quarta-feira, 5 de junho de 2019

The Economist insinua que Bolsonaro é criminoso. Por Eduardo Guimarães


Do Blog da Cidadania, citando o jornal The Economist:



Você e todo brasileiro decente estão passando uma vergonha terrível. A revista inglesa The Economist, fundada em 1843 na Inglaterra, considerada a mais importante publicação de economia do mundo, dedicou a edição desta semana a Bolsonaro. Diz que o presidente do Brasil tem ligações com o crime organizado do Rio de Janeiro (!).
O post de hoje é diferente. Vai se limitar a leitura da tradução que o Blog da Cidadania fez de reportagem da revista inglesa (que, na Inglaterra, curiosamente é chamada de “jornal”) que faz uma acusação estarrecedora ao homem que governa o Brasil.
Jamais um presidente brasileiro foi acusado de algo tão grave – envolvimento com o crime organizado. Não precisa ser muito inteligente para entender o que significa para o Brasil ter um presidente tão desmoralizado no mundo inteiro, e que só se cria mesmo neste país.
Vamos à leitura de trechos dessa reportagem desastrosa para o Brasil.
No final do ano passado, caminhões misteriosos começaram a despejar resíduos industriais em um sítio arqueológico pré-colonial em Duque de Caxias, uma cidade industrial de 900.000 pessoas a 24 km (15 milhas) ao norte do Rio de Janeiro
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Na última década, a batalha para proteger as reservas naturais locais e as pessoas pobres que vivem perto delas tornou-se uma batalha contra grupos criminosos conhecidos como milícias.
“As milícias controlam tudo isso”, diz um ativista. Por uma taxa, eles fornecem transporte, água, gás de cozinha, televisão a cabo e internet. Mas também exibem armas pesadas, praticam extorsão e ameaçam matar qualquer um que se oponha a eles.
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Os milicianos são populares entre os políticos graças ao seu talento para obter votos. Policiais, entre seus membros, os ajudam a impedir investigações. Seus laços políticos os ajudam a roubar dinheiro público.
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Os planos do governo [Bolsonaro] podem acabar fortalecendo essas milícias. O ministro da Justiça, Sérgio Moro, apresentou um projeto de lei que protege a polícia da acusação de que mata criminosos por causa de “medo desculpável, surpresa ou emoção intensa”.
Bolsonaro expandiu o direito de possuir e portar armas, sugerindo que as pessoas precisam delas para se proteger dos criminosos.
“Estamos voltando ao mito de origem que alimentou as milícias”, diz Tarcísio Motta, líder do psol na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
No entanto, as ligações das milícias com o governo de Bolsonaro podem provocar um retrocesso.
Houve um clamor após o assassinato em março do ano passado de Marielle Franco, uma vereadora da cidade pelo psol. Em março, dois ex-policiais foram presos por seu assassinato e acusados ​​de pertencer a uma milícia na Zona Oeste do Rio. Um morava no mesmo condomínio do senhor Bolsonaro; sua filha namorou o filho do presidente.
Outro dos filhos de Bolsonaro, Flávio, senador pelo Rio, empregou a esposa e a mãe de um policial fugitivo acusado de liderar a mesma milícia. Flávio e o assessor que os contratou estão sob investigação por lavagem de dinheiro, envolvendo negócios imobiliários.
No dia 29 de maio, o tio da esposa do presidente Bolsonaro foi preso por suspeita de ligações com uma milícia
(…)
Para salvar sua face, o povo brasileiro tem que reagir. Ou, pelo menos, a parcela racional deste povo…
A mera eleição de Bolsonaro pela maioria dos brasileiros se tornou uma vergonha nacional por dizer ao mundo que fomos burros o suficiente para eleger alguém com ligações com o crime organizado e que tira do pobre para dar ao rico. Temos que mostrar, ao menos, que fomos capazes de ver o erro e corrigi-lo. Ou o Brasil se tornará a capital mundial da idiotia.
Confira a reportagem em vídeo


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