domingo, 21 de fevereiro de 2021

“Moro foi o representante máximo do arbítrio e da intransigência”, afirma o advogado criminalista Técio Lins e Silva

 

O criminalista contou sua própria experiência atuando na defesa de réus da Lava Jato, e disse que Moro visava somente obter o resultado condenatório. Para Lins e Silva, a operação era apenas uma “justiça de fachada”. “Já se sabia sempre o resultado”, denunciou. Assista

(Foto: ABr | Bruno Martins/OABRJ)

247Em entrevista à TV 247, o advogado Técio Lins e Silva, um dos maiores criminalistas do Brasil, condenou a atuação na Operação Lava Jato do ex-juiz Sergio Moro, que ele vê como figura arbitrária, produzindo, por exemplo, decisões extensas em tempo curtíssimo sem ouvir a defesa.

O criminalista ressaltou a diferença entre conversas costumeiras entre procuradores e juízes, que são da “natureza do relacionamento do Poder Judiciário”, e “combinações espúrias, ilegais e clandestinas para prejudicar e obter o resultado condenatório”, como na Lava Jato. 

Foi justamente esta postura que o advogado constatou quando atuou na defesa de réus na operação: “Participei de audiência com esse juiz (Sergio Moro) durante esse período. Tive outros clientes nesse mesmo período, mas cuja audiência foi feita por uma colega de escritório. Acompanhei com meus colegas de profissão o sofrimento de enfrentar esse moço, que era o representante máximo do arbítrio e da intransigência. Já se sabia sempre o resultado”.

Para Lins e Silva, a operação era apenas uma “justiça de fachada”. “Eram decisões de 200 páginas tomadas de um dia para o outro, com a defesa apresentando seus argumentos e no dia seguinte uma decisão contrária. Enfim, era a sensação de uma justiça de fachada, que não era a justiça que nós imaginamos como Poder Judiciário em uma democracia”, disse. 

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