quinta-feira, 28 de abril de 2022

Jornais brasileiros demonstram sua parcialidade e omitem do público a vitória histórica de Lula na ONU

 

Comitê de Direitos Humanos avaliou que ex-presidente foi alvo de perseguição política por parte do ex-juiz suspeito Sergio Moro. Silêncio da mídia prova sua cumplicidade

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Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 – Os principais jornais da mídia corporativa brasileira omitiram de seus leitores a vitória histórica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, em Genebra. O comitê decidiu que Lula foi alvo de perseguição política por parte do ex-juiz suspeito Sergio Moro e também teve seus direitos violados ao ser impedido de participar das eleições presidenciais de 2018, que teria vencido mesmo preso – o que impediria a ascensão de um regime de caráter neofascista no Brasil.

Tanto os jornais O Globo como Valor Econômico, que pertencem à família Marinho, assim como o Estado de S. Paulo, não registraram a decisão histórica, que representa também um duro golpe para todos os setores do Poder Judiciário que participaram deste processo, como apontou o colunista Jeferson Miola. O Estado de S. Paulo também omitiu a notícia e apenas a Folha de S. Paulo noticiou o caso, não para registrar sua importância, mas apenas para apontar que o governo de Jair Bolsonaro tentou impedir a decisão do comitê das Nações Unidas.

A perseguição política contra Lula, num processo de "lawfare" demonstrado por seus advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins, foi parte essencial do golpe de estado de 2016, que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff com o objetivo de transferir a renda do pré-sal brasileiro para os acionistas privados da Petrobrás. Hoje, os brasileiros sofrem com a gasolina mais cara da história e um botijão de gás chega a representar nada menos do que 10% do salário mínimo. Lula foi perseguido e preso por Moro, que também destruiu os empregos de 4,4 milhões de brasileiros, segundo o Dieese, porque reverteria as medidas implantadas logo após o golpe de estado pelo usurpador Michel Temer – medidas que foram mantidas por Jair Bolsonaro. Como a imprensa corporativa foi cúmplice deste processo que empobreceu a grande maioria da população brasileira, ela se calou sobre a decisão histórica da ONU.



 

 

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