Provas contra funcionários fantamas no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj não foram usadas pelos investigadores
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Provas contra funcionários fantamas no gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) não foram usadas pelas autoridades de investigação.
Trata-se das interceptações telefônicas da viúva do ex-PM e miliciano Adriano da Nóbrega, Júlia Lotufo, narrando que a sua ex-esposa e a mãe dele eram funcionárias fantasmas do filho do presidente.
O caso tramita na Procuradoria-Geral de Justiça do Rio e, após mais de um ano que a interceptação telefônica foi feita, o órgão não tomou nenhuma medida ou apuração sobre os indícios do esquema de corrupção no gabinete do filho do presidente.
O áudio de Júlia foi divulgado por reportagem da Folha de S.Paulo, que obteve as interceptações telefônicas. Nela, a viúva do miliciano fala que tanto a ex-esposa como a sua mãe estavam empregadas no gabinete do Flávio, participando do esquema.
“Ela [ex-esposa, Danielle] foi nomeada por 11 anos [no gabinete de Flávio Bolsonaro]. Onze anos levando dinheiro, R$ 10 mil por mês para o bolso dela. […] Bateram na casa dela porque a funcionária fantasma era ela, não era eu”, disse.
O áudio divulgado pelo jornal poderia iniciar novas frentes de apuração, como a abertura de uma quebra de sigilo de Flávio Bolsonaro e outras diligências para a retomada das investigações.
A ex-esposa do miliciano chegou a ser denunciada, em dezembro de 2020, no esquema. Entretanto, provas foram anuladas e o caso foi zerado para novo início de apuração. Apesar das amplas provas e áudios, Flávio Bolsonaro nega que tenha haviado “rachadinha” em seu gabinete.
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