segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Do GGN: Soldados de General Heleno - braço ultra direitista de Bolsonaro - abandonaram dezenas de filhos no Haiti, além do mesmo ter sido responsabilizado do pela ONU pela morte de dezenas em Porto Príncipe


Além do rastro de abuso sexual pelos soldados, Heleno é acusado de ter consentido com a morte de cerca de 60 militares em operação em uma favela de Porto Príncipe, capital do Haiti

Soldados da 'Minustah' no Haiti. | Foto: UN/MINUSTAH/Jesús Serrano Redondo
Jornal GGN Soldados em missão de forças de paz das Nações Unidas (ONU) no Haiti, entre 2004 e 2017, abandonaram cerca de 300 filhos. As declarações são de haitianas que sofreram abusos sexuais e tiveram que lutar contra pobreza para sustentar suas crianças, segundo estudo acadêmico publicado em 17 de dezembro, pelo The Conversation
Entre os agentes, os principais acusados pelas violações são brasileiros, na época comandados pelo general Augusto Heleno, atual chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Bolsonaro. 
Além do rastro de abuso sexual no país, Heleno é acusado de ter consentido com a morte de cerca de 60 militares em operação em uma favela de Porto Príncipe, capital do Haiti, no dia 6 de julho de 2005. 
O estudo realizado em 2017 por Sabine Lee, professora de história na Universidade de Birmingham, e Susan Bartels, cientista clínica na Universidade Queen’s, em Ontário, contou com 2.500 haitianas que moravam próximas as bases das forças de paz, da missão ‘Minustah’.
Das mulheres entrevistadas, 265 relataram ter filhos de membros das forças de paz, que vieram de pelo menos 13 países, principalmente do Uruguai e Brasil. De acordo com levantamento, os casos de exploração sexual são alarmantes. “Meninas de 11 anos foram abusadas sexualmente e engravidadas”, apontou. 
A pesquisa ainda mostra que, a maioria dos casos, incluía a oferta de quantias de dinheiro ou comida por sexo com as mulheres e meninas em situação de extrema pobreza. “Eles punham algumas moedas em suas mãos para deixar um bebê em você”, revelou uma das haitianas entrevistada.
As mulheres também contaram sobre relacionamentos consensuais, mas que terminaram quando as forças de paz deixaram o país.
Para as pesquisadoras, a ONU – que reconhece os casos de exploração e abuso sexual por parte das forças de paz – não é a responsável pelas violações. “Não é um problema da ONU, é um problema militar brasileiro ou um problema militar uruguaio”, disse Lee.


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