segunda-feira, 22 de abril de 2024

Extrema-direta, Elon Musk e o que vem pela frente... Artigo de Leandro Demori

 

Após duas semanas de barulho, imprensa conivente tem apenas convicções sem provas


Do iclnoticias.com.br


Por Leandro Demori

Os barões da mídia, como Musk, aproveitaram a farsa do Twitter Files pra realinhar seus canhões no antipetismo de sempre. Os colunistas de aluguel seguiram a artilharia porque é disso que vivem, alugam suas consciências.

Eu passei a semana acompanhando o tema para que conseguisse ver ao menos UM caso de abuso indefensável de Alexandre de Moraes que fosse comprovado por documentos.

Pois evidentemente pode haver abusos, eu mesmo já citei um no passado: a inclusão do Monark no inquérito do golpe — na minha opinião, não faz nenhum sentido.

Outro, para além do Twitter Files: a prisão do ex-assessor do Bolsonaro, Filipe Martins. Na minha opinião, ele deveria responder em liberdade.

Estamos falando da Justiça brasileira, eivada de erros e abusos. Não seria diferente com o TSE ou o STF. Defender a tese da perfeição é pedir para cair de cara no chão na próxima esquina.

No entanto, é preciso apontar diretamente os casos em que pareça haver inconsistências para, justamente, defender o conjunto da obra: a esmagadora maioria das decisões visaram proteger o país e nossa liberdade.

Mas já estamos duas semanas distantes do barulho de Elon Musk e a imprensa tem apenas convicções sem provas. Os casos flagrantes de necessidade de bloqueio de contas viraram notas de rodapé, quando foram divulgados.

Preferiam o calor acolhedor dos “offs” que mostram “insatisfação” com Moraes do que a luz do sol inequívoca dos documentos e dos fatos.

Grupo neonazi publicando endereço do ministro Moraes e de oito vizinhos? Nada na imprensa dos barões. Allan dos Santos telefonando para ameaçar Moraes? Zero.

Bia Kicis, Gustavo Gayer e André Fernandes mentindo sobre a morte de uma senhora nas dependências da PF e usando falsamente o nome da OAB para dar credibilidade? Esquece.

Os casos concretos foram ignorados em nome de um “ar de censura” que não se confirma por nenhum preceito jornalístico que pare em pé. Não há problema na convicção sem apuração, contanto que você não use aura do jornalismo sem o praticar.

A ideia agora é manter o governo nas cordas enquanto encontram — os homens do poder — um candidato biônico “de centro” para derrubar as chances de uma reeleição do atual presidente.

Em 2018 não deu tempo e, sem uma opção menos grudenta, eles foram de Bolsonaro. Se em 2026 não der de novo, irão de Tarcísio, ou de um Bolsonaro absolvido e anistiado, ou do diabo que for. Nessas horas até o diabo de banho tomado vira alternativa.

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