terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Para o olavista Bolsonaro, Paulo Freire é “energúmeno” e TV Escola “deseduca”


“Você conhece a programação da TV Escola? Deseduca”, disse o mandatário, completando que era "dinheiro jogado fora" e que são "totalmente de esquerda" e com "ideologia de gênero"
Paulo Freire - Foto: Arquivo
Jornal GGN O presidente Jair Bolsonaro chamou o educador Paulo Freire, patrono da educação brasileira, de “energúmeno”, nesta segunda-feira (16). A ofensa do mandatário ao que é considerado o pai e um dos principais exemplos da docência no país foi feita após o governo não renovar o contrato com a TV Escola.
Ao sair do Palácio da Alvorada, nesta segunda, jornalistas questionaram o mandatário sobre o tema. Bolsonaro disse que a TV Escola “deseduca” e que Freire era um “energúmeno”. O contrato com a associação responsável por gerir o canal desde 1995 não foi renovado. O Ministério da Educação (MEC) respondeu que busca outra instituição para administrar o canal.
“Você conhece a programação da TV Escola? Deseduca”, disse o mandatário, completando que era “dinheiro jogado fora” e que a má educação do Brasil é consequência “dessas programações” que, segundo ele, são “totalmente de esquerda” e com “ideologia de gênero”, utilizando os recursos públicos.
Ao afirmar isso, Jair Bolsonaro disse que a filosofia adotada pela TV Escola era de Paulo Freire, continuando os ataques:
“Era uma programação totalmente de esquerda, ideologia de gênero, dinheiro público para ideologia de gênero. Então, tem que mudar. Reflexo, daqui a cinco, 10, 15 anos vai ter reflexo. Os caras estão há 30 anos [no contrato com o MEC], tem muito formado aqui em cima dessa filosofia do Paulo Freire da vida, esse energúmeno, ídolo da esquerda”, disse.
Ainda, para Bolsonaro, o resultado da má qualidade do ensino no país é devido à adoção de ensino da filosia de Freire. “Olha a prova do Pisa, estamos em último lugar no mundo, se eu não me engano, matemática, ciências e português. Acho que um ou dois itens somos os últimos da América do Sul. Vamos esperar o que desse Brasil com esse tipo de educação?”, continuou.

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