terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Bolsonaro confessa crime da “minuta”. E ameaça: “Teria muito a falar, tem quem sabe que eu falaria”. O avanço da inbecildiade fascistóide em análise em vídeo de Bob Fernandes

 

Do Canal de Bob Fernandes:




O fascismo desfila na Paulista. Artigo de Márcia Tiburi

 

"Fascistas precisam odiar e atacar a quem odeiam, porque não conhecem o amor", diz Marcia Tiburi

Ato bolsonarista na Avenida Paulista

Ato bolsonarista na Avenida Paulista (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Alguns vêm chamando o fascismo brasileiro de “bolsonarismo”. É um termo circunstancial que não chega a estar errado, mas ameniza o maior problema expresso justamente pelo termo fascismo quando dito sem mascaramentos. Bolsonaro passará – e se for preso passará ainda mais rápido -, o fascismo não. 

Podemos dizer que o sujeito do fascismo é um “não sujeito”, um corpo esvaziado de subjetividade, em ação automática, movido por codificações estéticas. Daí a constante prova de insensatez, a burrice presente nos discursos das pessoas na Paulista no último domingo. 

Personalidades democráticas se perguntam como é possível que tanta gente venha a aderir ao fascismo. Freud já se perguntava sobre como as pessoas abandonam sua liberdade para aderir às massas. Adorno tentou explicar falando do papel da propaganda na manipulação das massas. Mas há outros elementos, como a função mimética na manipulação das massas. 

Por exemplo, há tempos, as cores verde e amarela vêm sendo elementos de adesão mimética. A mimetização tem a principal função psicopolítica no processo, pois todo sujeito fascista está morto de medo e busca um lugar para se sentir seguro. Assim, mimetizar-se à massa na qual busca se proteger, é o caminho. 

Criar a massa é a tarefa dos agitadores e líderes em geral. Os líderes sabem que não há massa sem estímulo e todo estimulo é, principalmente, estético, a saber, imaginário e vazio. A miséria estética - visual, musical, coreográfica - é sintoma. Ao mesmo tempo, a verdade da extrema direita está exposta nesse sintoma. 

Os fascistas sofrem com a miséria sintomática. Eles gostariam de ter expressão, mas só alcançam a caricatura. Nesse sentido, curioso é o uso da histórica música de esquerda “Para Não dizer que não falei de Flores” (1968) de Geraldo Vandré no ato da Paulista. Imitar é preciso para quem não tem autenticidade. E essa é a tragédia do fascismo, o desejo de expressão que se faz como caricatura da expressão - que depende da performance e da cena estimulante para criar a massa odienta. 

Sempre é bom lembrar que fascistas são aquelas pessoas que se podem definir como personalidades autoritárias. Sua principal característica é a submissão ao líder autoritário com o qual se identificam. A agressividade é parte disso. Ela é efeito do medo. Dirigida contra aqueles que podem ocupar o lugar de vítimas, ela expõe o ódio ao diferente: a mulher, o negro, o gay, o comunista, o judeu, o palestino, o indígena, o pobre, etc, mas também a projeção no outro daquilo que se teme e odeia em si mesmo. 

Fascistas precisam odiar e atacar quem odeiam, porque não conhecem o amor. Não tiveram uma experiência densa com esse fenômeno, algo que não se alcança no conservadorismo e no autoritarismo. 

Nas mulheres idosas que, na Paulista, portavam bandeiras de Israel afirmando que Israel era cristão, havia, além da admiração pelo Estado autoritário, praticamente um ato falho anti-semita que escapou nas palavras de ignorância prepotente dessas pessoas. A falta de amor se disfarçava em cristianismo, um cristianismo caricato que caricaturizava Israel. A ignorância sobre a diferença histórica e teológica entre cristianismo e judaísmo aparecia como a caricatura da própria opinião. 

No meio de tudo, o show da verdade exposta para quem quiser ver. 

O perigo fascista segue e o governo deveria se responsabilizar minimamente por isso. 

A RELIGIÃO (SEM ESPIRITUALIDADE, MAS COM PLANO DE PODER) ENTRA DEFINITIVAMENTE NA POLÍTICA

 

Da TVG GGN:

O jornalista Luis Nassif conversa com Gilberto Maringoni, coordenador do Observatório de Política Externa e com João Cezar de Castro Rocha, autor do livro "Bolsonarismo: Da guerra cultural ao terrorismo doméstico", para uma análise do pós ato de Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo.



Reinaldo Azevedo: Malafaia, o confronto e prisão de Bolsonaro como uma glória

 

Da Rádio BandNews FM:




Portal do José: BOLSONARO PÓS ATO: NÃO EVITARÁ CADEIA! STF DIZ: É "GRITO DE DESESPERO"! MALA: "CADEIA TE EXALTARÁ"!

 

Do Portal do José:

" VOCÊ SAIRÁ DA CADEIA EXALTADO"! ESSA FALA DE MALAFAIA TEM MEU APOIO! RESTA SABER QUAL O SENTIDO DESSA EXALTAÇÃO: FESTEJADO OU CANSADÃO DA CELA? STF DEU RECADO: DESESPERO! LULA ESTÁ SEM COMUNICAÇÃO. SIGAMOS.



ICL: O QUE VAI ACONTECER COM BOLSONARO DEPOIS DE ASSUMIR, NO CARNAGADO (A MICARETA FASCISTÓIDE NA PAULISTA), QUE TENTAVA UM GOLPE - ICL NOTÍCIAS AO VIVO

 

Do ICL Notícias:




segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

UOL: Bolsonaro pede anistia aos condenados por golpismo pensando em si mesmo, diz Sakamoto

 

Do UOL

O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu "uma anistia para os pobres coitados que estão presos em Brasília". Em discurso a apoiadores na avenida Paulista, ele falou em "pacificação" e passar uma "borracha no passado". O ex-presidente também negou que tenha articulado uma tentativa de golpe, mas admitiu a existência da minuta golpista encontrada pela Polícia Federal.



Pyotr Ilioch Tchaikovsky: Chanson Triste, Op. 40, nº 2, em arranjo para Violoncelo (o original é para piano)

 



Bolsonaro - na Paulista - admitiu intenção de golpe ao falar de estado de sítio, dizem juristas

 

“Minuta de estado de defesa nas circunstâncias em que Bolsonaro se movimentava é explícita tentativa de golpe”, diz o jurista Lenio Streck

Do icl.com.br



Por Chico Alves

Apesar do tom mais cuidadoso e de evitar críticas contundentes ao Judiciário, para não piorar a situação nos inquéritos abertos contra si, Jair Bolsonaro acabou se complicando no discurso que fez ontem, na avenida Paulista. Quatro juristas ouvidos pelo portal ICL Notícias avaliam que quando falou sobre a minuta que determinava a implantação de estado de exceção no Brasil, o ex-presidente admitiu que cogitou dar um golpe de Estado.

“O que é golpe? É tanque na rua, é arma, é conspiração. É trazer classes políticas para o seu lado, empresariais. Isso que é golpe. Nada disso foi feito no Brasil”, bradou Bolsonaro à multidão na Paulista, associando o documento a um “decreto de estado de defesa” que só poderia ser posto em prática se aprovado no Congresso.

“Golpe, usando a Constituição? Tenham a santa paciência. Deixo claro que estado de sítio começa com o presidente da República convocando os conselhos da República e da defesa. Isso foi feito? […] Não foi convocado ninguém dos conselhos da República e da Defesa para se tramar ou para se botar no papel a proposta do decreto de estado de sítio”, detalhou.

Para o jurista Pedro Serrano, essa fala tem um elemento complicador para Bolsonaro porque ele reconhece que participou da autoria do tal do documento, que seria o decreto do golpe.

“Aqui no Brasil, na época da ditadura militar, tivemos os atos institucionais. Então não é incomum golpes de Estado ocorrerem através de atos do Executivo, de atos de exceção com fundamento aparente na Constituição”, destaca Serrano. “Na realidade, trata-se de tentar usar da Constituição contra a própria Constituição. Os americanos chamam isso de constitucionalismo abusivo”.

O jurista lembra que nesse caso o delito previsto é o de tentativa e não de consumar o golpe. “Então, aquilo que em outra circunstância seria uma mera cogitação ou planejamento para um crime de execução, já é comprometedor para um crime de tentativa. O início da execução de uma tentativa de golpe é, em alguns casos, começar a cogitar e elaborar minutas e decretos. Isso é um indício que pode ser usado contra ele, na minha opinião”.

O advogado Marco Aurélio de Carvalho, criador do grupo Prerrogativas, entende que Bolsonaro admitiu o crime. “Ele se complicou, confessou os delitos que cometeu contra o Estado de Direito, contra a Constituição e contra as instituições de um modo geral. Não há a menor dúvida”, afirma.

“Isso mostra quais eram as reais intenções dele. Só haveria uma única circunstância para que Bolsonaro decretasse estado de sítio e estado de defesa, circunstância prevista pelo texto constitucional que não estava presente no caso. Então, ele assumir essa possibilidade mostra que não estava bem intencionado. Mas ele sempre vai poder dizer que fez uma análise e que ao final percebeu que as condições não estavam presentes. Enfim, ele vai poder se defender”.

Também o jurista Lenio Streck concorda que a fala do ex-presidente foi comprometedora. “Minuta de estado de defesa nas circunstâncias em que Bolsonaro se movimentava — já tendo perdido a eleição — é explícita tentativa de golpe. E dizer isso publicamente deixa claro o crime”, avalia.

“Há uma sutileza: decretar estado de defesa sem motivação constitucional já faz parte de tentativa de golpe. Confessar isso é fatal”, acredita Lenio.

Na opinião do advogado Fernando Fernandes, a minuta foi parte de uma estratégia maior. “Na verdade, não está se falando de uma simples minuta de estado de sítio ou defesa, mas de parte de um plano que cita os institutos constitucionais sem respeitá-los, para os fins de mudar o resultado eleitoral e permitir uma intervenção militar”, explica.

“Isso não se desdobrou por circunstâncias alheias à vontade dele: a bomba no caminhão não explodiu, a maioria dos militares não aderiu e depois da posse o governo Lula não caiu na armadilha da GLO. Houve uma real tentativa complexa de criação de caos, que acabou não se efetivando. Bolsonaro somente confirmou categoricamente a sua participação e ciência”, diz Fernando Fernandes.

Juliana Dal Piva: Polícia Federal: Fala de Bolsonaro vai para inquérito como prova de que ele planejou golpe

 

Investigadores da PF avaliaram que a menção a minuta foi uma admissão


Do ICL:


Reportagem de Juliana Dal Piva

A Polícia Federal vai anexar no inquérito que investiga a tentativa de golpe de estado o discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro na avenida paulista como prova de que “houve ações concretas para o golpe” e que ele “sabia e participou ativamente do movimento”.

A coluna conversou com investigadores que trabalham no caso que avaliaram que a menção a minuta feita por Bolsonaro, no discurso no domingo, foi uma admissão. “Ele admite que ela existe, o que é inegável”, afirmou um investigador.

Para a PF, a fala reforça um conjunto de evidências que demostra que “houve ações concretas para o golpe”. Além disso, os policiais avaliam que a menção demonstra que Bolsonaro “sabia e participou ativamente desse movimento. Ele claramente quis se justificar perante seus eleitores e minimizar a participação dele e o golpe em si”.

No discurso, na manifestação na avenida Paulista, o ex-presidente afirmou:

“O que é golpe? É tanque na rua, é arma, é conspiração. É trazer classes políticas para o seu lado, empresariais. Isso que é golpe. Nada disso foi feito no Brasil”, bradou Bolsonaro à multidão na Paulista, associando o documento a um “decreto de estado de defesa” que só poderia ser posto em prática se aprovado no Congresso. Golpe, usando a Constituição? Tenham a santa paciência. Deixo claro que estado de sítio começa com o presidente da República convocando os conselhos da República e da defesa. Isso foi feito? […] Não foi convocado ninguém dos conselhos da República e da Defesa para se tramar ou para se botar no papel a proposta do decreto de estado de sítio”, detalhou.

Sem anistia! Não aceitamos “passar borracha” nos crimes de Bolsonaro e seus comparsas. Artigo de Valter Pomar

 

"A extrema direita só será derrotada se houver polarização, radicalização programática e mobilização popular", destaca Pomar

Jair Bolsonaro em ato na Paulista

Jair Bolsonaro em ato na Paulista (Foto: Reprodução)

A direção estadual da tendência petista Articulação de Esquerda, reunida no domingo 25 de fevereiro de 2024, fez uma análise preliminar das implicações políticas da manifestação realizada, no dia de hoje, pela extrema direita, na Avenida Paulista, em São Paulo capital.

A manifestação foi convocada pelo cavernícola e contou com a presença de quatro governadores estaduais (Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, do Republicanos; Romeu Zema, governador de Minas Gerais, do Partido Novo; Ronaldo Caiado, governador de Goiás, do União Brasil; e Jorginho Mello, governador de Santa Catarina, do Partido Liberal). Também estiveram presentes diversos senadores, deputados federais, deputados estaduais e prefeitos de todo o Brasil, inclusive o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. Os que estiveram presentes explicitam sua cumplicidade política com o golpismo.

Não existe uma estimativa precisa em relação ao número de pessoas que assistiram ao ato, em alguns casos vindas de caravanas de outras cidades e, inclusive, de outros estados. Mas não deve haver dúvida de que o número de pessoas foi muito significativo, demonstrando que a extrema-direita em geral e o cavernícola em particular mantém grande capacidade de mobilização. Qualquer subestimação deste fato constituiria um erro fatal.

É necessário analisar com toda a atenção o conjunto da manifestação e suas implicações políticas, tomando como ponto de partida os discursos ali proferidos. Dentre estes, destaca-se o do cavernícola. Numa fala que começou e terminou com referências religiosas, o cavernícola fez um retrospecto de sua trajetória pessoal e política; disse que as eleições de 2022 devem ser consideradas “uma página virada na nossa história”, ao mesmo tempo que reafirmou implicitamente sua crítica ao processo eleitoral; explicitou que o objetivo da manifestação de 25 de fevereiro era oferecer uma “fotografia para o mundo”, sugerindo que só ele teria o povo ao seu lado; apresentou seu credo ideológico (“não queremos o socialismo para o nosso Brasil”, “não podemos admitir o comunismo em nosso meio”, “não queremos ideologia de gênero para nossos filhos”, “respeito à propriedade privada”, “direito à defesa da própria vida”, “respeito à vida desde a sua concepção”, “não queremos a liberação das drogas em nosso país”); se afirmou alguém perseguido desde antes de 2018; tentou ridicularizar as denúncias que ele responde na justiça; formulou uma “narrativa” acerca do golpe; e defendeu uma anistia para os golpistas, incluindo aí o direito dele próprio disputar eleições.

Acerca do golpe, o cavernícola disse que “golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração”. E, acerca da minuta golpista, agregou a seguinte “explicação”: segundo ele, o estado de sítio e o estado de defesa exigiriam a convocação de conselhos, que não foram convocados; e exigiriam, também, que o parlamento tomasse a decisão final. Portanto, nas palavras do cavernícola, não faria sentido falar que estaria em gestação um “golpe usando dispositivo da constituição, cuja palavra final quem dá é o parlamento”.

Acerca da anistia, o cavernícola deixou uma ameaça implícita (“tem gente que sabe o que eu falaria”), mas enfatizou que busca “a pacificação, é passar uma borracha no passado, é buscar maneira de nós vivermos em paz, é não continuarmos sobressaltados, é uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília”.

Em defesa do que ele denomina “conciliação”, disse que “nós já anistiamos no passado quem fez barbaridade no Brasil”, afirmação que aliás é verdadeira, uma vez que a anistia decretada pela ditadura militar realmente beneficiou torturadores, assassinos, estupradores e ocultadores de cadáveres, sem que nenhum desses criminosos tivesse sido previamente julgado ou condenado.

O pedido de um “projeto de anistia” foi direcionado, pelo cavernícola, aos 513 deputados e aos 81 senadores. Ressalvando que, “quem porventura depredou o patrimônio, que pague”.

O discurso do cavernícola incluiu um pedido para “caprichar no voto” nas eleições municipais, “em especial para vereadores”. Fazendo várias referências ao governador Tarcísio, à Polícia Militar, Civil e à “guarda metropolitana do Ricardo Nunes”, o cavernícola disse que “não podemos ganhar eleições afastando os opositores do cenário político”, omitindo que foi exatamente isto que fizeram, em 2018, em benefício da extrema-direita e dele próprio.

O discurso do cavernícola terminou com referências à importância de uma “família estruturada” e à boa lembrança que ele tem do seu próprio pai, apesar de “toda a sua truculência”. Tirante estas e outras passagens, que revelam as taras e a dissonância cognitiva típicas da extrema-direita, bem como o lugar central que a luta ideológica tem para a direita - e que também deveria ter, para a esquerda - o politicamente relevante é que o cavernícola está propondo um acordo.

É fundamental que todos os que defendem a democracia, a começar pela esquerda, respondam imediatamente. E a resposta deve ser: não! Nem borracha no passado, nem anistia, nem elegibilidade!

Os fatos são: o ex-presidente da República articulou diretamente um conjunto de iniciativas que pretendiam fraudar o resultado das eleições 2022. Estas iniciativas, desde as ocorridas antes da eleição, até a intentona golpista de 8 de janeiro, não tiveram êxito. Mas, mesmo frustradas, o conjunto destas iniciativas constitui, em si mesmo, um crime.  E os criminosos, desde os participantes diretos de 8 de janeiro, os financiadores, os que acobertaram, os que instigaram, os que planejaram e os que seriam beneficiários da intentona golpista, a começar pelo cavernícola, devem ser julgados, condenados e presos. Sem borracha no passado: não há justiça, sem memória! Sem anistia! Bolsonaro deve ser julgado, condenado, preso e seguir inelegível!

É fundamental que o presidente Lula, associado ao conjunto das forças políticas democráticas e de esquerda, convoquem um ato público em defesa do povo e da democracia. As liberdades democráticas correm risco, quando é a direita quem ocupa as ruas! Ao lado de manifestações populares, precisamos dar cada vez mais conteúdo popular ao governo, pois uma das maneiras mais consistentes de enfrentar a extrema direita é melhorando substancialmente a vida do povo.

Se não houver pressão popular de esquerda, cresce a possibilidade de um “acordo pelo alto” entre a extrema direita e os representantes da direita tradicional, que leve o judiciário a recuar. O acordo entre a extrema direita e setores da direita já existe em vários terrenos, por exemplo na defesa do neoliberalismo e, também, na defesa de Israel.

Embora não tenha comparecido no discurso do cavernícola, a defesa do estado genocida de Israel foi um traço marcante da manifestação da extrema-direita. Isto é revelador do verdadeiro estado de ânimo da extrema-direita, em particular das afinidades entre nazismo e sionismo, apontadas na entrevista dada por Lula em Adis Abeba. Reafirmamos nossa defesa do povo palestino: o genocídio precisa parar, a ocupação deve terminar, a Palestina deve ser livre, os criminosos de guerra precisam ser punidos.

A manifestação da extrema-direita tem, também, implicações diretamente eleitorais. Por exemplo, a presença de Ricardo Nunes na manifestação confirma que as eleições na capital paulistana – como nas demais cidades do estado e do país – será nacionalizada pela extrema-direita. A esquerda não deve temer esta nacionalização, pelo contrário. Cabe defender o governo Lula, inclusive defender a posição do presidente sobre a Palestina.

A presença de Tarcísio de Freitas na manifestação, por sua vez, confirma o lugar central que este governador tem no esquema político da extrema-direita. O PT precisa ampliar a oposição aos projetos privatizantes, ao projeto de educação e à política de (in)segurança pública deste governador. A recente mudança no comando da PM mostra a importância que o controle desta corporação tem no projeto da extrema direita paulista e nacional. E serve como alerta sobre o tipo de “pacificação” que a extrema-direita defende, no Brasil e no mundo.

Por todos estes motivos, levando em consideração também o cenário de recrudescimento da crise internacional, a começar pela vizinha Argentina, é preciso reafirmar: a extrema direita só será derrotada se houver polarização, radicalização programática e mobilização popular.

Sem anistia!!!


Soldado estadunidense ateia fogo ao próprio corpo em frente à embaixada de Israel para não ser cúmplice de um genocídio

 

Suas últimas palavras foram "Palestina livre"

Aaron Bushnell

Aaron Bushnell (Foto: Reprodução X)

247 – Um membro da ativa da Força Aérea dos EUA ateou fogo a si mesmo em frente à embaixada israelense em Washington neste domingo em protesto contra a guerra o genocídio promovido pelo estado de Israel contra o povo palestino.

A vítima queimada, que se identificou no vídeo do incidente como Aaron Bushnell, de 25 anos, sucumbiu aos ferimentos na noite de domingo, segundo a jornalista independente Talia Jane, que postou nas redes sociais que está em contato com a família de Bushnell. Suas últimas palavras foram "Palestina livre". Bushnell disse que não queria ser cúmplice de um genocídio. Confira:


Ministros do STF consideram que Bolsonaro está se sentindo emparedado e existem motivos para condená-lo

 

O fato de Bolsonaro não ter atacado diretamente o STF no ato da Avenida Paulista (deixou isso a cargo de Malafaia e outros) não muda nada

Jair Bolsonaro e presídio federal de segurança máxima

Jair Bolsonaro e presídio federal de segurança máxima (Foto: Reuters | Agência Brasil )

247 - Alguns ministros do Supremo Tribunal Federal falaram-se no começo da noite deste domingo (25), após o ato de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo, e chegaram à conclusão de que o ex-ocupante do Palácio do Planalto está se sentindo emparedado. 

A informação é do jornalista Guilherme Amado, no Metrópoles. Esta é uma das conclusões dos magistrados sobre o ato de Bolsonaro ter feito um discurso sem ataques diretos à Suprema Corte.

Esses integrantes do STF entendem que a prova para condenar Bolsonaro não é mais teórica, de uma suposta influência intelectual sobre todo o esquema para o golpe, mas é uma prova material.

Sobre a terceirização dos ataques ao STF por meio do pastor Silas Malafaia, os ministros veem o fato como uma estratégia limitada.  Se Malafaia usar dinheiro de sua igreja ou de associações privadas para financiar os atos, será envolvido, consideram os ministros.

Os integrantes da Corte, analisaram também a baixa adesão de políticos ao ato. Isto ocorreu - relata o jornalista - porque muitos têm complicações eleitorais no Tribunal Superior Eleitoral e temem o efeito que isso teria sobre seus casos.

Na visão da maioria dos ministros do STF, nada mudou. Há elementos para condenar Bolsonaro. 

“Hoje ele se entregou”: Bolsonaro admitiu minuta do golpe em plena Av. Paulista

 

Oposição e analistas interpretam discurso de Bolsonaro como confissão de que plano e conspiração de golpe existiu, só não foi concluído


Do Jornal GGN:

Jair Bolsonaro e Silas Malafaia, o pastor que organizou ato na Av. Paulista. Foto: Divulgação via Silas Malafaia

Jair Bolsonaro e Silas Malafaia, o pastor que organizou ato na Av. Paulista. Foto: Divulgação via Silas Malafaia

Oposição e analistas interpretaram o discurso em autodefesa de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, neste domingo (25), como um tiro no pé. Ao se apegar à teoria de que um decreto de estado de sítio ou estado de defesa não entraria em vigor sem aval do Parlamento, Bolsonaro praticamente admitiu a existência da minuta do decreto. Trocando em miúdos: o plano de golpe existiu, só não foi concluído.

“Bolsonaro admite a minuta de golpe”, disparou o jornalista e comentarista Leandro Demori. “Bolsonaro esperou o domingo para confessar os crimes na Paulista para todo o país”, avaliou o jurista Conrado Hubner. “Hoje ele se entregou”, resumiu o deputado federal Lindbergh Farias (PT).

No ato na Paulista, Bolsonaro sustentou que não caberia acusação por tentativa de golpe de Estado pois para ter ocorrido uma tentativa de ruptura, ele teria de ter enviado a minuta do decreto golpista para o Parlamento. Antes disso, teria de ter ouvido dois conselhos consultivos, conforme determina o rito do estado de sítio ou estado de defesa.

Golpe é tanque na rua, arma, conspiração. Trazer classes políticas e empresários para o seu lado. Isso é golpe. Nada disso foi feito. Golpe usando a Constituição? Tenham a santa paciência“, disse Bolsonaro. No ato na Paulista, ele ainda ofereceu pacificação em troca de anistia para os presos e condenados pelo ataque de 8 de Janeiro de 2023.

Segundo Lindbergh Farias, Bolsonaro tentou uma “pirotecnia retórica” para justificar o decreto e acabou assumindo a minuta, que é uma das provas do inquérito da Polícia Federal. “Na minuta, ele [Bolsonaro] estava falando da prisão de Alexandre de Moraes e de anular o processo eleitoral. É tanta prova – vídeos, declarações do general Heleno, espionagem da Abin… E o pior, é covardia de Bolsonaro, porque ele fala em anistia. Só que ele não está querendo anistia para os presos, não! Ele está se antecipando ao caso dele.”

O deputado Rogério Correia também viu sincericídio no discurso de Bolsonaro, para quem o ex-presidente “produziu prova contra ele próprio”. “A inteligência não é muito grande”.

“Um crime impossível”

O sincericídio de Bolsonaro na Paulista não é exatamente um discurso novo. Dias antes do ato, Bolsonaro revelou sua tese de defesa em entrevista à rádio CBN de Recife (PE). Na oportunidade, ele falou que está sendo acusado de ter planejado um “crime impossível”.

“Para o presidente decretar estado de sítio”, disse Bolsonaro, “ele é obrigado a reunir-se com o Conselho da República e o Conselho de Defesa. Essas pessoas são o vice-presidente da República, os presidentes da Câmara e Senado, os líderes da maioria e minoria da Câmara e Senado. É um grupo de umas 20 pessoas para ouvir”, disse Bolsonaro.

Na tese do ex-presidente, o golpe seria impossível de dar sozinho, sem anuência do Congresso, porque o decreto de estado de sítio seria encaminhado – independente da posição dos conselhos consultivos – ao Parlamento. “Não é do presidente a palavra final, é do Congresso”, argumentou Bolsonaro.

“Se o Parlamento disser não, acabou o estado de sítio. Então, não é o presidente quem decreta o estado de sítio. A imprensa tem dito que era um golpe via estado de sítio. Isso não existe. Tem gente do meu lado, que trabalhou comigo, presa por um crime impossível de acontecer”, sustentou Bolsonaro.

Não se pode subestimar Bolsonaro (e o fascismo-fundamentalismo demagógico) na Paulista, por Gilberto Maringoni

 

Ele queria dar uma demonstração de força e retirar as acusações que enfrenta do terreno jurídico e deslocá-las para a seara política


Do Jornal GGN:

Reprodução Redes Sociais

Não se pode subestimar Bolsonaro na Paulista

por Gilberto Maringoni

Qual o impacto na conjuntura da manifestação pública convocada por Jair Bolsonaro neste domingo (25) na avenida Paulista?

ESTIVE NO ATO e andei ao longo de toda sua extensão, indo e vindo, por duas vezes. Fiquei impressionado. Eram quatro quadras apinhadas de gente. Havia pontos, no quarteirão onde se encontrava o caminhão de som, em que a compactação tornava quase impossível a passagem. Numa apreciação impressionista, arrisco dizer que pouco mais de dois terços da massa era composta por gente de classe média-média, branca. O restante parecia ser de classe média baixa (pobres), com presença significativa de pretos e pardos. Não era um protesto de grã-finos dos Jardins. Havia quatro governadores e algumas dezenas de parlamentares no palanque. Tarcísio de Freitas reforçou o policiamento e há notícias de que teriam vindo caravanas do interior e de outros estados. Dinheiro parece não ter faltado.

QUAL A MÉTRICA PARA SE AVALIAR o evento? Há pelo menos três essenciais: A). Saber se havia um público em volume expressivo; B) O que Bolsonaro pretendia com a iniciativa e C). Compará-lo com as possibilidades organizativas da esquerda.

EXAMINEMOS A PRIMEIRA variável. Mesmo que não tenha colocado no asfalto os 700 mil que alguns de seus apoiadores chegaram a alardear – é possível que tenham comparecido pouco menos de 200 mil -, a soma não é desprezível. Acima de tudo, vale a foto aérea de uma Paulista apinhada de gente.

TUDO INDICA QUE BOLSONARO queria dar uma demonstração de força e retirar as acusações que enfrenta do terreno jurídico – que lhe é desfavorável – e deslocá-las para a seara política, na qual pode obter bom resultado. Cercado de processos, o ex-mandatário está absolutamente correto em buscar as ruas. Uma possível prisão, assim como foi a de Lula, depende da criação de um ambiente político que enfraqueça sua legitimidade e o torne vulnerável aos tribunais. O petista só foi encarcerado depois de anos de impiedosa campanha midiática, de acusações infundadas por parte da Lava Jato, de opções desastrosas do PT no governo e do golpe de 2016.

O MARIDO DE DONA MICHELLE se fortaleceu na ensolarada tarde paulistana. Passa o recado de que não é carta fora do baralho, mesmo sendo inelegível. Mais do que tudo mostra que o peso político da extrema-direita brasileira não é pequeno.

SE A META DE MOSTRAR apoio de multidões foi atingida, o segundo objetivo tem poucas chances de se concretizar. Como assinala Valter Pomar, Bolsonaro propõe um acordo que livre sua cara e isso ficou explícito em seu discurso. Antes de entrar no mérito do que o ex-presidente externou ao microfone, é preciso focar brevemente na direção do espetáculo, ou na coreografia de palco.

OS PRINCIPAIS ORADORES foram três, além de Bolsonaro. Puxando a fila estava Michelle, a demonstrar fidelidade ao marido – ela cancelou uma viagem aos EUA – e pregar uma chorumela emotiva, pretensamente religiosa. Em seguida, tivemos Tarcísio de Freitas, anfitrião e possível herdeiro do espólio político do chefe, a garantir sua retidão de caráter. E por último e o mais importante, Silas Malafaia, misto de espertalhão e guru espiritual, para quem Bolsonaro terceirizou a saraivada de ataques ao Supremo, ao TSE, a Lula, ao PT, a Alexandre de Moraes e a quem mais estivesse pela frente. No meio do fraseado, destacou em tom quase apocalíptico: “Jair Messias Bolsonaro é o maior perseguido político da nossa história.

LIMPO O TERRENO, o indigitado ficou livre para tentar um caminho sem agressões e baixarias, quase um Jairzinho paz e amor. E se revelou tremendamente defensivo e vulnerável. Em 22 minutos de uma oratória surpreendentemente articulada para os padrões do ex-capitão, ele falou de sua infância, da vida no Exército, contou da experiência parlamentar, de seus feitos na presidência, atacou o comunismo, a ideologia de gênero, o aborto e listou um rosário de lugares-comuns do fascismo pátrio que faz a alegria de seu eleitorado. Destacou ainda a importância do pleito municipal e negou ter tramado um golpe. De cambulhada, aproveitou para insistir no vitimismo: “Levo pancada desde antes das eleições de 2018”.

DEPOIS DA PIEGUICE, vamos ao que interessa: buscar o que chama de conciliação e pacificação. “É passar uma borracha no passado. É buscar maneiras de nós vivermos em paz. É não continuarmos sobressaltados”.

A ARENGA VAI EM FRENTE: “Agora, nós pedimos a todos os 513 deputados e 81 senadores um projeto de anistia para que seja feita justiça em nosso Brasil”. E cita os possíveis beneficiários, “Esses pobres coitados que estavam lá no 8 de janeiro de 2023”. Mas o altruísmo do ás das moticiatas logo revela o verdadeiro objetivo: “Também quero dizer que nós não podemos concordar que um poder tire do palco político quem quer que seja. A não ser que seja por um motivo extremamente justo”.

AQUI O EX-PRESIDENTE MANDA as sutilezas às favas. Sua meta enfim é revelada por inteiro: sair liso – juntamente com o alto comando do golpe – de quase vinte acusações judiciais, transformando o caso em disputa política, apelando ao Congresso – que tem as prerrogativas constitucionais para isso – e não ao STF. O projeto do ato tem, assim, início, meio e fim. Nessa tentativa de mostrar força, é possível que busque realizar manifestações semelhantes em outras capitais.

O COMPORTAMENTO DA MÍDIA, ao longo do dia, foi cauteloso. Mesmo o Fantástico, principal atração dominical da Globo, enquadrou a notícia numa reportagem de 3 minutos, quase ao final do programa, na qual não faltaram menções às acusações que pesam sobre Bolsonaro. Como as corporações de comunicação têm sido atendidas em quase todas as suas demandas junto ao governo federal – arcabouço fiscal, verbas publicitárias, predomínio de fundações privadas na Educação, não reversão de privatizações e reformas de Temer e Bolsonaro – possivelmente seus dirigentes avaliem não ser esse o momento de romper com a atual gestão.

FINALMENTE, DO PONTO DE VISTA da esquerda, convém não subestimar a força da extrema-direita. Desde a posse de Lula III, o que se entende genericamente por progressismo não colocou contingente equivalente em praça pública. Apesar da defensiva, Bolsonaro age com competência ao buscar mudar o terreno de seu enfrentamento da Justiça para o Congresso. É difícil que conquiste a anistia, mas também é pouco provável que seja preso no curto prazo. Há um objetivo secundário nessa trama toda: o mais ilustre morador do condomínio Vivendas da Barra tenta coesionar e unificar nacionalmente os aliados com vistas às eleições de outubro.

FALTA UMA ÚLTIMA PEÇA nesse quebra-cabeças. Até aqui não há uma campanha vigorosa da esquerda contra a extrema-direita. Ao contrário: o bolsonarismo está no governo e no Congresso, negociando cargos e prebendas. Sobra soberba, desleixo e falta de rumo nos campos progressistas. A celebração do 8 de janeiro no palácio do Planalto se resumiu a um convescote destinado a passar o pano geral para o andar de cima do golpe. Seguimos depositando todas as expectativas no Xandão. A esquerda acaba fazendo um lawfare com sinal trocado ao bater às portas dos tribunais diante de qualquer controvérsia. Embora Lula tenha subido o tom na política externa, seu comportamento não é acompanhado pela maioria de seu partido ou das agremiações aliadas. Com raras exceções, ministros, senadores e deputados do PT evitam se posicionar nessa questão.

NÃO BASTA RECLAMAR, xingar, fazer piadas, desqualificar, ofender e dirigir vitupérios ao fascismo made in Brazil. É preciso enfrentá-lo politicamente, retirá-lo do governo, assumir o real comando das forças armadas e definir melhor quem são aliados e inimigos. Sei que falar é fácil, mas não há outro jeito.

Gilberto Maringoni de Oliveira é um jornalista, cartunista e professor universitário brasileiro. É professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC, tendo lecionado também na Faculdade Cásper Líbero e na Universidade Federal de São Paulo.

O retrato da decadênciade de um hipócrita: Deltan Dallagnol ataca STF e é filmado entre bolsonaristas na Av. Paulista; assista

 

Do Jornal GGN:

"Este protesto é um forte ato contra os abusos do STF, que violam nossas liberdades constitucionais", disse o ex-deputado (e ex-herói fabricado)


O ex-procurador e ex-deputado federal cassado Deltan Dallagnol foi filmado pela reportagem do GGN transitando entre manifestantes bolsonaristas na tarde deste domingo (25), na Avenida Paulista. As imagens são da repórter Carla Castanho, que acompanhou o ato em defesa de Jair Bolsonaro no local.

Horas antes, Deltan postou uma foto no Instagram anunciando o embarque de Curitiba rumo a São Paulo, para participar do ato. O lavajatista atacou o Supremo Tribunal Federal na mensagem.

“Este protesto é um forte ato contra os abusos do STF, que violam nossas liberdades constitucionais. Esse ato é um despertar para os abusos do governo Lula. É a união da direita brasileira sob um grito de ‘não vamos desistir do Brasil'”, escreveu Deltan Dallagnol.

Nas imagens abaixo, é possível ver Deltan cumprimentando bolsonaristas e posando para fotos.

Deltan e outras lideranças do Partido Novo, como o governador Romeu Zema, subiram no trio elétrico onde Jair Bolsonaro e outras figuras discursaram neste domingo. Sem mandato, Dallagnol não teve lugar de prestígio.

Redação



ICL Notícias 1: A MICARETA GOLPISTA NA PAULISTA ACABOU. E AGORA? - DESPERTA ICL AO VIVO

 

Do Canal do ICL:




domingo, 25 de fevereiro de 2024

Portal do José do dia 25 de fevereiro de 2024: MEDÃO NA PAULISTA! BOLSONARO SE ACOVARDA! PASTOR MERCADOR PROFETIZA CADEIA, MICHELLE RODA. MONTANHAS E RATOS!

 

Do Portal do José:

25/02/24 - QUE DOMINGÃO! AMANHA AS RATOEIRAS ESTARÃO SENDO PREPARAADAS COM MAIS AMPLITUDE. Ir a manifestação convocada por Malafaia diz muita coisa. Mas o medo ficou como pano de fundo. Malafaia profetizou cadeia. Apoiado!



sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

UOL: Bolsonaro pode ser preso em ato na Paulista se sair do quadrado criminal em que está, diz Josias

 

Do UOL:

O ato pró-Bolsonaro, no domingo (25), em São Paulo vai contar com dois trios elétricos atravessados na avenida Paulista formando um L. No veículo onde Jair Bolsonaro estará só entra quem estiver de pulseirinha VIP. No UOL News, o colunista Josias de Souza analisa o tema.


Portal do José: HUMILHAÇÃO HISTÓRICA! BOLSONARO E GENERAIS CERCADOS PELA 1ª VEZ! DIA 25: A ARAPUCA DO "CABO-MALA"!

 

Do Portal do José

23/02/24 - humilhação histórica - Não tínhamos visto acontecer no Brasil, algo parecido. Uma penca de generais serem colocados diante de um delegado da polícia federal para prestarem esclarecimentos de crimes contra a nação. 
No desespero o "Cabo Anselmo" da vez, monta manifestação imprestável para o próximo dia 25. Só terão prejuízos. Não há razões para algum tipo de nova ruptura. Mala está provocando. Trouxas cairão como patinhos na armadilha. Sigamos.




Reinaldo Azevedo: Sobre Holocausto, crimes de guerra e os textos que escondem crianças mortas

 

Da Rádio BandNews FM:




PF monitora manifestação bolsonarista com incentivo golpista

 

Do Blog da Cidadania, citando fontes da imprensa:

Autoridades federais estão de olho. STF, PF e o comando do Exército estão de olho na manifestação bolsonarista já marcada por incitações à violência.

ACESSE O SITE DO BLOG DA CIDADANIA www.blogdacidadania.com.br

Radicais criminosos bolsonaristas estimulam "guerra civil" na internet em nova tentativa de Golpe com foco no dia 25 de fevereiro

 

Do Blog da Cidadania citando a Folha de São Paulo, O Globo e outras fontes:

O governador de SP, bolsonarista até o talo, fez profundas transformações na PM na véspera do ato golpista de Bolsonaro na av. Paulista...


ACESSE O SITE DO BLOG DA CIDADANIA www.blogdacidadania.com.br


Reinaldo Azevedo: Parte da imprensa precisa parar com o padrão de análise “Baby do Brasil”

 

Da Rádio BandNews FM:




Gaza e a Indústria do Holocausto, por Luís Nassif

 

Propaganda política do holocausto tornou-o um dos temas que mais atingem americanos (e os interesses imperialistas pós 2ª Guerra) desde Pearl Harbor



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Norman Finkelstein é um cientista político americano, autor e ativista. Ele é conhecido por seus escritos sobre o conflito israelo-palestino e o Holocausto.

Finkelstein nasceu em Nova York em 1953, filho de sobreviventes do Holocausto. Ele se formou na Universidade Binghamton e recebeu seu Ph.D. em ciência política pela Universidade de Princeton. Ele lecionou na Brooklyn College, Rutgers University, Hunter College e DePaul University.

Seu livro “A Indústria do Holocausto” tornou-se uma espécie de clássico maldito.

No livro ele separa as vítimas do holocausto daqueles que transformaram o holocausto em uma indústria, visando ampliar seu poder político interno nos Estados Unidos.

Divide a “indústria do holocausto” em dois grupos. 

O primeiro, dos que tentavam indenizações vultosas dos países que praticaram o genocídio. O segundo, dos grupos influentes judeus, nos Estados Unidos, buscando um espaço maior de influência na política americana.

Usa palavras duras:

“Holocausto não é uma arbitrariedade, mas uma construção internamente coerente. Seus dogmas centrais sustentam interesses políticos e de classes. Na verdade, O Holocausto provou ser uma indispensável bomba ideológica. Em seus desdobramentos, um dos maiores poderes militares do mundo, com uma horrenda reputação em direitos humanos, projetou-se como um Estado “vítima”, da mesma forma que o mais bem-sucedido agrupamento étnico dos Estados Unidos adquiriu o status de vítima. Dividendos consideráveis resultaram dessa falsa vitimização — em particular, imunidade à crítica, embora justificada. Os que usufruem dessa imunidade, eu poderia acrescentar, não escaparam à típica corrupção moral que faz parte dela”.

Da crítica não escapa O Museu do Holocausto:

“Um dos mais antigos amigos de meu pai, companheiro de Auschwitz, era um suposto idealista de esquerda incorruptível que, por Auschwitz, era um suposto idealista de esquerda incorruptível que, por princípios, recusou uma compensação alemã após a guerra. Por acaso, veio a se tornar diretor do Museu do Holocausto de Israel, Yad Vashem. Com muita relutância e evidente desapontamento, meu pai teve de admitir que mesmo este homem havia sido corrompido pela indústria do Holocausto, desvirtuando suas crenças em favor do poder e do lucro.”

“Uma infinidade de recursos públicos e privados tem sido investida para manter a memória do genocídio nazista. A maioria do que foi produzido não presta, não passa de um tributo ao engrandecimento judeu e não ao seu sofrimento”.

A lógica política

A propaganda política em torno do holocausto tornou-o um tema que atinge maior número de americano do que os episódios de Pearl Harbor ou a bomba sobre o Japão, diz ele.

Nem sempre foi assim.  Em 1957, o sociólogo Nathan Glazer reclamava que a Solução Final nazista “foi menosprezada no interior da colônia judaica americana”. Em um simpósio de Commentary sobre “Judaísmo e os jovens intelectuais”, de 1961, apenas dois dos trinta e um participantes destacaram seu impacto.

Em 1961, uma mesa-redona organizada pelo jornal Judaísmo, com a participação de 21 judeus americanos, praticamente ignorou o tema. Nenhum monumento ou homenagem marcou o holocausto nos Estados Unidos.

A explicação, na época, é que os judeus ficaram traumatizados com o holocausto nazista e preferiam esquecer.

Os filmes americanos foram muito mais assertivos, diz ele.

Stanley Kramer, em Julgamento em Nuremberg (1961), faz uma referência explicita à decisão do juiz da Suprema Corte Oliver Wendell Holmes, em 1927, sancionando a esterilização dos “mentalmente incapazes”, como precursora dos programas nazistas de eugenia; os elogios de Winston Churchill a Hitler em 1938; as armas vendidas a Hitler pelos industriais americanos; e a oportunista absolvição pós-guerra de industriais alemães pelo tribunal militar americano.

A guerra fria

Quando sobreveio a guerra fria, diz ele, “as organizações judaicas “esqueceram” o holocausto nazista porque a Alemanha — Alemanha Ocidental, em 1949 — tornou-se um aliado crucial do pós-guerra americano no confronto dos EUA com a União Soviética. Vasculhar o passado não seria útil; na verdade, era um complicador.

Com algumas reservas (logo descartadas), as grandes organizações judaicas americanas logo se alinharam com os EUA, apoiando o rearmamento de uma Alemanha mal desnazificada.

O American Jewish Committee (AJC) (Comitê Judaico Americano), temeroso de que “alguma oposição organizada de judeus americanos, contra a nova política externa e a aproximação estratégica, pudesse isolá-los aos olhos da maioria não- judaica e pôr em risco suas conquistas do pós-guerra no cenário nacional”, foi o primeiro a pregar as virtudes do realinhamento. O World Jewish Congress (WJC) (Congresso Judaico Mundial), pró-sionista, e seus afiliados americanos derrubaram a oposição, depois de assinar acordos de compensação com a derrubaram a oposição, depois de assinar acordos de compensação com a Alemanha no início dos anos 50, ao mesmo tempo que a Anti-Defamation League (ADL) (Liga Antidifamação) foi a primeira grande organização judaica a enviar uma delegação oficial à Alemanha, em 1954”.

Diz ele: “ Juntas, essas organizações colaboraram com o governo de Bonn para conter a “onda antigermânica” do sentimento popular judeu”. Lembrar o holocausto nazista foi etiqueta como causa comunista.

E, aí, repete-se um ritual similar ao da Conib no Brasil, contra judeus críticos do genocídio de Gaza:

“Presas ao estereótipo que confundia judeus com a esquerda — de fato, os judeus constituíam um terço da votação do candidato presidencial progressista Henry Wallace, em 1948 —, as elites judaicas americanas não hesitaram em sacrificar seus irmãos judeus ao altar do anticomunismo. Oferecendo suas listas de supostos judeus subversivos às agências governamentais, o AJC e a ADL endossaram a pena de morte para os Rosenberg, enquanto sua publicação mensal, Commentary, lançava editorial afirmando que eles não eram judeus verdadeiros”.

Os exemplos são inúmeros:

“Temendo ser associadas à esquerda fora e dentro do país, as grandes organizações judaicas se opuseram a cooperar com os alemães social-democratas antinazistas, assim como ao boicote dos produtos alemães e as manifestações públicas contra ex-nazistas fazendo turismo pelos Estados Unidos. Em compensação, a visita de dissidentes alemães conhecidos, como o pastor protestante Martin Niemöller, que esteve preso oito anos em campos de concentração nazistas e era contra a cruzada anticomunista, sofreu censura dos líderes judeus americanos”.

Qualquer semelhança com o Brasil de hoje, e com o apoio a Bolsonaro,  não é coincidência:

“Ansiosos por propalar suas credenciais anticomunistas, as elites judaicas chegaram a defender, e apoiar financeiramente, organizações de extrema-direita como a All-American Conference to Combat Communism (Conferência Americana de Combate ao Comunismo) e fizeram vista grossa à entrada de veteranos da SS nazista no país”.

As mudanças com a guerra

Diz ele que o Holocausto tornou-se uma fixação na vida dos judeus americanos após a guerra árabe-israelense de 1967.

Até então, havia discordâncias entre a política norte-americana e Israel. Na crise do canal de Suez de 1956, o presidente Eisenhower forçou Israel a uma retirada incondicional do Sinai, com o apoio das lideranças judaicas nos Estados Unidos.

O jogo muda com as guerras de 1967, quando Israel se torna, finalmente, um representante do poder dos Estados Unidos no Oriente Médio. As lideranças judias saem do dilema da “dupla lealdade” e passam a se alinhar integralmente aos interesses geopolíticos norte-americanos.

“Paradoxalmente, depois de junho de 1967, Israel facilitou a assimilação nos Estados Unidos: os judeus agora estavam na linha de frente, defendendo a América — na realidade “a civilização ocidental” —, contra as retrogradas hordas árabes. Considerando que, antes de 1967, Israel levava a fama de dupla lealdade, agora adquiria a conotação de superlealdade. Afinal de contas, não eram os americanos, mas os israelenses que lutavam e morriam para proteger os interesses dos EUA”

Antes, diz ele, as elites judaicas só podiam oferecer pequenas listas de judeus subversivos; agora podiam posar de interlocutores para os novos objetivos estratégicos da América”.

Do mesmo modo mudou a cobertura da mídia americana. De 1955 a 1965, New York Times publicou o equivalente a 152 cm de matérias sobre Israel. Em 1975, as matérias saltaram para 660 cm.

“Tal como Podhoretz ()editor da revista Commentary de 1960 a 1995., muitos intelectuais judeus americanos influentes também descobriram de repente a “religião”, após a guerra de junho. Novick conta que Lucy Dawidowicz, a decana da literatura sobre o Holocausto, fora uma “crítica radical de Israel”. Em 1953, ela opinava que Israel não podia exigir compensações da Alemanha, enquanto fugia às responsabilidades para com os palestinos desalojados: “A moralidade não é flexível.” E, no entanto, quase imediatamente após a guerra de junho, Dawidowicz virou uma “eloqüente defensora de Israel”, aclamando-o como “o paradigma coletivo para a imagem ideal dos judeus no mundo moderno”.

A indústria do Holocausto serviu como blindagem contra as críticas à nova posição de Israel.

Depois da guerra de outubro de 1973, quando os americanos apoiaram o apogeu de Israel, Howe (famoso crítico social, Irving Howe, da esquerda liberal) publicou um manifesto pessoal “sob extrema ansiedade” em defesa de um Israel isolado. O mundo gentio, lamentava-se numa espécie de paródia ao estilo de Woody Allen, estava impregnado de antisemitismo. Até no Upper Manhattan, reclamava, Israel “deixou de ser chique”: todos, exceto ele, eram manifestamente servos de Mao, Fanon e Guevara”.

Quando Israel era vulnerável, em relação aos seus vizinhos árabes, pouco se falava do holocausto.

“A indústria do Holocausto só se difundiu depois da dominação militar esmagadora e do florescente e exagerado triunfalismo entre os israelenses.  A rede de interpretação padrão não consegue explicar estas anomalias”.

Não foi a alegada fraqueza e isolamento de Israel, nem o medo de um “segundo Holocausto”, mas antes sua comprovada força e aliança estratégica com os Estados Unidos, que conduziram as elites judaicas a produzir a indústria do Holocausto, depois de junho de 1967

“Foi quando o Holocausto estava mais fresco na mente dos líderes americanos — os primeiros vinte e cinco anos depois do fim da guerra—, que os Estados Unidos menos apoiaram Israel. (…) Não foi quando Israel estava fraco e vulnerável, mas depois que mostrou sua força, na Guerra dos Seis Dias, que a ajuda americana a Israel mudou de um pingo para um dilúvio”. Este argumento se aplica com a mesma força às elites judaicas americanas.

Conclui ele:

“Entre os grupos que denunciam sua vitimização, incluindo negros, latinos, índios americanos, mulheres, gays e lésbicas, só os judeus não estão em desvantagem na sociedade americana. De fato, a política de identidade e O Holocausto tiveram lugar entre os judeus americanos não por seu status de vítima, mas por eles não serem vítimas.

Assim que caíram as barreiras anti-semitas, logo após a Segunda Guerra Mundial, os judeus se destacaram nos Estados Unidos. Segundo Lipset e Raab, a renda per capita dos judeus é quase o dobro dos não-judeus; dezesseis dos quarenta americanos mais ricos são judeus; 40 por cento dos ganhadores americanos do prêmio Nobel de ciência e economia são judeus, assim como o são 20 por cento dos professores das maiores universidades; e 40 por cento dos sócios das grandes firmas de advocacia de Nova York e Washington. A lista continua.  Longe de constituir um obstáculo, a identidade judaica tornou-se o coroamento desse sucesso”.