segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Ódio contagia e arma mata. É difícil entender?



kelley
Foi identificado como Devin Kelley, um ex-integrante da Força Aérea, “excluído sem honras”, o assassino de pelo menos 25 pessoas na igreja batista de uma pequena vila no interior do Texas.
Os assassinatos em massa se sucedem, agora quase à razão de um por semana, e já não é possível colocar a culpa sobre radicais islâmicos, embora a quase consumada derrota do Ísis na Síria e no Iraque vá espalhar seus remanescentes mundo afora.
Digo um por semana só por conta dos de grandes dimensões, porque um levantamento publicado pela Newsweek mostrava que em 240 dias de 2017  ocorreram 244 ataques em massa a tiros, nos EUA, com 10.223 mortes e 20.530 feridos a bala, apenas em casos onde houve 4 alvos, ao menos.
O ódio foi cuidadosamente semeado nos últimos anos, ódio de todas as espécies: ódios raciais, nacionais, religiosos, ideológicos.
Nos Estados Unidos, isso se juntou ao insano culto norte-americano às armas, que alguns lunáticos estão criando também aqui.
O alucinado Kelley jamais poderia ter causado mal e dor na escala em que causou se não pudesse ter o fuzil que exibia no Facebook, como o contador aposentado Stephen Paddock não poderia ter matado 59 pessoas num show de música em Las Vegas se não tivesse, legalmente, várias armas automáticas.
O que mais é preciso para que se entenda que a aceitação do ódio potencializa os loucos e a permissão do uso de armas dá a eles os meios de realizar seus delírios?

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