terça-feira, 30 de agosto de 2022

UOL - 'Imobiliária Bolsonaro' tem que explicar compra de 51 imóveis em dinheiro vivo | Chico Alves

 

Do UOL:

Quase metade do patrimônio em imóveis do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e de seus familiares mais próximos foi construída nas últimas três décadas com uso de dinheiro em espécie, de acordo com levantamento patrimonial realizado pelo UOL. O colunista Chico Alves comentou a reportagem.



Walter Maierovitch, no UOL - Patrimônio da família Bolsonaro: Compra em dinheiro vivo desperta suspeitas

 


Do UOL:

Quase metade do patrimônio em imóveis do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e de seus familiares mais próximos foi construída nas últimas três décadas com uso de dinheiro em espécie, de acordo com levantamento patrimonial realizado pelo UOL. No UOL News, o jurista Wálter Maierovitch, colunista do UOL, fala sobre o tema



Desmascarando o coiso ruim: novo vídeo viraliza e desmascara as mentiras de Bolsonaro no debate

 

Do canal Desmascarando:




domingo, 28 de agosto de 2022

Josias de Sousa, no UOL: Empresários bolsonaristas alvos da PF precisam ser constrangidos e chamados a depor

 

Do UOL:

A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça (23) mandados de busca contra empresários que em um grupo de mensagens defenderam um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT) vença Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais. No UOL News, o colunista de política Josias de Souza fala do tema



quinta-feira, 25 de agosto de 2022

A Lava Jato plantou a semente do "Fora STF", diz pesquisador - TVGGN Entrevista

 


Da TV GGN:

Fabio de Sá e Silva é Professor Assistente de Estudos Internacionais e Wick Cary Professor de Estudos Brasileiros na Universidade de Oklahoma e membro afiliado do Centro de Profissão Legal da Harvard Law School. Estuda a organização social e o impacto político do direito e da justiça no Brasil e comparativamente. Nesta entrevista aos jornalistas Luis Nassif e Cesar Calejon, ele fala de duas pesquisas que fez sobre os discursos da força-tarefa da Lava Jato.



Jamil Chade, na BandNews FM: Juristas brasileiros pedem ajuda internacional para garantir segurança nas eleições contra a violência fomentada pela extrema direita

 

Da BandNews FM:



Meyer Nigri, empresário amigo de Aras que defendeu golpe, teria atuado por lobby dos cassinos. Reportagem de Patrícia Faermann

 

Com boa passagem no governo Bolsonaro, com Guedes e padrinho de ministros, Meyer Nigri teria atuado pela legalização de cassinos


Foto: Isaac Nóbrega/PR – Montagem Veja


GGN. - Um dos empresários que defenderam golpe de Estado em mensagens de WhatsApp, alvos de Operação da Polícia Federal, é Meyer Joseph Nigri, com boa passagem entre Ministérios do governo Bolsonaro e que já atuou, inclusive, a favor da legalização de cassinos.

Entusiasta dos jogos, segundo revelou reportagem da Veja de 2020, Nigri esteve presente ao lado de Jair Bolsonaro em reuniões, junto também a parlamentares e representantes de cassinos e empresas de jogos de azar, para tratar da polêmica legalização do setor no Brasil.

O empresário tem as portas abertas não só do governo, mas também de ministros de Bolsonaro, como o da Economia, Paulo Guedes, para o qual já teria feito telefonado na frente de outras pessoas, demonstrando familiaridade.

“Expoente do lobby de cassinos”


Na reportagem de 2020, um lobista do setor teria afirmado que contava com a atuação de Meyer Joseph Nigri para a liberação dos cassinos no Brasil. Ele seria um dos expoentes do lobby, junto a parlamentares e o próprio governo.

“O Nigri é bom jogando pôquer, que requer inteligência e estratégia. Defender a liberação dos jogos e ser lembrado como alguém que usou o seu prestígio no governo e no Congresso para mudar a legislação dará a ele vantagem quando essas empresas vierem para o país”, teria narrado o lobista.

Padrinho de ministros de Bolsonaro

Nigri teria, inclusive, sido padrinho de importantes nomeações de Jair Bolsonaro, como Nelson Teich no Ministério da Saúde e Augusto Aras na Procuradoria-Geral da República (PGR). Sobre a relação com Aras, o livro “O fim da Lava Jato” de Bela Megale e Aguirre Talento confirma o gesto da indicação.

Fundador da Tecnisa, empresa do setor imobiliário, Joseph Meyer Nigri é hoje alvo da Operação da PF por defender o golpe de Estado, caso Lula vença as eleições.

A aproximação dele com Bolsonaro ocorreu em 2016, nas bandeiras contra o “socialismo” e a favor da política econômica neoliberal de Paulo Guedes.

Relação com Guedes gera frutos

Em crise de Guedes no governo Bolsonaro, teria saído em defesa do ministro, com o qual sugeriu ao longo dos anos do governo Bolsonaro pautas de seu interesse, como a diminuição da taxa de juros na Caixa, o lançamento de uma linha de financiamento imobiliário do banco.

Esta última pauta foi materializada por Guedes: em agosto de 2019, o ministro lançou a linha de crédito de interesse de sua empresa, a Tecnisa.

terça-feira, 23 de agosto de 2022

Operação da PF contra o esquema golpista dos empresários acham ligações de Augusto Aras com os acusados, em especial Meyer Nigri

 

Cortes 247:






Reinaldo Azevedo: Bolsonaro no JN e os mortos por falta de ar

 

Da BandNews FM:




Bolsonaro na Globo: Ataques a Renata Vasconcellos são bolsonarismo em estado puro, diz Kennedy Alencar, no UOL News

 

Do UOL News:

O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou indiretamente a pergunta da jornalista Renata Vasconcellos ontem (23) no Jornal Nacional. A apresentadora indagou o candidato à Presidência sobre a postura adotada diante à pandemia. Hoje, durante Congresso Aço Brasil 2022, em São Paulo, Bolsonaro retomou a frase utilizada pela apresentadora. No UOL News, o colunista Kennedy Alencar comenta o assunto.



Thaís Oyama, no UOL: Bolsonaro 'mandou recado' (ameaça) para pressionar a Globo com cola na mão

 

Do UOL:

Não foi "cola", mas uma ameaça velada. A apuração da colunista Thaís Oyama, durante o videocast O Radar Das Eleições, aponta que as anotações na mão do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o Jornal Nacional eram, na realidade, um recado à própria Rede Globo.



Meteoro Brasil sobre o coiso ruim no Jornal Nacional

 

Do Meteoro Brasil:

Dos quarenta minutos da sabatina de Bolsonaro no Jornal Nacional, dez foram dedicados aos ataques dele contra a democracia. Na sabatina de 2018, o tema só ocupou dois minutos. Mau sinal.



Ordenada por Alexandre de Moraes, operação da PF contra empresários golpistas bolsonaristas irrita o Planalto

 

Ação no dia do encontro entre Moraes e o ministro da Defesa e a inclusão de Luciano Hang no rol de investigados aumentam a revolta do entorno de Bolsonaro

www.brasil247.com - Alexandre de Moraes

Alexandre de Moraes (Foto: Pedro França/Agência Senado | Antonio Augusto/Secom/TSE | PF)

247O Palácio do Planalto reagiu com "irritação", segundo Andréia Sadi, do g1, à operação deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (23) contra empresários que, em um grupo de WhatsApp, defenderam um golpe de Estado no Brasil caso o ex-presidente Lula (PT) vença a eleição.

A operação partiu de uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou buscas e apreensões, o bloqueio das contas bancárias dos empresários, o bloqueio das contas dos investigados nas redes sociais, a tomada de depoimentos e quebra de seus sigilos bancários.

Dois fatores aumentaram a revolta do Planalto com a operação: 1) ela acontece no mesmo dia em que Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se reunirá com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; 2) a inclusão de Luciano Hang, dono das lojas Havan e aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro (PL), no rol de investigados foi vista como "provocação".

CNN: PF faz operação contra empresários bolsonaristas conspiradores golpistas

 

Da CNN Brasil:

Oito empresários bolsonaristas que teriam defendido a possibilidade de um golpe de Estado no Brasil são alvos de operação da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (23). As buscas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.



José Simão, na BandNews FM: "Bolsonaro faz apneia da lolorota e mente por 40 minutos sem respirar"

 

Da BandNews FM:



Rodrigo Vianna sobre Bolsonaro no JN: zero a zero, com um show patente de mentiras que Bonner (e o Ali Kamel) não quis desmontar

 

"Bonner (e o Ali Kamel, no ponto) foram mansinhos, atrapalhados. Serão assim com Lula? A Globo foi tchutchuca do capitão", analisa o jornalista Rodrigo Vianna, vencedor dos Prêmios Vladimir Herzog e Embratel de Jornalismo, é também Mestre em História Social pela USP

www.brasil247.com - Jair Bolsonaro, William Bonner e Renata Vasconcellos

Jair Bolsonaro, William Bonner e Renata Vasconcellos (Foto: Reprodução)

Por Rodrigo Vianna

Minhas observações, a quente, sobre Bolsonaro no JN...

1 Alguns na oposição tinham a expectativa (ou o desejo) de que a entrevista seria um desastre para o capetão, de que ele seria atropelado etc.

E não foi.

2 Mas está longe de ter sido um passeio bolsonarista. O presidente delinquente nao conseguiu usar a tribuna para falar pra fora da bolha dele.

3 Não acho que a história da corrupção ficou boa pro sujeito: Centrão na testa, cinco ministros da Educação, escândalo dos pastores. Tudo exposto, para milhões de brasileiras e brasileiros obrigados a ver a pele maltratada de um presidente decrépito. Faltou maquiagem? Certamente, aquilo foi proposital; assim como a ridícula colinha na palma da mão, para gerar engajamento e buscas na segunda tela.

4 Ele nao foi nocauteado (longe disso), mas não vi uma boa performance do pai de Carluxo.

Ficou no zero a zero.

5 Além disso, o amigo do Queiroz não se comunicou bem com as mulheres (que era um objetivo declarado do bolsonarismo ao ocupar a tribuna na Globo). Tratou a Renata mal, interrompeu pra caramba a apresentadora mulher, enquanto foi mais manso com Bonner.

6 Bolsonaro até pode comemorar porque passou quase ileso pelo JN. Mas não foi uma entrevista pra mudar muita coisa na eleição.

7 Já o Bonner (e o Ali Kamel, no ponto) foram mal.

Ou será que foram bem? Era essa a encomenda, quem sabe...

Mansinhos, atrapalhados. Serão assim com Lula?

A Globo foi tchutchuca do capitão.

Entrevista de Bolsonaro ao JN gerou 65% de reações negativas e impactou 9 milhões de pessoas

 

Mentiras contadas por Jair Bolsonaro, como a de que não debochou dos mortos pela Covid-19, foram claramente percebidas pelos eleitores

www.brasil247.com -

(Foto: Reprodução | Reuters)

247 – A análise de dados feita por Felipe Nunes, da Quaest, sobre a entrevista de Jair Bolsonaro ao Jornal Nacional mostrou um resultado desastroso para o candidato à reeleição. Embora ela tenha atingido 9 milhões de pessoas, na televisão ou nas redes sociais, 65% das interações foram negativas. Especialmente porque os eleitores perceberam as mentiras contadas por Jair Bolsonaro, como a de que não debochou dos mortos pela Covid-19. Confira:

 5/ Abaixo, as palavras mais citadas pelas pessoas que comentaram o debatem. Entre elas, 'mentiroso no JN', 'governo sem corrupção', 'Bonner e Renata' e 'Fake News'. pic.twitter.com/tqDR7n9gYm

PF faz buscas em endereços de empresários bolsonaristas que defenderam golpe

 

Ação acontece por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF

Reprodução/Redes Sociais

GGN. - A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta terça-feira (23) mandados de busca e apreensão em endereços de oito empresários bolsonaristas que defenderam um golpe de Estado em mensagens compartilhadas no aplicativo de mensagens Whatsapp.

A ação acontece por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

Além das buscas, os empresários envolvidos devem ter suas contas bancárias bloqueadas, assim como suas redes sociais. Os bolsonaristas também terão quebra no sigilo bancário e deverão prestar depoimento. 

As tais mensagens são de um grupo de Whatsapp intitulado “Empresários e Política” e vieram a público na semana passada, após publicação da coluna do jornalista Guilherme Amado, do site Metrópoles.

Nas conversas, o empresário José Koury, proprietário do shopping Barra World, no Rio de Janeiro, afirmou que preferia uma ruptura caso o ex-presidente Lula (PT) fosse eleito no pleito de outubro. A ação foi apoiada por outros integrantes do grupo.

Além de Koury, também são alvos da operação desta terça Luciano Hang, dono da Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da administradora de shoppings Multiplan; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca Mormaii; além dos empresários Luiz André Tissot e Meyer Joseph Nigri.

Leia também:

Empresários bolsonaristas que teriam defendido golpe são “suicidas”, diz Toffoli

Moraes manda identificar integrantes de grupo por ameaças ao STF

Reinaldo Azevedo: Bolsonaro no JN ganhou ou perdeu? E ele não se comprometeu com o resultado das urnas....

 

Da BandNews FM:




segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Corrupção bolsonarista, capítulo 9. “Augusto Aras, a encarnação nua e sebosa de omissão do sistema de justiça”

 

Do Canal de Bob Fernandes:



CRÉDITOS

Direção Geral: Bob Fernandes Direção Executiva: Antonio Prada Produção: Eliano Jorge Edição: Mikhael Theodoro Arte e Vinhetas: Lorota Música de abertura e encerramento: Gabriel Edé

Reinaldo Azevedo: Bolsonaro precisa perder pra gente voltar a brigar em paz

 

Da BandNews FM:




Derrota e fuga de Bolsonaro: que sonho incrível!, por Marcio Valley

 

O pensamento bolsonariano é, antes de tudo, em sua essência, antidemocrático. A vida toda Bolsonaro pregou que, eleito presidente, daria um golpe no dia seguinte

Derrota e fuga de Bolsonaro: que sonho incrível!

por Marcio Valley

            A ascensão do bolsonarismo ao poder foi a coisa mais deletéria a acontecer com o país desde a ditadura militar. Num país que vinha, desde o governo Collor, aos poucos se afirmando perante o mundo e se colocando como modelo em termos de respeito às instituições democráticas, nas pautas igualitárias, na gestão dos recursos ambientais e na mitigação da desigualdade social, a eleição de um representante do pensamento protofascista bolsonariano foi um balde de água fria e uma frustração política gigantesca.

            O representante máximo do bolsonarismo, ora presidente, é uma figura política grotesca que dificilmente encontra comparação no Brasil e no mundo. Seu pensamento é medieval, absolutista. Contra o Estado laico1, defende a prevalência da visão religiosa também no plano político. Essa visão teocrática, dogmática e indiscutível por natureza, é exatamente o que ocorria no passado e ainda ocorre atualmente, como são exemplo os países muçulmanos.

            O pensamento bolsonariano é, antes de tudo, em sua essência, antidemocrático. A vida toda Bolsonaro pregou que, eleito presidente, daria um golpe no dia seguinte, fechando Congresso e Supremo, os dois outros poderes da república. Em outras palavras, tornaria-se um ditador. Por isso mesmo, nenhum eleitor do bolsonarismo pode afirmar-se democrata, pois se utiliza da democracia apenas para a ela pôr fim, destruindo as liberdades civis.

            Embora tenha se tornado um certo lugar-comum, não há como falar da ameaça bolsonarista sem indicar o nazismo alemão como exemplo das possibilidades. Afial, trata-se do mais importante modelo histórico negativo do que pode decorrer da omissão ou pouco-caso de cidadãos e eleitores com políticos de orientação despótica que manejam o discurso moralista cristão para alavancar seus projetos de dominação. Hitler e o nazismo não teriam matado milhões de judeus, ciganos, homossexuais e outras minorias políticas se os alemães brancos e cristãos tivessem repudiado, desde o nascedouro, essa excrescência política. Em seu livro autobiográfico, escreveu Hitler2:

E, assim, eu creio, como sempre, que o meu comportamento está de acordo com a vontade do Onipotente Criador. Enquanto me mantiver de pé, serei contra o Judeu, defendendo a obra do Senhor.

            Isso foi em 1924, muito antes dele assumir o poder. Os alemães tinham conhecimento da personalidade de Hitler, apenas colocaram seus pensamentos na condição de bravatas, de piadas do tiozão no churrasco, exatamente como alguns brasileiros se referem ao nosso fascista em progressão.

            Até agora, as instituições, com muito custo e imenso desgaste, têm mantido os bolsonaristas – presidente, generais e seguidores – sob rédea curta. Pode não ser assim num segundo mandato, com o bolsonarismo sentindo suas ações como aprovadas pelos eleitores. Assim como Hitler, Bolsonaro jamais escondeu suas convicções antidemocráticas e totalitárias. É possível selecionar dezenas de reportagens e vídeos nos quais defende a tortura, o assassinato de inimigos políticos, o fuzilamento de “esquerdalhas”, o golpe contra o Congresso e contra o Supremo, a guerra civil mesmo ao custo da morte de incontáveis inocentes e outras sandices desse nível. Escolhi apenas um vídeo, do Youtube, bem representativo do pensamento bolsonariano, para quem duvidar que tais coisas saíram da boca do próprio Bolsonaro. É esse aqui: Declarações inacreditáveis do Bolsonaro3. Mas, quem decidir, por honestidade intelectual, perder alguns minutos no Google, encontrará incontáveis exemplos do tipo.

            Justamente por ser o que é, Bolsonaro mereceu, desde antes de eleito, o repúdio enojado de um terço da população brasileira, com movimento do tipo “Ele, não, ele, nunca”. Como não podia deixar de ser, houve um cisma gigantesco na sociedade brasileira, com amigos e familiares deixando de se falar. Na época da eleição, publiquei texto no qual afirmava que ele não teria facilidade, seria fiscalizado diuturnamente pelos 47 milhões de brasileiros que não votaram na indignidade.

            E foi, sem trégua em minuto algum. Talvez por isso mesmo o protofascismo se encerre logo no primeiro mandato. O bolsonarismo não conseguiu avançar em sua agenda de endurecimento do regime. Fez muito mal, milhares de pessoas morreram por conta do descaso e da ineficiência. A conta, todavia, poderia ser muito maior não fosse a resistência incansável, principalmente da mídia alternativa e dos partidos progressistas e seus simpartizantes.

            No momento em que escrevo (21/08/2022), encontramo-nos a 42 dias do primeiro turno das eleições de 2022, a ser realizado em 02/10/2022, domingo. Segundo a mais recente pesquisa do Datafolha, o ex-presidente Lula lidera a corrida presidencial com ampla vantagem sobre o segundo colocado, o atual presidente Bolsonaro: Lula possui 47% da preferência dos eleitores, enquanto Bolsonaro tem 32%. Considerando os votos válidos, o ex-presidente abocanha 51% do eleitorado, o que significa possibilidade concreta de finalizar a eleição já no 1º turno.

            Analisando a média das pesquisas eleitorais, o sociólogo e pesquisador Marcos Coimbra considera a fatura liquidada4 Para ele, a análise da evolução das pesquisas eleitorais realizadas para essa eleição, nas quais Lula mantém há mais de ano uma distância considerável de Bolsonaro, coloca uma pá de cal na pretensão de reeleição. Coimbra ironiza ao dizer que Lula já pode encomendar o terno da posse.

            De fato, o presidente não conseguiu impacto positivo de monta mesmo após ser socorrido pela bancada do Centrão com a aprovação do “pacote eleitoreiro de bondades”. O antirrepublicano orçamento secreto bilionário negociado entre Bolsonaro e os líderes do Centrão, o mais escandaloso caso de corrupção legal que esse país já testemunhou, deu demonstração inequívoca de sua valia. Os pagamentos de bolsa-caminhoneiro e Auxílio Brasil se iniciaram dois meses antes da eleição. Além disso, a campanha de reeleição recebeu valiosa ajuda da Petrobras e dos grandes empresários. Cientes da fragilidade eleitoral de sua galinha dos ovos de ouro, cortaram na própria carne para reduzir os preços à fórceps e melhorar a imagem de Paulo Guedes, símbolo da suposta, e falsa, eficiência do governo no aspecto econômico.

            Auxílio caminhoneiro, auxílio Brasil e redução artificial de preços engendrados após sucessivas pesquisas eleitorais negativas e a poucos dias da eleição representam um movimento eleitoreiro evidente, óbvio demais. Não se podia supor, honestamente, que essa natureza fraudulenta passaria desapercebida. E não passou. O povo sabe que as benesses do governo possuem data certa para acabar, 31 de dezembro de 2022, e que, após isso, caso reeleito o atual modelo econômico, um número inadmissível de pessoas estará novamente ao léu, desempregadas, comprando ossos no açougue ou catando restos nas lixeiras para sobreviver. É por isso que decidiram receber os auxílios oferecidos, porque se encontram em situação precária e precisam deles. Todavia, as pesquisas demonstram que isso não se converterá em votos pela reeleição. As pessoas identificaram o canto da sereia e estão dizendo: não somos estúpidas, sabemos o que vocês querem!

            Quanto aos preços, não nutram ilusões. Serão mantidos nos patamares atuais somente até a definição eleitoral, no primeiro ou no segundo turno. Logo depois, sem dúvida alguma, voltarão aos escandalosos níveis anteriores, ganhe quem ganhar. Se Bolsonaro, porque esse é o modelo econômico adotado por seu governo: a total liberdade de lucrar ao máximo com a miséria humana; com margens inescrupulosas de lucros obtidas às custas da fome e da morte dos brasileiros desvalidos. Se Lula, para que os preços ainda estejam estratosféricos, objetivando manter ao menos em parte os ganhos artificiais já alcançados antes que se iniciem as negociações futuras, que sabem inevitáveis, que ocorrerão com o novo governo para recolocação do trem nos trilhos.

            A eleição está definitivamente polarizada entre Lula e Bolsonaro é fato. Não há a menor chance de crescimento dos candidatos da chamada “terceira via”. Pelo contrário, seus baixos percentuais de intenção de votos quase certamente serão ainda menores na realidade das urnas, ante a forte possibilidade de migração para os candidatos da ponta. Dito de outro modo: o próximo presidente será Lula ou Bolsonaro, seja a eleição decidida no 1º ou no 2º turno.

            Porém, resta a indagação: a fatura está liquidada mesmo em favor de Lula? Escaldado pela eleição de 2018, durante a qual, até o resultado final, considerava impossível crer que, tendo Haddad como opção, o povo escolheria uma pessoa com as características deletérias que Bolsonaro sempre fez questão de exibir por 30 anos, ainda tenho alguns receios. Esse é o motivo pelo qual, pela primeira vez em 40 anos de ativismo eleitoral, defendo o voto útil para extirpar o protofascismo instalado no governo brasileiro. Sempre defendi, e ainda defendo, que os eleitores votem com a consciência, independentemente das chances eleitorais do candidato. Porém, creio que a absoluta liberdade de consciência no voto somente é cabível em situações normais de temperatura e pressão. Ao menos no que toca a mim, entendo não ter o direito, em decorrência de profunda convicção num projeto político partidário ou, pior ainda, por mera vaidade intelectual, de colocar as pessoas e a sociedade em risco ao dar oportunidade de crescimento a um movimento político notória e inquestionavelmente possuidora de natureza antidemocrática e totalitária.

            E há, de fato, o risco da reeleição. O apoio ao inominável é grande, vem inclusive de onde jamais se esperaria. Por incrível que pareça, uma pessoa que defende que os cidadãos andem armados, o ataque a homossexuais que se beijam em público e a tortura e assassinato de inimigos políticos, recebe apoio de porção significativa dos cristãos, notadamente dos evangélicos. Bolsonaro, com apoio de sua atual mulher evangélica e de pastores inescrupulosos, propaga à exaustão, a seu próprio modo, a ideia de ser um enviado divino em sua luta contra os esquerdistas. Em nada surpreenderia se afirmasse: “creio que o meu comportamento está de acordo com a vontade do Onipotente Criador. Enquanto me mantiver de pé, serei contra as pessoas com pensamento de esquerda em defesa da obra do Senhor”. Como a História demonstra, esse tipo de discurso autodivinizante, expresso ou tácito, próprio ou de terceiros, é o prenúncio de muito sofrimento e morte.

             Somente por isso penso ser válido que os eleitores reflitam sobre a possibilidade de confirmar a previsão de Marcos Coimbra e liquidar o protofascismo já no 1º turno, de preferência por margem avassaladora, enviando mensagem inquestionável aos simpatizantes do inominável. Para não dar chance alguma ao azar. A ocasião faz o ladrão, diz o velho ditado. Em segundo turno, um congresso já eleito, sem medo de perder o mandato, pode ser tentado à prática de atos antidemocráticos. Vejam: não se trata de uma determinação, mas de uma sugestão. Não se advoga a renúncia à liberdade de voto. Sua consciência, seu voto. Nessa eleição, o eleitor ainda é livre para decidir em quem votar. Repito: nessa eleição. Todavia, todos devem estar bem cientes de que, a depender do resultado da livre escolha, poderá não ocorrer uma próxima eleição ou, se houve, pode ser que haja escolha alguma a ser verdadeiramente feita. Como dizia o Tio Ben para o Peter Parker, grandes poderes trazem grandes responsabilidades. Mas, não esqueça: shits happens. Cada eleitor tem o direito de votar como achar melhor, mas deve assumir a sua parcela de responsabilidade se e quando der merda, mesmo quando não tenha votado no eleito. O direito de não votar em alguém ou em ninguém é também uma escolha e, como tal, produz seus efeitos.

            Há uma vantagem em defenestrar Bolsonaro logo no 1º turno que, talvez, tenha escapado a alguns: dará a ele e aos seus uma janela de oportunidade maior, valiosa, de fugir do Brasil institucionalmente, com passaporte diplomático. E isso é o melhor que poderia acontecer para a pacificação social desse país. Respeito bastante a ideia de ser mais republicano e apropriado  submetê-lo a um julgamento justo e, se for o caso, prisão. De fato, seria, porém divirjo e explico.

            O primeiro ponto a considerar é que o nosso sistema policial-judiciário está, em grande medida e infelizmente, tomado por representantes do pensamento protofascista bolsonariano; as chances de Bolsonaro ser efetivamente condenado são bastante remotas. Absolvido, ganhará reforço no discurso de que suas ações estavam corretas, assim conquistando musculatura eleitoral.

            Em segundo plano, ainda que admitindo a difícil condenação, isso o tornaria um mártir para os bolsonaristas, um foco de resistência capaz de dificultar imensamente a pacificação. Ainda que condenado a décadas de prisão, tornaria-se um eleitor gigantesco, privilegiado, capaz de eleger qualquer poste bolsonarista, não sendo difícil imaginar, dada a sua trajetória, que o escolhido seria um dos cinco filhos ou uma das três esposas. Não conseguindo, indicaria algum dos seus diversos asseclas, sendo o mais significativo o próprio Paulo Guedes.

            Um terceiro argumento reside na circunstância de que, não sendo condenado e com isso não sendo obrigado a indicar um poste, ele próprio se fortalece como candidato em futura eleição, mantendo essa espada de Dâmocles sobre as cabeças dos brasileiros. Vale lembrar que seu homólogo alemão da década de 1930 saiu da prisão ainda mais fortalecido, com isso logrando assaltar o poder de forma avassaladora.

            Um quarto ponto positivo é que, fugindo, Bolsonaro seria julgado à revelia, ficando mais difícil, mesmo para um juiz bolsonarista, deixar de condená-lo. Condenado e procurado pela Interpol, a sua acomodação em países democráticos que respeitam as instituições e, portanto, as decisões do Poder Judiciário seria grandemente dificultada. Mesmo países com governos assemelhados ao bolsonarismo, como Polônia e Hungria, não seriam um refúgio seguro, pois são democráticos, não existindo garantia de que um novo governo compactuaria com promessa de não extradição. Assim, o destino mais certo para uma fuga de Bolsonaro seriam países não democráticos e autoritários, com muitos dos quais, aliás, ele mantém relação de cordialidade e mesmo admiração, como é o caso da Arábia Saudita.

            Um quinto ponto, que considero um dos mais relevantes, é o agudo simbolismo que uma fuga assim representaria para o ideário político nacional. Em breve tempo histórico, teríamos um exemplo positivo, de pessoa pública importante, representante da esquerda do espectro político, demonstrando absoluto respeito às instituições democráticas e se submetendo ao judiciário, com apresentação voluntária para a prisão, suportando estoicamente quase dois anos injustamente encarcerado enquanto utiliza as ferramentas da ordem constitucional para demonstrar sua inocência, e outro negativo, de figura pública prepotente, arrogante, da direita política, que, à semelhança de Raskolnikov, protagonista de Crime e Castigo, se vê como pessoa especial e por isso mesmo infalível e inimputável, não submetido às leis gerais que regulam o comportamento dos seres humanos comuns.

            Bolsonaro fugir do país, evadindo-se dos processos e das condenações, é seguramente o melhor que nos poderia acontecer. Seja porque quanto mais longe ele ficar do país melhor, como em função do forte simbolismo que isso traria: os justos e dignos acreditam nas instituições e manejam as ferramentas do Direito para a própria defesa; os inescrupulosos, não. Como cães que não querem demonstrar o medo que sentem, a covardia que os atormentam, latem agitada e raivosamente, se contorcem em todas as direções, mijam no poste como demonstração de macheza, mas, no final das contas, mostram o que são verdadeiramente ao fugir com o rabo entre as pernas. Já temos exemplos menores desse tipo, como um certo blogueiro que, procurado pela Interpol, está nos EUA, ao que parece com visto expirado, mas participa até de motociatas ao lado de ministros brasileiros e somente não foi extraditado porque, afinal, o governo ainda é bolsonarista e não tem respeito algum pela institucionalidade.

            O melhor meio de proporcionar a fuga do inominável é com Lula vencendo em 1º turno, dando tempo para que sejam feitas as conversações com os amigos ditadores para suplicar a concessão de refúgio político. Feito isso, basta agendar uma visita presidencial ao país do amigo e, em novembro ou dezembro, antes de ser obrigado a transmitir a faixa presidencial, fugir do Brasil de forma oficial, munido do passaporte diplomático, e, se tivermos sorte, retirando-se da vida pública para sempre, nunca mais pisando em solo brasileiro.

            Bolsonaro fugindo do Brasil e sendo condenado à revelia é um sonho, sei disso. Podemos, no entanto, ajudar a concretizá-lo no ato de defenestrar o atual presidente do poder já no primeiro turno.

            Vale a pena pensar sobre isso.

1 – Extraído de matéria publicada no site do Jornal da Paraíba, disponivel em: https://jornaldaparaiba.com.br/politica/2017/02/08/bolsonaro-defende-porte-de-arma-para-todos-e-fuzil-contra-o-mst. Acesso: 21/08/2022.

2 – Extraído de matéria publicada no site do Instituto Humanitas Unisinos, disponível em: https://www.ihu.unisinos.br/categorias/185-noticias-2016/559252-quando-os-nazistas-disseram-deus-esta-conosco. Acesso: 21/08/2022.

3 – Vídeo extraído do Youtube, disponível em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=8&v=WWOWsUiddhg&feature=emb_logo. Acesso: 21/08/2022.

4 – Extraído de matéria publicada no site da revista Forum, disponível em: https://revistaforum.com.br/politica/2022/6/24/marcos-coimbra-o-fato-que-bolsonaro-ja-morreu-como-candidato-119225.html. Acesso: 21/08/2022.

Marcio Valley é formado em Direito pela UFF, com pós-graduação em Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho

O texto não representa necessariamente a opinião do Jornal GGN. Concorda ou tem ponto de vista diferente? Mande seu artigo para dicasdepauta@jornalggn.com.br.

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domingo, 21 de agosto de 2022

Portal do José: A apelação dos fundamentalistas e dos pastores pentencostais/empresários/vigaristas à favor do falso messias Bolsonaro e suas hipocrisias

 

Vídeo 1:  A última chance é nos templos fundamentalistas. Funcionará?

Faltam agora 42 dias. Bolsonaro, longe do golpe, terá que receber um milagre. Apoio redobrado dos vigaristas da fé vai funcionar?


Vídeo 2: 

Bolsonaro: vale tudo no desespero? Pastor enlouquece e parte para a agressão aberta!

Faltam 42 dias. Preparem-se! Veremos coisas que nunca imaginamos. Tudo começa a ficar mais claro daqui para frente. Alguém conhece a cachaçofobia? Sigamos.


quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Alexandre de Moraes, uma parada indigesta para Bolsonaro e bolsonaristas. Artigo de Paulo Henrique Arantes

 

"Moraes é um freio à intempestividade bolsonarista, que ainda irá mostrar a cara. Quando isso acontecer, o troco estará engatilhado", diz Paulo Henrique Arantes

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(Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE)

O discurso de Alexandre de Moraes ao tomar posse na Presidência do Tribunal Superior Eleitoral foi corretíssimo, até duro. Não seria nada demais se vivêssemos na plenitude democrática, já que defender o sistema eleitoral, a posse do eleito e a prevalência do desejo popular compõe o beabá do Estado de Direito. Quando o chefe do Executivo conspira contra tudo isso, tais palavras tornam-se brado de guerra.

Moraes é ousado, sempre foi. E tem sido um magistrado a honrar o Poder Judiciário ao não contemporizar com o golpismo em suas diversas faces - sim, o uso de fake news como instrumento de campanha, que ele tanto combate, é uma forma de golpe que se soma às inúmeras tentativas de insuflação de cidadãos contra as instituições da República.

Interessante constatar que o Brasil continua, como sempre na História, a traçar seu caminho a partir de personas, não de ideologias ou projetos. Acima do saber jurídico, o que torna Alexandre de Moraes protagonista da luta pela preservação da democracia brasileira é sua personalidade, seu perfil talhado ao confronto. Fosse um Luiz Fux alçado neste momento o comando do TSE, estaríamos lascados.

A solenidade de posse de Moraes no TSE encontra a leitura da Carta da USP e nos alenta ao mesmo tempo que entristece. É desolador que o Brasil precise voltar a apregoar liberdade, direitos humanos, eleições, Estado laico. É inacreditável que, depois de tantos anos de pesadelo e outros tantos de reconstrução democrática, brasileiros tenham que voltar a repudiar uma visão militarista sobre a administração pública.

Há poucas horas à frente do TSE, Alexandre de Moraes já é um freio à intempestividade bolsonarista, que, registre-se, ainda irá mostrar a cara.  Quando isso acontecer, provavelmente no 7 de Setembro, o troco estará engatilhado.

Moraes foi advogado e promotor de Justiça. É professor de Direito da USP e autor de livros jurídicos. Na administração pública, seu currículo é eclético: foi secretário de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo de 2002 a 2005 e secretário municipal dos Transportes de São Paulo de 2007 a 2010, quando acumulou ao cargo as presidências da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e da SPTrans (Companhia de Transportes Públicos da Capital). Depois, foi secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo e ministro da Justiça.  Trafegou com desenvoltura ao lado de Geraldo Alckmin, Gilberto Kassab e Michel Temer, pelas mãos de quem chegou ao Supremo Tribunal Federal.

Na Segurança Pública, Moraes adquiriu, de certo modo, a fama de truculento que carregou para o STF, a mesma fama que segue pespegada em Geraldo Alckmin (com razão, frise-se). Porém, os conceitos que defendia sobre segurança, combate às drogas e quejandos podem ser classificados de progressistas, conforme disse ele em entrevista a este jornalista, em 2015, quando ocupava a Pasta da Segurança paulista.

Eis as palavras do Alexandre de Moraes secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo:

“Segurança pública não se faz só com polícia. Nós não vamos, na Secretaria de Segurança Pública, abrir mão das nossas responsabilidades, mas segurança se faz também com o Ministério Público e o Judiciário coordenados com as polícias, com alterações legislativas e, na área social, com incentivo à educação, principalmente. A somatória é que vai permitir que nós alcancemos um nível de segurança de país desenvolvido.”

A se confirmar Alexandre de Moraes, na corte eleitoral, como bom de princípios e de briga, Bolsonaro e bolsonaristas terão pela frente uma parada indigesta.

Fonte: 247

Datafolha aponta vitória de Lula no primeiro turno com 51% dos votos válidos em 18 de agosto de 2022

 Nos votos totais, o ex-presidente Lula tem 47%, 15 pontos percentuais de vantagem sobre Bolsonaro, que tem 32%. Ciro tem 7% e Simone Tebet, 2%

www.brasil247.com - Luiz Inácio Lula da Silva

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - A pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (18), mostrou vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno, com 51% dos votos válidos, excluindo os 6% de brancos e nulos. Jair Bolsonaro (PL) alcançou 35% dos votos válidos e Ciro Gomes (PDT), 8%. 

A candidata do MDB, Simone Tebet, conseguiu 2%. Vera (PSTU) e Pablo Marçal (PROS) registraram 1% cada. Outras seis candidaturas ficaram com 0% cada - Roberto Jefferson (PTB), Felipe d'Avila (NOVO), Léo Péricles (UP), Sofia Manzano (PCB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Eymael (DEMOCRACIA CRISTÃ).

Nos votos totais, Lula conseguiu 47% dos votos, seguido por Jair Bolsonaro (PL), com 32%. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ficou em terceiro, com 7%.

Simone Tebet (MDB) apareceu na quarta posição, com 2%, seguida por Vera (PSTU), com 1%. 

Outras sete candidaturas ficaram com 0% cada - Pablo Marçal (PROS), Roberto Jefferson (PTB), Felipe d'Avila (NOVO), Léo Péricles (UP), Soraya Thronicke (União Brasil), Sofia Manzano (PCB), Eymael (DEMOCRACIA CRISTÃ).

Brancos, nulos ou os que disseram não votar em candidato algum somaram 6%, e não souberam responder, 2%.

Foram entrevistados 5.744 eleitores em 281 cidades de terça (16), data do começo da campanha de rua, e esta quinta (18). A pesquisa, contratada pela Folha e pela TV Globo, foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-09404/2022.

Na pesquisa presidencial feita pelo Datafolha em julho, Lula apareceu com 47% das intenções de voto no primeiro turno, contra 29% de Bolsonaro. Ciro Gomes (PDT) ficou em terceiro, com 8%.

Nos votos válidos, o ex-presidente teve 52%. Para ganhar no primeiro turno, o candidato tem de somar 50% dos votos válidos mais um.

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