Sérgio Moro "deixa Bolsonaro sozinho e exposto a dúvidas e suspeitas que se resumem na seguinte pergunta que muita gente deve estar se fazendo: o que ele quer esconder da opinião pública?", escreve Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
Se Moro aceitasse continuar no governo depois de Bolsonaro exonerar o chefe da Polícia Federal sem sua anuência, sem outro motivo a não ser esconder prováveis ilícitos dele e de seus filhos, ele se tornaria seu cúmplice, pois estaria colaborando para acobertá-los.
Ao sair, Moro opta por se preservar, no momento em que o governo convida o centrão para dançar, fortalece sua candidatura a presidente em 2022 e deixa Bolsonaro sozinho e exposto a dúvidas e suspeitas que se resumem na seguinte pergunta que muita gente deve estar se fazendo: o que ele quer esconder da opinião pública?
Tenho impressão que Bolsonaro só tomou coragem para dar esse passo supondo ter a proteção de seus generais do Planalto e, com a mesma convicção que atacou Moro vai também atacar Paulo Guedes, para se livrar de seus ex-superminsitros, já que agora tem um superministro – Braga Netto – para chamar de seu.
Mas o mais provável é que ele tenha dado um tiro no pé, pois vai perder apoio popular e político e ampliar o grupo de ex-bolsonaristas que viraram casaca e agora são antibolsonaristas desde criancinha.
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