Gilberto Dimenstein sobre a cobertura do JN sobre os 7 milhões movimentos por Fabrício Queiroz dos Bolsonaros
"Eles deram um furo gigantesco ao mostrar, com base em documentos, a movimentação suspeita nas contas de Flávio Bolsonaro, quase provando que Fabrício Queiroz era mesmo um laranja." - Do Catraca Livre, com vídeo:
A cobertura do Jornal Nacional sobre o caso Queiroz é uma surra de jornalismo na família Bolsonaro. Eles deram um furo gigantesco ao mostrar, com base em documentos, a movimentação suspeita nas contas de Flávio Bolsonaro, quase provando que Fabrício Queiroz era mesmo um laranja. Ao mesmo tempo em que o Jornal Nacional mostra os documentos, Flávio era docilmente entrevistado ao vivo pela Record. A reportagem foi isenta e mostrou todos os lados envolvidos. Não há uma frase ali que possa ser acusada de inapropriada. Como os Bolsonaros se elegeram com a bandeira da honestidade, a suspensão da investigação determinada pelo STF a pedido de Flávio Bolsonaro era um fato explosivo – e merecia mesmo todo esse destaque. Essa é a estratégia para se diferenciar da TV Record e SBT – as duas alinhadas com com Bolsonaro. Mostrar independência é um bom negócio a longo prazo. A direção das Organizações sabe o custo de se alinhar com os governos em sua imagem e já pagou um preço alto pelo alinhamento ao regime militar.
Existem até suspeitas de que a CNN Brasil, que será dirigida por aliados de Bolsonaro e da Record, venha justamente para criar uma linha jornalística a favor do governo em contraposição à Globo. Interessante notar que a esquerda e os petistas que acusavam a Globo de parcialidade nas investigações da Lava Jato, agora festejam sua excelência jornalística.
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