sexta-feira, 3 de março de 2023

Editorial de O Globo dos Marinhos pressiona Lula a manter Petrobrás como vaca leiteira dos minoritários e ameaça novamente o presidente

 

A Estatal vem sendo usada para retirar recursos da sociedade e transferi-los a seus acionistas privados e ao mercado financeiro da qual o grupo Globo participa desde o golpe de 2016

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Lula (Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução/Twitter)

247 – O jornal O Globo, da família Marinho, publica editorial nesta sexta-feira, em que pressiona o governo Lula a manter a política implantada após o golpe de estado de 2016 para sugar recursos do povo brasileiro e transferi-lo aos acionistas minoritários da Petrobrás, na forma de dividendos escandalosos. Isso se dá pela cobrança de preços abusivos nos derivados de petróleo, como a gasolina e o gás de cozinha, e o pagamento de todo o resultado da Petrobrás a seus acionistas, sem que praticamente nada seja investido no Brasil. Isso sem falar na liquidação de ativos estratégicos da empresa.

"Agora, em nova investida à moda de Dilma, Lula tenta intervir no preço dos combustíveis. No discurso, o governo critica o lucro recorde da Petrobras — R$ 188 bilhões em 2022 — e diz que os brasileiros ficam à mercê das flutuações no preço do barril de petróleo. A solução proposta é retirar dinheiro dos acionistas da empresa para beneficiar o 'povo'", escreve o editorialista, colocando o povo como uma abstração aspeada.

"O preço do petróleo é ditado pelo mercado internacional. O resultado astronômico da Petrobras é circunstancial. Decorre da alta que se seguiu à retomada da pandemia e à guerra na Ucrânia. Assim como não faz sentido a empresa recorrer ao Tesouro em anos ruins, o governo não deveria intervir na política de preços em anos bons, para não desvalorizá-la no mercado acionário nem prejudicar sua capacidade de investimento", prossegue o editorialista, que busca apenas apontar razões para que os brasileiros sigam sendo assaltados pela empresa petroleira.

"Lula ainda tem tempo para mudar de rumo. Mas é bom não demorar, do contrário sua adesão ao ideário dilmista se fará sentir não apenas nos indicadores econômicos, mas também em sua popularidade", ameaça a Globo, sinalizando que pode romper a lua de mel com o presidente.

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