segunda-feira, 29 de junho de 2020

Xadrez da alma brasileira e desembargador "catavento" que tentou livrar Flávio Bolsonaro



Tornou-se um militante ativo do bolsonarismo, inclusive nas disputas com governadores, sendo retuitado pela deputada (e ex-promotora) Bia Kics.

Peça 1 – o país sem caráter

O Brasil é um país sem caráter. Homens públicos, meritíssimos, políticos, jornalistas, seguem a máxima do bambu. Conferem a direção dos ventos e vergam, para não quebrar e para aproveitar o embalo das ondas. Não há apego a valores, a princípios.
O sujeito levanta, toma banho, vai ao closet e veste a roupa adequada para o dia.
Os ventos sopram a favor dos direitos? Sejamos garantistas. Mudam em favor do punitivismo? Viremos punitivistas. O que importa é a boa explicação. Que tal enquadrar o punitivismo, o “em dúvida, pró-sociedade”, na relação das medidas iluministas? Iluminismo é uma bela palavra e, assim como o creme de leite, ajuda a adoçar qualquer porcaria.
É por isso que garantistas de antes de ontem, se tornam punitivistas implacáveis de ontem, garantistas destemidos de hoje e, provavelmente, punitivistas implacáveis de amanhã. Tudo depende do rumo dos ventos.
Daí, nenhuma surpresa com a história do desembargador Paulo Rangel, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Peça 2 – a mão de Deus levando à Augusta Senhora

Rangel veio do Ministério Público estadual e se aproximou da primeira dama Adriana Anselmo, uma advogada ambiciosa que, por conta do casamento com o governador Sérgio Cabral, passou a interferir em todas as indicações do Judiciário – de desembargadores ao Ministro Luiz Fux no Supremo Tribunal Federal (STF), nos tempos que Cabral gozava de prestígio junto a Lula.
Nomeado desembargador em 2010, no seu discurso de posse Rangel contou o milagre e o santo. Segundo seu depoimento, no início da sua campanha para desembargador dizia “não ter apoio de ninguém, apenas de Deus”. Ao procurar uma autoridade ouviu dela, que Deus não votava no órgão especial. Logo veio a resposta divina, a dica de que Adriana Anselmo estava recebendo candidatos para avaliar. Foi o quarto candidato a pedir a bênção a Adriana Anselmo. Foi abençoado e conseguiu o cargo.
Quando recebia algum cliente em seu escritório de advocacia, Adriana Anselmo tinha por hábito ligar para algum desembargador e demonstrar, ao vivo, a intimidade com o meritíssimo. Graças ao marketing e à influência real, seu escritório de advocacia alçou voo.

Peça 3 – a alma sensível querendo o STF

Em 2013, quando Dilma Rousseff se preparava para escolher um novo Ministro do STF, Rangel já havia preparado sua estratégia. Os ventos sopravam em favor dos humanistas, dos garantistas, das pessoas com sensibilidade social
E quem poderia ter melhor coração que nosso Rangel? Luis Roberto Barroso, sem dúvida, que se apresentava como sendo “um homem bom”. Luiz Edson Fachin, é claro, defendendo lideranças rurais e sindicatos. Mas Rangel era homem bom também.
Em entrevista em 2013, explanou com propriedade sobre o espírito de vingança da sociedade e de como influenciava o trabalho do Ministério Público: “As pessoas têm prazer com o mórbido, com o sofrimento alheio. A sociedade é punitiva, é xiita, desde que não seja com ela. Se fizermos uma pesquisa e perguntar para as pessoas: “Vocês querem uma Polícia honesta, limpa e correta, um Ministério Público forte e independente, e um Judiciário implacável?”. As pessoas vão responder: “Sim. Desde que não seja para me processar”.
Foi além: “A sociedade é punitiva. Se for feita uma enquete nacional sobre pena de morte, ela será aprovada. E quem vai para a cadeira elétrica são os pobres, os negros, as prostitutas. Não os do crime de colarinho branco. Por isso que, quando se fala de pena de morte, é preciso pensar na maioria da população que vai sentar naquela cadeira. Essa medida está fora de cogitação”
Em 2015, procurou Dilma Rousseff, os deputados do PT ligados ao mundo jurídico, o Ministro da Justiça, candidatando-se a uma vaga no STF. Levou livros, fez profissão de fé nos direitos individuais e coletivos. Mas perdeu para Luiz Edson Fachin.

Peça 4 – a fase da Lava Jato

Com a campanha do impeachment, os ventos passaram a soprar vigorosamente em direção à Lava Jato. E Rangel, ao lado do amigo Marcelo Bretas, tornou-se um lavajatista de primeira hora. Assim como Barroso e Fachin, e outros homens bons.
Em 2004 em fundou o Instituto de Liberdades Públicas e Ensino Juridico Paulo Rangel, para ministrar palestras e dar treinamento. Foi após uma palestra no Instituto que Deltan Dallagnol teve a ideia de montar uma empresa para intermediar suas próprias palestras.
Segundo Deltan escreveu a Roberto Pozzobon, Rangel “deu o nome de INSTITUTO, que dá uma ideia de conhecimento… não me surpreenderia se não tiver fins lucrativos e pagar seu administrador via valor da palestra. Se fizéssemos algo sem fins lucrativos e pagássemos valores altos de palestras pra nós, escaparíamos das críticas, mas teria que ver o quanto perderíamos em termos monetários” — afirmou Dallagnol.
O nome do evento era “Brasil contra a impunidade”.
Entre as estrelas do evento, Deltan Dallagnol, o juiz Marcelo Bretas e o general de divisão Richard Nunes, Secretário de Segurança do Rio de Janeiro.
Os seminários contam com patrocínio de empresas.
Um sobre o Coronavirus teve o patrocínio da Qualicorp, mostrando a familiaridade de Rangel com o ramo da saúde.
À medida que Jair Bolsonaro foi crescendo nas pesquisas, Rangel rapidamente migrou das bandeiras lavajatistas para aquelas típicas do bolsonarismo. A partir de 2017, já era um bolsonarista-raiz.
Matriculou-se em um clube de tiro, ao lado do colega Marcelo Bretas.
Passou a vociferar contra criminosos de todas as classes e a defender menos Estado e mais armamento.
“Programa de fim de semana com a família! Durante 30 anos no Brasil, entraram em nossas mentes para termos medo de nos defendermos: ‘Nunca reaja’ e onde chegamos? Triplicaram os homicídio (sic), 3x mais entre liberar e não liberar as armas para pessoas de bem! Pensem nisso!”
Tornou-se um militante ativo do bolsonarismo, inclusive nas disputas com governadores, sendo retuitado pela deputada (e ex-promotora) Bia Kics.
Sua demonstração de total lealdade ao bolsonarismo – e ampla deslealdade com a Justiça – se deu no julgamento no qual Flávio Bolsonaro pleiteava prerrogativa de foro, tirando das mãos do juiz Flávio Itabiana. Alegou que seguiu sua consciência.
Em seu livro “Direito Processual Penal”, Rangel era um vigoroso crítico da prerrogativa de foro. No julgamento, atropelou decisão recente do Supremo, baseou seu voto em um voto derrotado na sessão que julgou o caso, foi tão apressado que trocou o autor – era de Dias Tofolli, ele atribuiu a Luis Roberto Barroso.

Peça 6 – as ligações com suspeito de lavagem de dinheiro

Um mês antes, Rangel foi denunciado ao Conselho Nacional da Justiça por ter adquirido uma corretora de seguros, a LPS Corretora de Leandro Braga de Souza, figura central no esquema de lavagem de dinheiro de Mário Peixoto, o cappo do esquema de corrupção na saúde do Rio de Janeiro.
Logo ele, intimorato defensor da Lava Jato e ardente adversário dos crimes de colarinho branco.
A corretora foi criada em 2017. Assim como outras empresas de Braga, provavelmente era utilizada para lavagem de dinheiro. Rangel já tinha bons contatos com empresas de seguro-saúde, conforme se confere no patrocínio da Qualicorp ao seu seminário.
O site da corretora é uma casca sem conteúdo. Há a home, mas os links levam a páginas não encontradas. Não há páginas de “Quem Somos”, “Visão e Valores” e contato.Pois foi Rangel quem colocou a Justiça em xeque, ao atropelar uma decisão do Supremo Tribunal Federal e ao proteger ostensivamente Flávio Bolsonaro.
Nas próximas semanas, o CNJ terá vasto material para avaliar suas atitudes.


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Resistência brasileira na Alemanha diz ‘Basta, Bolsonaro’!, por Namir Martins



"Vocês brasileiros sabiam que Bolsonaro é homofóbico, racista, não respeita as leis. Por que votaram nele?" "Ele está destruindo a Amazônia. Vocês vão reagir?"
Jornal GGN:
Berlim

Resistência brasileira na Alemanha diz ‘Basta, Bolsonaro’!

por Namir Martins

As notícias sobre o Brasil que chegam à Alemanha são as piores possíveis. Elas descrevem o alto grau de despreparo e as atrocidades do desgoverno Bolsonaro que está levando o País ao caos e ao abismo social e econômico.
O grupo de ativistas brasileiros conhecido como “Desmascarando o Bozo, já!” foi o articulador de um Ato que ocorreu simultaneamente em várias cidades da Alemanha contra Bolsonaro e seu governo de destruição.
Esse Ato, ocorrido no último sábado, 13.06, contou com a participação das cidades de Frankfurt am Main, Tübingen, Munique, Colonia e Berlim. Foi um pontapé inicial para as futuras Demonstrações contra o avanço das ideias fascistas, o desrespeito à Democracia e ao Estado de direito que ocorrerão em breve.
Os atos foram realizados em pontos centrais das respectivas cidades, atraindo curiosos e interessados pela situação atual do Brasil. “Como os brasileiros votaram num insano como este?”, “Vocês brasileiros sabiam que Bolsonaro é homofóbico, racista, não respeita as leis. Por que votaram nele?” “Ele está destruindo a Amazônia. Vocês vão reagir?” “Até quando o Brasil vai aguentar esse fascista?”, foram algumas das muitas perguntas que nos foram feitas.
Em Berlim, os ativistas concentraram-se debaixo de forte chuva no Portão de Brandenburgo. Assim que começaram a cantar a melodia “Fora Bolsonaro, Bolsonaro fora”, que é a marca registrada dos atos de protesto que ocorrem na Alemanha, o sol apareceu.
Em Frankfurt o ato foi realizado no Goetheplatz (Praça de Goethe), embaixo da Estátua do grande gênio da literatura alemã.
Já em Colônia o ato aconteceu com muito sol ao lado da famosa Catedral, que é o marco histórico central da cidade.
Em Tübingen, conhecida pela sua Universidade, os ativistas concentraram-se no centro histórico da cidade.
E em Munique, os ativistas brasileiros reuniram-se na Theresienwiese, na escadaria em frente a Estátua da Bavária, onde ocorre a famosa “Oktoberfest”.
Todos os Ativistas das cidades já citadas ficaram por duas horas distribuindo folhetos, respondendo às perguntas feitas pela imprensa oficial e blogueiros, gritando palavras de ordem, cantando, conversando e debatendo com as pessoas ali presentes.
Nosso intuito foi chamar atenção, sensibilizar e informar a população alemã sobre a politica irresponsável, insana e destrutiva do governo Bolsonaro. E naturalmente nos solidarizar com as forças progressivas e democráticas que atuam no Brasil.
Estamos juntos pela Democracia! Somos Resistencia!
Namir Martins – Regente e Professora de Música na Alemanha

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Frente ampla o quê? Depois do Bozo pianinho, o “véio da Havan”, por Armando Coelho Neto, advogado, delegado aposentatado da PF e ex- represetnante da Interpol



Pobre Cidade de Deus! Querem passar “alkingel” no Bozo. Mas ele não tem só as assinaturas de Moro, Globo, das elites brasileira. “Made in USA”, ele é obra dos militares, dos filhotes da ditadura de 64.

Frente ampla o quê? Depois do Bozo pianinho, o “véio da Havan”

por Armando Rodrigues Coelho Neto

Numa cena do filme Cidade de Deus, um dos bandidos diz que tem que barbarizar, chocar, escandalizar. Com disparos à queima-roupa, grassa a violência numa comunidade armada, onde crianças aprendem a atirar. Tem até uma espécie de Robin Hood que divide o dinheiro roubado com os habitantes da favela.
Mais tarde, esse mundo cruel da ficção passa a ser controlado por milícias na vida real. A comunidade vira metáfora de um mundo cão homenageado pelo candidato dos militares, que por conta da fraude eleitoral/2018 se torna “presidente”. Metáfora que com outras vertentes, até hoje dá suporte à democracia de fachada.
No aquilo deu nisso, de pronto a Cidade de Deus substituiu o Estado e decretou toque de recolher durante a pandemia, no país acéfalo de ministro da Saúde. O “presidente” e seus cloroquinocratas assinam quase 60 mil mortos vítima da “gripezinha”. Com STF e tudo, o Brasil tenta passar “alkingel” nos crimes do Bozo.
Os últimos dias têm sido de grandes emoções nesse circo de horrores. O clown da Educação fugiu, foi premiado com indicação para cargo no Banco Mundial, com a experiência de quem quebrou o Banco Votorantin. Teve passaporte diplomático e tudo, mistérios sobre a data de sua destituição e eventual “yes” de Donald Trump.
Mas, Bozo fechou uma redondinha com o STF e a China: mandou o nóia do Weintraub ir embora. Depauperaram os 300 mínions, acharam o Queiróz na casa do defensor do Bozo e a mulher dele (Queiróz) fugiu. Flávio Rachadinha ganhou foro privilegiado com aparente privilégio de um amigo, que votou contra sua própria tese.
Na chapa quente, a PGR disse que a Farsa Jato não está acima do MPF, dando sequência a uma revoada do ninho da capitã do mato do golpe. De outro giro, Zumbi tremeu na tumba com seus descendentes protagonizando cenas estranhas na Fundação Palmares, na Justiça e na Educação.
A “Perua do Inverno”, depois de uns dias no xilindró, foi solta. Está deprimida com a tornozeleira eletrônica e, tardiamente, vai procurar um psiquiatra. Caminho, aliás, que deveria ser seguido começando pelo maluco da Virginia e por toda a equipe – inclusive o astronauta Marcos Pontes, que anda vendo a terra plana.
Psiquiatra, Rivotril, Gardenal e anticonvulsivos cairiam bem. Correm o risco de surtar, pois está em curso uma tal Frente Ampla, Basta, Direitos Já. Dilma e Lula querem saber para que isso serve. Até Ciro Gomes, que quer os votos dos que odeiam o PT, está desconfiado, ainda sem saber para quem vai piscar o olho.
Essa história de Frente é tão complexa, que o herói Zé Roela da Globo (Moro) se transformou em ameaça de racha. Seria o racha no que está rachado na direita e na esquerda. Seria um novo “Ele Não” sabor pandemia, com toque de “alkingel” para passar a boiada, vender tudo, trabalho precarizado, vender até água e cocô.
É Bozo limpinho e cheiroso ou Mourão (tecla SAP dele). Querem a direita que come com garfo e faca. Como diz um certo “tio Rey” (das negas dele), basta o Bozo parar de arrotar em público e de soltar pum no elevador. Fora Guedes que é bom ninguém fala. Nem o “Rey”, acho. A meta é fim dos direitos sociais e vender o Brasil, talkey?
Eis o Bancarrota Blues, de Chico Buarque (aniversariante do mês). Guedes quer vender tudo: jerimum, mamão, surubim, diamantes, ouro, e até nióbio que não está na letra da música. São temas que não se toca na tal frente, e em torno da qual querem que a “zisquerda siúna”, para combater o fascismo tabajara (chupa, Globo!).
Estou com Lula, pois não é mesmo para pegar o primeiro ônibus que passa. Não sei quem disse, mas não dá mesmo pra juntar Lula, Dilma, Boulos, Globo, Dória, Moro, além de calhordas da Farsa Jato num mesmo pacote. Só falta a assinatura do STF e das FFAA. Derrubam a democracia, levam uma rasteira e agora querem o quê?
Como disse Dilma Rousseff para o El Pais, tirar Bozo, sem mostrar a associação do neoliberalismo com o neofascismo vai dar em nada. Como “ser a favor de um documento que tem uma pessoa como Miguel Reale, que assinou junto c’a Janaína Pascoal aquele impeachment fraudulento”, disse. A frente ideal seria em 2018.
Sem um projeto Brasil, o Fora Bozo é um mero anticonvulsivo para as contradições das elites, para deixar Bozo pianinho. E aí ele sai sorridente, para inaugurar obra de Lula/Dilma, levando junto evangélicos para festejar o milagre da água feito pelo enviado de satã. Assim mesmo, sem qualquer autocrítica.
Mas, querem autocrítica do Lula e do PT, que eles não fazem. Globo, grande mídia, a lepra evangélica nem ninguém. Globo e Folha admitem que apoiaram o golpe de 1964, mas não admitem o suporte ao golpe de 2016. Outros nem isso.
Sequer a classe média faz autocrítica. Empobrecida e impedida de ir a Europa, voltou a fazer postagens Soto Zen no Feice. Quer se iluminar, se afastar dos “maus fluidos”, fugir da negatividade, virar “ser de luz”, cheio de positividade na sua yoga. Imersa na holística, “não critique minha incoerência”. A política não presta mesmo.
Após começar a ser investigado pelo STF, até o “véio da Havan” (Louro José para Lula) virou Zen. “Precisamos baixar as armas”, disse à revista Crosoé. Dá até conselho o Bozo: “Presidente, senta no colo, beija na boca, abraça. É só com união que teremos o Brasil que nós queremos. Não podemos continuar numa guerra…”
No pós-guerra que ajudou a criar, o “véio” agora quer paz, num país cuja primeira homenagem às vítimas da Covid foi uma Ave Maria sanfonada. Como disse um comentarista de uma TV aberta de Portugal, Bozo inaugurou o neo-sanfonismo num país que criou os BRICS, era potência emergente, candidato a assento na ONU.
Pobre Cidade de Deus! Querem passar “alkingel” no Bozo. Mas ele não tem só as assinaturas de Moro, Globo, das elites brasileira. “Made in USA”, ele é obra dos militares, dos filhotes da ditadura de 64. Garantiram os privilégios deles, e deixaram o povo, o servidor público e o patrimônio da Nação à mercê do chupim Guedes.
Bozo se “elegeu” sem máscara e infectado pelos piores sentimentos. Impregnado de ódio, preconceito, apatia, distópico, de terrorismo moral. Não adianta querer agora tentar por máscara nem passar “alkingel”. Quem precisa tirar a máscara que o faça e, se alguma dignidade lhes restar vale a dica: cassação/renúncia.
E, se os militares não assumirem seu papel constitucional, se o Supremo Tribunal Federal idem; e se a opção é serem políticos, terão que assumir esse ônus. Não sem lembrar que a serviço deles, apodreceram e judicializaram a ideia de que política é um lixo.

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domingo, 28 de junho de 2020

Dâmares, que deu trabalho a Giromini, Estáquio e outros, está com medo do STF... Por Thiago dos Reis



Do Canal Plantão Brasil, de Thiago dos Reis:



Vários dos membros do gabinete do ódio presos pelo STF eram funcionários do ministério da Damares, o dos Direitos Humanos. Ela é a próxima na mira do Supremo.


Bolsonaro: sem saída! Crise é exagero? Guedes, traição e prisão! Indígenas causarão sanções! Vídeo de José Fernandes, no Portal do José





57.500 vítimas e Bolsonaro acha que isso é tratado com exagero? Essa percepção nos dá a dimensão de quem está a frente do Brasil. Enquanto Bolsonaro faz o papel de palhaço de centro de picadeiro distraindo a platéia, o assalto continua a ocorrer sem que percebamos.
O novo comportamento presidencial retirou de seus seguidores a única coisa que os unia: o ódio contra instituições e agentes públicos. Desorientados, não sabem contra o que e nem contra quem protestarem! Facada mortal!
Os índios brasileiros exterminados historicamente, estão sofrendo no governo Bolsonaro a sua pior devastação nos últimos anos, Além do garimpo ilegal, desmatamento, invasões, grilagem e assassinatos, os índios também sofrem com a contaminação pela covid sem nenhum gesto efetivo do governo para salvá-los. O mundo não está indiferente ao que está ocorrendo no Brasil. O comportamento de Bolsonaro é crime de genocídio previsto na lei 8.072 e nas convenções internacionais. Ele que se prepare. Não passará sem que o mundo o condene!
Domesticado, Bolsonaro deixa o país livre ao saque de estelionatários e espertalhões de alto perfil criminal. Guedes mente e ilude aos incautos que não checam suas falas e seus dados apresentados. Mas estamos aqui para revelar o comportamento criminoso dos agentes pagos com o dinheiro do povo brasileiro. #Bolsonaro #indigenas #PauloGuedes

Antes de dar lições de democracia, a Folha tem de abrir mão do golpismo. Por Luis Felipe Miguel


“Um jornal a serviço da democracia”, diz o novo slogan da Folha. É o jornal que apoiou o golpe de 1964 e não fez nem a autocrítica hipócrita que a Rede Globo fez.



Carro da Folha incendiado na ditadura em retaliação a apoio do jornal à Oban

Publicado originalmente no perfil de Facebook do autor (republicado no DCM)
POR LUIS FELIPE MIGUEL, cientista político
“Um jornal a serviço da democracia”, diz o novo slogan da Folha.
É o jornal que apoiou o golpe de 1964 e não fez nem a autocrítica hipócrita que a Rede Globo fez.
É o jornal que cedia seus furgões para que a Operação Bandeirantes levasse prisioneiros para os porões da ditadura, mas que até hoje finge que isso não ocorreu.
É o jornal cujo pranteado “publisher” dizia que no Brasil não teve ditadura: foi uma “ditabranda”, que prendeu, exilou, torturou e matou tão pouquinha gente.
É o jornal que apoiou o golpe de 2016 e não permite que, nas suas páginas, se diga que o golpe foi golpe.
O jornal que fez coro a todos os outros na defesa da Lava Jato e de suas arbitrariedades, do lawfare contra o ex-presidente Lula, da criminalização da esquerda.
O jornal que bateu na tecla de que PT e Bolsonaro eram radicalismos simétricos, como forma de favorecer o apoio envergonhado da direita que se deseja civilizada a um projeto com nítidos tons neofascistas.
O jornal que é defensor infatigável da retirada de direitos da classe trabalhadora, da redução do Estado e da desnacionalização da economia. E que age, de forma deliberada e cuidadosa, com o objetivo de estreitar o debate público sobre todas essas questões.
Fiel a seu espírito megalômano, a Folha se coloca agora no papel de timoneira da luta pela democracia.
Decidiu até fazer uma exortação para que todos usem amarelo. É, obviamente, mais uma tentativa de reforçar o paralelo mentiroso com a campanha das diretas.
A Folha quer derrubar Bolsonaro – acho ótimo. Fico feliz, de verdade. Quanto mais gente, melhor.
Mas, aliada na luta contra Bolsonaro, a Folha não o é na luta pela democracia. O que ela quer nos vender como democracia está longe até da encarnação mais pálida do ideal democrático.
Não merece seu nome uma “democracia” em que o campo popular tem papel fixo – o papel de derrotado, já que, quando há o risco dele obter alguma vitória, os poderosos têm a alternativa de virar a mesa.
Não merece seu nome uma “democracia” que quer tirar Bolsonaro, mas blindar Guedes (ou, pelo menos, suas políticas).
Antes de dar lições de democracia, a Folha tem que estar disposta a abrir mão do seu golpismo.

Democracia proposta pela Folha (tendenciosa, psdebista e historicamente golpísta) não inclui a esquerda e é tolerante com Bolsonaro


O jornal reconhece seu erro por ter apoiado o golpe militar de 1964, mas não faz seu mea culpa pelo apoio ao golpe de 2016, que abriu caminho para a ascensão do fascismo verde-amarelo

Folha e Bolsonaro


247 – O velho Karl Marx já ensinava que a história se repete. Primeiro, como tragédia. Depois, como farsa. A tragédia brasileira se deu em 1964, quando um consórcio de veículos de comunicação deu suporte a um golpe militar, que lançou o Brasil numa ditadura de 21 anos. A farsa aconteceu em 2016, quando este mesmo consórcio liderou a mobilização pelo golpe parlamentar contra a ex-presidente Dilma Rousseff, que abriu espaço para a ascensão de um neofascismo verde-amarelo.


Integrante deste consórcio nos dois momentos, a Folha de S. Paulo decidiu vestir a camisa da democracia neste domingo. Num editorial em que diz que é sólido o edifício democrático brasileiro, que o próprio jornal ajudou a demolir em dois momentos históricos, a Folha pede que os brasileiros usem amarelo – a cor apropriada pelos fascistas – em defesa da democracia.
O editorial tem um único mérito. Pela primeira vez, a Folha admite ter apoiado o golpe de 1964. "A censura calava a imprensa, que apoiou o novo regime num primeiro momento, caso desta Folha, que errou. Este jornal viu-se rapidamente engalfinhado pelo novo sistema de poder, perdendo a capacidade de reagir antes mesmo de percebê-lo", aponta o texto.
No entanto, o chamado democrático da Folha deste domingo não traz nenhuma autocrítica pelo apoio explícito que o jornal emprestou ao golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff e à cassação arbitrária dos direitos políticos do ex-presidente Lula. Portanto, o novo pacto proposto pela Folha não inclui uma experiência de 13 anos de governo, que aprofundou a democracia e a inclusão social no Brasil.
Ao mesmo tempo, a Folha se mostra alinhada com a pregação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que ajudou a organizar o golpe de 2016 e hoje prega "tolerância" com Jair Bolsonaro. No editorial, a Folha não só defende a permanência de Bolsonaro até o fim de seu mandato, a despeito de todos os crimes de responsabilidade já cometidos, como também propõe o uso do amarelo até lá
"As vitrines das edições dominicais trarão uma faixa dessa cor com os dizeres #UseAmarelo pela Democracia, e o slogan da Folha desde 1961, UM JORNAL A SERVIÇO DO BRASIL, passa temporariamente para UM JORNAL A SERVIÇO DA DEMOCRACIA até as próximas eleições presidenciais", aponta o texto.
Não se iludam: a democracia da Folha não inclui a esquerda e está fechada com Bolsonaro até 2022.