domingo, 1 de junho de 2025

Do Jornal GGN: Entre Trump, drogas e delírios: os bastidores de Elon Musk expostos pelo The New York Times

 

Do Jornal GGN:


Enquanto se aproximava da Casa Branca, bilionário enfrentava crise pessoal com uso de entorpecentes, conflitos familiares e episódios públicos de instabilidade

Entre Trump, drogas e delírios: os bastidores de Elon Musk expostos pelo NYT

    Foto: Getty Images


Enquanto consolidava sua influência na campanha de Donald Trump, Elon Musk enfrentava uma espiral de crises pessoais: uso abusivo de drogas, conflitos familiares e episódios públicos marcados por declarações desconexas, gestos ofensivos e teorias conspiratórias. É o que revela uma ampla investigação publicada nesta sexta-feira (30) pelo The New York Times.

Na noite de quarta-feira (28), Musk anunciou a saída da chefia do Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos, o Doge. Nem ele, nem seu advogado, no entanto, responderam aos pedidos de comentário do New York Times sobre o uso de drogas e os episódios que indicam instabilidade pessoal.

Uso de drogas e instabilidade emocional


Segundo a reportagem, Musk, hoje com 53 anos, fazia uso frequente de cetamina, ecstasy e cogumelos psicodélicos, muitas vezes combinando substâncias. Carregava ainda uma caixa com cerca de 20 comprimidos, incluindo Adderall, medicamento usado no tratamento de TDAH.

Pessoas próximas relataram que os efeitos colaterais, como dores e inflamações na bexiga, se intensificaram com o uso crônico do anestésico, que Musk declarou utilizar como alternativa a antidepressivos.

Elon Musk admitiu o uso de substâncias ilícitas durante o período em que atuou informalmente como conselheiro na transição presidencial de Donald Trump. No entanto, ele era classificado como “funcionário especial do governo”, o que o isentava de algumas normas federais.

A cetamina, embora tenha uso médico permitido, é controlada e seu uso recreativo viola regras de conduta. Fontes ouvidas pelo jornal afirmaram que Musk fazia uso quase diário da substância, em contraste com o que declarou publicamente em 2024, quando disse consumir apenas pequenas doses: “Se você usou cetamina demais, não consegue trabalhar, e eu tenho muito trabalho”.

“Há algo seriamente errado com sua bússola moral, senão com sua percepção da realidade”


Em aparições públicas, o bilionário exibiu gestos considerados ofensivos, confundiu respostas em entrevistas e fez declarações desconexas. Em uma conversa específica com um amigo que não se identificou, falou sobre “lasers do espaço” e uma “anomalia na matriz”, após aparecer pela primeira vez com Trump em um comício.

“Elon tem ultrapassado cada vez mais os limites de seu mau comportamento”, afirmou o neurocientista Philip Low, amigo de longa data do empresário, ao comentar um episódio em que Musk fez um gesto nazista durante um comício.

O filósofo e ex-amigo Sam Harris também expressou preocupação com os rumos tomados por Musk, como o uso de sua plataforma, a rede X, para promover desinformação e ataques pessoais. “Há algo seriamente errado com sua bússola moral, senão com sua percepção da realidade”, escreveu Harris em um boletim informativo publicado em janeiro.

Além dos sinais de instabilidade emocional, o fundador da Tesla e da SpaceX se viu envolvido em uma série de disputas judiciais relativas à guarda de filhos e a relacionamentos simultâneos com diversas mulheres, entre elas a artista Claire Boucher, a executiva Shivon Zilis e a escritora Ashley St. Clair, mãe de seu 14º filho.

O menino levado por Musk ao Salão Oval — e que, diante de Trump, declarou “eu quero que você cale a sua boca” — tornou-se motivo de desentendimento com Boucher. A artista, em mensagens privadas, afirmou que a exposição pública da criança violava o acordo de custódia firmado entre os dois, que previa manter os filhos fora dos holofotes.

A apuração do New York Times aponta ainda que Musk tentou manter em sigilo a paternidade mais recente oferecendo a Ashley St. Clair até US$ 15 milhões em troca do silêncio. Ela recusou o acordo e recorreu à Justiça solicitando pensão emergencial.

Outro ponto levantado pela reportagem envolve os protocolos internos da SpaceX, empresa contratada pelo governo norte-americano. Apesar das normas que exigem abstinência de substâncias ilícitas, Musk era avisado com antecedência sobre os testes de drogas — uma prática que contraria as diretrizes de controle impostas a qualquer contratado federal. Procuradas, nem a Casa Branca nem a empresa responderam às perguntas do jornal.

No epicentro dessa narrativa, o homem mais rico do mundo parece ter perdido o equilíbrio entre poder e responsabilidade. E, enquanto avança no campo político ao lado de Trump, as revelações do New York Times expõem um personagem mais vulnerável e controverso do que o mito que ajudou a construir.

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