Dados do Fórum de Segurança Pública colocam 27% dos policiais militares brasileiros em posicionamento alinhado com o bolsonarismo, compondo a base de apoio do atual governo ao lado dos evangélicos e dos ruralistas.
Jornal GGN – A crise nas contas públicas não impediu o presidente Jair Bolsonaro de favorecer uma de suas mais fiéis bases de apoio: os benefícios pagos a militares e servidores da segurança pública (como policiais e bombeiros) deve custar R$ 27,7 bilhões aos cofres públicos até o final de seu governo.
Dados do Fórum de Segurança Pública colocam 27% dos policiais militares brasileiros em posicionamento alinhado com o bolsonarismo, compondo a base de apoio do atual governo ao lado dos evangélicos e dos ruralistas.
Enquanto a maioria dos servidores públicos teve seus salários congelados por conta das despesas com a pandemia de covid-19, o governo Bolsonaro reajustou os salários de policiais militares, civis e bombeiros no Distrito Federal, no Amapá, em Roraima e em Rondônia. Além de aumentos salariais, a categoria policial foi favorecida com cargos comissionados no Executivo e até mesmo um programa habitacional próprio.
Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo ainda destaca que as vantagens concedidas para os militares são ainda maiores: o aumento dos salários e dos adicionais pagos às Forças Armadas deve ter um custo de aproximadamente R$ 21,16 bilhões até o fim de 2022, segundo estimativa do próprio Executivo.
Os valores gastos para favorecer militares e policiais seriam suficientes para comprar cerca de 526,6 milhões de doses de vacina da AstraZeneca (o suficiente para imunizar toda a população com as duas doses necessárias), ou então construir 3,3 mil escolas públicas de ensino básico, no padrão do Distrito Federal; ou para comprar mais de 180,4 mil ambulâncias para o Sistema Único de Saúde (SUS), ou então custear todo o programa Bolsa Família ao longo de 2021.
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