sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Está ficando clara qual a estratégia da Globo, da Veja e outros da mídia elitista nada democrática: eles querem alguém que possa vencer Haddad e este não é Bolsonaro, então, elimine-se Bolsonaro para outro que possa faze-lo



"Ficou claro que Bolsonaro tinha chegado ao teto  – ou até alguns pontos acima dele, em razão do episódio de Juiz de Fora – mas não teria a menor condição de fazer frente, num segundo turno, ao candidato de Lula.
"Nos pouquíssimos dias que faltam para o pleito vão tentar estimular o crescimento de quem tenha chance de fazê-lo e, para que alguém cresça é preciso fazer desmanchar o “Mito”. " - Fernando Brito

Está claro: querem quem possa vencer Haddad, não Bolsonaro

A violenta reportagem de Veja, com a história do cofre roubado, imóveis escondidos e renda inexplicada é a marcha de um plano evidente de demolição da candidatura de Jair Bolsonaro, amplificado pelas mais que desastradas críticas de seu vice, general Mourão, ao direito do 13° salário aos trabalhadores.
Ficou claro que Bolsonaro tinha chegado ao teto  – ou até alguns pontos acima dele, em razão do episódio de Juiz de Fora – mas não teria a menor condição de fazer frente, num segundo turno, ao candidato de Lula.
Nos pouquíssimos dias que faltam para o pleito vão tentar estimular o crescimento de quem tenha chance de fazê-lo e, para que alguém cresça é preciso fazer desmanchar o “Mito”.
Mitos, como se sabe, são passíveis desta dissolução por não serem orgânicos, estruturados, sólidos. São emanações do imaginário social que se corporificam em algo ou alguém.
A questão é que, acima do mito estão os estados psicológicos que o criaram. E tenho sérias dúvidas de que, a esta altura, estes possam ser redirigidos para aquele que o “Comando Marrom” – expressão que Brizola usava para definir a corporação midiática – ungir como seu escolhido.
Não será fácil erodir Bolsonaro o suficiente para tirá-lo do segundo turno, mas não é impossível, porque ele não tem estruturas convencionais que lhe retenham o voto: partidos e aliados candidatos. Além do mais, não tem TV e está retido em um quarto de hospital.
Até o momento, porém, não há indicativos de que o consigam. Mas, numa eleição regida por pesquisas, ainda é cedo para dar respostas firmes.
É mais difícil, porém, fazer crescer seu substituto, até porque Geraldo Alckmin, candidato natural a este papel, está perdido numa teia de traições, de agressividade e tão pouco se parece com o perfil “cowboy” que esta substituição lhe exigiria.
Ciro, que poderia ser uma alternativa, seria um salto no escuro.
Ironicamente, quem deu o famoso “cavalo de pau à beira do precipício” foi a mídia.
E o precipício é a derrota para um homem que, preso numa cela em Curitiba, mostrou que era de fato uma ideia.




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