quarta-feira, 20 de outubro de 2021

CPI amarelou para os militares (tão ou mais responsáveis pelo desastre sanitário-político-econômico no país quanto Bolsonaro), aponta Bernardo Mello Franco

 Jornalista diz que general Braga Netto foi poupado e que isso demonstra que, no Brasil, o golpismo compensa

Braga Netto

Braga Netto (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

247 "A CPI da Covid apertou políticos, lobistas e empresários que contribuíram para o avanço da pandemia. Faltou a mesma coragem para confrontar militares que colaboraram com o morticínio", escreve o jornalista Bernardo Mello Franco, em sua coluna desta quarta-feira. "A comissão chegou a ouvir o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde. Mas recusou-se a convocar o general Walter Braga Netto, ex-chefe da Casa Civil e atual ministro da Defesa."

"O general deixou sua marca no atraso para comprar vacinas e na demora para levar oxigênio a Manaus. Além disso, comandou a reunião em que a médica Nise Yamaguchi tentou emplacar uma mudança na bula da cloroquina", lembra o jornalista. "Em conversas reservadas, senadores dizem que a CPI poupou Braga Netto para não melindrar o Exército e não ajudar Jair Bolsonaro a atiçar os quartéis. Se a razão foi essa, conclui-se que o golpismo compensa."

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