quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Glenn Greenwald explica por que publicou documentos da Spoofing demonstrando o bolsonarismo que usa da tática lavajatista: 'querem influenciar nas eleições de 2022'

 

“O objetivo é empregar as mesmas técnicas lavajatistas de intimidação e ameaça para forçar os réus a fazerem uma delação premiada que permita fabricar uma ligação entre os hackers e o PT”, afirma o jornalista Glenn Greenwald. “O objetivo é influenciar o debate eleitoral de 2022”, destaca ainda

(Foto: ABr | REUTERS)

247O jornalista Glenn Greenwald explicou por que divulgou, na Carta Capital, documentos sigilosos da Operação Spoofing mostrando que a Polícia Federal (PF) realizou uma série de práticas desonestas e ilegais para vincular o hackeamento e vazamento de conversas da Lava Jato, realizado por Walter Delgatti, ao ex-ministro petista Antônio Palocci e, portanto, ao PT.

“Esse setor da PF tem manipulado o inquérito que apura as invasões aos celulares de autoridades com o objetivo de emplacar uma versão política e influenciar o debate eleitoral de 2022”, diz Glenn, em novo artigo na Carta Capital nesta quinta-feira, 2.

“O objetivo é empregar as mesmas técnicas lavajatistas de intimidação e ameaça para forçar os réus a fazerem uma delação premiada que permita fabricar uma ligação entre os hackers e o Partido dos Trabalhadores”, destaca, reforçando, no entanto, que “as evidências para sustentar essa tese são extremamente frágeis”.

“A análise dos documentos e do que dizem as partes envolvidas deixa claro que o objetivo não é de fato obter uma condenação ou esclarecer definitivamente o caso, que já foi resolvido, mas manter o inquérito aberto indefinidamente e envolver nomes politicamente relevantes na investigação”, afirma. 

“Essas práticas, bastante similares às empregadas pela Operação Lava Jato, constituem um abuso grave do poder de investigação investido nas autoridades policiais”, conclui o jornalista.

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