sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A Exame, da Editora Abril dos Civitas, O Globo, dos Marinhos e a Folha de São Paulo, dos Frias, tiveram de divulgar que ex-presidente do PSDB foi um dos que receberam propinas desviadas da Petrobras, conforme Paulo Roberto Costa


Paulo Roberto Costa, o conhecido delator dos equemas da Petrobrás afirmou ao Ministério Público que repassou propina ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra para que ajudasse a esvaziar uma CPI criada par ainvestigar a Petrobrás em 2009. Vejamos como tal informação foi relatada por veículos da grande imprensa explicitamente favoráveis á Aécio Neves...

Segue texto retirado do site da revista EXAME, da Editora Abril da família Civita:

Brasília - Paulo Roberto Costa, em delação premiada, apontou data e valores que teriam sido entregues ao ex-senador Sérgio Guerra (PE) para 'travar' CPI da Petrobras.
A informação foi dada pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em um de seus depoimentos no âmbito da delação premiada que fez perante força tarefa do Ministério Público Federal.
Guerra fez parte da Comissão Parlamentar de Inquérito. Ele morreu em março de 2014. Paulo Roberto revelou data e valores que teriam sido repassados ao então senador. 
Costa disse que entregou propina para Guerra a pedido de empreiteiras que tinham interesse em neutralizar a CPI. 
A delação de Costa está nas mãos do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. 
Em seus relatos, o ex-diretor da estatal petrolífera citou pelo menos 32 parlamentares que teriam sido beneficiados pelo esquema de corrupção que se instalou na Petrobras.

Segue o texto retirado do site de O Globo, das organizações do mesmo nome da família Marinho:

Ex-diretor da Petrobras diz que repassou propina para ex-presidente do PSDB
Paulo Roberto Costa fez afirmação em depoimento ao MPF do Paraná


POR JAILTON DE CARVALHO

16/10/2014 19:11 / ATUALIZADO 16/10/2014 20:26


Deputado pernambucano e ex-presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra morreu aos 66 anos - Agência O Globo 02-03-2012



BRASÍLIA — Num dos depoimentos da série da delação premiada, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou que pagou propina ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra para esvaziar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras em 2009. A CPI foi criada a partir de um requerimento do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) para investigar desvios na construção da refinaria de Abreu e Lima, entre outras irregularidades, terminou sem qualquer resultado concreto.

Guerra era um dos principais líderes da oposição na CPI. O ex-senador morreu em 6 de março deste ano. Ele foi substituído no cargo pelo senador Aécio Neves, atual candidato do PSDB à presidência da República. No início, a CPI provocou desgaste ao governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas depois começou a ser vista como um problema por integrantes de vários partidos. As investigações naquele momento estariam afugentando importantes doadores de campanha.

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As informações sobre o ex-presidente do PSDB e dos demais políticos mencionados por Costa foram encaminhadas ao ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Caberá ao ministro, decidir se manda a Polícia Federal abrir inquérito sobre cada um dos políticos mencionados pelo ex-diretor da Petrobras.

Apesar da oposição ser minoritária na CPI, as empreiteiras temiam prejuízos que poderiam sofrer com a repercussão na mídia. A CPI criada em 2009 para investigar a Petrobras não foi adiante. Foi instalada em julho e acabou em novembro. Sérgio Guerra e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) abandonaram a comissão no fim de outubro alegando que o governo, por ser majoritário, impedia qualquer investigação. A CPI do Senado tinha 11 membros, três deles integrantes da oposição: Guerra, Dias e Antônio Carlos Magalhães Filho (DEM-BA). A CPI acabou desacreditada e acabou em novembro de 2009, sem que nada de concreto tenha sido apurado. Outra CPI, entretanto, com participação da Câmara e do Senado foi criada.

Segue texto retirado da Folha de São Paulo, da família Frias:

Costa diz que pagou propina ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra



MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA
MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO

16/10/2014  18h00


O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou ao Ministério Público Federal que repassou propina ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra para que ajudasse a esvaziar uma Comissão Parlamentar de Inquérito criada para investigar a Petrobras em 2009.

Guerra, que na época era senador por Pernambuco e integrava a comissão, morreu em março deste ano, aos 66 anos, vítima de um câncer no pulmão. Foi substituído pelo presidenciável tucano Aécio Neves no comando do partido.

A Folha ouviu quatro pessoas envolvidas na investigação da Operação Lava Jato que confirmaram que o dirigente tucano foi citado em um dos depoimentos que Costa prestou após decidir colaborar com as autoridades.

De acordo com essas pessoas, Costa contou ter tomado providências para que o dinheiro chegasse ao senador do PSDB, que na época fazia oposição ao governo petista, mas disse não saber se ele recebeu os recursos.

Segundo o ex-diretor da Petrobras, empresas que prestam serviços à Petrobras tinham como objetivo nessa época encerrar logo as investigações da CPI, porque ela ameaçava prejudicar seus negócios com a estatal.
A existência da comissão também incomodava o governo e os três partidos que Costa apontou agora em seus depoimentos como os principais beneficiários do esquema de corrupção que teria atuado na estatal: PT, PMDB e PP.

Embora a oposição fosse minoritária na CPI, as empreiteiras temiam prejuízos que poderiam sofrer com o barulho que elas faziam na imprensa sobre as suspeitas na Petrobras.

Em nota, o PSDB disse defender todas as acusações feitas por Paulo Roberto Costa sejam investigadas. Francisco Guerra, filho do ex-senador, afirmou não ter nada a dizer sobre a acusação, mas diz preservar o legado do seu pai "com muita honra".

Paulo Roberto Costa disse acreditar que Guerra recebeu a propina em 2009, porque nunca mais foi procurado por ninguém para tratar do assunto. Nas eleições de 2010, Guerra disputou uma vaga de deputado federal por Pernambuco. Ele foi o sexto mais votado no Estado naquele ano.

A CPI criada em 2009 para investigar a Petrobras teve vida breve: foi instalada em julho e acabou em novembro. Guerra e o senador paranaense Álvaro Dias, também do PSDB, abandonaram a comissão no fim de outubro alegando que o rolo compressor do governo impedia qualquer tipo de investigação séria.

Os tucanos apontavam na CPI suspeitas que acabaram sendo investigadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, desencadeada em março deste ano, como a de que houve superfaturamento na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e as empreiteiras pagavam suborno a parlamentares e servidores na Petrobras.

O então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, reagiu na época afirmando que a oposição era "antipatriótica" ao atacar a Petrobras, mas ironizou o ímpeto dos adversários. Ao ser questionado uma vez se a CPI acabaria em pizza, respondeu: "Todos eles [senadores] são bons pizzaiolos".

A CPI do Senado tinha 11 membros, três deles integrantes da oposição: Guerra, Dias e Antonio Carlos Magalhães Filho (DEM-BA), que assumiu com a morte de seu pai.

A comissão acabou desacreditada quando foi decretado o seu fim em novembro de 2009: nada de concreto foi apurado sobre a estatal.

O PSDB sempre culpou o PT e Lula pelo esvaziamento da CPI. Um dos textos do site da liderança do PSDB no Senado, publicado em março deste ano, traz o seguinte título: "Governo engavetou CPI da estatal em 2009".

OUTRO LADO

O PSDB diz em nota que "defende que todas as denúncias sejam investigadas com o mesmo rigor, independente da filiação partidária dos envolvidos e dos cargos que ocupem".

Francisco Guerra, filho do ex-senador, disse à Folha que desconhece a citação feito a seu pai pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa no acordo de delação premiada.

"Eu não tenho absolutamente nenhuma declaração a dar. Eu não tenho como falar com alguém que já não está mais aqui. Mas eu preservo o legado do meu pai com muita honra", afirmou.


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