um estudo publicado na prestigiada revista científica International Journal of Communication em 2022 aponta fortes indícios de participação do hoje deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) em um esquema de mobilização social e distribuição de fake news pelo WhatsApp na eleição de 2018.

O esquema batizado de “astroturfing” foi observado pelo pesquisador Viktor Chagas, da Universidade Federal Fluminense. Chagas conseguiu associar um número de celular utilizado oficialmente pelo mandato de Eduardo Bolsonaro à participação em 22 grupos e administração de 6 grupos bolsonaristas no WhatsApp. Em grande parte, esses grupos disseminaram conteúdo classificado como “desinformação” e “proselitismo”.

Astroturfing é a estratégia de mascarar os financiadores ou a organização por trás de uma mensagem com o intuito de fazê-la parecer espontânea. Nos últimos anos, acadêmicos têm estudado o fenômeno que vem favorecendo a extrema-direita no mundo, mas quase sempre a análise é do ponto de vista conceitual. Chagas, por outro lado, propõe uma abordagem empírica, apontando um caminho ou uma ferramenta para detecção e eventual desarticulação de grupos com comportamento atípico.

Desde maio de 2018 até chegar à eleição, o pesquisador monitorou e empregou a técnica de “social network analysis” (SNA) – “análise de redes sociais”, em tradução livre – em 124 grupos bolsonaristas no WhatsApp.

Ele identificou que um usuário atrelado ao número de telefone (61) 99150-1881 participava de 22 grupos bolsonaristas – o que equivale a 17,5% da amostra – e administrava 6 destes grupos no WhatsApp. O mesmo telefone foi divulgado publicamente pelo mandato de Eduardo Bolsonaro para coletar perguntas de seguidores que seriam respondidas em vídeo.

“Durante muito tempo, o clã Bolsonaro negou envolvimento direto com esta rede. Mas Eduardo Bolsonaro estava lá o tempo inteiro, mesmo quando silenciosamente, ou quando o celular fosse utilizado apenas por agentes da campanha, ciente de todo o tipo de conteúdo que circulava nos grupos”, escreveu o pesquisador em uma postagem no Twitter, onde comenta os resultados da pesquisa.

No artigo disponível em inglês [ver anexo no final], Chagas lembra que Eduardo Bolsonaro teve encontros com Steve Bannon, um estrategista digital da ultradireita no mundo.

AS EVIDÊNCIAS CONTRA EDUARDO BOLSONARO

Além da imagem abaixo, que aparece como evidência do envolvimento de Eduardo Bolsonaro no esquema, destacado na obra acadêmica, o GGN identificou uma postagem de 2017 no Facebook, na conta oficial de Eduardo Bolsonaro, utilizando o mesmo número. Além disso, o canal de Eduardo Bolsonaro no Youtube também divulgou o número em maio de 2018, no âmbito da campanha “Dê um alô para o seu deputado Eduardo Bolsonaro”. Confira aqui e aqui.

Imagem divulgada em 2018, extraída do artigo “WhatsApp e Astroturfing Digital: Uma análise de rede social de grupos de discussão política brasileira de apoiantes de Bolsonaro”, escrito por Viktor Chagas, da Universidade Federal Fluminense

GGN verificou que o número associado a Eduardo Bolsonaro no esquema de astroturfing não parece mais estar ativo no WhatsApp. Nesta quarta-feira (27), a redação procurou a assessoria de imprensa do parlamentar por meio do gabinete em Brasília, mas ainda aguarda posicionamento.

Segundo o estudo, “os dados sugerem que Eduardo Bolsonaro foi um dos principais organizadores da astroturfing no WhatsApp durante as eleições brasileiras de 2018.”

“A presença do seu celular nesta amostra cumpre a expectativa de que a rede bolsonarista no WhatsApp também tenha sido infiltrada por agentes do campo da política profissional, apesar das repetidas negações por parte do próprio grupo”, advertiu Chagas.

“A tentativa de esconder a participação e a estrutura altamente hierárquica da rede são elementos típicos do conceptual definição de astroturfing”.

Print do canal Eduardo Bolsonaro, no Youtube, que prova a divulgação de um número de WhatsApp que, no estudo de Viktor Chagas, é responsável por administrar 6 grupos bolsonaristas

O ECOSSISTEMA BOLSONARISTA NO WHATSAPP

Analisando a dinâmica dos grupos bolsonaristas no WhatsApp, o pesquisador conseguiu identificar alguns nichos que se articulavam com objetivos ou interesses diferentes. “São grupos monárquicos, militaristas e olavistas, que constituem, num sentido amplo, a base intelectual do bolsonarismo”. Cerca de 70% do material compartilhado por este ecossistema é classificado como “desinformação e proselitismo”.

“No caso do WhatsApp, participando simultaneamente em 22 grupos de discussão política, por exemplo, se pode potencialmente chegar a mais de 5.600 usuários em poucos segundos”, aponta o artigo.

Imagens extraídas do artigo sobre astroturfind e bolsonarismo. Elas indicam as principais bandeiras que moviam os usuários, além do tipo de ação que eles realizavam, que inclui desde espalhar fake news até organizar mobilizações sociais

Os grupos “eram muitas vezes criados em série, geridos por usuários especializados, que moderaram vários grupos e ofereceram uma identidade visual personalizada. Estas características apontam para algum grau de coordenação na estrutura da rede e encaixam-se numa estratégia de astroturfing“, diz o estudo.

Grupos bolsonaristas tinham um padrão para nomes e identidade visual, evidenciando a conexão entre seus administradores

As eleições de 2018 foram marcadas pela produção e disseminação de fake news e ataques aos candidatos de esquerda, sobretudo do PT. A jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo, revelou um suposto esquema de financiamento empresarial irregular para sustentar essa “máquina do ódio”. O Tribunal Superior Eleitoral, porém, decidiu não cassar o mandato de Jair Bolsonaro. A família Bolsonaro rechaça reiteradamente envolvimento em esquemas no WhatsaApp e afirma que sua militância digital é puramente “orgânica”.

De acordo com o estudo sobre astroturfing e bolsonarismo, as plataformas digitais “têm focado seus esforços na moderação de conteúdo, sem olhar com a mesma eficiência como alguns grupos de usuários convergem para realizar certas ações. É aqui que o SNA [análise de redes sociais], ao contrário de outros métodos, pode ser particularmente eficaz.”