segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Ato público pede que o assassino do petista Marcelo Arruda cumpra pena em regime fechado, contra a liminar do desembargador bolsonarista que contradisse o Tribual do Júri o tirando da prisão comum e o pondo em prisão domiciliar

 

Do ICL Notícias:

POLÍTICA

Ato pediu que assassino do petista Marcelo Arruda cumpra pena em regime fechado





Condenado a 20 anos de prisão em regime fechado, ex-policial teve liminar para cumprir pena em prisão domiciliar

Ato realizado na manhã deste domingo (16), na Praça da Paz, em Foz do Iguaçu, pediu que seja feita justiça no caso do ex-policial penal Jorge Guaranho, que assassinou em 2022 o petista Marcelo Arruda. Guaranho invadiu a festa de aniversário de Arruda por não gostar do tema político da comemoração, que celebrava Lula e o PT. Depois de condenado por um júri popular a 20 anos de prisão em regime fechado, o ex-policial teve deferida liminar para que a pena seja cumprida em regime domiciliar.

A alegação do desembargador Gamaliel Seme Scaff, do Tribunal de Justiça do Paraná, foi o estado de saúde de Guaranho — depois de balear Arruda, ele também foi alvejado. (Veja o perfil do desembargador aqui)

Em entrevista ao ICL Notícias, a viúva do petista se mostrou indignada com a decisão do desembargador.

“Aqui no Paraná temos o complexo médico-penitenciário,  que é o hospital de presos. Depois da sentença o assassino já foi encaminhado para lá, onde eles têm enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, médicos… e se não tiver a especialidade ali, a direção do complexo encaminha para clínica especializada e o preso depois retorna para a unidade prisional, assim como todo cidadão que é preso em condições de saúde delicada”, relata Pâmela.

O ato de hoje contou com a presença de dezenas de amigos e parentes de Marcelo Arruda.

Petista foi assassinado na própria festa de aniversário

Guaranho foi condenado pelo Tribunal do Júri de Curitiba pelo crime de homicídio duplamente qualificado, praticado em 2022, quando ele invadiu a festa de aniversário do petista Marcelo, em um clube em Foz do Iguaçu (PR).

Uma das qualificadoras é o motivo fútil, em referência à divergência política. Apoiador do então presidente Jair Bolsonaro, Guaranho foi até o local quando soube que havia uma festa com símbolos petistas na decoração e fotos do presidente Lula (então candidato). Guaranho não conhecia Marcelo, que era tesoureiro do PT em Foz e comemorava seus 50 anos de idade na ocasião.

Marcelo foi atingido por dois tiros disparados por Guaranho e não resistiu aos ferimentos, morrendo na madrugada do dia 10 de julho daquele ano.

Na noite do crime, mesmo alvejado por Guaranho, Marcelo ainda conseguiu disparar contra o policial penal, que, caído no chão, também levou chutes de outras três pessoas que estavam na festa e acompanharam toda a ação.

Hoje com projéteis ainda alojados no corpo, ele utiliza muletas para andar e toma remédios rotineiramente para dores.

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