Em sua delação à PF, o tenente-coronel Mauro Cid contou que o almirante Almir Garnier disse que sua tropa estaria pronta para aderir a intentona golpista
247 - O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou em sua delação premiada à Polícia Federal que o ex-mandatário procurou a cúpula das Forças Armadas para buscar o respaldo dos militares visando um golpe de Estado para se manter no poder após ser derrotado no pleito presidencial do ano passado. Nesta linha, segundo Mauro Cid,o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, teria demonstrado apoio à ideia em conversas privadas, no entanto, o Comando do Exército e o Alto Comando das Forças Armadas teriam se distanciado da possibilidade.
De acordo com a coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, Garnier “teria dito a Bolsonaro que sua tropa estaria pronta para aderir a um chamamento do então presidente. Já o comando do Exército afirmou, naquela ocasião, que não embarcaria no plano golpista”. >>> Mauro Cid entrega Bolsonaro e diz que ele consultou militares sobre golpe
Segundo o jornalista Aguirre Talento, do UOL, o rascunho do decreto com a proposta golpista propondo a convocação de novas eleições, bem como a prisão de adversários políticos, foi apresentada a Bolsonaro pelo então assessor Filipe Martins, que também foi acusado por Cid de fazer parte do chamado “gabinete do ódio”, responsável por promover ataques e divulgar fake news contra opositores e adversários do ex-mandatário. >>> Mauro Cid delata participação de ex-assessor de Bolsonaro no 'gabinete do ódio'
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