quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Crise de sinceridade de Sardenberg, um dos porta-vozes dos interesses da Elite do Atraso pela Globo: “compra-se a reforma”


"Como é o mercado o que importa, o “saneamento das instituições” já não vem ao caso e a compra de votos passa a ser o jeito de salvar o país, na visão do mercado. Mais especificamente, de ganhar muito." - Fernando Brito

Do Tijolaço:

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Algo aconteceu ontem  para levar o ultramercadista  Carlos Alberto Sardenberg, onipresente membro da equipe econômica da Globo , a uma crise de sinceridade em seu artigo de hoje.
Diz que a reforma da previdência não tem 308 votos sinceros de que precisa para aprovar – sinceridade não tem nem 100 votos para coisa alguma por lá.
Diz que “a proposta só passa com votos fisiológicos. E esse tipo de voto se compra,” dando como exemplo o Ministério das Cidades e as verbas do “Minha Casa, Minha Vida”.
Quantos votos pela reforma da Previdência vale uma carta dessa?
É esse tipo de conta que o presidente Temer e seu time da política estão anotando.
Dirão: realismo pragmático. O importante é que o cara vote, não interessando se é por consciência ou por negócio
É também o que pensa o mercado. Vai até mais longe: o governo Temer tem corrupção? Passa projetos no balcão de negócios? Compra votos?
Sim, mas entrega as reformas ou ao menos parte delas? Se entregar, tal é o pragmatismo do mercado, está bom. É feio, não ajuda o saneamento das instituições, mas, segue o pragmatismo, pode-se deixar isso para mais tarde.
Como é o mercado o que importa, o “saneamento das instituições” já não vem ao caso e a compra de votos passa a ser o jeito de salvar o país, na visão do mercado. Mais especificamente, de ganhar muito.
Diz que o “centro” político pode se beneficiar disso, mas reconhece que a coisa está difícil pelo lado de lá, “porque o presidente pode adquirir o voto de um deputado, mas não o dos eleitores desse deputado”.
Diz que a crise interna do PSDB o partido “atrapalha o país”, diz que Henrique Meirelles pode se tornar um candidato viável (para  o mercado pu para o eleitor?) “se arranjar partidos e coligações”, o que , para Luciano Huck, “é difícil”.
Difícil? Quem fala é “a casa”? Mas “a casa” não tinha verbalizado,por Merval Pereira, que quem tinha chances era justamente Huck, porque podia fazer uma “campanha populista” porque “conserta carro e distribui casa”?
Some isso às sugestões, sopradas para jornalistas, de que a mulher de Huck, Angélica, estaria resistindo à aventura, porque ficaria também fora do ar e dos negócios de publicidade e é possível imaginar que se esteja articulado o “minha mulher não deixa” como saída para buscar outro nome.
Joaquim Barbosa voltou ao mercado.
Onde, diz Sardenberg, na sua espantosa sinceridade, temos  um “balcão de negócios, de votos e papéis da Bolsa.

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