Do Jornal GGN:
Imagens indicam ação premeditada contra Lula no segundo turno das eleições 2022
A Polícia Federal (PF) encontrou provas, em celulares de policiais rodoviários, de que as blitze da corporação, feitas em 31 de outubro de 2002, dia da votação do segundo turno das eleições presidenciais, foram direcionadas contra o então candidato Lula (PT).
Essas provas basearam o pedido de prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, detido de forma provisória, nesta quarta (9), em investigação sobre o uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral passado.
As tais provas consiste em imagens achadas em celulares de policiais rodoviários com o mapeamento de cidades do Nordeste, onde Lula teve mais de 75% dos votos no primeiro turno.
Além disso, a PF também encontrou mensagens entre diretor de inteligência da PRF e um subordinado tratando de uma reunião da cúpula, na qual Vaques teria determinado um “policiamento direcionado” nesses redutos eleitorais.
De acordo com depoimentos, na tal reunião sigilosa em 19 de outubro passado, entre o primeiro e o segundo turno, o ex-diretor disse que a corporação precisava “tomar um lado”, que seria do então presidente e candidato Jair Bolsonaro.
Na véspera do segundo turno, Vasques declarou voto em Bolsonaro, por meio de uma publicação nas redes sociais. Vale ressaltar, que ele foi indicado para o cargo pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente.
Além disso, a prisão de Vasques foi decretada a partir da autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que entendeu que ele poderia indeferir nas investigações, a partir de uma tentativa de “combinação de versões” de outros agentes que seriam ouvidos pelos investigadores.
CPMI
No último dia 20 de junho, em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas, Vasques negou qualquer interferência no pleito presidencial ou irregularidades nas blitze realizadas pela PRF.
Agora, a CPMI deve analisar um novo pedido de convocação para que o ex-PRF compareça à comissão. Os parlamentares da base governista acreditam que todas essas ações culminaram na invasão terrorista de bolsonaristas às sedes dos Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
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