sexta-feira, 24 de abril de 2020

Alex Solnik: Moro cai fora para não virar cúmplice explícito e expõe Bolsonaro



Sérgio Moro "deixa Bolsonaro sozinho e exposto a dúvidas e suspeitas que se resumem na seguinte pergunta que muita gente deve estar se fazendo: o que ele quer esconder da opinião pública?", escreve Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

Sérgio Mroro e Jair Bolsonaro
Sérgio Mroro e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Marcos Corrêa/PR)

Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
Se Moro aceitasse continuar no governo depois de Bolsonaro exonerar o chefe da Polícia Federal sem sua anuência, sem outro motivo a não ser esconder prováveis ilícitos dele e de seus filhos, ele se tornaria seu cúmplice, pois estaria colaborando para acobertá-los.
Ao sair, Moro opta por se preservar, no momento em que o governo convida o centrão para dançar, fortalece sua candidatura a presidente em 2022 e deixa Bolsonaro sozinho e exposto a dúvidas e suspeitas que se resumem na seguinte pergunta que muita gente deve estar se fazendo: o que ele quer esconder da opinião pública?
Tenho impressão que Bolsonaro só tomou coragem para dar esse passo supondo ter a proteção de seus generais do Planalto e, com a mesma convicção que atacou Moro vai também atacar Paulo Guedes, para se livrar de seus ex-superminsitros, já que agora tem um superministro – Braga Netto – para chamar de seu.
Mas o mais provável é que ele tenha dado um tiro no pé, pois vai perder apoio popular e político e ampliar o grupo de ex-bolsonaristas que viraram casaca e agora são antibolsonaristas desde criancinha.
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