- Primeiro eu quero saber se o senhor tá o time dos céticos ou no time dos animados, né, com essa aproximação. E se a gente deve acreditar mais nas palavras que foram lidas pelos dois líderes ou se nas palavras de improviso, na na gentileza de improviso de Donald Trump. Bom dia pro senho
Bom dia, Megale. Bom dia, Fábio. Bom dia, Roberta. Bom dia a todos que nos escutam, né? Eu eu tava te ouvindo, sabe, Megale, e você mencionou a fronteira entre o ceticismo e o otimismo, né? Essa fronteira aí é antes de mais nada prudente, né? É isso a. Eu acho que a gente tem que ficar exatamente nessa fronteira. Não dá para desperdiçar a oportunidade, não dá, né?
O PIB deles é de 30 tri, não dá para desperdiçar a oportunidade. Concordo inteiramente com você. Comportamento infantil, gostei do meu amiguinho, né?
Se a gente quiser lembrar, né? Ele já fez um aceno completamente diferente no Jardim da Casa Branca. Tem que relacionar uma
coisa com a outra, não? No Jardim da Casa Branca há um mês atrás, ele falando de Bolsonaro disse: "Ele não é meu amigo, é um bom homem e tal, mas não é meu migo".
Hoje os humores mudaram, desculpe, ontem os humores mudaram e o Lula se transformou de repente, não mais que de repente, numa pessoa agradável. "Eu gostei dele, ele gostou de mim", ele perguntou pro Lula, né? Mas tudo bem, né? Então, de alguma forma é um aceno, sabe, Megale? A pergunta que eu tô me fazendo desde ontem, quando eu ouvi isso no discurso é a mesma. Por quê? O que que aconteceu?
Eh, ah, o Departamento de Estado fez questão, né, e tá em várias emissoras americanas de vazar, não é, de que foi uma surpresa esse comportamento do do presidente Trump para eles que estavam em perto. Eles não esperavam por isso. Ah, é a famosa intuição de Trump que muda tudo, a imprevisibilidade. É, tá bom. Mas a imprevisibilidade de Trump tem método. Megal, eu continuo com a mesma pergunta. Por quê, né? A gente tem pistas sobre isso, Megal. A primeira delas é a pressão, né, daquilo que o presidente Trump conhece muito bem, que é a pressão do bolso, né? Outro dia eu tava, fui investigar um pouquinho, não é? Eh, 6.000 empresas, olha o número Megales, 6.000. 1 empresas de vários tamanhos tem eh eh cadeias produtivas integradas com o Brasil, produz um pedaço aqui, trazem coisa para cá, fecha aqui, volta para lá, é tudo economia bem tangível, não é as BigTech, não, né? que gera emprego lá, gera emprego aqui, eh, tem contato. É claro que todo mundo tá de olho na história do café, porque a inflação no cafezinho no no café da manhã americana vai pesar suco e café. O suco escapou, o café tá por aí, tem Vietnã nessa história. Mas será que é só isso? Será que é que é só o bolso das 6.000 empresas? Eu sabe, Megal, eu fiquei em dúvida também sobre os resultados de agosto das Os resultados de agosto das exportações brasileiras, número é um troço chatíssimo, mas vamos lá, né? Para os americanos, em comparação com agosto de 24, para os americanos, nós vendemos quase 20% a menos. Isso quando eles estão fazendo estoque, hein? Quer dizer, OK? Só que em vez desses 20% baterem na nossa pauta de exportação, a nossa pauta em relação a agosto passado, que tava tudo bem com os americanos, era Biden. Quando você quando você olha para isso, pera aí, quer dizer que tem quem compra se os americanos não quiserem, né? Tem outro freguês paraa padaria. É isso. O o Trump deve ter olhado bastante bem, né, que a influência da China, se ele sair de perto e dos países satélites da China na Ásia, eu tô falando de Indonésia, Malásia, Tailândia, que voltaram a comprar pesado o Brasil, Egito voltou a comprar pesado do Brasil ocupando espaço. Quando a gente olha para isso, tem a ver com aquela palavrinha mágica, né? Brix, e tem a ver com o inimigo, com o pesadão, né? Com Você precisa olhar essas duas coisas. Será que foi só intuição, garotinho ali? O o bolso pesou, a geopolítica pesou e Trump olhou bem pro discurso do Lula, olhou bem pro comportamento do Lula e deixou muito claro que Lula não precisava tanto assim de nós. Esse ponto eu acho que é muito sensível. Parabéns à diplomacia profissional brasileira lá nos Estados Unidos. agiu do jeito certo. A gente pode colher informações de como deixaram no Secretaria de Tesouro e mesmo no Departamento de Estado os recados certos que o Brasil tem outro freguês, que o Brasil tem outra porta para bater. Eu chamo atenção que os 46% da quando nós tivemos aquela aquele recuo, foi depois que o Mauro Vieira, horas depois que o Mauro Vieira, em absoluto silêncio, nosso chanceler, falou com o Marco Rúbio, lembra? Ele tinha ido para para Nova York, deu um pulinho e o Washington fizeram e horas depois saiu isso. O que os dois diplomatas falaram, isso ficou por conta deles. O fato real é que 46% aconteceu. Então eu acho que de algum modo a gente precisa pôr na balança todos esses pesos. Por isso eu até me estiquei demais na resposta. Megali, a tua pergunta foi boa. Otimismo e ceticismo. Eu não sei o quanto a gente pode ser otimista com esse encontro. De uma coisa eu tenho certeza, Fábio. O corte que vocês fizeram para mostrar do discurso Soberania e democracia não tão na mesa. Quiser conversar do resto, a gente Mas, professor, desde cedinho os nossos ouvintes participando bastante pelo WhatsApp, perguntando que tipo de costura mais interessaria os Estados Unidos neste momento? Diminuição em taxas específicas. O que que dá pra gente falar em relação a isso? Roberta, eu preciso segurar minha boca quando você tava falando, né? Fica mais longe de Pequim, queridos, né? Sai de perto de Pequim que a gente senta que a gente faz qualquer coisa, né? Porque o que a China tá entrando na América Latina, especialmente no Brasil, não é uma brincadeira de criança, Roberto. Se tem alguma coisa que a gente não pode desprezar, é a capacidade de informação da do dos Estados Unidos, da diplomacia americana, dos agentes de informação deles. Eles sabem muito mais do que nós. Você pode acreditar nisso. E quando eles sabem muito mais do que nós, eles sabem perfeitamente dos investimentos que a China tá fazendo aqui, especialmente em especialmente preparando o terreno para Shancai, aquele porto peruano, onde eles enfiaram quatro tri e quatro bi em dólar para dar um calado profundo, receber petroleiro e e navio de contêiner muito maior do que os que a gente tem para Quando a gente olha para isso, a gente percebe que os americanos talvez estejam olhando, não é, que o outro freguês da padaria tem dinheiro no bolso, sabe? Há um canto de sereia, né, que dependendo das eleições do ano que vem, dos resultados do ano que vem, a China traz para cá, não é? A tecnologia necessária para fazer uma ferrovia furando os andes. Você, Roberta, você já imaginou os olhos gordo que o agronegócio brasileiro abriu para isso? Já imaginou? Se você usar Shankai, você diminui em mais de 7.000 1000 km a viagem para pra Ásia, você corta quase 10 dias essa viagem, o preço do frete vai derrubar, mercadoria brasileira vai chegar lá com com grande vantagem de você acha que os americanos não sabem disso? É evidente que sabem. Então, quando quando a gente olha para isso aí, você fez a pergunta certinha, né? O o por que será que o que o que o Trump de repente passou a gostar do Lula? Não é? A minha resposta é muito mais na conversa que ele vai ter em novembro em Pequim. Se o Brasil vai ficar muito do lado de um lado da mesa ou do outro. Ele tratou de salvar o pedaço dele. Professor, agora negociações à parte, pensando na diplomacia, né? Imagino, realmente, como e já vem sendo especulado, que essa reunião não vai acontecer presencialmente, deve ser telefonema ou muito provavelmente videochamada para evitar aquela armadilha e o constrangimento que aconteceu com o presidente da Ucrânia e o presidente da África do Sul, sobretudo, né? Eh, é a melhor saída. Ah, não é dúvida. É aquilo que o Megal tava dizendo, né? Eh, eh, quando você vê a quantidade de erros que tá acontecendo, o mínimo que você pode fazer, não é? É evitar fazer mais um, né? Não foi qualquer um que ele humilhou Megal. Tava lembrando do Macron. Eu, eu, eu me lembro de um aliado histórico que ele fez o mesmo comportamento. O Kay Stummer, o primeiro o primeiro ministro inglês, ele também foi para cima. Aquele salão oval, aquela ideia do salão oval é uma espécie de eh, né? de câmera. Eu não vou nem falar a palavra, né? Então, quando você olha para isso aí, o cara que senta ali, seja ele quem for, sabe que o jogo é pesado. Nós estamos falando de Alemanha, nós estamos falando do terceiro PIB, nós estamos falando de França, do sexto PIB, com todo o histórico de Segunda Guerra, com tudo que teve, com as relações. Nós estamos falando de França e Inglaterra, que são os dois com voto no Conselho de Você pera aí, né? Então, quando você olha para para esse quadro e ele se comporta desse jeito, é evidente que os profissionais da diplomacia brasileira vetaram no salão oval. Esquece. Podem observar que eles imediatamente na resposta, vamos, vamos, vamos perceber esse profissionalismo, né? O Mauro Vieira ontem quando percebeu a a o convite misturado de armadilha, não é? Quando ele percebeu isso, ele agiu muito rápido. Ele foi bater na porta certa, né? Ele foi na CNN internacional em inglês, falando um inglês perfeito e avisou: "O presidente Lula volta amanhã com toda a delicadeza dos diplomatas, não tem tempo. Agora não vai dar. Nem mesmo em Nova York. Em outras palavras, nós nós não vamos mexer em tudo. Não é Nós vamos salvar ag diplomacia foi de uma agilidade impressionante e tiro certo onde o americano vê onde o departamento de estado vê e deixou muito claro para eles quais eram os nossos limites. É assim mesmo que tem que ser a diplomacia. É para isso mesmo que são profissionais. Então é é nesse quadro que a gente tem que olhar a resposta brasileira e a tua pergunta. Vai ser mesmo por videoconferência ou por telefone? que aliás é como ele fala com quem tem alguma resistência a ele. Xijin e Putin, ele fala no telefone ou na videoconferência ou então quando ele precisa ele põe tapete vermelho no Alasca. Vamos lembrar, né? Então de alguma forma quando a gente olha para esse quadro parece que o Brasil de alguma forma nesse processo, não é? Agiu com prudência. Foi aquilo que o Megali lembrou logo de cara. Otimismo ou ceticismo, prudência é melhor. Leonardo Travisan, professor de relações internacionais da SPM. Muitíssimo obrigado por mais essa participação aqui na Band News FM. Boas aulas e bom restinho de semana pro senhor. Um
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