quinta-feira, 17 de novembro de 2016

A mentalidade fascistóide de certos representantes da "Justiça" surreal brasileira: Promotor paulista diz que jovem morto pelo pai por defender os estudantes e as ocupações nas escolas era ‘vagabundo’



Jornal GGN - Jorge Alberto de Oliveira Marum, promotor de Justiça e professor de Direito em Sorocaba (SP), afirmou que Guilherme da Silva Neto, jovem morto pelo pai, era “vagabundo”. O pai do garoto discordava de sua participação nas ocupações das escolas.
“Não precisava tanto. Era só cortar a mesada do vagabundo e chorar no banho”, escreveu Marum ao compartilhar a notícia do assassinato do jovem. Depois, ele voltou atrás e disse que foi um comentário “infeliz”, dizendo que não falou como promotor.
Ele pediu desculpas aos familiares que se sentiram ofendidos. “Não quis ofender ninguém, apenas expressar que sou contra as invasões das escolas”, disse. “A educação é um serviço público essencial, assim como a saúde. Existem outras formas de se expressar sem impedir as aulas”, completou. Ele também retirou o comentário do Facebook.
No ano passado, o promotor já havia sido alvo de críticas ao comentar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), dizendo que “mulher nasce uma baranga francesa que não toma banho, não usa sutiã e não se depila”, e que “só depois é pervertida pelo capitalismo opressor e se torna mulher”, em referência à uma questão que trazia uma citação da pensadora Simone de Beauvoir.
Na ocasião, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lançou uma nota de repúdio à fala de Marum. 

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