domingo, 31 de julho de 2022

Eduardo Bueno sobre a Carta Pela Democracia e pelo Estado de Direito Permanente da Faculdade de Direito da USP - A Carta Anticanalha

 

Do Canal Buenas Ideias:

DE PÉ PELA DEMOCRACIA - Repetindo a honrosa Carta em Defesa do Estado de Direito lançada em 1977, a Faculdade de Direito da USP lançou uma nova carta em defesa da democracia. Acredita que tem gente que não gostou? Mas você já assinou, é claro, né? Se não, assine já. Está aqui o link:

http://www.estadodedireitosempre.com



sábado, 30 de julho de 2022

A Mídia finge não enxergar a gravidade das conexões bolsonaristas com o nazismo. Artigo de Paulo Moreira Leite

 "A presença do deputado Dudu Bolsonaro num encontro de nazistas na Flórida foi tratada com banalidade pela mídia", escreve Paulo Moreira Leite. "É absurdo"


Em primeiro lugar, estamos falando de um personagem de confiança absoluta de Jair Bolsonaro, que disputa a reeleição depois de  administrar o Brasil como um governo de traição nacional. 

Também estamos falando de nazismo, com quem a família presidencial cultiva relações comprovadamente próximas.  

Nenhum movimento político do século XX deixou uma herança tão monstruosa e atroz, o que explica a semi-clandestinidade de seus movimentos e aparições.   

Pois é. Em julho de 2022, quando faltam 9 semanas para o primeiro turno da eleição presidencial, a candidatura Bolsonaro se encontra em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto.  E aí Dudu vai encontrar nazistas na Flórida, num encontro onde o infalível Donald Trump, candidatíssimo a um segundo mandato contra um Joe Biden enfraquecido, também estava  presente. 

Do lado de fora, alguns amiguinhos chegaram a desfilar com bandeiras com a suástica. Outros  exibem as iniciais da SS. 

Num país que possui empresas de mídia classificadas entre as maiores do planeta, nossos grandes jornais e emissoras de TV estão devendo reportagens investigativas, em profundidade,  capazes de esclarecer as  conexões nazistas da família Bolsonaro. Tanta falta de curiosidade chega a ser suspeita. Alguma dúvida?


sexta-feira, 29 de julho de 2022

Bivar sinaliza apoio do União Brasil a Lula no 1º turno e a internet reage: “Moro humilhado”

Quem não deve estar gostando das movimentações é o ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro, Sergio Moro, que já foi constrangido publicamente pelo União Brasil uma vez, quando abandonou o Podemos às pressas para filiar-se ao partido de Bivar, achando que seria o candidato a presidente. Logo teve as asinhas cortadas.



 Depois do lançamento da última pesquisa Datafolha, o assunto que está tomando as redes sociais nesta quinta-feira, 28, é a notícia de que Luciano Bivar pode desistir da pré-candidatura a presidente da República pelo União Brasil e levar o partido a apoiar Lula já no primeiro turno das eleições 2022. Bivar lançaria candidatura a deputado federal.

O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, pode abandonar corrida presidencial para disputar a Câmara, apoiando Lula no 1º turnoFoto: Agência Brasil

Em troca, Lula supostamente teria sinalizado apoio a Bivar na eleição da presidência da Câmara dos Deputados em 2023. Os dois teriam conversado duas vezes por telefone. Bivar teria até esta sexta (29) para decidir o que fazer.

As negociações passam também pela retirada da candidatura própria do PT na Bahia, em apoio a ACM Neto; em troca, Fernando Haddad receberia apoio do União Brasil em São Paulo. As informações são da Folha, Metrópoles e Valor Econômico.

No Twitter, o deputado Orlando Silva (PCdoB) celebrou a possibilidade de Lula – que recentemente recebeu apoio de 11 diretórios do MDB de Simone Tebet – conseguir ampliar ainda mais a frente contra Jair Bolsonaro, reforçando a possibilidade de vitória no primeiro turno.

Quem não deve estar gostando das movimentações é o ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro, Sergio Moro, que já foi constrangido publicamente pelo União Brasil uma vez, quando abandonou o Podemos às pressas para filiar-se ao partido de Bivar, achando que seria o candidato a presidente. Logo teve as asinhas cortadas.

Ver o União Brasil apoiar Lula em 2022 seria mais uma reviravolta na história de Moro, além de uma nova humilhação imposta pelo seu próprio partido. O ex-juiz coleciona derrotas na carreira política. A última delas, o impedimento de concorrer às eleições por São Paulo.

Veja algumas reações na internet sobre Moro a possível aliança entre Bivar e Lula:

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Bolsonaro vê 'Carta aos brasileiros pela democracia' como "ponto final" de sua campanha

 

"Daqui para frente ele não cresce mais", diz Tales Faria com informações do Planalto. Campanha de Bolsonaro entende que perdeu o apoio da elite

www.brasil247.com -

(Foto: Luiza Castro/Sul 21 | ABr)

247Jair Bolsonaro (PL) e sua equipe de campanha pela reeleição estão "alarmadíssimos" com a gigante adesão dos mais variados setores da sociedade à "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito", organizado pela Faculdade de Direito da (USP). O manifesto já tem mais de 200 mil assinaturas.

>>> Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!

O ponto de maior preocupação, segundo Tales Faria, do UOL, é o apoio de entidades como a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) à carta. A campanha bolsonarista entende que perdeu o apoio da elite do país, o que foi decisivo para a vitória em 2018. "A informação que eu tenho é que a campanha do Bolsonaro está alarmadíssima com essa Carta aos Brasileiros. Ela é um ponto de inflexão na campanha, pois mostrou que, se em 2018 a elite chegou a apoiar Bolsonaro, dessa vez não tem conversa. Ele agrediu a democracia e a elite brasileira largou o Bolsonaro".

O QG da campanha de Bolsonaro já sabia que não poderia contar com os votos do Nordeste e da camada mais pobre da sociedade, mas ainda esperavam certo respaldo dos mais abastados." O Guedes seduziu o Bolsonaro dizendo 'vamos fazer um programa ultraliberal e com isso vamos trazer a elite'. Isso, em 2018, teve resultados para o Bolsonaro. Mas agora não dá mais. O Guedes perdeu completamente a sua ligação com o empresariado em geral e a campanha do Bolsonaro está alarmada".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

>>> Economista liberal explica por que votará no PT pela primeira vez

O isolamento completo de Bolsonaro, segundo o colunista, afasta ainda mais uma possibilidade de golpe em caso de derrota nas urnas. "A equipe de campanha está sentindo que ele está isolado e, com o Bolsonaro isolado, não tem mais conversa. Se ele fizer um golpe agora, os militares sabem que não poderão apoiá-lo porque não têm também o apoio dos EUA, com quem os militares brasileiros mantêm uma ligação geopolítica muito forte".

"Para Bolsonaro, essa Carta aos Brasileiros está sendo um ponto final na campanha dele. Daqui pra frente ele não cresce mais", concluiu.

Assine o 247apoie por Pixinscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

O isolamento de Bolsonaro e a crise de legitimidade do governo militar. Artigo de Jeferson Miola

 

    O encontro de Bolsonaro com missões diplomáticas estrangeiras [18/7] funcionou como sinal de alerta para o mundo sobre os propósitos antidemocráticos dele e das cúpulas partidarizadas das Forças Armadas

www.brasil247.com -

(Foto: Clauber Cleber Caetano/PR | Ricardo Stuckert)

Por Jeferson Miola 

O encontro de Bolsonaro com missões diplomáticas estrangeiras [18/7] funcionou como sinal de alerta para o mundo sobre os propósitos antidemocráticos dele e das cúpulas partidarizadas das Forças Armadas.

O estapafúrdio evento acelerou a conjuntura e provocou a repulsa de governos, lideranças e instituições internacionais. E provocou, também, muitas reações domésticas; com exceção, claro, dos notórios colaboracionistas do fascismo Arthur Lira e Augusto Aras.

Parece ter chegado ao fim a conveniência e a eficácia de Bolsonaro e do governo militar para a continuidade da guerra de pilhagem e roubo das riquezas e da soberania nacional que os capitais nacionais e estrangeiros promovem desde a derrubada farsesca da presidente Dilma.

Esta que é, aliás, uma guerra de ocupação para a devastação do Brasil. E a força ocupante do nosso território, no entanto, não é nenhuma potência estrangeira, mas o próprio Exército brasileiro – o “braço forte e a mão amiga” que afiança e executa este projeto de destruição e barbárie.

O governo dos EUA deixou claro que Bolsonaro e os militares passaram a atrapalhar os negócios e os interesses geopolíticos da potência imperial no Brasil e, por extensão, no continente. Autoridades do governo Biden hoje condenam as ameaças antidemocráticas publicamente e de modo surpreendentemente peremptório.

As “instruções” da metrópole imperial repercutiram fortemente nos meios empresariais e financeiros do Brasil. Nos últimos dias, frações significativas das oligarquias dominantes – inclusive alguns setores da lúmpen-burguesia extremista e doentiamente antipetista –   passaram a se descolar do governo.

O manifesto em defesa da democracia representa a retirada de apoio e de engajamento orgânico de setores centrais do grande capital a Bolsonaro e ao governo militar.

A escalada fascista-militar e autoritária não interessa nem mesmo ao grande capital que vem se refestelando como nunca na apropriação do butim desta guerra de ocupação, saqueio e roubo. A ruptura institucional parece ser, neste sentido, uma linha divisória, pois gera um ambiente duvidoso e de instabilidade crítica para a acumulação capitalista no Brasil.

A ampliação do isolamento do Bolsonaro, há tempos considerado um pária internacional, é acompanhada, também, do aprofundamento da crise de legitimidade do governo militar.

Neste cenário de rejeição acentuada do governo e do Bolsonaro, a eleição do ex-presidente Lula no primeiro turno é uma hipótese bastante realista.

Ainda que empresários, lideranças de direita e das altas finanças ressalvem que a defesa da democracia não significa apoio automático a Lula, o fato concreto é que o movimento em defesa da democracia consolida Lula como o fator vital para a restauração democrática e para a reconstrução do país.

A 66 dias da eleição de 2 de outubro, está evidenciada a inviabilidade de qualquer opção da mal-apelidada “terceira via”. Lula será beneficiário do voto útil, realidade que bloqueará o crescimento de candidaturas sem-votos da direita tradicional, assim como causará a desidratação da candidatura de Ciro Gomes, hoje com cerca de 7 a 9% de intenções de voto.

A vitória da chapa Lula/Alckmin já no primeiro turno é um antídoto fundamental contra as ameaças antidemocráticas e golpistas de Bolsonaro e dos militares conspiradores, que não desistirão de causar caos, tumulto e violência.

Mas esta vitória do Lula não significará, automaticamente, o fim do pesadelo fascista e, tampouco, a reconversão definitiva das classes dominantes à democracia.

Como mostra nossa história de golpes e rupturas, para as elites a democracia tem valor meramente instrumental – pode ser descartada e violada a qualquer momento, sempre que considerarem seus interesses ameaçados.

O governo Lula/Alckmin será eleito no contexto de uma eleição complexa e imponderável. A ampla mobilização popular é o fator decisivo e crucial para garantir-se a realização da eleição e a vitória da chapa Lula/Alckmin no primeiro turno. E será fundamental para assegurar a posse e, principalmente, a sustentação do governo eleito, que sofrerá uma oposição selvagem da extrema-direita no Congresso e na sociedade.

Associação bolsonarista paramilitar Proarmas, que pretende virar partido dos CACs e eleger armamentistas, faz sorteio ilegal de armas de fogo

 Associação Proarmas utiliza eufemismos como “furadeira” e “guarda-chuva” para sortear pistolas e fuzis, o que é proibido pela legislação brasileira desde 1972

www.brasil247.com -

(Foto: Reprodução | REUTERS/Bernadett Szabo)

247A Associação Proarmas, que representa o maior número de civis registrados no chamado grupo dos CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores), tem feito uma série de sorteios de armas de fuzis e pistolas utilizando eufemismos como “furadeira” e “guarda-chuva” com o objetivo de burlar a legislação e cooptar novos membros. O sorteio de armas de fogo no Brasil foi proibido por um decreto governamental de 1972 e por uma portaria do Ministério da Economia de 2020.

A Proarmas vem atuando para eleger no Congresso a “bancada dos CACs”, maior grupo armado do País, e pretende se tornar um partido político a partir de 2023. Nesta linha, os CACs possuem 34 pré-candidaturas para deputado federal, senador e governador, todos ligados à associação, além de outras 23 para deputados estaduais. 

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a Proarmas também oferece “pacotes de serviços” por meio de uma assinatura mensal no valor de R$ 150,00 que concede um conjunto de benefícios, incluindo apoio jurídico em caso de abordagem policial a CACs e em processos para compra e registro de armas. 

>>> Estimulado por Bolsonaro, maior grupo armado do Brasil quer se tornar partido político

Ainda conforme a reportagem, a Proarmas mudou as chamadas das suas redes sociais após ser questionada pelos sorteios de armas de fogo. Agora, a entidade se vale do eufemismo “sorteio cultural de objetos, inclusive armas” para promover os concursos e afirma que chamadas e postagens sobre sorteios de armas de fogo foram um “erro” de uma funcionária, que não integra mais a equipe. 

A associação também disse considerar como fake news qualquer outra informação e ameaçou acionar a Justiça contra "qualquer informação diferente disso". “O Proarmas não sorteia armas, apenas premiamos alguns alunos da plataforma de cursos em um concurso cultural com diversos objetos, inclusive armas. Qualquer informação diferente disso configura FAKENEWS acarretando a responsabilização judicial nas esferas cível e criminal e demais combinações de estilo!”, disse a Proarmas em nota. 

Assine o 247apoie por Pixinscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: 

Lindôra Araújo, que, com Aras, blinda Bolsonaro, recebeu promessa de assumir a PGR em caso de reeleição

 Assunto vem sendo discutido por meio de "reuniões secretas" mantidas entre ambos desde 2020

www.brasil247.com - Bolsonaro e Lindôra Araújo

Bolsonaro e Lindôra Araújo (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR | Nelson Jr./SCO/STF)

247Jair Bolsonaro (PL) teria prometido que, se reeleito, entregará à vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR) após a saída de Augusto Aras, em 2023. 

De acordo com a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, o assunto vem sendo discutido por meio de “reuniões secretas" mantidas entre eles desde 2020. Lindôra, vista por seus pares como uma das servidoras mais conservadoras da PGR, vem blindando Bolsonaro de diversas ações judiciais que chegam ao órgão.  

“As duas primeiras reuniões entre os dois ocorreram por intermédio do ex-deputado federal Alberto Fraga, que levou Lindôra ao Palácio da Alvorada para apresentá-la ao presidente – à época, ela era coordenadora da Assessoria Jurídica Criminal da PGR”. Após os encontros, que contaram com a participação de Aras, Bolsonaro teria dito a Fraga que “gostou” das conversas mantidas com ela. 

Na última ação para blindar o atual ocupante do Palácio do Palácio do Planalto, Lindôra pediu ao STF o arquivamento de sete das 10 apurações preliminares envolvendo Bolsonaro, além de ministros, ex-ministros e o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, por crimes cometidos durante a pandemia de Covid-19. Os pedidos de investigação foram baseados nas conclusões finais do relatório da CPI da Pandemia.

Assine o 247apoie por Pixinscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: 

 

A rede de notícias norte-americana Bloomberg alerta sobre ataques de Bolsonaro à democracia: 'Mundo deve agir'

 

Do UOL:


A rede de notícias norte-americana Bloomberg divulgou em seu site hoje um editorial no qual cobra de líderes mundiais ações contra os frequentes ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) à democracia. 

O texto diz que, em quatro anos de governo, Bolsonaro fez pouco para garantir o compromisso com a democracia.

"Ainda não se sabe se tal fanfarronice se traduz em um esforço conjunto para rejeitar um resultado desfavorável nas eleições presidenciais de outubro. Mas a mera possibilidade de uma crise eleitoral no maior país da América Latina é algo que os outros líderes do Brasil - com a ajuda do mundo democrático - devem agir agora para evitar".

No último dia 24, quando foi oficializado candidato à reeleição, Bolsonaro fez diversos ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas, e também ao STF (Supremo Tribunal Federal). O público reagiu com gritos de "o Supremo é o povo". Bolsonaro chegou a convocar um ato para o dia 7 de setembro, dizendo que os "surdos de capa preta" precisam entender o que é a voz do povo.

A Bloomberg ressalta que o presidente negou que queira dar um gole de Estado, porém, diz que há "resultados menos extremos que ainda seriam devastadores". O veículo norte-americano diz que o Brasil "corre o risco de sofrer uma paralisia".

"Surtos de violência podem levar à intervenção militar, e uma divisão nas forças de segurança mais amplas não é inconcebível, dado o apoio mais entusiástico da Polícia Militar. Qualquer movimento para rejeitar ou desacreditar os resultados exacerbaria a desconfiança dos brasileiros nas instituições governamentais, em um momento em que o descontentamento com os frutos da democracia já está em alta".

No editorial, a rede de notícias cobra que os Estados Unidos reiterem a confiança nas instituições democráticas brasileiras e autoridades eleitorais por meio de visitas públicas de altos funcionários do governo Joe Biden.

Em visita ao Brasil, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd J. Austin III, afirmou em Brasília que "a democracia é o símbolo das Américas" e que as nações do continente compartilham valores comuns, tais como "compromisso com o estado democrático de direito" e "devoção à democracia". 

25.jul.2022 - Presidente Jair Bolsonaro participa do fórum Agribusiness em São Paulo - Ettore Chiereguini/Agil/Estadão Conteúdo
25.jul.2022 - Presidente Jair Bolsonaro participa do fórum Agribusiness em São PauloImagem: Ettore Chiereguini/Agil/Estadão Conteúdo

UOL: TCU condena militares por mau uso de recursos; Sakamoto vê recado contra impunidade autoritária

 

Do UOL:

O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou pelo menos 28 militares, desde o início do governo Bolsonaro, por má utilização dos recursos públicos. As condenações têm como origem oito processos abertos de 2014 a 2020 envolvendo 19 oficiais superiores, incluindo 4 generais, o mais alto posto no Exército. Os outros 9 condenados têm patentes mais baixas. No UOL News, o colunista de política Leonardo Sakamoto fala do tema




ICL NOTÍCIAS DIA 28/07: ABANDONADO ATÉ PELOS RICOS, BOLSONARO SOBRA SÓ COM O CENTRÃO E SUA SEITA

 

Do Instituto Conhecimento Liberta:




Randolfe Rodigues, no UOL: PGR tem atuação de cabo eleitoral de Bolsonaro; não podemos aceitar

 

Do UOL:

Em entrevista ao UOL News, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente da CPI da Covid, fala sobre ter contestado a decisão da PGR (Procuradoria-Geral da República) de pedir ao STF o arquivamento das apurações contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), abertos após a entrega do relatório final da comissão




Eduardo Moreira, do ICL, DESTRUINDO uma fake news Bolsonarista de Ciro Nogueira contra a assinatura dos grandes Bancos pela Democracia antes dela pegar!

 

Do Canal de Eduardo Moreira:




Bob Fernandes: “Prevaricação... Blindagem... Sorrateira...”. Senadores pedem que STF investigue PGR de Aras & Cia

 

Do Canal de Bob Fernandes:




Jamil Chade: "Bolsonaro conseguiu destruir a imagem do Brasil de forma muito acelerada"

 

Da TV 247:

Entrevista do jornalista e escritor Jamil Chade no Boa Noite 247 de terça-feira (26).





CNN: Cabe à Justiça Eleitoral (civil) cuidar das eleições, não os militares, diz o Presidente do STM (Superior Tribunal Militar)

 

Da CNN Brasil:

Ao se despedir da presidência do Superior Tribunal Militar (STM), o general Luís Carlos Gomes Mattos disse que não cabe às Forças Armadas, e sim à Justiça Eleitoral, a responsabilidade pelo "funcionamento real" do processo eleitoral.



Portal do José: Bolsonaro recebe Dura Pancada dos EUA! E agora? Isolamento militar nas Américas mina desejos golpistas insanos!

 

Portal do José:

27/07/22 - Bolsonaro recebe dura pancada das Américas! Faltam 66 dias para que ele comece a pensar em outras atividades.

Embaixada dos EUA faz NOVO COMUNICADO (Veja o link para o texto do Secretário de Defesa dos EUA disponibilizado pela embaixada americana: https://br.usembassy.gov/pt/discurso-do-secretario-de-defesa-dos-eua-lloyd-j-austin-iii-na-15a-conferencia-de-ministros-da-defesa-das-americas/)

Não falam apenas por eles... Sigamos.


terça-feira, 26 de julho de 2022

O Brasil atual sob o domínio de vermes. Artigo de Eliane Brum

 

"Depois de quase quatro anos no poder, usando a máquina do Estado para solapar a democracia, o bolsonarismo infiltrou muito mais fundo suas raízes podres nas instituições brasileiras e em organizações da sociedade civil.", afirma a jornalista Eliane Brum, no El País




Na campanha eleitoral de 2018, no Brasil, os ressentidos deixaram seus casulos para uma metamorfose às avessas. Orgulhosos de sua essência, batiam em pessoas LGBTQIA+ nas ruas que vissem andando de mãos dadas, gritavam para os pretos “voltarem para as senzalas”, juravam varrer os indígenas da Amazônia, destruíam casas de religião afro-brasileiras. Era a vingança dos ressentidos que acumularam seu rancor por décadas diante dos avanços dos direitos e daquilo que chamam de “prisão do politicamente correto”. Sua ação foi decisiva para eleger seu porta-voz, o então candidato Jair Bolsonaro, que comemorou a vitória prometendo despachar os opositores para a “Ponta da Praia”, local de desova de corpos torturados e mortos pela ditadura militar (1964-1985). A campanha eleitoral de 2022, em que Bolsonaro busca a reeleição, é muito pior.

Depois de quase quatro anos no poder, usando a máquina do Estado para solapar a democracia, o bolsonarismo infiltrou muito mais fundo suas raízes podres nas instituições brasileiras e em organizações da sociedade civil. Se em 2018, os piores ataques racistas, homofóbicos, xenófobos e misóginos eram desferidos por indivíduos ou grupos, em 2022 eles vêm de parlamentos e associações. Embora ambos os cenários sejam pavorosos, a diferença é substancial. E ela mostra que a corrosão da sociedade brasileira será ainda mais difícil de reverter do que acreditam os mais pessimistas. Como o personagem Smith da icônica série Matrix, Bolsonaro se replica aos milhões. Mesmo que ele não seja reeleito nem seja capaz de consumar o golpe que prepara para o caso de derrota, milhares de Bolsonaros se reelegerão no parlamento e seguirão ocupando cargos de poder nas entidades de classe.

Entre as mais recentes agressões por instituições públicas, está o requerimento de uma apoiadora de Bolsonaro em Santa Catarina, um dos estados do racista sul do Brasil, para fazer uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Ana Campagnolo quer investigar uma criança que engravidou de um estupro aos 10 anos e que conseguiu fazer um aborto legal depois de muita luta, já que a juíza e a promotora tentaram impedi-la. Para abrir uma CPI nesse parlamento são necessários 14 votos. Ela conseguiu 21, provando que representa a maioria. Mais da metade dos deputados da Assembleia Legislativa está disposta a usar seus mandatos para criminalizar uma criança que, agora com 11 anos, já foi vítima de uma violação sexual, de uma gravidez obviamente indesejada e de um aborto.

Já entre os mais recentes ataques de organizações da sociedade civil, está a carta encaminhada à presidência da República clamando ao governo brasileiro que abandone a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, que estabelece a necessidade de consulta “livre, prévia e informada” às comunidades indígenas e tradicionais que podem ser atingidas por projetos econômicos. Em 2021, a Amazônia perdeu 18 árvores por segundo, mas as principais associações e federações da indústria do Pará, estado campeão de desmatamento, sentem-se autorizadas a exigir o silenciamento formal dos guardiões da floresta em documento oficial.

Há uma semana, um homem invadiu a festa de outro, tesoureiro do PT na cidade de Foz do Iguaçu, que comemorava o aniversário com uma decoração pró-Lula. Matou-o a tiros, diante de todos os convidados, aos gritos de “Aqui é Bolsonaro”. A Polícia Civil afirmou que não era crime político. E a imprensa responsabilizou não a incitação à destruição dos adversários promovida por Bolsonaro, mas à “polarização”, como se ambos os lados fossem igualmente violentos. É assim que apodrece um país.

Bolsonaro pode perder a eleição, mas a bestialidade do que representa não apenas circula pelas ruas à luz do dia, como em 2018, mas também lidera, em 2022, grande parte do aparato institucional em todas as áreas. Bolsonaro já venceu, mesmo perdendo. E derrotá-lo será uma luta para muito mais do que uma geração.

Leia no El País (somente em espanhol)