quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

O timing midiático dos "Filhos do Januário" como jogo pra-ver-se cola do caso Lulinha pela República do Paraná, por Luis Nassif



O caso Lulinha e o joga-pra-ver-se-cola da República do Paraná, por Luis Nassif

É apenas um lance de quem tem uma única estratégia defensiva: explorar politicamente as ações contra Lula, visando blindarem-se a si próprios.
Reprodução
GGN.-  A ofensiva da Lava Jato contra o filho de Lula, em cima de episódios antigos, já fartamente explorados, significa apenas um lance de quem tem uma única estratégia defensiva: explorar politicamente as ações contra Lula, visando se blindar a si próprios.
Não está fácil a vida da Lava Jato. 
O procurador Roberto Pozzobon, o titular da ação, é personagem central do caso Tacla Duran – que deverá entrar nas analises da correição aberta pela Procuradoria Geral da República.
A juíza Gabriela Hardt se desmoralizou valendo-se do copy-paste em sentenças de ampla repercussão. Em geral recorre-se à cópia em casos recorrentes.
Ao mesmo tempo, o PGR Augusto Aras repõe a ordem natural das coisas, trazendo de volta a capacidade da PGR de indicar assessores. Até então, a República de Curitiba atuava como se fosse um poder à parte e superior à própria PGR, graças à pusilanimidade do ex-PGR Rodrigo Janot e aos receios da sua sucessora Raquel Dodge.
Ao explorar novamente o caso Gamecorp, a República de Curitiba apenas reforça a parcialidade, em um momento em que o Supremo Tribunal Federal irá julgar a suspeição de Sergio Moro – o comandante em chefe da turma.
Tenho a impressão de que essa joga-pra-ver-se-cola não vai colar.

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