Foto: Orlando Brito
Recorte da série de pesquisas Genial Quaest, a mais recente de meados de agosto com 2.029 entrevistas realizadas presencialmente em 120 municípios com pessoas de 16 anos ou mais, mostra que a confiança dos brasileiros nas Forças Armadas vai mal, obrigado. Recuou desde o fim do ano passado.
Entre dezembro e agosto, passou de 43% para 33% o percentual dos que dizem “confiar muito” nos militares. Já a soma dos que declaram “confiar pouco” ou “não confiar” subiu de 54% para 64% no período. No 8 de janeiro houve a tentativa fracassada de golpe que abalou o país e emporcalhou a farda.
A confiança nos militares caiu em praticamente todos os segmentos da população, mas foi mais acentuada entre os que votaram em Bolsonaro. Nesse grupo, caiu de 61% para 40% a taxa dos que afirmam “confiar muito”. O percentual dos que dizem “não confiar” na instituição subiu de 7% para 20%.
Entre os evangélicos, grupo que majoritariamente apoiou Bolsonaro, a taxa dos que “confiam muito” nas Forças Armadas caiu também de 53% para 37% em oito meses. No Norte e no Centro-Oeste, regiões onde o ex-presidente teve mais votos que Lula no segundo turno, o percentual diminuiu de 46% para 32%.
Foi por falta de aviso que isso aconteceu? Claro que não. Era mais do que previsível. Militar não tem que se meter em política, a Constituição proíbe. O braço armado não pode se impor ao desarmado, seria covardia. Civil não é menos patriótico do que militar. Quer fazer política? Tire a farda para nunca mais usá-la.
No carnaval, pode, mas só como fantasia,
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