SEG, 25/04/2016 - 10:51
Por Diogo Costa
O MAL IRREPARÁVEL QUE OS GOLPISTAS FIZERAM - Há décadas o Brasil tentar fazer parte do Conselho Permanente de Segurança da ONU.
Este Conselho, que em última instância é o que manda de fato no mundo, é composto hoje por EUA, Reino Unido, França, Rússia e China.
As oito horas de teatro dos horrores, de dantesco espetáculo golpista do último dia 17 de abril, soterraram qualquer possibilidade do Brasil vir a integrar este Conselho num futuro próximo.
Quem haveria de confiar num país onde uma assembleia de bandidos, liderada por um bandido, comete um atentado contra a democracia em plena luz do dia?
Quem haveria de confiar num país que tenta destituir uma presidenta que não cometeu crime nenhum, com base em decretos? Só o Obama deve ter feito uma centena de decretos em seu governo em todas as vezes que o limite da dívida federal estourou.
O escárnio da sessão do golpe jogou a imagem do Brasil na lata de lixo no mundo inteiro.
O mundo inteiro está perplexo com a infâmia que se praticou aqui no último domingo.
O mundo inteiro sabe que aqui se praticou um golpe de estado.
O mundo inteiro agora sabe que o Brasil voltou a não ser um país sério.
E quando tenta ser sério, o que acontece? Vem um 17 de abril e põe todo esse esforço no fundo do poço.
O mal que os criminosos golpistas fizeram ao país é algo simplesmente irreparável no curto e no médio prazos. Será preciso décadas para recuperar a imagem do Brasil.
Mas o golpe ainda não foi desfechado completamente.
A luta pela democracia, pela legalidade e pela soberania do voto popular é também uma luta para recuperar a imagem do país perante o mundo.
A bem da verdade, como em 1964, o único beneficiário dessa elite torpe e golpista de Pindorama, que não respeita a si própria, é os EUA.
Querem que o Brasil seja sempre um país instável e inconfiável perante o mundo. Querem que o Brasil seja sempre o seu grande quintal sul-americano.
O dia 17 de abril atende perfeitamente estes requisitos norte-americanos em relação ao Brasil.
Voltamos a ser, por enquanto, uma naçãozinha infantil e bananeira. Tudo sob o olhar do Supremo Tribunal Federal, acovardado e cúmplice do golpe de estado que é.
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