sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Entenda a suspeita de laranjas (agora com Gustavo Bebianno em briga com o filho de Bolsonaro, Carlos) do PSL e a crise que afeta Bolsonaro



Gustavo Bebianno está sendo pressionado a deixar a Secretaria-Geral da Presidência e, assim, sair como o único responsável pela crise que recai contra Bolsonaro
Foto: Divulgação
Jornal GGN Centro da crise do PSL sobre as candidaturas laranjas nas eleições 2018, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, está sendo pressionado a deixar o cargo escolhido por Jair Bolsonaro.
Como o GGN expôs em reportagem divulgada no último sábado (09), Bebianno foi citado pela própria cúpula do PSL como o responsável pelas escolhas das candidaturas hoje apontadas como suspeitas. Ele foi o coordenador da campanha de Bolsonaro, em 2018, um dos mobilizadores da bandeira “contra a corrupção” associada ao presidente eleito.
Um primeiro caso recaiu sobre o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL). De acordo com reportagem da Folha no início de fevereiro, Marcelo, que é presidente do PSL em Minas Gerais, direcionou verbas de campanha a quatro candidatas na região que teriam sido de fachada, usadas somente para concentrar recursos a outras candidaturas de Minas.
Na semana passada, a Folha de S.Paulo voltou com nova acusação contra o PSL. Desta vez, centrada em Bebianno, sobre um caso de Pernambuco, uma candidata a deputada que conseguiu recolher a terceira maios fatia de verba pública do partido, R$ 400 mil, quantidade superior do que recebeu o próprio presidenciável eleito Bolsonaro e a deputada popular Joice Hasselmann (PSL-SP), que angariou mais de 1 milhão de votos.
O primeiro apontado como responsável pela candidatura laranja, o deputado eleito e voz direta do governo no Congresso, Luciano Bivar (PSL-PE), disse que quem tinha o poder de decisão sobre os repasses do fundo do PSL era Gustavo Bebianno. Assim, o ministro de Bolsonaro entrou para o centro da crise do partido.
Mas enquanto Bebianno vem negando ser o pivô dessa polêmica, o próprio filho de Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, resolveu criticar Bebianno, ao desmentir que ele teria conversado com seu pai. Em uma das declarações do vereador filho de Bolsonaro, tentando retirar o peso contra o presidente da República, Carlos divulgou uma gravação de seu pai para sustentar que Bebianno não conversou com o mandatário.
No áudio, Jair Bolsonaro mostra jogar a responsabilidade da crise para o filho: “Ô Gustavo, está complicado eu conversar ainda. Então, não vou falar, não vou falar com ninguém, a não ser estritamente o essencial. Estou em fase final de exames para possível baixa hoje, tá ok? Boa sorte aí”.
A resposta do presidente aumentou a polêmica da crise dentro do partido, que não somente deve dar explicações sobre o possível esquema de laranjas para concentração de fundos públicos para candidaturas de fachada do PSL nas eleições 2018, como também sobre a postura do próprio mandatário de não enfrentar a crise e repassar a resolução a seu filho, o vereador.

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