quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Bill Gates: "capitalismo e mercado significam pesquisar mais a calvície que malária"



“Nossas prioridades são inclinadas pelos imperativos do mercado”, disse Gates. “A vacina contra a malária é a maior necessidade. Mas quase não tem financiamento. Mas se você está trabalhando com a calvície masculina ou outras coisas você pode conseguir mais recursos para pesquisa por causa da voz que tem no mercado, mais que algo como a malária”.

Do Portal Terra:


Bill Gates: capitalismo significa pesquisar 

mais a calvície que malária

15 MAR2013
03h14
atualizado às 03h18
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O capitalismo significa que há muito mais pesquisa sobre a calvície masculina do que em doenças como malária, que afetam majoritariamente as pessoas mais pobres. A definição é de Bill Gates, bilionário e cofundador da Microsoft, em seu discurso no Global Grand Challenges Summit, evento que reúne palestrantes do Reino Unido, Estados Unidos e China com o objetivo de criar soluções para os maiores problemas enfrentados no mundo. As informações foram publicadas pela Wired Magazine.
Bill Gates (em foto de 2011) dedica boa parte de sua fortuna a ações humanitárias
Bill Gates (em foto de 2011) dedica boa parte de sua fortuna a ações humanitárias
Foto: Reuters
“Nossas prioridades são inclinadas pelos imperativos do mercado”, disse Gates. “A vacina contra a malária é a maior necessidade. Mas quase não tem financiamento. Mas se você está trabalhando com a calvície masculina ou outras coisas você pode conseguir mais recursos para pesquisa por causa da voz que tem no mercado, mais que algo como a malária”, acrescentou.
Como resultado, governos e organizações filantrópicas precisam intervir para compensar essa “falha na abordagem capitalista”. A fundação de Gates é focada no financiamento de áreas de ciência básica e inovação nas necessidades dos mais pobres, especialmente para saúde e educação.
Bill Gates, 57 anos, tem uma fortuna estimada em US$ 65 bilhões - o equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no país) anual do Equador - e gosta de aplicar seu dinheiro em causas humanitárias, utilizando a fundação que criou com a mulher, Melinda, o que o levou a ser reconhecido como um dos ricos mais generosos do mundo.
O homem mais rico dos Estados Unidos disse recentemente, em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, estar engajado no processo de "se livrar" do dinheiro que tem e aplicá-lo na esperança de melhorar a vida dos menos favorecidos.

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