Segue parte de um texto de Flávio Maroja Ribeiro, o Fuba:
Certa ocasião um repórter perguntou ao Dalai Lama: “o que te mais surpreende na humanidade?”. E ele respondeu: “o homem... porque perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem dinheiro para recuperar a saúde”. “E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro”. “E vivem como nunca fossem morrer... e morrem como nunca tivessem vividos”. A humanidade caminha como a teoria do Lama e as conseqüências certamente são catastróficas. Ninguém, ou quase ninguém pensa na coletividade como uma forma de compartilhar suas vidas e experiências se voltando apenas para o imediatismo.
O sistema capitalista tem aos poucos deteriorado o nosso planeta e gradativamente perdemos a consciência do quanto está ficando perigoso para as futuras gerações. Crescemos assustadoramente em passos cada vez mais largos, sem nenhum planejamento e preocupação em relação à preservação do meio ambiente. A natureza tem dado as suas respostas e sua revolta está ficando cada vez maior. O homem perdeu a noção de solidariedade, amizade, carinho e amor. Por conta disso está ficando cada vez mais egoísta e individualista. As famílias estão cada vez mais dispersas e enclausuradas em seus quartos, televisões e computadores. Aos poucos a socialização e a naturalidade da comunicação estão desaparecendo. No campo da política, essência fundamental para a construção da humanidade, perdeu-se o respeito e a consistencialidade daquilo que ela representa. Os vínculos são pessoais e os poderes cada vez mais vislumbram suas próprias vontades. O sistema está corrompido há séculos. Vivemos uma mentira onde a ambição pelo dinheiro cada dia destrói mais os conceitos de vida.Nessa perspectiva tecnológica e globalizada, a verdade é que nos tornamos cada vez mais virtuais e desprovidos de sentimentos fundamentais para a continuidade do mundo. A natureza reclama! O Planeta sobrevive adoecido pelas atitudes imediatistas do homem. Perdemos a noção do quanto estamos sendo nocivos para com o universo. Até quando a Terra resistirá?
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