sexta-feira, 28 de abril de 2023

Comunicadores progressistas criticam partes da PL 2630 e dizem que o projeto de Orlando Silva possui jabutis/armadilhas que favorecem a Globo e a velha "grande" mídia(vídeos)

 

Projeto de combate às fake news cria fundo que pode transferir recursos da publicidade digital no Youtube para a Globo, prejudicando a mídia independente

www.brasil247.com - Orlando Silva

Orlando Silva (Foto: Reuters/Dado Ruvic | Bruno Spada/Câmara dos Deputados | Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

247 – No dia de ontem, diversos comunicadores de esquerda, com grande presença no Youtube, lançaram vídeos para criticar o PL 2630, relatado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). "É um projeto de sabotagem contra nós para favorecer a Globo, que colocou dutos de dinheiro atrás do Lula e exaltou o Moro", diz Ronny Teles, que comanda um canal com 864 mil inscritos. Confira:

Assim como Ronny Teles, o comunicador João Antonio, editor do Click Política, publicou um desabafo contra o deputado Orlando Silva, que, na sua visão, também estaria atendendo aos interesses econômicos da Globo. "Quando Lula estava ferrado, muita gente virou as costas, inclusive Orlando Silva", relembrou João Antônio. "O Orlando está colocando coisas absurdas nesse projeto para favorecer a Globo. Todo dia ele está no Jornal Nacional. Está deslumbrado", afirma. Confira:

Outro comunicador progressista, Clayson, com um canal com 457 mil inscritos, disse que o PL 2630 representa uma "tragédia". "Este PL não pode ser aprovado", diz ele. Na sua visão, ao transferir recursos da publicidade digital para a Globo, ele representará o fim dos produtores pequenos de conteúdo. Confira:

O canal Desmascarando, com 451 mil inscritos no Youtube, trata o PL 2630 como "uma grande canalhice". Segundo o canal, trata-se de um projeto com vários jabutis, que visam sugar recursos dos produtores de conteúdo da internet e transferi-los para a Globo e outras empresas de mídia. "O PL vai criar um duto de dinheiro para a grande mídia". Confira:

Plantão Brasil, de Thiago dos Reis, com 1,23 milhões, também expressou revolta com o projeto relatado por Orlando Silva. "As redes sociais vão ter que dar dinheiro para as empresas de mídia, que muitas vezes são a fonte das piores fake news", diz ele. Confira:

O comunicador Aquias Santarem, dono de um canal com 451 mil inscritos, falou sobre sua "decepção" com o governo Lula e disse que o PL 2630 é claramente um projeto para favorecer os interesses econômicos da Globo, em detrimento da mídia independente. Confira:


quinta-feira, 27 de abril de 2023

Meteoro Brasil: Quem vai aparecer mais na CMPI dos atos golpistas de 8 de janeiro?

 


Do Canal Meteoro Brasil:

Para os parlamentares de situação e oposição, toda CPI é uma oportunidade de aparecer bem para o próprio eleitorado. Alguns estão mais preparados que outros para ficar sob as luzes de uma nova CPI que já se anuncia como inevitável



Clayson: NOJENTO! Deputados que participaram de manifestações golpistas agora QUEREM PARTICIPAR DA CPMI

 

Do Canal do Clayson:




CPI do 8 de janeiro: Lindbergh esculacha Magno Malta e expõe desculpa esfarrapada de Bolsonaro à PF

 

Do Canal Mídia Ninja:




GSI militarizado é coração do projeto de poder militar, de golpe permanente, diz Ananias Oliveira

 

Do Canal do analista político Bob Fernandes:




CPMI pega fogo 🔥 Eduardo "Bananinha" Bolsonaro chora a derrota do pai e é esculachado por Melchiona e Gleisi

 

Do Mídia Ninja:




Reinaldo Azevedo: Haddad levantou dois tapetes e encontrou R$ 150 bi de sonegação das elites

 

Da Rádio BandNews FM:




O líder amorfinado desmoraliza ainda mais o golpe da extrema direita, segundo artigo de Moisés Mendes

 

'Gente que se assumiu como golpista, pôs a língua para a Justiça e foi presa leva um tapa na cara com a história da morfina', escreve o colunista Moisés Mendes

www.brasil247.com - Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Marco Bello)

247. Bolsonaro já seria, antes da versão do transe da morfina, a grande atração da CPMI do Golpe. Agora, não há como não convocá-lo para que conte como continuava incitando o golpismo sob efeito de um opióide.

Numa cena inimaginável do teatro do absurdo criado pelo bolsonarismo, ele e o general Gonçalves Dias poderiam depor ao mesmo tempo, lado a lado, para narrar suas experiências sensoriais.

Bolsonaro contaria como tomou morfina e apertou o botão errado, compartilhando nas redes sociais um vídeo golpista ao invés de enviá-lo para um arquivo no celular.

E o general poderia contar como, sem tomar nada, não apertou botão algum e permitiu que o Palácio do Planalto, que ele deveria proteger, fosse invadido pela turma de Bolsonaro.

No Brasil do imponderável, o general encarregado de cuidar de Lula não sabia o que se passava ao lado do gabinete do presidente, enquanto a turba quebrava tudo e pedia água, porque estava sob apagão.

E o ex-presidente doidão, sob o efeito de um remédio, não sabia que havia propagado mais uma fake news. Ambos, o golpista e o general, não tinham o controle das suas vontades.

Acredite quem quiser nas duas versões. Chegamos ao ponto em que um golpista juramentado recorre a uma desculpa que o desqualifica. E um general se auto deprecia por não ter conseguido ser general.

É um quadro que começa a se firmar como a imagem do Brasil que não se livra dos efeitos do fascismo. Chegamos ao limite das definições para o que se passa desde o golpe de 2016.

Absurdo, inacreditável, irracional, espantoso, assombroso, ofensivo, indecente. Não há mais o que dizer para situações em que nenhum adjetivo será capaz de definir o cenário com a extrema direita ainda no palco.

O Bolsonaro fisicamente frágil, psicologicamente vacilante e moralmente deplorável, esse Bolsonaro diz agora que fica mentalmente vulnerável se tomar morfina.

Cercado como golpista, assumido como golpista, denunciado e processado como golpista, o sujeito aperta um botão que reafirma sua condição de golpista, mas só porque estaria dopado.

Bolsonaro desmoraliza a própria base. Gente que se assumiu como golpista, pôs a língua para a Justiça e acabou presa na Papuda leva um tapa na cara com a história da morfina.

Quer dizer que a insistência na tese das urnas fraudadas era uma barbeiragem de alguém amorfinado?

O ministro Alexandre de Moraes já observou, depois de uma visita à Penitenciária da Papuda, que se confirma, numa observação ligeira, a existência entre os presos de gente que teve alucinações no 8 de janeiro.

Metade do Brasil, na eleição de outubro, esteve sob o efeito de algum tipo de droga do fascismo.

Mas quem acredita mesmo que a morfina foi culpada por uma, e apenas mais uma manifestação golpista, logo depois de um golpe frustrado?

Há quem acredite, mas será alguém da polícia ou do sistema de Justiça?

Quem vai embarcar na canoa da morfina de Bolsonaro numa hora dessas, às vésperas de uma CPI que pode finalmente enquadrar os que agem desde 2016 e agora se acovardam? Quem?

Planalto monta estratégia com time dos 'bons de briga' e dos 'técnicos' para CPMI do 8 de janeiro

 

Ideia é ter no colegiado um bloco de parlamentares "palanqueiros" e outro que dará profundidade aos depoimentos e densidade política à versão do governo

www.brasil247.com - Lindbergh Farias, André Janones, Renan Calheiros e Fabiano Contarato

Lindbergh Farias, André Janones, Renan Calheiros e Fabiano Contarato (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Billy Boss/Câmara dos Deputados | Pedro França/Agência Senado | Marcos Oliveira/Agência Senado)

247 - A estratégia do Palácio do Planalto para a CPMI do 8 de janeiro no Congresso Nacional está montada: a ideia é dividir em dois blocos os governistas no colegiado. O primeiro bloco será formado pelos parlamentares "palanqueiros" e "bons de briga", isto é: nomes com habilidade para o embate direto com bolsonaristas, com capacidade rápida de resposta a provocações e com expertise para disputar a narrativa nas redes sociais. O segundo bloco terá deputados e senadores técnicos, que darão profundidade aos depoimentos e densidade política à versão do governo.

"Articuladores do governo ainda estão mapeando quem é quem de acordo com as indicações dos partidos", informa o jornal O Globo. Para o bloco dos "bons de briga" são cotados os deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e André Janones (Avante-MG) - o Avante, porém, só terá direito a uma vaga reservada a um rodízio com outras cinco legendas. Do PT também são lembrados Rubens Pereira Junior (MA) e Rogério Correia (MG) - um deles deverá ficar na suplência.

Já para o time de 'técnicos' são lembrados os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Omar Aziz (PSD-AM), Fabiano Contarato (PT-ES) e Humberto Costa (PT-PE).

As estratégias não acabam por aí: "o governo também quer evitar a todo custo que a oposição reduza as discussões da CPI aos atos de 8 de janeiro. Os aliados do governo estão sendo instruídos a alargar a discussão para os acampamentos golpistas em frente aos quartéis, que se iniciaram em novembro de 2022 e são considerados epicentro da trama golpista que resultou na invasão das sedes dos Três Poderes. O objetivo do Planalto é mostrar que os ataques foram maturados ao longo de semanas e que decisões do governo anterior culminaram nas invasões", diz a reportagem. Há ainda a orientação que sai do Planalto para que a CPMI não abra uma nova crise do governo federal com os militares.

Os responsáveis pela articulação do governo envolvendo a montagem da CPMI são os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil), Flavio Dino (Justiça), José Múcio Monteiro (Defesa), Jorge Messias (AGU) e Vinicius Carvalho (CGU).

Governo Lula terá maioria sólida na CPMI

 

Do Canal Blog da Cidadania, de Eduardo Guimarães:

Com mais da metade dos membros da CPI, o bolsonarismo ficou enfraquecido e forçar a instalação da Comissão virou tiro no pé. E agora é tarde para recuar



CAMPOS NETO, O BOLSONARISTA ALIADO DOS BANQUEIROS, E O BOICOTE OSTENSIVO AO GOVERNO LULA - TVGGN 20H (25/04/23)

 

Da TV GGN:

O jornalista Luis Nassif irá comentar as principais notícias do dia, incluindo o posicionamento de Campos Neto na sessão que ocorreu no Senado Federal. Além disso, para discutir a recente derrubada de Gonçalves Dias do Gabinete de Segurança Institucional e o clima de golpismo que vem sendo observado no país, Nassif irá entrevistar o ex-ministro da Justiça Tarso Genro.



Deu a louca nos advogados e porta-vozes que defendem os Bolsonaro. Artigo de Ricardo Noblat

 

Só a crença no absurdo é capaz de salvar Jair e Michelle dos apuros em que se meteram


 atualizado 27/04/2023 7:53

Imagem colorida mostra Ex-presidente Bolsonaro deixa depoimento na Polícia Federal sobre o 8 de janeiro - Metrópoles

Em menos de 48 horas, eles ofereceram duas saídas bizarras para os perrengues que enfrentam
 o ex-presidente e a ex-primeira dama, ambos às voltas com o escândalo das joias milionárias 
ofertadas pela ditadura da Arábia Saudita; e no caso específico de Bolsonaro, também com 
a tentativa de golpe do 8 de janeiro.

As joias de Michelle, no valor de 16,5 milhões de reais, foram apreendidas pela Receita 
Federal. As de Bolsonaro, que entraram ilegalmente no país, apareceram dentro de um pacote 
entregue nas mãos de Michelle no Palácio da Alvorada. E o que seu porta-voz disse depois d
e ela ter dito que desconhecia as joias?

Que o pacote, cujo conteúdo Michelle ignorava, ficou fechado dois ou três dias, abandonado 
sobre uma pia da cozinha do palácio. Mais tarde foi aberto. Foi quando ela soube das joias 
presenteadas ao marido. Quanto às joias destinadas a ela, Michelle só ouviu falar por meio 
da imprensa. Não as pediu, nem recebeu.

A segunda explicação bizarra: foi “sem querer”, e sob efeito de morfina, que Bolsonaro, 
internado em um hospital americano, postou um vídeo no Facebook de estímulo tardio ao 
golpe que fracassara. Com a palavra, Paulo Cunha Bueno, um dos advogados que acompanhou 
o depoimento de Bolsonaro à Polícia Federal:

“Esse vídeo foi postado na página do presidente no Facebook, quando ele tentava transmiti-lo 
pro seu arquivo de WhatsApp para assistir posteriormente. […] A postagem foi feita de forma equivocada, tanto que pouco tempo depois, duas ou três horas depois, ele foi advertido e
 imediatamente a retirou”.

Postado em 10 de janeiro, o vídeo questionava a lisura e a confiabilidade das eleições 
presidenciais  de 2022. Acusava Lula de não ter sido eleito de maneira legítima pela população, 
mas sim por um conluio entre ministros de tribunais superiores. Bolsonaro recuperava-se de uma obstrução intestinal.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou à época que a conduta de Bolsonaro poderia ser enquadrada no delito de incitação ao crime, previsto no artigo 286 do Código Penal e cometido por quem estimula a prática de infrações. E que tinha “o poder de estimular novas ações” contra os 
Poderes da República.


Ao incluir Bolsonaro nas investigações em torno do golpe, Alexandre de Moraes destacou um 
trecho da manifestação da PGR que diz que ele disseminou falsas informações “sobre as instituições judiciárias responsáveis pela organização dos pleitos, alegando que tramavam contra sua reeleição”.

Morfina não combina com obstrução intestinal, segundo médicos consultados pelo O Globo. É um medicamento usado contra diarreia e tem potencial de agravar o quadro de obstrução intestinal de Bolsonaro. Além disso, ela não provoca um quadro de confusão mental, a não ser se ministrada em doses elevadas.

Para a professora de farmacologia e ex-reitora da Universidade Federal de São Paulo, Soraya Smaili, 
a alegação é “estranha”:

“É uma argumentação ruim porque a morfina causa mais constipação, ao provocar uma diminuição 
na motilidade gastrointestinal.”


“Em relação ao sistema nervoso central, a morfina causa principalmente sonolência, uma certa depressão. Agora, confusão mental, só numa concentração muito alta”.

Bolsonaro já havia recebido alta do hospital quando postou o vídeo.

Está na hora de apurar e punir os ataques da cúpula militar ao regime democrático. Artigo de Mário Vitor Santos

 

Brasileiros têm direito de suspeitar que por trás do vazamento da CNN que incinerou Dias há a intenção de limpar GSI para alguém mais confiável ao alto comando.

www.brasil247.com - Gonçalves Dias no Palácio do Planalto durante ataques de 8 de janeiro

Gonçalves Dias no Palácio do Planalto durante ataques de 8 de janeiro (Foto: Polícia Federal | STF | Joedson Alves/Agência Brasil

O presidente já recebeu o general Marco Antonio Amaro dos Santos para uma conversa sobre o futuro do Gabinete de Segurança Institucional, como informa a coluna Painel,  da Folha de S.Paulo. A reunião foi de apenas dez minutos, na presença de Rui Costa (Casa Civil) e do chefe de gabinete Marco Antônio Ribeiro, o Marcola.

 Não houve convite, como  o próprio Amaro reconhece, mas noticia-se que uma outra reunião ficou acertada agora, na volta da viagem de Lula à Europa.

 Há uma associação de boas vontades para facilitar a nomeação de Amaro ao cargo que até recentemente fora ocupado pelo general Gonçalves Dias, o GDias, homem que se é evidentemente ingênuo, demonstrou fidelidade total ao presidente da República e gozava da estima deste.

GDias foi derrubado por um vídeo malignamente editado pela CNN com a intenção evidente de implicá-lo como cúmplice das depredações dos golpistas no Palácio do Planalto.

 Quando, pela divulgação da íntegra não adulterada  das imagens, ficou claro que GDias, em momento algum se solidarizou com a escumalha que vagava ensandecida pelo Planalto, ele já tinha sido defenestrado, por motivo secundário. Ao que se sabe, ele não comunicara ao presidente ter estado em palácio na ocasião. E mais: teria informado não haver imagens das câmeras colocadas na antesala do presidente.

 É plausível especular sobre as diversas possíveis intenções de GDias, ao ocultar e mentir. não excludentes entre si. Poderia querer esconder seu erro de avaliação e  sua passividade diante da invasão.  Poderia querer reunir informações e evidências sobre subordinados.

 O fato é que o GSI estava e está infestado de militares bolsonaristas remanescentes da gestão de um dos mais empedernidanente reacionários colaboradores de Bolsonaro,  o general Augusto Heleno.

 Nomeado às pressas para sanear a lambança, o ministro interino, Ricardo Capelli, vem apontando exatamente para os generais Heleno e Braga Netto pela infestação de militares golpistas implicados no apoio à destruição do Palácio. Não se sabe por que essa gente flagrada nos vídeos segue solta.

 Com tantas provas da participação de generais do Exército nos fatos, é estranho que o presidente Lula, o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, o chefe do Exército,  Thomas Paiva, e o interino Capelli se unam na defesa de mais um general para a chefia do GSI.

 Se não fosse extinto, o GSI deveria ser mantido à distância dos militares, ainda mais de quem é indicado pelo Alto Comando do Exército, instância que unificadamente decidiu  hospedar em área militar acampamentos golpistas ao longo de semanas e meses.

 Quem pode ainda duvidar dos desígnios dos generais da cúpula do Exército?

 A sociedade brasileira tem direito de suspeitar que por trás do vazamento da CNN que incinerou Dias há a intenção de limpar a área no GSI para alguém mais confiável ao alto comando.

 A apuração sobre a participação da cúpula militar nas manifestações antidemocráticas e na tentativa de golpe, inclusive na invasão aos  palácios, é muito mais importante ainda do que a investigação e o julgamento, que correm com rapidez, da ralé que arruinou o Planalto,  o Congresso,  o STF.

 Neste inquérito,  se levado a cabo com coragem, o país terá afinal que acertar as contas com o cerne das turbulências institucionais que geraram a ditadura militar e o fenômeno Bolsonaro.

 Qualquer tergiversação com o esclarecimento,  doa a quem doer, desse aquadrilhamento da estrutura superior da força armada com o crime implicará a contratação de novos golpes originados por patentes ocultas no interior do  aparelho de Estado, mas sempre atentas a novas estocadas contra a democracia.


terça-feira, 25 de abril de 2023

Denúncia contra Bolsonaro ganha força e mobiliza investigadores do Tribunal Penal Internacional de Haia

 

"Por enquanto, a procuradoria da Corte ainda não tomou uma decisão se abre oficialmente um inquérito. Mas está avaliando as informações recebidas", diz o jornalista Jamil Chade

www.brasil247.com - Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247O jornalista Jamil Chade afirma, em sua coluna no UOL, que as denúncias contra Jair Bolsonaro (PL) que tramitam  no Tribunal Penal Internacional (TPI) “ganharam a adesão de uma parte importante de investigadores da instituição, dispostos a fazer avançar o processo”. 

Segundo Chade, “interlocutores da Corte deixaram claro aos autores das denúncias que o caso está mobilizando os funcionários da procuradoria do tribunal, que existe ‘interesse’ e que há uma perspectiva de que não será simplesmente arquivado.

Bolsonaro é alvo de diversas denúncias junto ao TPI por crimes contra a humanidade e genocídio  desde 2020. As denúncias tratam do desmonte das políticas de proteção aos povos originários, sua gestão no enfrentamento à pandemia de Covid-19, destruição ambiental, entre outros casos.

“Por enquanto, a procuradoria da Corte ainda não tomou uma decisão se abre oficialmente um inquérito. Mas está avaliando as informações recebidas”, observa o jornalista. 

Ainda segundo a reportagem, “cinco casos referentes ao presidente brasileiro estão em avaliação preliminar de jurisdição. Um deles foi descartado. Mas uma das tendências é de que a procuradoria opte por unificar todas as informações submetidas por diferentes grupos brasileiros e estrangeiros para avaliar se existe uma base razoável para abrir uma investigação”.

Em maio, o dossiê de Bolsonaro deverá ser reforçado com o recebimento pelo TPI das informações referentes à crise do povo ianomami. “Os dados vão fazer parte da denúncia que foi apresentada ainda em 2021 pela Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) contra o ex-presidente brasileiro por crime de genocídio e crimes contra a humanidade”, diz Chade.

TV GGN: Ricardo Capelli acredita que equipes da GSI estavam sob influência do general Heleno no 8/1

 

Civis ou militares, servidores envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro serão identificados e punidos, segundo o interino.

Ricardo Cappelli, interventor da segurança pública do Distrito Federal

O interventor federal, Ricardo Cappelli. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Chefe interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) desde a última quarta-feira (19), Ricardo Cappelli concedeu uma entrevista exclusiva ao TV GGN 20 Horas.

Sobre a polêmica em torno da participação do general Gonçalves Dias, ex-chefe da pasta, Cappelli acredita que as equipes ainda sofriam influência do general Heleno, responsável pelo gabinete durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), que montou o ministério. O novo mandante acredita ainda que Dias ainda não tinha se adaptado aos trâmites do gabinete.

“O GSI tem uma característica de órgão de Estado. Os servidores que aqui estão são servidores de carreira de Estado. O general G. Dias tinha apenas 6 dias à frente do GSI. Em 6 dias você conhece bem como funcionam estrutudas de Estado, como é o GSI?”, questiona.

Convite

Ricardo Cappelli assumiu o GSI a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva interinamente e não sabe quanto tempo ficará no cargo. Mas ficou responsável por acelerar a renovação dos servidores da pasta.

Até novas definições, ele está se dedicando ao estudo do ministério, a fim de mapear a conjuntura para entregar ao chefe do Executivo após a estadia na Europa.

“Já que estou aqui, estou levantando o máximo de informações possíveis no que diz respeito ao conteúdo e atribuições funcionais, para que o presidente, à luz desse equilíbrio entre conjuntura e projeto estratégico do País, possa tomar as suas decisões na volta da viagem.”

8 de janeiro

Secretário-executivo do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, Cappelli garante que os envolvidos nos atos antidemocráticos que resultaram na destruição das sedes dos Três Poderes, militares ou civis, serão responsabilizados.

O número 2 do ministério garante que as imagens das invasões são objetivas e que, a partir delas, será possível individualizar condutas.

Desta forma, a operação Lesa Pátria não tem data para acabar e os invasores identificados poderão responder por crimes de depredação do patrimônio público, invasão e atentado ao estado democrático de direito.


segunda-feira, 24 de abril de 2023

Tropa do GSI bolsonarizado descansa, ri e mexe no celular durante invasão golpista em 8 de janeiro (vídeo)

 

Novo vídeo surge no momento em que vem à tona identidade dos militares que estavam no local: a maioria prestava serviços de segurança particular para Jair Bolsonaro

www.brasil247.com -

(Foto: Reprodução | Joedson Alves/Agência Brasil)

247Novas imagens mostram que os militares do GSI conversam, mexem nos celulares e riem no saguão do anexo por quase uma hora no dia da tentativa de golpe do 8 de janeiro, ao invés de conterem os golpistas que promoviam o caos no Planalto. 

As imagens, disponibilizadas pelo próprio gabinete por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), mostram que os militares entram no saguão do anexo às 16h25. Neste momento, o prédio principal está tomado por golpistas.

Reportagem do jornal O Globo descreve que, armados, de capacete e escudo, o grupo fica no local junto aos funcionários já presentes.

 “O clima é de descontração e eles chegam a dar risadas. Alguns se sentam e deixam os capacetes em cima da mesa e os escudos escorados na parede. Às 16h35, militares da Força Nacional passam com pressa, acompanhados de cães farejadores. Os homens do GSI observam, mas saem do saguão somente às 17h15, em direção à ala A do Palácio, após, ao que sugerem as imagens, receberem orientações de um superior que chega ao local com caixas. Neste momento, começavam as prisões dos golpistas no Palácio”, relatam os jornalistas Karolini Bandeira e Daniel Gulino. 

Militares do GSI tinham contato direto com Bolsonaro 

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a partir de dados do Portal da Transparência, que registra as viagens a serviço de funcionários públicos, o capitão José Eduardo Natale, que aparece dando água aos invasores golpistas, acompanhou Bolsonaro na viagem a Juiz de Fora para o lançamento da campanha eleitoral dele, em agosto do ano passado; viajou à Rússia com o ex-presidente em fevereiro de 2022.

"Acabou a farsa: militares que estavam no Planalto eram seguranças de Bolsonaro", diz Paulo Pimenta

O general Carlos Feitosa Rodrigues também integrou a comitiva a Moscou. Ele é responsável pelo “alerta laranja” na véspera da invasão golpista que levou a redução do efetivo de segurança no Planalto.

O coronel Wanderli Baptista da Silva Júnior estava entre os seguranças enviados a Nova York para acompanhar Bolsonaro na ONU, em setembro de 2022. 

"Alexandre Santos de Amorim, André Luiz Garcia Furtado, Alex Marcos Barbosa Santos e Laércio da Costa Júnior também serviram como seguranças em viagens de Bolsonaro. O coronel André Furtado acompanhou Bolsonaro em motociata em São José do Rio Preto em 24 de fevereiro do ano passado. O tenente Alex Marcos Barbosa seguiu Bolsonaro na viagem que ele fez a Recife em 6 de agosto de 2022, também com direito a motociata", destaca a reportagem.]

Correio Braziliense: Bolsonaristas do Congresso começam a recuar na defesa de uma CPMI do 8/1

 

    Apesar de terem defendido, desde o princípio, a instalação da CPMI, hoje, nos bastidores, parlamentares do núcleo bolsonarista no Congresso começam a recuar da defesa intransigente das investigações do 8 de janeiro e iniciam um movimento de desmobilização nos bastidores. 

Do Correio Brasiliense:


 (crédito: STF/Divulgação)
(crédito: STF/Divulgação)

Apesar de terem defendido, desde o princípio, a instalação da CPMI, hoje, nos bastidores, parlamentares do núcleo bolsonarista no Congresso começam a recuar da defesa intransigente das investigações do 8 de janeiro e iniciam um movimento de desmobilização nos bastidores. Mas haverá vozes eloquentes na defesa da tese se que o governo se omitiu diante dos ataques aos Poderes.

O deputado André Fernandes (PL-CE), por exemplo, que apresentou o requerimento da CPMI, segue cobrando publicamente sua instalação, e confrontou a subida de tom adotada por membros do governo, na última semana. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), porém, frisou que o partido fará o possível para que Fernandes não participe das investigações no Legislativo. O deputado cearense é um dos alvos do inquérito aberta na Polícia Federal por suspeita de incentivar os atos golpistas.

Fernandes teve seu nome incluído na investigação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal por divulgar, com dois dias de antecedência, a manifestação que resultou nos ataques. Ele rebateu as falas de Farias. "É claro que não querem, pois estão se borrando de medo!", escreveu Fernandes, em seu Twitter. 

União Brasil na CPMI

Precisando de força dentro do Congresso Nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acabou cedendo três ministérios para o União Brasil. O partido do deputado Luciano Bivar (PE), no entanto, tem dado mais problemas do que soluções ao governo. As duas primeiras grandes polêmicas no Poder Executivo envolveram, justamente, dois nomes da legenda, a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, e o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.

Com grandes bancadas tanto na Câmara quanto no Senado, e compondo, também, os maiores blocos partidários nas duas Casas, a legenda vê, na CPMI, a oportunidade de retribuir as três vagas que ganhou na Esplanada dos Ministérios. A expectativa é que Bivar indique parlamentares que se alinhem na defesa do governo na comissão.

Portal do José: BOLSONARO VAI FICAR NU! SEMANA PROMETE! APÓS 32 ANOS O FANFARRÃO VAI PAGAR CARO! FORTÃO VAI DANÇAR!

 

Do Portal do José:

    APÓS 32 ANOS Bolsonaro se verá diante de uma realidade que perdeu de vista desde que virou um político profissional. Frente a frente com uma autoridade policial, o fanfarrão não poderá dar gritinhos, ameaçar, amedrontar, fazer bravatas ou perder a compostura. Isso poderá submetê-lo a uma situação que não experimenta desde quando foi preso nos tempos de militar desclassificado e terrorista. Como no conto a A NOVA ROUPA DO REI de Hans Christian Andersen, Bolsonaro pensou que poderia iludir todo mundo. Mas ao final quase todo mundo já percebeu que o genocida está pelado.


24/04/23 - APÓS 32 ANOS Bolsonaro se verá diante de uma realidade que perdeu de vista desde que virou um político profissional. Frente a frente com uma autoridade policial, o fanfarrão não poderá dar gritinhos, ameaçar, amedrontar, fazer bravatas ou perder a compostura. Isso poderá submetê-lo a uma situação que não experimenta desde quando foi preso nos tempos de militar desclassificado e terrorista. Como no conto a A NOVA ROUPA DO REI de Hans Christian Andersen, Bolsonaro pensou que poderia iludir todo mundo. Mas ao final quase todo mundo já percebeu que o genocida está pelado. Ao mesmo tempo, teremos Daniel Silveira diante de um julgamento no STF. Está claro para os juristas sérios que a medida de indulto dada por Bolsonaro ao político bandido tinha o condão exclusi8vo de salvaguardar a própria pele. Não escaparão. E tem mais. Vem aí a CPMI que colocará em pratos limpos uma nova refeição indigesta no cardápio dos criminosos. A sobremesa poderá ser na cadeia. Sigamo

8 de janeiro e novas imagens: Câmeras são vacinas contra desinformação sobre ataque, diz Josias, no UOL

 

Do UOL:

No UOL News, o colunista Josias de Souza comenta a divulgação de novas imagens dos ataques de 8 de janeiro.




Portal do José: SEM RETORNO! CPMI JÁ! ELES PROVOCARAM E AGORA BOLSONARO E SEUS LACAIOS IRÃO PAGAR CARO!

 

Do Portal do José:

VÁRIOS bolsonaristas acham que o Congresso nacional é composto por amadores da internet que divertem seus seguidores. Tentaram fazer do espaço político um local para suas palhaçadas. Agora não há mais retorno. A CPMI trará de volta uma série de crimes e de responsáveis por eles.


23/04/23 - VÁRIOS bolsonaristas acham que o Congresso nacional é composto por amadores da internet que divertem seus seguidores. Tentaram fazer do espaço político um local para suas palhaçadas. Agora não há mais retorno. A CPMI trará de volta uma série de crimes e de responsáveis por eles. Incrivelmente, alguns acreditam que a CPMI será o caminho mais fácil para o impeachment de Lula e uma eventual prisão do Presidente. Os delírios custarão muito caro a esses fanfarrões. Façamos a nossa parte cobrando JUSTIÇA por onde pudermos! Sigamos.

Militares hipócritas caem em desgraça mais uma vez, com Lejeune Mirhan e Mayra Goulart | Podcast do Conde e TV GGN

 

Da TV GGN:

O sociólogo Lejeune Mirhan e a cientista política Mayra Goulart comentam o caso GSI e temas da geopolítica internacional.



CPMI do oito de janeiro: comprem a pipoca!, por Ion de Andrade

 

Para criá-la (a CMPMI), portanto, incrivelmente, o mais confortável era que fosse reivindicada pelos próprios golpistas, hipótese tão absurda que exigiria boa quantidade de cenouras e uma falsa impressão de retirada das tropas do governo criando a impressão de que havia um flanco desguarnecido… O incrível é que a extrema direita acreditou, absurdo dos absurdos, que tendo maioria nas duas casas, a base do governo não fosse querer uma CPMI que vai justamente botar o guizo no pescoço do gato…


Do Jornal GGN:

Agência Brasil

CPMI do oito de janeiro: comprem a pipoca!

por Ion de Andrade

Numa guerra uma das coisas mais perigosas que existe é perseguir um exército que parece estar em retirada.

Em Austerlitz essa foi a perdição do Sacro Império Romano Germânico (tinha mil anos) contra Napoleão que fez crer que deixava o flanco aberto e se retirava quando isso apenas visava atrair as tropas inimigas para a derrota.

Já uma armadilha de pegar javalis ou porcos do mato, nada mais é do que um cercado aberto no meio do qual são jogadas cenouras. Atraídos pelas cenouras o bando de javalis entra ali e, quando todos estão dentro, os portões são fechados prendendo todo o bando de uma vez.

Ora, desde o início sempre foi muito estranho que o governo não quisesse fazer uma CPMI do oito de janeiro que seria estratégica para a consolidação da democracia e para desvendar a intimidade do funcionamento da tentativa de golpe esclarecendo a rede política, financeira e militar envolvida…

Para a base mais ligada ao governo criar de maneira unilateral essa CPMI talvez fosse parecer revanchismo, sobretudo num país cuja história é de perdoar sem fazer justiça. Essa tradição, de deixar por menos, talvez não fosse gerar adesão da maioria a uma CPMI, no entanto, de importância maior para a democracia. Sem maioria, essa iniciativa estratégica pareceria motivada pela tentativa de retaliação de minoria raivosa. Isso enfraqueceria o seu significado, o alcance dos seus resultados e acabaria podendo ser danosa à própria democracia, dando aos golpistas uma espécie de prêmio de consolação e de salvo conduto para tentar de novo.

Para criá-la, portanto, incrivelmente, o mais confortável era que fosse reivindicada pelos próprios golpistas, hipótese tão absurda que exigiria boa quantidade de cenouras e uma falsa impressão de retirada das tropas do governo criando a impressão de que havia um flanco desguarnecido… O incrível é que a extrema direita acreditou, absurdo dos absurdos, que tendo maioria nas duas casas, a base do governo não fosse querer uma CPMI que vai justamente botar o guizo no pescoço do gato…

Era também necessário contar com a extrema burrice da extrema direita, (um pleonasno) o que, no contexto dos fatos, mostrou-se, como podíamos prever, o menor dos problemas.

De fato, aconteceu algo que criará problemas aos historiadores para explicar: as forças mais envolvidas com a tentativa de golpe no oito de janeiro se organizaram para tornar a CPMI dessa tentativa de golpe incontornável. O que se viu é que tão logo a CPMI se  tornou irreversível, as forças leais ao governo passaram a apoiá-la, fechando as porteiras da armadilha para caititus e queixadas e conferindo à CPMI legitimidade completa e suprapartidária.

Ora, é difícil acreditar na espontaneidade de uma mudança de posição tão rápida e coordenada de toda a base parlamentar de apoio ao governo como a que ocorreu. Para piorar a situação da extrema direita, o vídeo da CNN com imagens editadas do oito de janeiro, que incrivelmente tentou blindar os militares do GSI, cujos rostos aparecem velados, mas expôs o do general Gonçalves Dias, deu ainda mais força ao governo para garantir transparência total às imagens que agora são públicas.

A pergunta do milhão é: como é que se veicula um vídeo em que os culpados estão com o rosto velado numa repartição de serviço público em que todo mundo sabe quem é quem? Imaginavam que permaneceriam não identificados?

Registre-se também a falta de noção da não percepção de que aqueles criminosos que aparecem com os rostos velados atrairiam a curiosidade da justiça e dos órgãos de controle, (que agora querem saber quem é quem para punir conforme a lei).  Isso é também difícil de acreditar…

Nas imagens, que a partir de agora serão veiculadas amplamente, Lula aparece, obviamente, irritadíssimo com a baderna e não é para menos!

Comprem a pipoca!

Ion de Andrade é médico epidemiologista e professor e pesquisador da Escolas de Saúde Pública do RN, é membro da coordenação nacional do Br Cidades e da executiva nacional da Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela democracia