sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

O mais novo escândalo de Donald Trump. Agora, no Brasil, por Luis Nassif




É curiosa a cobertura dos escândalos do BRB (Banco Regional de Brasilia).
Mandam as regras jornalísticas que personagens mais conhecidos merecem mais cobertura. E o escândalo envolvia um neto de ex-presidente da República e filhos e nora de um ator famoso de televisão. Deu-se o destaque devido.
Só não se reparou no fato que dá uma dimensão internacional ao escândalo. O golpe de Paulo Renato de Oliveira Figueiredo, o neto, e de Diogo Cuoco, o filho, foi com os controladores do Trump Hotel na Barra da Tijuca.
Hoje o hotel pertence a terceiros. Mas, na época do golpe, era de propriedade dele mesmo, Donald Trump. A incorporação foi feita por Paulo Renato, CEO do grupo  Polaris Projetos e Empreendimentos, conservador militante e diretor de Relações com o Mercado do Instituto Liberal.
No dia 20 de novembro de 2015, El Pais publicou uma reportagem sobre a parceria. A aliança foi em 2013, para a construção de um hotel super luxo na Barra da Tijuca, que custou US$ 120 milhões. Tem 170 apartamentos e estreiou a tempo para as Olimpíadas. A suíte presidencial tinha diárias de um milhão de dólares.
O jovem empreendedor elogiou Trump: “Eu sou latino e Donald Trump me trata estupendamente. A quantidade de latinos que trabalham para ele é imensa, as babás dos netos dele são mexicanas... Essa imagem de racista que tentam construir não existe”.
Segundo ele, Trump passou a lhe dar atenção quando revelou que era neto de um ex-presidente da República. Aliás, comprovando que, a exemplo de Putin, Trump alicerçava seus negócios em parcerias políticas em cada país.
Aliás, o projeto de Trump chegou a ser saudado como o maior desenvolvimento urbano dos países do BRICS.
O escândalo deve repercutir em breve nos Estados Unidos, no momento em que se descobre que as jogadas de Trump com a Rússia envolviam seus interesses imobiliários em Moscou. Embora Trump não tenha se envolvido diretamente com a construção do imóvel, é mais um claro exemplo das parcerias duvidosas em que se meteu. E também mais um episódio em que aventureiros, como esse Paulo Figueiredo, se valem da carreira pública – no governo Eduardo Paes – como trampolim para as grandes trapaças.
Da mesma maneira que o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, cujo despreparo só encontra paralelo em sua falta de escrúpulos nos cargos públicos que exerceu.
Esse é novo personagem que emerge naquilo que o Ministro Luis Roberto Barroso chama de reconstrução do país. Nos próximos meses, ainda haverá muita história sobre esses novos gestores.

A vingança permanente de Moro


O impedimento para que o ex-presidente Lula pudesse ir ao enterro de seu irmão é um dos episódios mais ignóbeis da história da República. Em pleno regime militar, Lula foi autorizado a sair da prisão para o enterro da mãe. Agora, perpetua-se uma perseguição implacável, covarde, a ponto de merecer uma censura do próprio vice presidente da República, General Hamilton Mourão
O grau de mesquinharia da juiza Lebbos, do Ministro da Justiça Sérgio Moro – a quem a Polícia Federal, a quem coube o veto, é subordinada – é de verdugos, não de guerreiros da purificação ideológica da raça.
Fonte: Jornal GGN

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