sábado, 4 de abril de 2015

Jesus, o perigoso Subversivo




texto de

Carlos Antonio Fragoso Guimarães

 Sua pregação e, mais ainda, seu modo de vida foram interpretados como subversivos e sua mensagem e exemplos, como questionamentos do status quo das elites de seu tempo e, portanto, um perigo às forças de ocupação romanas e à burocracia judaica do Templo de Jerusalém, associadas aos primeiros. 
  
 Por sua mensagem ter repercutido em meio aos excluídos, aos marginalizados e ao povo, seu movimento de renovação das mentalidades tornou-se um verdadeiro escândalo para às forças opressoras e, assim, Jesus de Nazaré foi condenado publicamente à uma dolorosa e vergonhosa morte, sob duplo julgamento das elites da judeia e das forças do imperialismo dominante de então: Roma. Tudo isto simplesmente porque este homem pregava o amor, a fraternidade, a igualdade e a dignidade dos excluídos, dos pobres, dos que sofrem como consequencia de uma sociedade doente. Desde então, todos os que lutam pela igualdade, pela paz, pela renovação social são igualmente atacados, a maior parte sendo assassinada, tendo, depois, as suas memórias apossadas e deturpadas pelas mesmas forças que os perseguiram e mataram, fazendo-se muitas vezes, intérpretes e representantes das mensagens originais, distorcendo-as em proveito próprio... 

 Por pregar e exemplificar a fraternidade e o reconhecimento da importância humana, sem fazer distinções de classe, credo ou nível social, nem cobrar dízimos ou reconhecimento, Jesus se tornou o exemplo paradigmático do pacifista que é assassinado pelos grupos dominantes ou poderosos, como ocorreria mais tarde com tantos outros, como Jan Huss, Giordano Bruno, Gandhi, Martin Luther King, etc. e ainda teve sua vida e exemplos manipulados pelos mesmos poderosos grupos, posteriormente, para a manipulação de consciências em proveito próprio, num histórico que vai do Imperador Constantino aos atuais pastores midiáticos. 

 Hoje sua vida, nascimento e morte transformaram-se em pretextos secundários para um imenso comércio, em grande parte pela ação de muitos dos que se dizem "cristãos" e se julgam "salvos". 

 Porém, em sua sabedoria e conhecimento das limitações humanas, o próprio Jesus já havia alertado de que ninguém é mais especial ou tem mais vantagens diante de Deus por gritar "Senhor, Senhor", mas tão somente aqueles que fizerem boas obras em favor de seu semelhante, tornando-se expressão e ação do amor, sejam ou não cristãos (confira em Mateus 25: 41-45).

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